A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


segunda-feira, março 30, 2009

 

A Dança da minha Vida!...



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- Para ouvir o PPS desligar o vídeo


Este poema foi escrito há quase dois anos, já foi publicado aqui mas, como tenho amigos recentes, gostaria que ouvissem agora em pps. Está publicado no "Sons de Amor"!

A nossa Zélia querida formatou e, posso dizer; está um brinquinho... Apreciem...
E pelo amor de Deus não começem a dizer que o manel é bom rapaz que isto que aquilo, é apenas uma poesia saída naquele momento!...Por favor, quando abrirem o pps, não se esqueçam de desligar o video do filme do Rafael, que vi em Luanda, adorei porque a garota do filme se chamava laura...






domingo, março 29, 2009

 

Voltas trocadas!...


Na semana passada ficamos de ir ao Museu D. Diogo, aqui perto, eu e a Ana Maria a nina do poema Cisne Branco, iamos ter Reiki, receber troca de energias que já todos sabem o bom que é!... Ficou para esta semana. O combinado era estar pronta pelas 14,30. Assim foi. Vesti minhas calças brancas, que não vestia há 3 anos, e pelos vistos, servem-me de maravilha, uma t shirt branca e um casaquinho de zipp branco, uma modernaça. Lá fomos. Chegamos lá; ((eu comecei a rir por estar só eu, vestida de branco, mas nem me atrapalhei, é Primavera))... já tinha sido de manhã...Claro que ficamos tristes, mas diz a Anita; laura, de ficassemos para ouvir musica de piano, violino etc. etc.? claro que sim, ora pois, a precisar de música ando eu. Ia mais uma senhora amiga dela, nascida na minha querida Angola, no Lobito... Que senhora adorável, linda, já tem uma certa idade, mas, uma simpatia, educada, meiguinha que sei lá, e, claro, também engraçou aqui com a je, que nunca viu nenhuma laura assim...
O piano começou. cerrei meus olhos, e fui para outra dimensão... se fosse o Richard Clayderman,...ahhhhh, mas, gostei muito, depois entraram violinos, adorei. lembrei-me do filme do Topol que fui ver com o meu pai ao Miramar! E um coro de meninos e meninas a cantar, que soava muito bem, também.

Acabou. saímos dali e nem sei porque cargas dágua fomos pela cidade... esta Anita enfia-se por todo o lado e fomos dar lá mesmo acima, sem querermos ir para ali, enfim... andavamos a ver onde iamos, eu já lhe tinha dito que me deixasse em casa, etc. etc...

Que não senhora que nem sei que mais e lá atravessamos a cidade. A dada altura a senhora diz; Ana, encoste que vi ali uma carteira no chão! e para a idade dela, lá foi apressadinha apanhá-la e efectivamente era uma carteira de homem, em couro, eu no gozo só disse; oxalá que se tiver muitas notas, não traga nome...pois, pois, se for pouco, que se encontre o dono, nada de a levar à policia daria trabalheiras e chatices. Abriu-se a dita, cartões da Univ, dos serviços de saúde, só queriamos um numéro de tel, elas ligavam dali e estava o assunto arrumado, era um moço que podia ser meu filho, claro...mas nada de telefone, apenas nome, bairro daqui e dali, etc.Peço a carteira, agora vistorio eu, podia haver ali algo que desse para encontrarmos o moço, e não sendo assim, a Neide levava-a para a Univ de manhã e pelo nome saberia quem era e entregava-lha, tinha a carta de condução, tudo! já tinham passado mais de 15 minutos. Nisto vemos um moço lá mais para trás, a procurar aflito debaixo dos carros, aqui e ali, estava mesmo perturbado, a senhora vai ter com ele e pergunta o nome dele se procurava a carteira? claro, que aliviado ele ficou e nós também... Lá se foi feliz e nós a perguntarmos o que fomos fazer ali naquele lugar onde não tinhamos nada que passar!...

Fomos para as Taipas, perto de Guimarães, havia uma feira de rua de coisas antigas, muitas, eu, nem dadas as queria, mas, era potes, louças,discos de vinil a 5 euros, riscados, claro, ehhhhh, rendas usadas e linhos,rádios antigos, isso sim; adoro. relógios, aquelas maquinetas que as nossas mães usavam para cozinhar que se limpavam com sularine, enfim, um nunca mais acabar de coisas e loisas...e lá viemos, não sem antes paparmos algo e bebermos, e toca a andar para casa que se faz tarde...
Despedimo-nos da senhora e disse-lhe que adorei a companhia dela e diz ela; igualmente, eu também, ah, sabe porquê? e eu?...porque somos de Angola..Ora aí está, somos gente da nossa gente!...e a nossa gente é diferente! ahhhh. Prometemos encontra-nos em breve pois temos muito que falar.
E a Anita trouxe-me, subiu para ver o quadro do céu de África e lá se foi!... Uma boa acção, a carteira perdida e tadinho, só tinha lá uma notinha de 5!...quem me dera ter muito e botava lá um molho de notas maiores, mas!... Voltas trocadas que deram em alegrias redobradas!...






sábado, março 28, 2009

 

Os meus dias !...


