A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


sexta-feira, outubro 30, 2009

 

Esse Brilho!...


Mila. Brasileira. A letra só pode ter este jeito, foi com a melhor das intenções, foi por ler sobre o brilho do olhar, que eu sei o que é, e houve quem chamasse a minha atenção para esse brilhozinho que me dava beleza, sensualidade, encanto, pois é, o amor trnasforma-nos...(Lembras-te meu amigo, quando tomamos café na Brasileira? e dizias, assim como a tua mulher; Laura, estás linda, rapariga, nem pareces tu ehhhh )
Pitanguinha, senti que o amor ou o brilho que se reflectia nos seus olhos, vive do lado de cá do mar!... nada de mais normal, até aqui, porque ontem ao entrar no seu blogue, ouvi uma musica que me soava muito bem. Parei, escrevi uma canção, a de ontem, sobre o mar, falei nisso no blogue e reparei que por ali, havia um brilho no olhar. Pus a musica de que me deste o nome, a tocar, e escrevi este brilho!... Porque tu tens brilho no olhar, assim como eu tive em tempos. E a canção para ser entendida... teria de ser conversada e assim; eu e ela estamos em trechos da canção!... assim, façam de conta e cada um interprete á sua maneira...


Esse Brilho !...


Esse brilho

Em seus olhos

Verde mar

Eu perdi há muito tempo

Quando meu coração

Em vão chorou

Por um amor que não voltou !...


Esse brilho que eu vi

Ainda hoje em seu olhar

É tal e qual o meu

Quando a vida sorria

E pensava que me traria

Um coração

Para amar !...


Esse brilho que eu vi

Nos olhos seus

Quando de longe lhe senti

A dizer mais um adeus

Um adeus

Que se pode transformar

Em momentos de amar !...


Porque o nosso olhar brilha

Quando vê outros brilhar

E no seu caso ou no meu

Nem será assim preciso

Ter de atravessar o mar

Para poder ver de novo

Um sorriso em seu olhar !...









quinta-feira, outubro 29, 2009

 

Para lá do mar !...


Deixa-me levar-te
Para lá do mar
E mostrar-te
O que do lado de lá
Há para mostrar !...

Há gaivotas a voar
Em todas as direcções
Há pares a namorar
Porque o amor ali já nasce
Em todos os corações !...

Deixa-me explicar-te
Porque é uma benção
Andar de pé no chão
A pisar a terra
Que trago no coração !...

Deixa-me dizer-te
O nome dos lugares
Por onde vamos passar
Já que foi ali que aprendi
A sofrer e a amar!...

E depois de percorrer
O areal sem fim
Deixa-me levar-te ao mar
O mar que nunca mais
Se esqueceu de mim !...

Senta-te comigo
Debaixo deste céu ameno
E procura ouvir
Os segredos que o mar
Me vai entregar!...

Porque ele ficou
Com todos os meus sonhos
E segredos para guardar
E é ele e só ele que um dia
Os vai poder revelar !...

Escuta o marulhar
Vê se o ouves chorar
Não sabes porquê?
É que o meu grande amor
Acabei por lá deixar!...

E depois de percorrer
A imensidão dos mares
Não sei mais onde procurar
Nem sei onde o hei-de
Encontrar!...

Ah, não ouves, não sentes?
É o mar a chorar
No seu marulhar
A implorar-me para voltar
E de novo o procurar !...

É, a lembrança dos dias de passear pelo mar, de mão na mão, os olhares de cumplicidade, aquele verde dos olhos dele, que se confundia com o bravio do mar... Onde estarás meu amor!... sonhos, sonhos loucos de amor, de esperança, perdidos no mar, no mar da minha lembrança! onde continuo por ti, a chamar!... (era neste mar, do lado de lá da ilha, que está na foto das resteas de sol, que passava partes dos meus dias, tardes, noites, quando desse! sábados ou domingos, sempre que a vida deixasse) da minha varanda, via-se ao longe...






quarta-feira, outubro 28, 2009

 

I Miss You... Soledade!...


Adoro-te Sol, minha querida Soledade, adoro-te desde que trocamos aquele abraço longo, apertado, no Nort Shoping, na apresentação do livro do rafeirito, onde conheceste a Glorinha a Parisiense a jove do rafeirito, e mais alguns, ou seja se já gostava tanto de ti, antes, desde que começamos a blogar e fomos entrando nas vidas uma da outra.

