A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


sábado, setembro 29, 2007

 

O meu sonho...real, verdadeiro...




Uma janela que se abre
Para lá da eternidade
Um bem que se tem no coração
E uma vela em memória da saudade...


Há dias tive um sonho (não é por causa da pascoalita dizer que sonhou não senhora, acho que tivemos o sonho no mesmo dia...Ela em árabe e eu em áfrica ehhhhh...

Bom, cheguei a Luanda, e nem me perguntem como. Uma coisa que faço quando me vejo lá, é ir a correr para casa ( a minha casa de sempre, um apartamento na Rua dos Pombeiros e António Enes, numero 23...) Enfim, subi e fui logo dar à minha casa. Estava aberta a porta, entrei, não vi viva alma, fui entrando e observando melhor, estava tudo como naqueles filmes passados em África, a terra vermelha da construção de antigamente estava caída pelo chão e era como se tivesse ficado aqueles anos todos ali, pó muito pó e teias de aranha, e iam começar a remodelar a casa, seria tudo feito de novo. Acabei de entrar, fiquei ali a olhar o infinito, da janela ainda se via o mar. Andei por ali, estava tudo sem um único móvel (nós levamos o que quisemos e o resto demos antes de ir embora dali)

Recordei os meus belos tempos e um amor que ainda guardo no fundo da alma, digo guardo, guardei-o sempre num cantinho muito meu, aliás guardo todos os meus amores no cofre, e deitei fora a chave, e assim ninguém sabe o segredo, nem eu!...

Estava ali embebida nos meus pensamentos, em como a vida é esquisita e já me levou pelo mundo fora, quando há milhares de pessoas que nunca saíram da terra onde nasceram! Eu já morei em tanta terra em tanto lado que já perdi a conta dos passos que já dei pelo mundo!...

Deixei-me ficar ali, fui à varanda, era o momento do entardecer, quando o sol se escondia no mar. Fui andando para saír dali, já me sentia incomodada, mas algo me prendia os pés ao chão...Comecei a sentir algo a aproximar-se, nem me voltei. Sentia que era ele, suas mãos envolveram os meus ombros, foi a mais bela sensação que tive até hoje em sonho, não dá para explicar... fitamo-nos nos olhos enquanto dava a volta e me enlaçava... Era ele, veio para ficar!...


Já é tarde para ti!... (minha Luanda)



Já é tarde para ti
Já não há volta a dar-te...
Depois de tudo a que assisti
Quando em sonhos te visitei
E, acredita mãe amada,
Nem te reconheci...

No meu sonho fui visitar-te
E andei por ali a olhar-te,
Voltei à casa onde morei
Estavam todas velhas,
Irreconhecíveis algumas,
E outras a serem renovadas...

Reparei na terra vermelha
Que tinha sido usada na construção,
Ela lá estava, pelo chão espalhada,
Como se lá estivesse há mil anos,
E assistisse aos nossos amores
E aos desenganos!...

Quis vir-me embora, não consegui,
Algo mais forte me sustinha ali.
Senti uma mão pousar no meu ombro,
Era uma sensação irreal
Ter alguém a abraçar-me a aconchegar-me...
Era ele, ele estava ali e sorria para mim...

Era ele, era ele sim, depois de tantos anos,
Estava ali, e voltou por mim...

Pois, mas que belo sonho dirão uns, e que romanesco dirão outros e que balzaquiana, mais uns, que me importa! tive um sonho lindo e adorei sonhar assim. Ai quem e dera que fosse real e pudesse esquecer que já saí de lá e nunca mais lá voltei!... A flor é uma rosa de porcelana a minha preferida em Angola, pétalas duras, mas linda linda e dura dura na jarra...Era dessas que o meu pai me oferecia nos meus anos...








sexta-feira, setembro 28, 2007

 

Passei por um monge, calado, caladinho, caladão...


Velho monge!..

Velho monge que passas

Embrulhado no teu capote de burel
Um cinto de cordas grosseiras,
Mãos esguias e ligeiras.


Velho monge que nunca páras
Não sorris, nem falas,

Porque andarás assim nesse silêncio
Acaso pensas que foi Deus que ordenou?


Não sabes que foi a lei que os homens fizeram,
E com essas muitas mais,
Que apenas beneficiam os quereres de alguns.
Velho monge deita fora esse silêncio


E caminha pela estrada,
Sorri para quem por ti passar
Abraça quem quer que seja,
Que Deus premeia o amor.


Ele quer que rompas esse mutismo,
Que fales e ouças também
Que procures ajudar,
E onde possas encontrar
Quem te ajude também.


Velho monge não precisas de andar na estrada,
Os tempos que já lá vão, não valem nada
Precisas apenas de mudar o pensamento
E de ser livre como o vento...


Talvez alguma promessa ou ritual ou sacrifício como eles lhe chamam, mas, sinto que está errado, eles podiam andar por onde quisessem, ter os amigos e dar umas voltas, conversar com as pessoas, mas não é isso que dizem. Dizem que não podem,estão proibidos pela Santa Madre Igreja (ehhhh) Ainda há quem acredite neles, nos Padres grandes e nos Bispos e por aí fora... eles poderiam ter uma companheira e não serem obrigados (pela opção que fizeram ao escolherem ser padres, monges!) Deviam poder casar, juntar, o que quisessem...Claro que muitos o fazem pela calada, e cá para mim...pois fazem eles muito bem. O homem e mulher foram feitos para se completarem e não para viver na solidão.
Também foram eles que escolheram viver assim e portanto!...
Mas estes monges que vejo por vezes, raramente saem lá dos conventos onde vivem, e se saem nem trocam palavras com ninguém (depende da Ordem onde estão)...








quinta-feira, setembro 27, 2007

 

Fui lá acima de tarde (ao centro da cidade)




Fui espairecer, aperaltei-me à maneira, sinto-me tão jovem ultimamente que nem olho para os mais velhos! Sinto-me jovem, e sinto que não vou acabar velha , não vou porque não quero. Passem os anos, passe a vida, passem quem quiser, mas eu estarei ainda jovem quando me for...