(Foto de laura)
Acordo. Abro a janela, (é esta a visão que tenho da minha janela) o mundo lá fora é acolhedor todas as manhãs, peguei na minha maquineta e fotografei o nascer do dia, ainda eram umas seis e pouco da matina, a hora a que costumo levantar-me, ligo primeiro o pc, venho abrir a janela da sala, falo com ELE, O Pai, ou Jesus... com ELEs, os seres de luz, agradeço pelas minhas noites que são sempre boas, cheias de paz de aconchego do lar. Agradeço pela minha caminha confortável, por me sentir segura, com saúde (o tumor já era!...) por ter que comer, que vestir e sentir esperança em relação ao dia de amanhã, pois sei que ELE nunca me vai faltar!... Peço pelos outros, pelos mais infelizes, pelos doridos e com mágoas da vida, pelos que sofrem a fome, a dor, as doenças, o desespero de não ter um lar, ou um poiso amigo onde se sintam em paz!... Pelos que sofrem no corpo, as guerras, os maus tratos, a morte desamparada, abandonados lá nas florestas, nas terras pobres do fim do mundo!...
Ah, como gostaria que todos tivessem um pouco de amor, não custa nada amar, apenas têm de sentir em si o amor, como me perco nele, naquele amor que sinto por todos sem ser preciso forçar, porque amar é em mim, algo tão natural, tão simples!...

Depois vou fazer o meu cafézito no micro-ondas, e venho para o pc ver os emails da noite anterior, os comentários do blogue, e tenho mais um dia começado!...
Quando começo a fazer o almoço, se tiver que descascar batatas já sei que começo a agradecer por ter batatinhas, carne, frango, o que for, para por na panela! tornou-se num hábito e quase me rio quando dou comigo naquela faladura de agradecimento.



Nas águas do mar !...


Nas águas do mar

Escrevem-se versos

Poemas de amor

Inventam-se retóricas

E cantam-se canções

De um pescador !...


Nas águas do mar

Há poemas e canções

Que se cantam

Em honra do pescador

Que repescou tantas almas

Para o Criador !...


Se sabem de quem falo

Não se devem admirar

Pois era Jesus

Que todos vimos

Sobre as águas

Caminhar !...


E junto às águas do mar

Ele deu de comer

A tanta gente

Que o seguia ternamente

E não precisou de pescar

Para tantas bocas, alimentar !...


E ainda hoje se fala nisso

Em todos os lugares

Pois ninguém acredita

Que o Homem que fez isso acontecer

É o mesmo que nos soube explicar

Que tudo se resume

Em amar !...








sexta-feira, março 27, 2009

 

Não tenho horas para lembrar!...


Não tenho horas
Para lembrar
Os anos que passei
A teu lado
Sem passar !...

Não tenho horas
Para recordar
Tantas horas
Que vivi
Sem delas desfrutar !...

E atrás não posso voltar
Que as horas passadas
Vão-se embora
Ficam sem tempo
E sem lugar !...

Dei-te tanto
Das minhas horas
E do meu calor
E em troca
Recebi tão pouco !…

E foram tão poucas
As horas que me deste
Tão poucas horas de amor !...






quinta-feira, março 26, 2009

 

Descobrir a voz!... E as oitavas, ehhhh!...


Lá cheguei em hora e meia, esperei outro tanto, até que fui ter ao gabinete e perguntei se ainda ia esperar mais!...e antes disso,ainda ouvi um bebézito de uns dois meses, a chorar, mas que musicalidade, ehhhhhh, adorei ouvir pela primeira vez em 50 anos, o choro que não ouvi nos meus filhos, mas, bem o senti... como nada é por acaso, lá estava uma senhora, até era bem bonita, avó de um menino de dois anitos que estava lá para dentro na terapia da fala, e a dada altura admira-se de eu falar tão bem, lá expliquei que fiquei assim com seis anos e por isso tive a sorte de aprender a falar, etc. nisto diz ela; a minha nora está lá em baixo, está num estado de nervos terrivel, custa-lhe a aceitar a surdez do filho, está revoltada. Estamos cá a morar, temos que vir aqui todos os dias da semana e amanhã vamos para casa, em Famalicão, e , durante 3 meses temos de estara qui com o menino...

Digo eu; não pode, nem deve, onde está ela? gostava de falar com ela só um bocadinho! Ela foi lá abaixo buscá-la. Dei-lhe um abraço. Começou a tremer e a chorar! Acalmei-a, abracei-a e disse-lhe mais ou menos isto! Minha querida, chorar e ter raiva de não teres um filho perfeito, enquanto as tuas amigas têm os seus bébés perfeitinhos e a ouvir!Não te leva a nada! Sabes muito bem que a medicina cada vez está mais perto no que toca a implantes, já há cinetistas debruçados sobre os implantes de cocleares para ver se conseguem que as células da pessoa, cresçam por si em volta do implante e a audição será cada vez mais fácil e mais normal!... e daqui a anos, ele entenderá tudo e saberá falar bem, e vai falar porque ouvindo aprende, e terá a vida dele como eu tenho a minha!
Eu sinto-me tão normal que me esqueço que sou surda! Faço de tudo, sei fazer tanta coisa e há muitas pessoas que ouvem que não o sabem fazer metade... Não te esqueças que nada acontece por acaso, e nunca penses que é Deus a castigar-te, a ti e a ele, por algo que possas ter feito. Nunca, nunca penses assim...O que o teu filho precisa é de muito amor, que fales com ele para ele ler nos teus lábios, enquanto não aprende a ouvir, mimá-lo, acarinhá-lo, isso sim, é o mais necessário agora!... e de muita ajuda para aprender e de muitos amigos, amigos que pela vida fora o ajudarão a abrir o seu caminho, ou seja; a torná-lo mais fácil!... E assim estivemos mais de meia hora até que lá me fui. depois fui eu para a terapia da fala, e ainda o vi, ainda lhe toquei e fiz uma festinha, cheio de caracóis loirinhos, mas que lindo e sorridente!...