Sou-te grata por tanto mimo, carinho, pelas horas que perdeste, aquela noitada fora de casa por minha causa, já que não tinhas net, desceste do apartamento onde moravas, surripiaste as últimas moedas à Joana, e, até às duas da manhã, ficaste ali a dar forte e feio em que sabemos..Valente mulher, outra que fosse, encolhia os ombros e ia dormir, mas tu, tu ficaste de serviço, a zelar plo meu espaço e teu ehhhhh. era o post do esqueleto do cão com a bola amarela.

Adorei, amei quando me chamaste Xopita, e hoje quando te vi na entrada do Hospital, em busca de mim e li o teu Oh, Xopita, andavas ainda a olhar ao teu redor sem me ver na tua frente a acenar... aquele abraço que se prenunciava, pleno de energias, de luz, de forças, fez-nos bem às duas...
Subimos, fomos ver o Julio, pareceu-me apenas que dormia, descansado, embora tivesse estado atrapalhado, é tubos e mais tubos, mas, achei que se ia safar, que conseguiria mais dia menos dia, reiniciar de novo a sua vida, de uma forma ou de outra!... Haja ESPERANÇA !

Soube-me bem estar contigo. Foi a primeira vez que me meti sozinha na aventura de andar pelo Porto, subi até aos Clérigos, gostei de andar por ali, sozinha, feliz relaxada... Aquela parte da cidade está repleta de obras de arte em monumentos, lindo, lindo... e fui lá dar direitinha, ao Hospital, pena que fosse esse o local do nosso encontro, mas na vida, nem tudo são rosas, sei-o!
Gostei da tua Joaninha, foi pena a situação que vives, e, não fora isso, ririamos as duas, como sempre. Mas ainda deu para te por a rir... Assim, já sabes, mal possa, volto de novo, o que custa é habituar, mas como sou decidida, já agendei a próxima visita, só espero que já estejas em casa e possamos palrar por ali...Gosto do Porto, o Porto que a nina estrelinha adorou... já lá costumo ir mas é de longe a longe.
Bom, a todos digo que a nossa Soledade, a menina corajosa, lutadora, está ligeiramente mais magrinha, ah, quando me viu disse, depois de entrarmos, xopita, nem me parecias tu... Eu à frente dela e ela sem me ver, à procura da gordita ehhhh...na foto, levei o filme do passeio a Tabuaço, para ver as fotos, diz que aquela gorda não sou eu, ehh mas que estava linda, só que cheiinha... onde abraço o Moa e Osvaldo. Vou fazer uma cópia para lhe levar, enfim, falamos nos ninos de Tabuaço, Moa e Osvaldo, adorou ouvir contar a nossa odisseia por lá, consegui que ela se esquecesse por momentos do local onde estava. E ainda disse; oh, que pena que não pude estar lá. Um dia vais, acredita que sim...Haverá mais dias e mais Tabuaço, está mortinha por conhecer a Aninhas e Osvaldo, a querida Aninhas que lhe liga da Suissa, tantas e tantas vezes, a dar força. Obrigada querida Aninhas pelo mimo que dás á minha amiga Soledade, Deus te pague tanta ternura e amor!...Agradece a todos pela preocupação, mas, está a lutar, tem dias em que chora, desespera, tem também daqueles dias em que a vida parece que vai sorrir para ela, e,assim vai vivendo e passando o tempo, já há dois meses, naquele Hospital... Como não podia deixar de ser, falamos de todos os nossos bloguistas, desde a Maria dos Alcatruzes, do Kim que ela vai ler o blogue dele, das manas Besuguinhas, a verdinha que viu na foto, não vou estar a enumerar, falou-se de todos e de todos queria saber novas, especialmente de uma estrelinha D?alva, a nossa estrelinha e quando lhe disse que ela tinha dias, ah, disse logo; eu vou lá dar-lhe com o chinelo nesse rabo, e acrescento eu; já somos duas, ouviste estrelinha?






terça-feira, outubro 27, 2009

 

O cupido também erra !...