Bem, ia por ali, vi um grupo de gentes e mais gentes, pensei cá pra mim, olhós bombos, mas nem eram, no meio estavam dois homens a tocar concertina e milho, muito milho, assim como se arranca da terra, e o povo ia tirar as espigas que quisesse. Meu Deus, aquele cheiro que me subiu pelas narinas, aquele suave odor que o milho tem quando se arranca, e se amontoa, a minha avózinha e tias costumavam apanhar uns pés para deitar às vacas na corte...Mas aquele cheiro mudou-me o dia, mudou-me a alma e lembrei aquelas tardes de verão Outono quando ia com a avó buscar o milho para deitar ás vacas...Minha avó, minha casa da aldeia, minha aldeia que nem é minha, minhas gentes que lá estão!...Ó avó, doce avózinha que te amava tanto e tu a mim também. Que pena tenho que o tempo passasse tão depressa. Como sinto a tua falta para poder deitar a cabeça no teu regaço para que me afagasses... Ultimamente já era eu que te mimava, mimei-te sempre até hà hora de te ires, e, ainda me lembro quando dizias a todos que eu (entre dez netos e netas e dois bisnetos (os meus) era a tua netinha preferida... E eu ralhava-te que isso não se dizia, as outras netas podiam nem gostar.
Quando fomos para Luanda, escrevi sempre, sempre, era eu que dava as noticias da casa, mandava fotos, explicava-te tudo para que conseguisses entender como era aquela terra onde vivíamos. Quando vínhamos cá de férias, era uma alegria e tu mais que ninguém querias engordar-me à força, (com 14 anos pesava 40 kilos,) e de tarde depois de sornar, fazias-me lanchar batatas fritas às rodinhas com o presunto magrinho, e quando não havia ovos, eu ficava ali no pátio à espera que a pintada pusesse o ovo e começasse a cantar e dizias tu, ela está a chamar para ires buscar o ovo, mas já me fazias isso desde menininha...
Assim minha querida avózinha, com aqueles cheiros do milho, voltei atrás à nossa vida de antes e aos bons momentos também!...
Obrigada avózinha, por tudo e pelo amor que sempre me deste.


Acende a lareira avozinha…


Acende a lareira avozinha
E dá-me aquela cadeirinha
Que sempre foi minha!
Deixa-me sentar ali
Como quando era pequenina,

Esquecer que já cresci
E que tenho de me lembrar

Que a vida é mesmo assim…

Anda avozinha vem sentar-te junto a mim
Vem embalar-me como só tu sabias,
Vem cantar-me as tuas canções
Onde entravam melros e cotovias.

Vem ajudar-me a esquecer

A vida que me faz andar à nora,
E me faz regressar ao passado
Que não doía como agora…


Vou esperar que me faças
Aquelas batatinhas fritas
Com o ovo estrelado
Que eu ia buscar ao ninho,
Assim todo fresquinho,
E tinha a acompanhar
Ricas febras de presunto
Às quais tiravas o unto.


Minha avó, minha avozinha
A vida já deu tanta volta,
A tua casa antes tão cheia
Todos queríamos ir para lá,
Agora poucos o fazem,
E eu apenas vou visitar-te
Levar-te algumas florzinhas,
E recordar coisas minhas…








terça-feira, setembro 25, 2007

 

Tenho saudades da minha beli...



A minha amiga pistoleira, porque sabe tudo, vê tudo e entende tudo, é fina, inteligente, boa conversadora, e poucos lhe podem passar a perna... Nasceu em África e já se vê!...

É uma amiga minha que não vejo há muito tempo.
Somos amigas há mais de 30 anos. De longe a longe ela vinha
cá, mas agora o tempo encolheu para ela, raramente escreve
raramente trocamos sms, e eu sei que a vida está demasiado
carregada devido aos problemas de sáude dos pais.
Apenas lhe quero dizer que continuo a amá-la como antes e não mais
esqueço os nossos bocadinhos de treta sempre que podíamos.
Muita risada soltamos e muita lágrima choramos juntas, de perto ou de
longe, pudemos sempre desabafar.
Há anos quando passou por maus bocados, ficávamos aqui no msn horas
e horas, por vezes olhava para o relógio e eram duas e tal da matina.
O marido já dormia há muito e eu lá ia deitar-me a rir entre dentes, pois ele
é que era o noctívago..(ele nem sai de casa, mas fica a ver tv até tardíssimo).

Ah, e ela é uma nina pistoleira, uma mulher corajosa e lutadora, nem sei que palavras usar para a descrever... Enfim, é o melhor que um Ser pode ser... e está tudo dito...
A pascoalita também é amiga dela e conhece-a bem... fartamo-nos de rir as 3 quando dava jeito que agora o tempo é escasso para tudo...
Assim mando-lhe daqui um abraço, um abraço do mais puro amor e franca amizade e quem sabe um dai destes dará para ir ter com ela um dia que seja.
Beijinhos para ti Belinha, muita calma e muita paz no coração, mas a vida dá-nos
maus bocados também.
Amo a ti nina dáfrica.








segunda-feira, setembro 24, 2007

 

Estou cá com uns calores que...