Na terapia da fala, depois de ter os sons diferentes, mais alto ainda, credo... tive de começar o A E I O U, ó valha-me! disse logo o u e o, o certinhos, os outros já custavam mais, e eram tantos ás e is que me lembrei e estive mesmo para cantar aquilo ali para a terapeuta da fala, moça jovem... algo que aprendi no Entroncamento com 9 anos, quando assistimos a variedades e teatro no salão paroquial e a filha da madrinha, do meu maninho, escreveu para mim para eu aprender e me rir...

Ó senhor guarda venha cá (A)
Venha ver o que isto é (É)
O barulho foi aqui (I)
O neto bateu na avó (O)
Deu-lhe um pontapé no cú (U)
Siribitatatatata siribitatatata
hurra hurra e por ai fora, calei-me e ri-me pra dentro...


Depois fui para o carro, papei um croisante que levei, bebi a minha água e meti-me a caminho, mas o som está bem mais alto, tem de ser.. xi olhem do que me lembrei, isso só mais para a auto estrada!...


Comecei a cantar, e a elevar a voz, tanto, tanto, até onde podia, e desatei a rir, ri-me perdida ao lembrar a verdinha que é Mezza Soprano (juro que não sei o que é ser uma Mezza, ou um soprano inteiro) só ria por ouvir a voz e soava-me muito bem, porque atingia uns incríveis decíbeis, e pensei, se a verdinha estivesse aqui, diria que tinha um 8 numa escala de 10... bem, aquilo agradou-me, ia de vidros fechados, claro, desatei a cantar a plenos pulmões e com uma mão até segurava o tejadilho do carro, não fosse ele voar céus afora (mentira, mas pensei nisso ehhhh) ah, que regalo, cantei La novia... mais uma canção que fiz para Jesus, Anseio estar Contigo! e algumas do Adamo, e claro, quando passava algum carro ou filas deles (ia quase sempre na direita...depois até me coloquei na esquerda, abrandei, pois em casa não poderia atroar os ares como ali ... e ficava com um olho no burro outro no cigano, não fossem eles ouvir o tom e ver a minha boca escancarada de todo...vá que fui ao dentista anteontem ehhhhh. Verdinha, até tentei cantar Avé maria, mas não sei letra nenhuma, deve ser só musica e vozes.
Pessoal, foi a viagem mais gira da minha vida, por ouvir estes sons todos e admirei-me porque (a ver se me explico bem)

quando cantava, ou queria apenas fazer aquele som alto em AAAAAAAA a minha voz fazia tremeduras, ondulados, como não fiz nada para os fazer... já saiam assim e, muito admirada fiquei. depois levei a mão à garganta a ver se ela vibrava, mal sentia, ouvia sim.. foi um pedaço entre a terra e o céu, no mundo dos sons!... e cantei, agradeci ao Pai por mais esta vitória, agradeci por tudo e todos e até por vós meus incriveis amigos e amigas! e pedi que todos fossem ajudados nas suas vidas.
E agora vou prá cozinha que nem sei o que vai ser a paparoca!...
Claro que merecia ter um belo principe ao lado e podiamos ir os dois jantar fora, celebrar, mas, cala-te lá ó enteada e vai prós tachos !... ainda ia uma pinguita de verdinho bem fresquinho, uns camarõezitos grelhadinhos mai'luma saladinha de alface e mais uns acrescentos, enfim... o que é a sopa hoje? ehhhhhh.
Beijinhos a todos. laura.. (ah, o manel aqui ao lado, o telefone a tocar e ele a fazer de conta, e eu; o telefone tá a tocar rapaz!... isso já não me escapa.






terça-feira, março 24, 2009

 

Aprender Dactilografia!...


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Algo que seria impensável nos dias de hoje, porque quando se compra um pc, práticamente já sabemos como funciona, e antigamente tinhamos de tirar o curso de dactilografia, para trabalhar numa Empresa qualquer, ou então! saber escrever bem à máquina!...
Assim; fui tirar o dito curso, em Luanda, ia pelos meus 19, 20 anos, e mal acabei o curso, já tinha emprego e que maravilha de emprego... Ganhava bem, para começar, o pessoal era ótimo e guardo saudade de todos. Não sei de ninguém, com a confusão da guerra, cada um foi para onde podia ou dava e... perdemo-nos todos de vista!... Foi pena, fiz ali bons amigos e a única senhora que havia (a D. Alzira) era uma boa funcionária e ensinou-me muita coisa, assim como o guarda livros, o senhor Falhas que me ensinou o que sei em contabilidade. Aprendi a trabalhar com o arquivo e fui eu que pus tudinho em pratos limpos...
Ainda apanhei a nova geração de máquinas de escrever eléctricas, e que maravilha. Tive uma parecida com essa. Bastava carregar um cadinho e as letras sucedim-se numa fila delas, até que aprendi a refrear os dedinhos!...