Parece-me que em tempos uma seta dele quase que me acertou, juraria que sim, já que fiquei a modos que, exquisita, ou porque me baixei para apanhar uma carta de amor, ou porque tropecei na rua, decerto a olhar para um gatão que passou, acontece muito, uma coisa é certa, o desgraçado vinha a tal velocidade que, distraiu-se, deu de trombas com as fuças na parede do prédio e... fui eu que tive de socorrer o desgraçado e desajeitado cupido que anda a tratar dos meus assuntos do coração. As noticias eram animadoras, segundo ele, o amor não tardaria a bater-me à porta! Na minha porta? exclamei incrédula, mas, mas... Qual mas nem meio mas, o homem vem cá pedir a tua mão e tá feito, dizia o pobrezinho,... (mas aquilo devia ser de estar atordoado com a queda!...)
Portanto laurinha, veste o teu melhor vestido, olhós sapatos, aumenta lá o tacãozinho, deixa de te sentir modesta, calça aquelas meias pretas que compraste o ano passado, quando pensavas que ias ao encontro do amor, aquelas pretas, justas, que te moldam as pernas que sei lá... veste aquele vestido que tens guardado para aquela ocasião, e, rapariga, atira-te, atira-te de cabeça, porque não encontrarás nenhum rapagão como esse aí que te vai bater à porta ainda hoje!...

Lá fui experimentar a fatiota, o vestido? um mimo, os botins recém comprados, as meias todas bem pretas e delineavam que sei lá, enfim, nisto tocam á campainha!...desço as escadas a correr, espatifo-me toda antes de a porta se abrir e dou de caras com isto! Socorro cupido, cupidinho, acode-me MEuuuuuuuuuuuuuuuu...

Foi, ah, acordei agora e...ele estava ali, sorria envolvendo-me naquele meigo olhar... Cupido, cupidinhoooo, acorda-me meu, acorda-me de vez!... olháquele sorriso tão lindo, puxa...







domingo, outubro 25, 2009

 

O Amor, ai o Amor !...


O Amor !...


O amor
Envolve
Arrebata
Maltrata
E trai
Desengana
Mas, ama
P’ra que esforçar
Se tudo acaba na cama !...

O amor
É coisa rara
Como canela no pão
É arroz de lingueirão
Batata doce
E quiabo com galinha
D’estragão
Beijar p’las ruas da pracinha
E andar de mão na mão !...

O amor
É gingar
Trocar os passos
Sem tropeçar
Num abraçar
D’esmigalhar
Girar de ancas
Dançar um tango
A desdenhar!...

Ai o amor
É dança de salão
O sonho da menina
Volteando sozinha
Plas ruas da cidade
Presa p’lo coração
Esquecendo que deixou
A panela a queimar
Lá em cima do carvão!...

Ai amor ai amor
Ai meu bem
Dance comigo
E eu dançarei com você
Também
Amarei seu corpo no meu
E lhe juro
Que na vida não dançarei
Com mais ninguém !...

Ah, como se palavra de mulher
Fosse certa
Também !...


Certo, que dança de salão deve ser bonito, já estive a ver,já dancei com um amigo há muitos anos, só para mostrar como surda dança maravilhosamente sentindo o ritmo no chão que era de madeira... mas, adoro ver o tango ser dançado nas ruas como fazem na Argentina, Buenos Aires e por todos os Países... Adoraria dançar um dia, nas ruas, levada plos braços do meu amor, o amor que vive em mim um amor que é semente e nunca morreu porque não deixei de o regar!...O amor que há-de viver até ao outro lado, porque eu amo o amor!...








sábado, outubro 24, 2009

 

Sensações !...


Sensações
Emoções
Pela noite
Encobertas
Envolta
Em desejos mil
A pedir guarida
No corpo
Amado
E o amor
Acontece
Permanece
Para lá do amanhecer
Nos braços do amante
Inebriante de prazer !...






sexta-feira, outubro 23, 2009

 

Ouçam os acordes da guitarra!...


E um fado da minha autoria
Vejam a verdinha ao balcão
De caneca na mão
E na mesa o João e a Maria
E os outros
Lá chegarão !...
A última rosa!...

É loucura

Mais uma vez querer

Que a vida retroceda

E possa voltar

Ao meu tempo de amar!...


Ao tempo das rosas

Em que tudo eram rosas

E o seu perfume me inebriava

Enquanto o amor suavemente

No desfolhar das pétalas chegava !...