Só me apetece ir fazer companhia a estes três da vida airada.
Que refastelados e felizes, e ainda temos pena deles porque parece que os ursos passam frio!... O tanas é que passam, olhem só se não estão felizes da vida!...
E têm cá um bom casaco cada um, que há quem dê fortunas por um igual...
Mas eles estão alheios a isso tudo. Estão na maior e a aproveitar o dia o melhor que podem...








 

E a casa... vai-se sonhando...






Pois é, à conta de tanto falar nela, não tarda aparece por aí algum Principe das Arábias com uma, só me vem entregar as chaves e vai-se!...
Era bom não era? E se há tanta gente que recebe presentes, mulheres que recebem jóias caríssimas porque não haverá uma casinha aqui para a laurinha (até rima) eu só queria uma simples (mas com bom gosto...) aí teria de meter a minha mão! só confio em mim para isso...

Bem, já agora e como dizem que os sonhos se transformam em realidade (eu sei que é verdade, porque muitos sonhos já realizei!) uma simples casinha como ia dizendo, não menos de 4 quartos claro, dois wc chegavam bem, mas se tiver uma arrumação lá fora e mais uma para não sujar lá dentro quando se vem da jorna do jardim...enfim...sempre era melhor, para os carros ( e mais este para percorrer tudo à tarde ehhh serve de maquineta de relva se serve ehhh)bastava um grande alpendre... Bem, mas vejam bem, várias espreguiçadeiras para a familia ou os amigos uns bancos de jardim em verde, sem ser de plástico, (gosto dos de ferro trabalhado...uma mesita ou outra, baloiços e um pedaço para futeboladas para os ninos dos orfanatos que vão lá passar fins de semana... E se houver um celeiro abandonado, faz-se ali uma parte com beliches,( e é ali que os amigos dormem quando forem mais que muitos ehhhh) mesa de ping pong, pc e jogos para quando chove e para eles ensaiarem as teatradas e aprenderem coisas... haverá de tudo para eles...
E claro que depois me posso dedicar à pintura, só me falta aprender isso, mas depois de aprender, é com uma perna às costas que os pintarei, como esse que aqui exponho que achei na pesquisa e lindo demais...
Vamos com calma laurinha, parece que estás a fazer um projecto sem ter por onde começar...Eu tenho, eu lá sei de onde virá o que faz falta. Apenas preciso de tempo e mais nada, mais nada não, preciso da ajuda DaquEle que tudo pode, tudo empresta e tudo resolve!...Eu sei que Ele está de lho em mim e a ver o que práí ando a fazer...
Já não falo mais na casa, mas, apeteceu-me e pronto...

Um sonho para realizar...


Uma casa com jardim
Árvores frondosas,
E que tenha uma alfombra,
Verdes muitos verdes
E longos carreiros de rosas...

Levantar-me-ei todas as manhãs
Antes de o sol nascer
E quando ele chegar
Estarei lá para o receber...

E de manhã cedinho
Vou regar o meu jardim
E como não podia deixar de ser
O Shaka estará sempre junto de mim...

E depois de tudo feito
Sentar-me-ei por ali a eito
E sentirei a emoção
Apossar-se do meu peito...

Sentirei o doce perfume das rosas
Olharei as minhas orquídeas raras
Verei crescer as flores
E entre elas os meus amores...

Que são perfeitos em flor
Que de verdade não os há
Há apenas amores a fingir
Mas isso nem é chamado para cá...








domingo, setembro 23, 2007

 

Um manjerico para o Adriano...



Bem, é assim que adoraria ter os meus canteiros... Eu consigo! As sagitarianas têm jeito para tudo, inclusivé para meter a pata na poça, mas não faz mal, eu tiro dali proveito...
Olhem só eu a passear por ali com os meus amigos...hum, que bom...cliquem na foto para aumentar.



Aqui está o tal do bem me quer, mal me quer, ele lá saberá o que vai encontrar...

E já agora um manjerico para o Adriano, que se tem portado Divinamente com as ninas que gostam muito dele, é não é ninas? É uma simpatia e merece um vaso assim, tal e qual, a enfeitar a janela do quarto, para que o aroma entre por ali adentro...


Agora tenho de mostrar estas glicínias que adoro, o cheiro dá-me cabo da cabeça, é estonteante, e quando passo por elas, fico a olhar e a aspirar e aqui em Braga há imensos pés de Glicínias...Também gostam ou não?

E prontos, é para o Adriano cheirar e comer com os olhos, e para se ir preparando para cavar na casa da laurinha e, claro que todos vão ajudar, se vão, senão a sardinhada nem chega a aparecer...Vamos a preparar para encontrar a casita dos meus sonhos, tem de ser aqui por Braga, nada de Alentejos ou Coimbras, a minha terra onde vivo e me sinto a contento é esta, e aqui são mais em conta que noutros lados.

Vamos lá comecem a mostrar flores que há tantas por ai...
Eu adoro tudo que é natureza, desde uma cana a uma árvore...
beijinhos a todos já que estamos aqui...


Quem quer fazer versos ao S. João ou ao Santo António, é a despropósito, mas quem sabe, sai coisa linda..Vamos lá às quadras, ora se vamos...
O prémio é um manjerico, sem ser pela cabeça abaixo...


Eu nunca compro, nem tem dado jeito, este ano que vem e à conta do Adriano falar neles, pois hei-de colocar um na minha cozinha...








sábado, setembro 22, 2007

 

A minha mana pascoalita e as jardinagens dela...