Depois aprendi atrabalhar com o telex,a maquineta aqui ao lado com mesa própria,em que escreviamos, género de máquina de escrever, podia-se escrever primeiro, guardava-se a escrita e depois saía uma fitinha cheia de buraquinhos que inseriamos no local certo quando queriamos mandar a mensagem, começavamos.blá blá CabienAn... numeros tal e eles respondiam, escreviam rápido e eu também, era a única que sabia trabalhar com essa máquina, o telex e ganhei boas gorgetas quando era preciso mandar recados para a Bélgica com quem tinhamos negócios, ficava mais um cadinho e depois o Engenheiro agrónomo, dava-me uma notinha de mil.. notinha? ahhh dava para ir ao cinema, para o táxi prá praia, mas que bom.. .e tinha meses em que recebia duas ou 3 seguidinhas pelos dias fora... E a patroazinha que era uma querida, ainda me ia levar a casa por ser mais tarde, no luxuoso BMW dela, descapotável, aquilo voava que sei lá!...






segunda-feira, março 23, 2009

 

Sonhos, não sonhados !...


Sonhos
Não sonhados
Sonhos
Inventados
Dos tempos
Que não passam
Que amargam
E dilaceram
Corações
Envergonhados !...

Sonhos
Sonhados a sós
Vividos a sós
Sós e defraudados
Sem saber o rumo
Da vida, amanhã
Se mudará o sonho
Se a realidade será
A mesma verdade
Que queremos viver !...

Sonhos
Que acabam por mudar
A forma de viver
De ser
E pensar
De amar ou deixar de amar
De querer transportar a vida
Para um outro lugar
Sem a outrem
Querer magoar !...

Sonhos
Que me estão a deixar
De pensamento a escoar
Para vertentes desconhecidas
Que a desilusão da vida
Já vem de há muito
E sei que ainda muito
Terei de sonhar
De me perguntar
Onde é que a vida me vai levar !...

Porque no sonho
Eu sou apenas
Mais um ser
Que quer viver
Em esperança
Em verdade
E em amor
Que quer sentir tudo
O que o pensamento
Alcança !...






 

O que não mata, engorda!...



Ora, nem mais. Conheço quem dava o biberon ao cão (a filha dos meus vizinhos em Pretória) e ainda está viva,tem presentemente uns 37 anitos... ehhhhh, quando davamos conta, mamava ela e ele, era eu cá tu lá, um enorme Pastor Alemão!... a mãe gritava-lhe, mas, quando chegava ao pé deles, já o leite se tinha ido, ela bem gorda por sinal e o ão ão a lamber as beiças, mas era engraçado, quando queria, tirava-o da boca do cão que esperava pacientemente que ela mamasse, depois dava-lhe a ele, depois tornava a tirar e o pobre nem reclamava!... Devia ter para aí uns 2 anitos... Que recordar me trouxe esta foto apanhada na net!...






domingo, março 22, 2009

 

Falando de galinhas d'Angola !...


Ao ler a minha amiga do blog que tem um nome tão comprido que me habituei a escrevê-lo todo duma assentada, o jevienvert. Resumindo, como me explicou o KIm; é a nina verdinha e prontos!... Quando me referia no post anterior á Primavera, ela disse que vivia num lugar lindo e que tem um vizinho que tem galinhas da India e vê o terreno todo e a galinhada a desfilar por ali. Isso fez-me lembrar da galinha d'Angola, tão linda, escura, com as suas pintinhas brancas ( na imagem aqui ao lado) e quando havia filhotes, ia tudo em fila Indiana atrás da mãe, plo mato fora. São galinhas que viviam à solta, pois não estragam a agricultura, (como fazem as daqui, que comem couves, arrancam os produtos horticulas e escavam tudo a torto e a direito, bem se vê que não foram ensinadas...) andam pelas hortas, no meio do gado a comer os carrapatos, e as vacas agradecidas e refasteladas, deitadinhas no capim a serem graciosamente depenicadas, ehhhh.
mesmo enquanto pastavam, elas faziam o seu trabalho...

Na horta não desbastam nadinha, pois depenicam debaixo das folhas ou do pé da planta, escavam um tico e comem a bicharada que ataca a planta,
a foto ao lado, aqui é de um pavão da India... Não conheço as galinhas da India, mas devem ser do género da de Angola. São tão parecidas, todas.

Nem sei porque aqui não existem e se existem nem sabem o bem que têm, (deviam ajudar-se uns aos outros e criar galinhas destas por ai fora, a agricultura agradecia. Se tivesse um lugar onde por os meus tomateiros, de certezinha que tinha lá nem que fosse um casal de galinha e galo d'angola) nem precisava de gastar em remédio p'ra a piolhada!...

Na foto acima é o que as nossas galinhas costumam fazer!... além de esburacar as hortas onde ponham a patinha... Já assisti a cenas de ciume marado entre as nossas galinhas, e a última cena foi no Brasil, em Brasilia, no hotel onde fiquei, no interior. Andei pela Góiânia e Góiás!
Em frente, o dono do hotel tinha uma chácara e as galinhas, sempre atrás do galo, vejam a foto...
Já se sabe, saiam de entre a rede de arame que dividia a chácara da estrada, e enfiavam-se no jardim que ficava mesmo por baixo da minha janela, e podia asisstir a tudo , incluindo cenas de sexo gratuito... e vi aquelas galinhas a degladiarem-se plo velho galo armado em herói!... elas as mais acirradas eram apenas 3, as outras nem ligavam, apenas assistiam interessadas ao decorrer da cena, e falavam entre si (eu vi-as falar, juro) a criticar a garnizé, pelo atavio e voltas que dava a fazer o velho galo correr atrás dela, para o ter ao lado, só para ter a atenção dele e a raiva das outras. Mas aquelas lutavam como nunca vi, enquanto ele trazia a garnizé debaixo d'olho, e entretanto galava as outras... Onde é que eu já vi isso? enquanto galam uma, galam mais algumas ao mesmo tempo!... Acreditem que assisti a algo maravilhoso, entre galináceos. Ri-me sozinha pela graça e encanto que todos tinham naquela cena marada entre animais!... A posse, a partilha, o dar e receber, e a raiva por ter concorrência!...






sábado, março 21, 2009

 

Entre prados verdejantes!...