Em cada pétala

A saudade nascia

Feita de sonhos

Guardados em palavras

Que o vento me trazia !...


Até que um dia

Deixaram de chegar

Acabaram-se as pétalas

Nas minhas mãos por desfolhar

E a jarra de rosas, ficou vazia !...


E a última rosa

Acabou por secar

E o meu amor

Morreu à míngua de ti

De tanto te amar !...


Ficou a saudade

Das rosas que me davas

Onde houve sempre

Uma para desfolhar

E outra para lembrar !...


Que na última rosa

Que murchou

Estava o sonho de um amor

Que por mim passou

E a minha vida com ele levou !...


É dia de sair para ouvir fados e guitarradas, ou para ficar em casa, no aconhego do lar, com o amor ao lado, a conversar, a rir, o que for...
Sintam-se em casa, sintam o fado na sua beleza, o fado que destilou tristeza enquanto o escrevi... e o rapaz que me inspirou, já nem está nem ali!... e assim acabo o fado (e a minha vida que ele levou!...)
Vá, bebam o tinto, comam castanhas que estão a sair, e mais logo o caldo verde, a ferver, para aguentar o regresso ao lar... Cada um pelo braço do seu amor... eu ficarei aqui, a cantar e a ouvir a guitarra tocar!...
E digam lá se não é linda esta letra de fado que acabei por postar... Foi escrito com a alma em mágoa, há quanto tempo, quererão saber!... Mas, o segredo é alma do negócio e em negócios do coração, não se negoceia !...







quinta-feira, outubro 22, 2009

 

Uma carta linda com!... sementes...


Sempre mostrei ter amor à terra, de cultivar, tudo o que fosse, e, claro que ainda não perdi a esperança daquela casita lá no monte, com flores e frutos, hortinha por ali fora... e um hortelão, sem dúvida!... se não souber, aprende que eu ensino-lhe, nunca é tarde, nem que o desgraçado já nem tenha dentes, há-de cavar a meu lado, no amor e na horta, vale tudo...

Há tempos plantei tomates do Canadá, e nem sei porque, os desgraçados não sairam, o João, veio cá com a Nandinha há meses, tem horta e percebe da coisa, só me disse; laurinha, se não der flor não dá tomates, bem, ainda estive para lhe dizer que os homens também não dão flor, nem são flor que se cheire, e... e têm tomates, enfim!... (nada de ver maldade aqui) enterrei dois xuxus inteiros, mas acho que quem fez figura de xuxu, fui eu, nunca vi nenhum até hoje... só rama, rama que dava para fazer sombra ao shakita na varanda, por um lado até foi bom, e foi com essa intenção, de fazer sombra ao meu ão ão!... plantei rebentos de soja, na água ora pois, na aquacultura ehhh... Enfim, prometi que não mais plantaria nada em vasos aqui em casa.

Só que, só que, ora ,deixem-me acabar de falar. A Verdinha trouxe da Bélgica (Já viram, eu sou toda de ter produtos horticulas de todo o mundo, deve ser por isso que não se desenvolvem, a terra é Portuguesa, ora pois !) umas sementes de alface, ela refere-se a elas no blogue dela, o je vois la vie en vert, e, foi tão querida que prometeu enviar-me as sementes, e, sem nada lhe dizer, faço a surpresa de lhe mostrar que chegaram bem a Braga... e que estou em luta com o seguinte; semeio nos meus vasos ou levo-as para casa da dona Elisa? e se depois tenho saudades de as ver nascer? mau, vamos lá a ver, mas, laurinha pela experiência e resultados que tens, não achas melhor levar para casa da tua mãe?... Ah, que dizem?...
(cliquem na foto, minha, para aumentar)






quarta-feira, outubro 21, 2009

 

Não, não te perdi!...


Fomos sempre os melhores irmãos e os maiores amigos, pois tu nasceste quando eu tinha 8 anos, ajudei a criar-te, mudei as fraldas, lavava-as, (mas porque cargas d'água não havia naquele tempo, das de papel, escusava de ter tanto trabalho contigo... no sentido de que quando as sujavas, ai o cheirete ) a mãe sempre me dava que fazer, ou tomar conta de ti ou passar as fraldas do menino, enfim... foi por amor tudo isso...