Queria fazer-te um jardim cheio de flores, mas as minhas habilidades resumem-se a isto...
Ora aí está uma belíssima orquídea, adoro a cor lilás.

A de baixo conhecia na África do Sul, e tínhamos no nosso jardim muitas.

Essa de baixo com essas lilases é um recanto lindo numa varanda ou fora de casa, podes inventar de tudo e fina como és, pões ali um jardim de sonho.
Vai tratando de tudo que mais dia menos dia tiro as minhas sonhadas férias e passo por aí...
Assim faço-te uma surpresa, e quem sabe alegro-te, que andas demasiado sorumbática...
Agora já sei porque andas sempre a pedir ao S. Pedro que mande chuva e pouco calor,


é para amaciar a terra dos vasos e a tarefa ser mais leve. Lá conseguiste levar o hortelão aos vasos e quero ver o que compraste.


Adoro estas florzinhas lilases e nem sei como se chamam. Quando fui com a Ana Maria passar um cadinho da tarde a uma casa de festas com um lindo jardim a Abadia Deste, as palmeiras tinham as folhas debaixo cortadas e nesses espaços estavam a abarrotar dessas florzinhas, até mandei fotos lembras-te moça?
Pois hei-de por disso lá na minha casa.
Ó Adriano sabes como se chamam? Como cavador e coisas assim deves saber de algo, ora diz-me lá o nome para eu não esquecer, e quero muitas muitas espalhadas por ali...

Nina adrizinha anda cheirar e comer com os olhos estas florzinhas da pascoalita...
Cusquinha entra e cheira, cheira...
Alkinha senta-te e aspira este suave odor...e relaxa moça...
Menina do rio, pára um cadinho a tua correria e descansa aqui.
Africana andas desaparecida, eu entendo, mas senta-te e fica um pedacinho a olhar para isto.
Menina tété seja bem vinda a aspirar estes aromas...
Sejam todos bem vindos os meus amigos e da pascoalita, claro.
Como ela ia jardinar, não sei se vai falar sobre isso, se vai escrever outra coisa qualquer,
Ehhh diz que pifei a imagem que queria para ela, mas longe de mim saber isso...
Guardado está o bocado para quem o há-de comer, mas podes por igual, a mim não faz diferença mana...








sexta-feira, setembro 21, 2007

 

As férias de toda a gente!...





É assim, todos foram de férias, uns para aqui, outros para ali, claro que a maioria das amigas e amigos (tamém tenho amigos ora essa!) foram com as suas metades, ou seja, levaram maridos e mulheres atrelados.
Para mim já está fora de questão há imenso tempo. Simplesmente acho que se andamos por cá a viver juntos há anos e anos, se dividimos a cama a casa e a comida (alto lá que eu é que cozinho lavo e passo, e..muitas coisas mais...) porque cargas de água havia de dividir férias com ele? Mas férias não devem ser uma relaxice do caraças? Então porque estragá-las? ter de ir para ali que é melhor, para aqui que é mais nice, olhar para um lado do mar se eu quero olhar o outro? Já disse a um amigo que andamos todos ao contrário. Férias, as verdadeiras, é fazermos o que queremos, até podemos namorar ao menos nas férias, claro que não é com quem já estamos cheios de namorar. Sem ofensa para os casais que realmente gostam de ir juntos, e, claro que não me vão desmentir...ehhhhhh, até deve ser melhor...namorico de férias fresquinhas todos os anos, nem era lá muito má ideia pois não? Acho que vinhamos rejuvenescidos e genica para recomeçar, aposto que alguns aproveitavam para não voltar mais ehhhhhh.
é por isso que nunca vou de férias, e quando for claro que vou com as amigas e há sempre amigos por lá, ora essa!...E não falo dos filhos que esses para mim a sua presença é ouro sobre azul... Mas..é que agora cresceram e!...Mas fico feliz por irem de férias e bem acompanhados...
Mas o que eu queria mesmo, era a casita para plantar flores e sornar por ali...








quinta-feira, setembro 20, 2007

 

Vejo-te chegar!...


Vejo-te chegar

Envolto nas mais belas cores,

Que nem as auroras

Contigo se podem comparar.


Vejo-te chegar

Tão belo, tão real

Qual poema de alegria,

Quando nosso coração confia


No que a vida nos dá,

Ela de tudo trás com ela,

E por vezes penso

Que já se esqueceu de mim.


Mas agora ao ver-te

Mesmo de longe

Minha alma está confusa

Porque não acredita ainda


Que és tu que estás a chegar

Envolto nas mais belas roupagens,

E vens para ficar

E já sinto tuas mãos na minhas entrelaçar!..








terça-feira, setembro 18, 2007

 

Os melhores vizinhos que já tive na vida...




Já lá vão uns 12 anos, moravam por baixo de nós. Formavam um casal muito romântico. Sempre que os via lá iam eles de braço dado, mãozinha dada, ou simplesmente abraçados, raramente os via afastados.
Tinham um terraço e a nossa sala dava para esse lado. Juro que os admirava imenso, e então quando começaram a chegar os móveis deles, e depois comecei a sentir a musica no meu sofá, passei a ter uma adoração especial por aquele casal, que sem querer, me dava música quase todo o dia, o sofá estremecia com o ribombar das colunas e o meu corpo e a minha alma, agradeciam ... eu dançava, bamboleava as ancas e o meu marido ria-se e os meus filhos também gostavam, até saltavam de tanto riso.
Confesso que cheguei a sentir um ciumezito de os ver tão agarradinhos e o mê Manel nem era disso. Cheguei a dizer-lhe: -Ó homem, já viste estes vizinhos? andam sempre de mão na mão, e ele arrematava logo: - Pois é, na rua abraçam-se e em casa sabe Deus! Lá estás tu ó homem, então achas que se não fossem amigos, andavam a fazer fitas?
Bem, o tempo foi passando e a música era uma constante na minha vida e na deles. Nunca lhes agradecerei tanto bailarico bem sentido, pois ouvia melhor com os sentidos que com os ouvidos...