Entre prados verdejantes!...


Prados verdejantes
Papoilas a balouçar ao vento
Os miosótis a acordar
Uma seara a ondular
Enquanto meu Ser
Se deleita a olhar!...

E o sol a erguer-se
Majestoso
A olhar-nos lá do alto
Sem nos deixar em sobressalto
Pois sabe que com ele
Podemos contar!...

E o dia vai nascendo
As suas cores e formas
Vão surgindo
E vão-se distinguindo
Aves a planar
Passarinhos a voar!...

A água corre serena
Sem pressa de acordar
E sonâmbula continua
A deslizar pelos regos
Feitos para a acolher
E a deixar correr!...

Chega o homem
De enxada às costas
Que abre sulcos na terra
Que trata, limpa e colhe
E a água se solta
E se encolhe!...

Ah como é belo
Poder desfrutar de tudo isso
Sem sair do paraíso
Do pensamento
Onde me encontro
Neste momento!...

E como é belo poder sentir
Que a natureza se pode dividir
Que o sol chega a todos
A água a todos abençoa
Por onde passa
E a todos, abraça!...

Feliz dia da Primavera. Saiam por aí, levem uma merenda e acampem nos belos jardins que a natureza nos dá. Nos da cidade não vale!... Nada de lume, de fumar, de acender fogueiras, só mesmo para aspirar o ar da serra, dos montes e ver lá do alto, a beleza com que Deus nos comtempla!...
Um abraço apertadinho a todos os meus amigos que volta e meia vêm cá, seja a diário, seja à semana, ou aos meses. Não importa. É para todos..laura..






sexta-feira, março 20, 2009

 

Vou pro´laró ... e, apreciem...


E como adorei esta foto que tirei da pesquisa, na net...olhem pra ele, bem instalado e a mãe é que carrega, com ele e com tudo, como todas as mães o sabem fazer!...
Dá para apreciar melhor, a mãe é jeitosa, e o rapaz consolado!... não é que não goste de pernas de garrafa... mas... apreciem ninos... há para todos os gostos!. Um xi e até loguinho... o sol convida, ou antes, ouço-o chamar por mim!...






quinta-feira, março 19, 2009

 

Todo o homem é Pai, mas, nem todos o sabem ser!...


Pai. Hoje é mesmo o dia que o mundo consagrou aos nosso progenitores! E como tal, nem preciso que me lembrem que hoje é dia de te agradecer a mão que me deste. A mão que sempre apertei na minha, até já tarde, e a mão que mesmo do outro lado me continuas a estender!
Nem todos puderam ter um Pai, nesta vida. Tu não tiveste o teu a teu lado. A vida levou-o para longe. Mas, acredito que já estiveste com ele centenas de vezes desde que te foste! Acredito sim que é esse o nosso caminhar, quando nos vamos deste mundo.

Há homens que nunca tentaram ser Pais. Outros nem ligaram a isso, apenas criaram os filhos porque teve de ser. Mas nunca dentro deles houve uma parcela de amor! De ensino sobre a vida, de entreajuda! Mas não interessa, eles, os pequenos e sofridos seres que se sentem rejeitados, acabarão por encontrar os seus caminhos nesta vida! E depois do lado de lá, os Pais que nunca o quiseram ser, saberão o que é a rejeição que deram!...
Tenho amigas cujos filhos sofrem na carne a falta paterna. Enquanto eles vivem as suas novas vidas com novos filhos que claro... recebem os louros que os esquecidos nunca receberão! Os meus filhos também tiveram um Pai muito ausente. Mesmo vivendo noutro País, mas pelos vistos, os seus caminhos já estão delineados, e a figura paterna sempre primou por ausente!... Assim que já nem estranham este dia, sem Pai!...

Mas para o meu Pai vai todo o meu amor neste dia, apesar de nunca o esquecer, apesar de já terem passado 17 anos, parece que foi ontem que ele se foi... e para muitos Pais que souberam ser bons Pais, mas, não tiveram a felicidade de ter bons filhos, aqui vai um abraço apertado e um carinhoso beijo, pois Pais são todos aqueles que; Pai ou não, dão amor a todos quantos precisam da mão de um Pai!... Porque há pais Padrastos que são mais que os verdadeiros pais.. O meu Manel também foi um bom Pai para os meus filhos!...

Também não esqueço o meu Paizinho adoptivo, ele adoptou-me até aos dias e hoje, em Serpa Pinto, quando comecei a minha dificil cruzada para poder ouvir. tinha ainda 17 anos. Acabei de falar com ele ao telefone, contei-lhe do flautista, falamos, falamos e no fim diz ele; há tantos anos que começamos a guerrear, para que eu pudesse ouvir. Foi graças a eles que corri e voei por terras e mares, atravessei o atlântico e... sem resultado, mas a boa vontade estava ali, naquela ajuda que sempre me deram... e, agora Graças a Deus, demorou, mas já está a nossa guerra ganha! Estão ambos muito felizes, o meu Béquinho e a minha Côca!... São paizinhos emprestados, mas, muito amados, e os meus filhos são os netos!...