Um dia o Nuno adoeceu, passou mal a noite e não foi à escola, claro que ia logo para o sofá para ver tv, devia ter uns 12 anitos. Eu fui às compras e quando cheguei diz-me ele muito triste: ó mamã nem vais acreditar... os vizinhos ... que foi filho, meteram-se contigo? não mamã, nada disso. Olha, quando saíste eu estava aqui a ver tv, de repente ele põe a música muito alta mas ainda tive tempo de ouvir a senhora a gritar e a dizer: - malandro, pões a música alta para os vizinhos não te ouvirem a bateres-me!... Isso, põe mais alto que eles acabarão por saber quem tu és!
Fiquei atónita, nem podia crer que estive todos aqueles meses a dançar à custa da pancada que a pobre coitada levava. Nunca mais gostei e nunca mais dancei e graças a Deus, pouco depois mudaram de casa e, enquanto ali estiveram aguardava pelo dia seguinte e esperava vê-la afastada e amuada sem dar o braço ao marido, mas qual quê? Lá ia ela feliz de mão na mão coração com coração! Porra!...
Eu acho que ela devia responder às festas dele assim, de pistolas e má cara, mas é que hoje passei de carro por eles, e querem ver? ainda continuam juntos e lá iam de braço dado, mas que ternurentos...Arre, quem aguentava isso? Eu? porra!... Ela devia mandá-lo pá li, assim mesmo, para aprender...e não lhe abrir mais a porta... Mas parece que o gajo até está satisfeito ehhhhhhhh








segunda-feira, setembro 17, 2007

 

Era uma coisinha assim...




Que eu queria para mim,
Cheia de relva e flores,
Rodeada dos meus amores
(amores são todos os que amo,
desde filhos a amigos)
Sentar ali naquela fofura,
espraiar a vista pela lonjura,
Encostar numa árvorezinha
Falar com Nosso Senhor
Quando o dia acabasse
pela tardinha...
E pela erva rebolasse
Sem que dali mal me viesse...

imaginem como seria, a laura ali dentro, naquela mordomia, a receber os amigos todinhos...
Com aquela vontade tão grande que tenho, acredito que isto (isto sim) ainda se vai realizar e já nem deve faltar muito... É que Nosso Senhor cansa-se de me ouvir e depois diz ao Pessoal Dele; rapazes vamos a dar o que a laurinha quer, senão a garota chateia pa caramba!...
E claro que já estão todos convidados...








sábado, setembro 15, 2007

 

É assim que vemos a lua?




Uma belíssima mulher, de vestes lindas e enormes cabelos compridos?
Bem, eu perco horas a olhar para ela e a tentar ver se tem algum encontro amoroso de noite...
Já me confidenciaram que era amante do sol, não sei ao certo, mas já fiz uma poesia sobre isso...

Sentei-me a ver o luar
Que entrava pela minha janela
Meti-me a vasculhar
Por onde entrará a lua
E por onde sairá ela?

Dizem que o sol e a lua
São inimigos mortais.
Olhai gentes
O que eu vi
E vós não vistes jamais
Nem nisso reparais.

Eu vi o sol de mansinho
A esconder-se devagarinho
Atrás das costas da lua,
Por isso ela brilha tanto
E nos alumia na noite escura.

Ele dorme docemente
Encostado suavemente
Protegido ardentemente
Pela divina lua

E por isso muitas vezes
Ela aparece inteira
E outras, é meia-lua
Lua cheia
Quarto crescente, Minguante.

E reparei nessa noite
Que mal o dia nascia
A lua fugidia
Embrenhava-se suavemente
E deitava-se a dormir
Mansamente, no regaço do rei sol
Que tinha uma luz tão forte
Que assim ninguém a via.
E muita gente ainda porfia
Que a lua e o sol
Nunca podem ver-se, de dia…








sexta-feira, setembro 14, 2007

 

A safada da cusca...




Disse que se ia deitar, e até mostrou a imagem dela a nanar com os anjos, ela nem sabe, mas...encontrei-a e ela nem me viu, e olhem só o traje...
Eu bem sei o que causou isto tudo.
Deram-lhe daqueles pacotes de chá que nem eram para a idade dela e agora vejam...
Eu bem a aconselhei que não tomasse aquilo que ainda era cedo, mas a curiosidade matou o gato.
E a safadinha deixou um bilhete lá na porta a dizer que ia nanar com os anjos... eu dou-lhe os anjos...








quinta-feira, setembro 13, 2007

 

Um sapato no meio da rua à noite...



Foi assim mesmo, de regresso a casa, depois de deixar a minha mãe na casa dela, eis que deparo com esta bota abandonada no meio da estrada. Saio do carro olho-a e digo; onde andará o teu par ó bota? Será que a corrida era tão puxada que a outra nem sabe onde foi parar? Bom, pode-se sempre imaginar né? Pois vejamos; o casal de amásios deu conta do bater do portão da entrada já tarde...E o homem não esteve com meias medidas. Foi buscar uma enxada (era no campo) e foi atrás do dono da bota, ou das botas enquanto eram duas, e com a pressa uma ( a da foto) ficou pelo caminho...A outra lá foi calçada e o homem terá muito que explicar à muié quando chegar a casa sem ela... Se for esperto diz que o assaltaram ( e deita a outra fora) se for burro ainda vai inventar alguma e acabará por ser apanhado!...Enfim..foi o que saíu...(claro que não consegui encontrar um sapato velho e saiu uma bota, e os versos são sobre sapato abandonado, enfim...


Sapato abandonado!...

Sapato abandonado
Caído no meio da rua,
Onde andará o teu par
E que fazes tu aí à luz da lua?


De quem serás?
E os pés que te calçavam por onde andarão?
Porque ficaste sem o teu par.
E que fazes aí sem reclamar?


Todos os dias se encontram sapatos
Abandonados e sem o seu par,
É que as gentes também fazem isso
E há muitos pares para se encontrar.


Será que o teu dono ia a correr
À frente de algum marido enraivecido,
Que não teve tempo de te recolher
E ficaste ai a apodrecer?


A tua história não a podes contar,
Mas o povo fala e torna a falar,
E de certeza que és o sapato que ficou
Pois com a pressa ele não te pode calçar...








quarta-feira, setembro 12, 2007

 

Táqui a nina das mil cores, a lambareira.




É tal e qual esta, fiz três taças, duas para oferecer a duas amigas que de vez em quando mimo-as com uma sobremesa destas ou outra e ficam felizes porque não têm tempo de as fazer!
Em vez de por a taça em cima da mesa como é tradição, gostei de a instalar onde tenho artesanato e a foto da nina de África, o sapato à frente é do Béquinho em Serpa Pinto, junto ao rio onde eu e a Côca tomávamos as nossas banhocas de beleza (lama) o Cuando.

Ora vamos lá, Fazem-se gelatinas várias e às cores, morango laranja, ananás, limão verde, frutos tropicais, maracujá, pode ser um pacote de cada, vão à geleira endurecer como se fosse para comer.
Faz-se pudim de baunilha, 3 pacotes para litro e meio de leite, tira-se um bocado, uns 250 decilitros, para ficar mais duro, reserva-se até endurecer. Pode fazer no dia anterior e fica tudo na geleira.
Numa taça bonita e branca de preferência, colocam-se bocados de gelatinas às cores, depois salada de frutas de lata (eu compro uma lata das grandes que rende mais) partem-se palitos à la reine aos bocadinhos e mais bocados de pudim espalhados, volta-se a por gelatinas frutas palitos e e pudim até acabar, no dia em que se vai comer é que se batem as natas com um tico de açúcar, ficam quase a engrossar, pouco, deitam-se por cima e vai-se abrindo caminho com uma faca, no meio e dos lados para que as natas escorram e faça o efeito lindo que tem na foto, deve servir-se bem fresquinho...
Pois sejam servidos e não se acanhem, a quem quiser podem levar a taça para casa que ela estará sempre cheia.
Sejam felizes e lambusem-se todos.

Depende das quantidades que querem fazer.

Vários pacotes de gelatina às cores
Pudins de baunilha
natas para bater
Palitos à La reine
Salada de frutas de lata (escorrer a calda)








terça-feira, setembro 11, 2007

 

Beijo gelado!...




Beijo que não foi sentido...


Beijo que não foi sentido
Que não foi bebido
Dos lábios frios que o deram

Beijo que se foi sózinho
Para o lugar de onde
Nunca devia ter saído

Beijo frio, beijo amargo
Que engoli de um trago
Junto com o champanhe

Que me trouxeste
Quando soaram as badaladas
E, eu sentada ali sozinha

A pensar que a vida é esquisita
Que nos prega cada partida
E, ainda tenho que ser agradecida

Beijo frio, regelado
Qual beijo ignorado, e,
Que saudade do passado...








segunda-feira, setembro 10, 2007

 

A cadeira do Júlio...




Sim, é apenas uma cadeira de praia, tenho-a já há imensos anos. Era do Júlio o meu amigo de Pretória (África do Sul), éramos amigos a mulher a Ester e a filha Mafalda, ela tinha uma irmã que era minha vizinha, morávamos no mesmo prédio na rua dos Pombeiros e António Enes ,e o filho deles o João, costumava passar férias na casa da tia, brincávamos com o resto do grupo que morava todo ali, o João pequeno, o Luis, a Lígia essa ainda era pequenita, mas corria atrás de nós...o Luis de cima a mana dele a Lurdinhas o Inácio, e corríamos aquilo acima e abaixo, boas recordações, e o João e eu como morávamos lado a lado e as varandas também, quando estávamos em casa, falávamos nas varandas, ficávamos ali até ser tarde,sentados nas respectivas pedras do balcão. Depois nunca mais nos vimos.