E, obrigada Paizinho, Paizinho da vida, do amor, de todos os SERES!...






quarta-feira, março 18, 2009

 

O tocador de flauta!...


Desde sempre me acostumei a passar lá em cima, no Centro, quase junto ao Jardim de Santa Bárbara, havia um tocador de flauta, ajoelhado, com o chapéuzito para as moedas. Por vezes parava perto,estava rodeado de gente a ouvir (de verão) ele olhava-me como quem diz; ande lá dona, bote moedinha pró ceguinho!...Ele não é cego, é uma forma de falar. Eu dizia cá para mim; bolas quem te ouve que te pague o Concerto! Eu não ouço, sei lá se tocas de jeito se ainda por cima és desafinado! Obrigadinha. Quem tem ouvidos para ouvir, que te agradeça! Mas ficava ali parada, na esperança de conseguir ouvir um som, um som que fosse, mas, nunca aconteceu!

Os anos foram decorrendo, e raro era o dia que ele não estava ali, mas, nunca me atraiu o som da flauta. Sempre pensei que seria algum som parolo, pois a miudagem das escolas quando começam o primeiro ciclo, andam todos de flautinha nas mãos. Os meus também tiveram, mas, nunca perguntei como era o som. Não me atraía!

Anteontem quando fui ter com a minha amiga Sãozita, lá acima, e tive de esperar por ela. Ainda estava longe do tocador de flauta, começo a ouvir um som melodioso a entrar plo meu surfista. Paro. Sabia que vinha dali. Apesar de ter pessoas a passar e perdia-o de vista, sentia que era ele e a sua flauta. Emudeci. Estaquei. Fui-me aproximando devagar. Fiquei ali ao lado dele, ouvi o som memorável que se prendeu nos meus ouvidos.Um som que já vinha de antes, de depois, um som que já fez parte de mim em vidas passadas, porque, soava a algo conhecido, a algo que já viveu em mim... e se desse, eu dançaria ali ao compasso daquele som tão lindo, tão amado! naquele momento... Céus, como é bonito aquele som. Como me lembrei que raramente lhe dava alguma moedita, e como me quis rir para dentro ao lembrar os meus monólogos por ele pedir e eu achar que; não ouço, não pago!...Agora sim, agora vou preparada para a próxima vez quando for lá acima, lhe dar o que puder, por pouco que seja, (ah, tenho sempre pouco ou nada, ehhh mas decerto ele não quer o nada, quer o pouco que seja...)






terça-feira, março 17, 2009

 

Quem quer provar um rissol, fresquinhoooooo?



De tarde não me apeteceu saír de casa, o calor já chateia, e como tinha umas fatias de carne estufadinha, lembrei-me de imitar a minha querida maninha, a Africana, e fazer rissóis!...

É que ela no fim de semana fez centenas deles,que até fiquei aguada, e nos emails diários que trocamos com a turma da pesada que são; a parisiense, pascoalita, africana e mano Gilinho...

(((ah, o gilinho tem a arca com camarão, a abarrotar, lagosta, o que for... oferecem-lhe, e, para mal dos seus pecados, a esposa e os filhos não apreciam e aquilo está lá à espera de ser comido... Que pecado maior... (laurinha porque vives sempre longe de tudo o que gostas?) Minha nossa, eu morro por uns rabitos de lagosta, uns camarõezinhos de qualquer maneira, camarão é camarão e seja de uma forma ou de outra, eu gosto de todas as formas, possiveis e imaginárias...)))


e a conversa caiu sobre rissóis prá qui, rissóis prá li e assim... ora amanda pra cá ora leva pra lá, até falamos em ir ter a Coimbra um dia destes, e juntamo-nos todas lá, e ai, levamos patuscadas feitas e é só falar, comer e beber... Bem, o foguete foi lançado, só há um senão, as ninas pascoalita e africana nunca podem ter o dia livre, juntas, ou falta uma ou falta outra, mas as duas, never, never, nunquinha!... Meninas, acho que tendes de estar mesmo doentes e a consulta no hospital dos Covões já está marcada... é isso aí minha gente...
Vou adorar abraçar a parisiense, parece que a conheço desde sempre, nunca fomos apresentadas formalmente, ehhhhhh. As outras duas já as conheço há um balúrdio de anos... mais a africana, essa já rondam os 35 anos que nos conhecemos e sempre fomos amicíssimas até mais não!...

Bem, fiz os rissóis e ai mando as fotos... Agora ando de maquineta para tudo e daqui nada já nem preciso de procurar coisas lindas na net... só algumas...

Pus uma toalhinha de tecido da Casa Gajajeira, grande Armazém de tecidos a caminho do Bairro da cuca, em Luanda... depois a neide chegou e disse; que lindosssssss, momy, faz uns pouquinhos só para provarmos. Claro, fritei, escorreram no papel absorvente. Não tinha lanchado, costumamos jantar cedinho. é hábito que ficou das terras quentes.
Estava na hora da minha novela.(as 3 irmãs) lembrei-me da nossa casa em Luanda, e como a mãe comprava rissóis que a esposa do senhor Franklim fazia, eram sócios dos pais da minha querida Ligia, a Gi, a menina que cantava para mim... mas que saudadinha me deu, porque o pai ainda estava lá, o mano mais novo, enfim, era a familia reunida, e por vezes a mãe só fritava os rissóis (de camarão, claro, ehhhh) punhamos salada de tomate no prato, e banana a acompanhar, ah, banana nanica, que bommmmmmm. e eu bebia uma Cuca geladinha!