Um dia em Pretória na casa da Côca e béco, estavam lá uns amigos o casal Ester e Júlio, que me disseram que se lembravam de mim de Luanda, pois o João falava imenso em mim, e assim nos conhecemos melhor.Ele era colega do meu pai.
Passado pouco tempo ele adoeceu foi internado e era leucemia. Conseguiu safar-se para alegria de todos. Mas, passados meses voltou tudo de novo, e lá ficou internado mais uma vez...
Ia a casa deles muitas vezes e juntávamo-nos na Côca muitas vezes também. Os meus filhos adoravam o Júlio e a Ester, era um amor maravilhoso. Como a Ester não conduzia, ia eu levá-la ao hospital todos os dias de manhã e às 14 ia buscar a filha a casa e levá-la ao pai, só podíamos vê-lo do lado de fora da janela e com máscara. a Neide rezava, pedia que jesus deixasse ficar o amigo (57 anos) mas não foi possível.
Soubemos da sua morte pelo telefone. Foi a Neide que atendeu, tinha apenas dois anitos,(como eu não ouvia os filhos é que atendiam o telefone) e dizia entre soluços, o Júlio morreu. Foi uma tristeza,chorávamos os 3 o Nuno tinha o quarto dele com quadros do Mickey da Margarida e do Pato Donald, tudo feito pelo Júlio... a Neide foi buscar o bloco dela e foi para a mesa da sala de visitas e fez muitos e e e e e e e coraçõezinhos pelo meio, encheu aquilo dos dois lados e foi dar-me para dar à Ester, perguntei o que tinha escrito, diz ela a soluçar; beijinhos para a Ester e a Mafalda, e que, e que , e que, soluçava mas continuava a querer dizer e lá acabou, e que, o Júlio esteja bem.
A Ester passado um mês foi para o Canadá (quem me dera saber noticias dela) e deixou-nos a cadeira de praia do Júlio, era a preferida dele, aos quadrados amarelos e brancos, linda, elegante.
Tenho-a na varanda e sento-me muitas vezes lá ao anoitecer enquanto faço meus colóquios com Deus... E muitas vezes reparo na cadeira como se ela me pudesse trazer a presença querida do meu amigo...E, para mim não é apenas uma cadeira, é a cadeira do Júlio...








sábado, setembro 08, 2007

 

Ai que saudades meu Deus!...




Dezassete anitos, dezessete só, ora contem lá pelos dedos, para saberem e verem a diferença entre mais uns 38 anos em cima. A foto como foi aumentada ficou a modos de amarelada e às cores, mas nem interessa, interessa que foi em Serpa Pinto, Angola e onde quebrei corações, onde foram pedir a minha mão, mais que uma vez... ao Óscar meu pai adoptivo e onde muito me ri por ser capaz de dar cabo deles ehhhhh..coisa que agora por mais que quisesse, nunca conseguiria, é que os anos passando, transformam a mais linda das ninas.
Durante o meio ano que lá estive na casa dos meus paizinhos adoptivos. Vivíamos no mato, mato mesmo, mas com um grande largo e algumas casas, um hospital,escola, oficina, não era longe do centro da cidade, apenas uma meia hora de carro.

Eu amei viver ali, amei cada instante que vivi naquela terra.
à parte da natureza que nos envolvia e que me aprisionava os sentidos, longos kilómetros de arvoredo, o rio Cuando, onde tomei as mais belas banhocas da vida, em rios de lama quando as tempestades tropicais desabavam e ficávamos sem água em casa, então deixavamo-nos ir por ali abaixo a escorregar até cairmos na água suja, lamacenta (eram os nossos banhos de lama e de beleza.)

Vivi com a raça bosquimane, e fiz muitas amizades entre eles, apesar de serem ainda incultos na altura, nos anos 68, e ainda vinham da mata e para lá tornavam por não gostarem de viver como nós.
Ajudei a fazer roupas de vestidos usados que a Cáritas nos dava, eu cortava arranjava, cosia à máquina que sabia costurar lindamente naquela idade... e a minha ajudante a mãe adptiva a Irene e outra amiga nossa a Guilhermina, cosiam as bainhas à mão, enfim, muitas meninas vestimos com cores lindas e elas sentiam-se felizes, pois nunca tinham tido nada feito para elas (na altura, claro.)

(voltei a retocar, faltava escrever isto!)
Tínhamos o nosso Hospital, uma grande sala com camas limpas, e apenas um enfermeiro, que coitado, volta e meia estava na lua com o que bebia, fui muitas vezes ajudar nos tratamentos, e raro era o dia que não íamos lá visitar os doentes.
Também comia a farinha de milho feita por eles, num panelão enorme onde as moscas entravam sem ser convidadas, mas, o que não mata ,engorda.
Tinha um camaleão a quem dei o nome de Pedro, e andava no meu ombro ou subia para a minha cabeça, quando me dava, levava-o ao pé do caldeirão da farinha de milho e como entornava, as moscas estavam ali ás centenas e ele só tinha de esticar a lingua bem linguaruda dele, e consolava-se...

Andava por ali na bicicleta que o Hedler um alemão que trabalhava lá na oficina, me emprestava, e por vezes na mini Honda dele, ali aprendi a andar de mota, a meter as desgraçadas das mudanças, que ao principio mal o fazia, ehhhhh, e foi ali que dei as minhas primeiras aulas de condução pela mão do Óscar, mas que paciência a dele e que medo o meu, mas lá levei o Land Rover por ali fora, vá que não havia mais carros e a estrada era toda nossa. Ainda cheguei a levar o tractor, mas acompanhada. Sempre tive vontade de tudo aprender, e é por isso que digo, ser surda de nada me impede, apenas de telefonar, de resto faço tudo o que os outros fazem...

Foi lá que vi as primeiras manadas de gado selvagem e vi pela primeira vez milhares de cavalos que viviam em estado selvagem, e onde o homem nem podia penetrar naquela mata cerrada e onde nem estradas havia. Fomos de avioneta com amigos nossos.
Havia elefantes, rinocerontes de grande porte, girafas, zebras, enfim, um sem fim de animais que apenas tinha visto em cativeiro.
Belissima a paisagem que se vê do ar, as copas das árvores e o habitat deles. Sinto-me priveligiada por ter de tudo isso. Há quem vive em África, apenas na Cidade. Nunca pisaram a mata com medo dos ataques que aconteciam quando alguém se aventurava por lá, ali sentíamo-nos bem, até os bosquímanes nos protegiam, aquela raça de homens pequeninos magrinhos e leais, muito leais e valentes...
Assisti ao nascimento de um bebé, numa cabana feita de folhas e de arbustos, era lindo, tenho uma foto com ele e ainda estava preso pelo cordão umbilical.
Sou grata por ter essas experiências fantásticas que tive e as devo ao casal amado Òscar e Irene, a Côca e o béquinho respectivemente...
Deixem lá, mas hoje deu-me para este recordar e matar saudades...








quinta-feira, setembro 06, 2007

 

Fui ao mundo do amor!...