Nem pensei duas vezes, fiz um pratinho com 3 rissóis e abri uma mini cervejinha, fresquinha e... soube-me pela vida!... os rissóis estão bons, ponho sempre um cadito de piri-piri... e, por momentos viajei no tempo e vi Luanda como ela era antigamente, a minha terra mãe!...
Sirvam-se, provem...

(fotos da laurinha)






segunda-feira, março 16, 2009

 

Faxina na minha cozinha !... (até rima)




Hoje foi dia de faxina. Tinha de ser. E como não me meto mais na aventura de fazer tudo sozinha, pois antes, acabando, dali a nada doiam meus braços que nem sei...(cliquem nas fotos para aumentar)


A Neide sempre que vai para fora, trás desses necos miniaturas para colar na geleira... As duas borboletas que lá estão, foi a nina Carvoeirita que me ofereceu quando me foi visitar ao Hospital, da primeira operação!...

Ora, se todos se servem da cozinha, porque não ajudarem? Ah, lembrei-me de pedir ao genro que estava de folga e ... topas meu? vamos limpar a cozinha? tu no escadote e eu limpo os armários baixos. Que maravilha, ainda limpei gavetas, louças enfiei tudo na maquineta de lavar e que delicia, foi só arrumar...


Aquele nino é ouro a limpar, deixa o fogão ainda melhor que eu... e nem aldraba, faz tudo com jeitinho e boa
disposição...



Foi exaustor, apetrechos, prateleiras da geleira, essas meti-as na máquina da louça, cabiam na perfeição, sairam de lá sequinhas e foi só tornar a colocar, as louças, os objectos de enfeite, foi tudo limpo.


Costumo sair dali derreada de cansada, mas, quando ia deitar-me a ver a minha novela das 14, vejo uma mensagem da amiga São de famalicão, que já estava em Braga... Nem sabia que ela vinha cá. Mandei outra e fui a pé ter com ela lá acima. lá nos encontrámos, mas, parecia o dia de nos mandarem passear... ela queria algo, fomos onde a mandaram, eu a fazer de cicerone da minha cidade... Depois já não era ali onde nos mandaram, mas, acolá, escada abaixo, escada acima, xiça, penico, mandavam-nos pra longe e depois para o mesmo sítio, mas que falta de informação grassa nos serviços camarários... Mas que tótózinhos eles e elas são e eram...

Acabamos por terminar a passeata, já estava a ficar tarde, e lá fui acompanhar a minha amiga à central de Camionagem, regressei a pé, mais meia horita e estava em casa!...dááááásssse...foi uma caminhada e peras... mas antes de vir embora, bebemos um sumo e papamos, eu, uma natinha e ela uma sandes! e nem me apetecia, foi mais para ela se calar, enfim, rica tarde né sãozita? ahhhhhhh, aquilo é que foi mandarem-nos passear e trocarem-nos as voltas!... ahhhhhhhhh...






domingo, março 15, 2009

 

Panelas ! casas,a quanto obrigam!...


Ó balha-me, balha-me sim, quem inventou essa panelada toda que temos em casa, que compramos sem fazer falta, pelo prazer de ter a beleza na mesa e ... o pior é lavar aquilo, esfregar, isso juro que não é cá com a je... Eu dou-lhes banhos de sais, eu meto-as na maquineta a ver se por milagre saem de lá mais limpas e a brilhar (invento cada produto que nem vos digo nem vos conto...) Por dentro brilham sempre, ali eu esfrego, que remédio, mas as costas, ai as costas, essas deixo-as para os dias compridos e vou ver se as esfrego nas areias do rio. Foi algo que aprendi em Angola com uma mãe preta..., os minina esfrega os panelas assim, e mostrava-me como a esfregava contra a areia das margens, ós dispois os minina deixa aqui nus amorná, nos corá... enterradas na areia até ao cachaço... e nos mais logo a minina aparece e a panelinha limpinho! num precisa mais esfregá. Os rio lava tudinho, até os cú das panelinha fica branquinho. Enfim...

Mas que loucura, o querer a modernice. Quem se amodernou podia decerto ter empregadas pra lavá os seus panela, mas a minina das resteas num tem quem esfregue a penelinha... num sinhora...
E assim os cuzinho delas, andam sempre bronzeadinhos, inté que me arresolva a fazer o seguinte... é tiro e queda. Deixo dois tachos de molho no tanque com muita água e lixivia até as tapar por completo, digamos, mais moreno tenham o traseiro mais tempo devem ficar... e dali a um dia, costuma ser assim, a não ser que a preguiça me segrede que pode ficar e convém, mais um diazito... mas, nem passa daí, esfrega-se com o esfregão de palha daço, ou um mais grosso, e aqueles cú ficam mesmo no brilhar, limpinhos como panela novinha a estreá... As minhas panelas são todas da Africa do Sul, as primeiras já têm cerca de 32 anos, o manel ofereceu-me um jogo, são das que cozinham sem água, a vapor, mas, raramente as uso assim... mantéem-se lindas (se as limpar a preceito, claro, ehhhhhh...e são elegantes para a mesa. Outras estão guardadas, não preciso delas, tenho os armários bem servidos de panelas, tachos.