Fui ao mundo do amor
Perguntar a Nosso Senhor
Onde é que vive o amor,
E porque é tão difícil
Gozar da sua magia,
Tê-lo no nosso dia-a-dia!

Respondeu-me de bom grado
O Mestre da Sabedoria,
Que apenas o teria
Quando as mágoas passassem,
E meus pensamentos relevassem
As dores que ele me traria!

Voltei à terra decidida,
A encontrar o amor da minha vida,
Nem que para isso tivesse
De ser mal sucedida.
Mas eu iria lutar
Para esse amor alcançar!

E assim ando em busca
Do meu amor de toda a vida,
Vejo os anos passar
A vida a correr e a girar,
Mas continuarei a procurar
Para ter a sua presença querida!..








quarta-feira, setembro 05, 2007

 

A necessidade aguça o engenho!...




E ainda queremos mais pares de sapatos!
É de verão, de outono e inverno, e claro, vários pares, enquanto que estes pés, dolorosamente sujos por falta de água de certeza, pela via sem asfalto por onde eles andam...
Achei original, quem é que se lembrava? A necessidade aguça o engenho ou não?
Eu nunca me lembraria de usar duas garrafas de água para fazer umas chinelas assim.
Mas porque temos de andar assim? Uns têm tantos pares, a Imelda Marcos a esposa do Presidente das Filipinas senão me engano tinha mais de 500 pares de sapatos, todos nas melhores condições, e estes pézinhos porque estarão assim tão mal calçados?
Não atinamos com as coisas, e é certo que só nós nada podemos fazer, mas se todos tentassem resolver esse enorme problema de falta dos bens mais essenciais a cada um...Porque todos somos filhos de Deus e a maioria só pensa em si e no que mais pode comprar com o que lhe sobra! Que pena que poucos gostam de dividir o pouco que têm...








terça-feira, setembro 04, 2007

 

Ando para fazer isto há um ror de tempo, mas...




mas!...
Nem sei se todos vão alinhar.
É que queria que cada um de vós, escrevesse, escrevesse mesmo umas boas linhas e, de coração nas mãos, verdadeiros, leais e sinceros, cada um escreverá uma pequena carta de amor. Pequena ou grande, mas nada de pieguices, imaginai que escreveis ao amor da vossa vida que...ainda nem apareceu!...
Ora vamos lá a escrever, vale tudo. Do que sei de vós é que todos são gente capaz e humorada. Humor pede-se e aceita-se...
Ora vamos lá começar...
Meu doce amor...








 

Mulher ao mar!...




Era rica, nada lhe faltava, apenas o amor, o safado do amor que acontece uma vez na vida, aquele amor que leva tudo à frente, e a tudo faz frente também!...
Por vezes ainda pensa no seu amor de menina, mas ele é pobre, sempre foi, e não iria trocar a sua segurança e o seu bom viver, rodeada de luxos e mordomias, para transformar a sua vida num amor e uma cabana...

Estava cansada daquele viver, um viver por viver, um deixa andar já que nada lhe faltava. Apenas gostava de uma coisa, o seu Mercedes azul metálico. Esse nunca o daria nem emprestaria a ninguém.

Um dia cansou-se de andar por cá, resolveu que estava cheia de tudo. Lembrou-se de que o seu Mercedes depois seria de outra, a que a iria substituir mal ela partisse.
Então fez com ele a viagem da sua vida.
Não são precisas palavras... Agora resta saber se o bailado terminou ali, ou se regressou à superfície e foi para casa, para ao outro dia ter outro amor igual ou melhor que aquele que deixou no fundo do mar!...

PS. Tinha escrito uma versão diferente, mas ao ver esta imagem, alguma história se arranjou...








domingo, setembro 02, 2007

 

Guitarra, toca para mim!...



Quando ele foi escrito
Minha dor vagueava pelo infinito,
E saiu dali este fado tão bonito...


Guitarra, toca para mim...

Guitarra, toca para mim,
Ajuda-me a afastar a solidão.
Guitarra, toca para mim,
Mas não faças gemer
As cordas do meu coração...

Guitarra, toca para mim,
Com aquele teu som, dolente
Que põe minha alma dormente,
E me leva à exaustão

E não me deixa sentir o coração...

Guitarra, toca para mim,
Os teus acordes derradeiros
Para que possa lembrar
Da vida, os momentos verdadeiros...


Guitarra, toca para mim ...
Aquele som tão amado,
Que me faça lembrar
Quando cantávamos o mesmo fado...

Guitarra, toca para mim,

Aquela canção do Outono,
Quando nos amávamos assim,
E agora, só há pranto em meu entorno

Guitarra, toca para mim
As dores que minha alma sente
Porque por mais que me doa,
Sentirei sempre, o meu amor ausente


Pois é ... a dor leva-nos a sentir os acordes verdadeiros da vida! E estou cheia de os sentir na minha alma.
Não, hoje não estou triste de maneira nenhuma, apenas me lembrei de postar assim, porque acho bonito este fado, que alguém há-de cantar para
mim!...