E porque raio não mantivemos sempre as cozinhas como antigamente, porque não vivemos no chão de terra (acabavam as esfregonas), varriamos com as vassouras de capim ou de giestas do monte, tinhamos potes que de tão pretos nem se viam se tavam ou não a brilhar! e não
havia fogão pra meter as bocas no vinagre, mas que ideia, e lá vem a palha daço de novo, esfregá esfregá... apetece é botar aquilo no lixo e comprar novas todas as semanas.. pois é! assim; cozinhava-se na lareira, aquecia a casa, assavam-se ali bons pratos, aquecia-se a água para a louça e lavar os pés à noite, mai'lo resto, enfim... e porque cargas de água inventaram as nossas casas umas em cima das outras, porque todos deviam ter uma casinha na terra para poder receber a energia que vem dela... e os móveis para limpar o pó? Bem, isso já é outra história...






sábado, março 14, 2009

 

As flores da Dona Elisa!


Que por sinal é a minha mãe. Tem uma casinha linda, cheia de flores. Fomos lá almoçar, eu fiz o almoço e levei pudim de caramelo e chocolate, uma garrafita de verdinho, o almoço foi bacalhau com puré de batata no forno, salada de alface, tomate, pepino, maçã (adoro maçã na saladinha, dá um sabor adocicado) a dita sobremesa, um cafézito, e deixei tudo arrumadinho. (cliquem nas fotos para aumentar)


Chegamos agorinha, só vim colocar as fotos que tirei às flores, ao cãozito dela o Folley do qual gosto muito e tenho pena que esteja preso, mas, se o soltam ele espatifa tudo, corre, corre, e só para onde for, mas, longe de casa, já uma vez apanhou o portão aberto e lá foi o manel a correr e eu, fina, peguei na carrinha, passei-o, chamei-o e lá o apanhamos, senão... nem em Braga!...


Estas orquideas estão debaixo de uma armação que o pai mandou fazer, tem uma mesa redonda, cabem lá dez pessoas à vontade e é de uma frescura incrivel de verão...

Era um chorão enorme, e fazia uma belissíma sombra, mas, estava muito perto do cimento do passeio ao redor da casa, começou a rachar o dito, depois ganhou bicharada e o senhor que o foi tratar, deitou produto a mais e lá se foi... cortou-se e tem verdes a tapar, já andei lá de tesoura a tentar cortar aquilo

(não cortei a lingua porque não calhou, tanto batia a tesoura e eu a chegar perto dela... foi uma risada, mas, acabou. A dona elisa que pague ao jardineiro dela... suei a bicas mas, cansa pa caraças.... e o manel teve uma quebra nos diabetes, e eu tive de limpar aquilo quase sozinha... imaginam não? eu postei aqui qualquer coisa. xi, nunca mais, a não ser que haja algum suplente...

O pai adorava juntar os filhos e netos, os amigos (vem dele a minha vontade de ter uma casita e juntar os amigos, os filhotes, os filhos dos amigos, o que for... a mãe mesmo quando estava bem, quanto menos trabalho, melhor...)

Raramente vamos para lá, a mãe sofre dos ossos e as pernas dela não ajudam, e sempre que lá vamos, eu e neide, o pessoal todo ajuda e fazemos churrasco ou sardinhas, pimentos e papamos na garagem, levamos a louça pra lá e pra cá, tem lá uma geleira, é só ligar e refresca tudo que é uma beleza.
Agora habituei-me à maquineta das fotos e um dia destes vou pla cidade a tirar fotos...
Tenham um bom sábado.
Ontem e anteontem à noite estive sem net e telefone, avaria nem sabemos onde. E como me dói quando fico sem net, mas que vicio... não fumo, não me embebedo, não ando na vadiagem e assim; haja ao menos este vicio que adoro...






quinta-feira, março 12, 2009

 

A minha Savana !...


E é a primeira vez que o Manel se manifesta num quadro meu, mesmo quando os vê expostos nada diz, é como se não estivessem ali. Se eu perguntar o que acha? ri-se, encolhe os ombros, enfim. Talvez por ser uma paisagem africana, ele nasceu em Nova Lisboa. E ontem quando chegou a casa, olhou, viu a parede diferente, foi ter comigo à cozinha e, a rir disse; uma obra prima!
O brilho é da luz da rua e de ser tirada a foto de diferentes ângulos.

O elefante parece mesmo um elefante. Pensei que nunca iria conseguir reproduzir um paquiderme destes (cliquem na foto para aumentar) mesmo sendo todo a preto, e de longe . Os dentes apaguei-os por 3 vezes (à 3ª é de vez!) e peguei num palito e zás.
Em baixo, quando acabei a Savana, os elementos foram colocados no fim, a medo, mas, acho que parecem o que são. Árvores e um paquiderme.

Esta poesia já a devo ter aqui colocada, só a trabalheira de ir ver e rever, mas, foi escrita porque quando contava aos meus filhos, coisas sobre África e a sua magia, eles nem ficavam muito convencidos. Mas que adorariam lá ir, isso sim, para verem com olhos de ver, só que agora nem interessa!...

Eles não sabem!...


Eles não sabem

Não sabem

Não sabem…


Que quem vem de lá

Deixou a vida presa

Na flor do jacarandá…


Eles nem sonham sequer

Que aquela terra

Não era um amor qualquer…


Eles nem podem entender

Que foi ali que crescemos

Foi ali que vivemos…


O nosso mais belo viver

O começo da mocidade

E de nossos amores, o sofrer…


Eles sabem lá

O que era aquele viver...


Eles nem fazem ideia

Como era ver a lua cheia

Deitados ao pé do mar

A ver o sol chegar…


E quando o sol aparecia

Há muito que lá estávamos

De mãos dadas

A respirar a maresia!...