Cresceste, transformaste-te num belissimo jovem, e a nossa amizade ou o nosso amor, continuou pela vida fora, nos desabafos nas conversas quando já eu tinha 22 anos e tu 14, e chegamos á África do Sul, dormiamos lado a lado cada um na sua caminha compradas em segunda mão, e, ensinavas-me Inglês, números e letras, palavras, frases para me desenrascar no meu dia a dia, só tu, só tu mesmo meu irmãozinho amado...
Também te protegi da dona Elisa, a nossa mãe pouco paciente que resolvia tudo aos tabefes ou recorria ao cinto do pai, ehhh e eu lembro-me de me meter na frente para te defender, e de corrermos os dois à volta da mesa até ela se cansar, ahhhhh, valia que ela era gordinha que chegasse e sobrasse...



nesta foto, eu com 11 anos e tu com três, o nino junto a mim, em Luanda, o outro era o carlitos...




Aos 8 anos já ias para as barrocas com o mano a Landa, o Helder, Helder como tu, a experimentar as vossas primeiras fumaças, quem é que vinha ao terreiro defender-te da dona Elisa e do pai? ah, sabias que estava errado mas 8 anos, apre moço, que insensatez, bem, eu acho que da dúzia que levavas, meia dúzia sobrava para mim !... nessa foto entre a mãe, aos 8 anos e eu 16










depois nesta foto aos 14 anos, (de camisa aos quadrados) já traduzias Inglês aos amigos que tiveram e deixar Angola e se embrenharam na África do Sul, como nós, já trabalhavas, estudavas, e era de ver depois de mudarmos para uma casa maior, cada um tinha o seu quarto, à noite antes de ires dormir, e nem que eu já dormisse, acendias a luz, metias-te na cama ao pé de mim, se estivesse frio, tapavas-te até ao pescoço, se calor, ficavas em cima dos lençóis, a contar os teus sonhos, os teus desabafos, as tuas mágoas, e a ouvir as minhas... ah, era preciso que o pai viesse mandar-te ir embora porque eu levantava-me às quatro e meia da manhã e só regressava a casa pelas 20, e precisava de dormir, e tu a maior parte das vezes, acompanhavas o pai, despedias-te de mim com aquele nosso jinho e, dali a minutos estavas ali de novo pedindo que falassemos pelos lábios para o pai não nos ouvir na treta, meu querido maninho, isso é que era aquele amor de irmãos, que pouco se vê por aí... O Livito, o mais velho, nunca teve uma relação assim tão linda como a nossa, (connosco) nunca, coitado, não sabe o que é amor e assim!...

Assim; beijo-te meu querido Dérito, na certeza de que virás dar-me o teu beijinho, e aqueles teus afagos, ternos, envoltos na doçura do amor que sempre sentimos um pelo outro e, espero-te para que retomemos a conversa interrompida, num dia qualquer das nossas vidas... e brindemos ao teu aniversário que seria dia 23... e farias 49 anos, podemos dançar, como antes, rir perdidos, como sempre, podes morder-me, levantar-me no ar, o teu metro e 85, sobejava em mim, na minha pequenina estatura e assim eramos felizes ... Nessa foto no escorrega no parque heróis de Chaves, eu tu o Helder da Landa, eramos inseparaveis... na foto é o Helder que está atrás de mim, se não me engano...
Que Deus te guarde!...


Perdi-me de ti !...



Perdi-me de ti

Na viagem do tempo

A vida levou-te

Foi-se o meu acalento …


Levaram-te

E sem compaixão

Cortaram o cordão

Que nos unia …


Perdi-me de ti

Busquei-te nas estrelas

Revolvendo os céus

À tua procura …


Perdi-me

Aparentemente

Porque eu vi

Que atrás de ti deixaste …


Um rasto de luz

Para seguir

E te encontrar

Quando de ti necessitar ...


Encontrei-te em mim

Revi-me em ti

Senti que voltaríamos

A ser como éramos até aqui …


Voltarás a pegar na minha mão

E a aconchegar-me ao coração

Como sempre fizeste

Nos momentos de solidão …


Dançaremos como sempre

Beijarás o meu rosto

Cantarás para mim

E farás a vida valer a pena …


Continuaremos a sentir

A falta das palavras de amor

Que trocávamos

Nos momentos de dor …


Mas quando é assim

Eu busco ouvir

As palavras que dirias

Que tão bem me soariam!...


E quando a dor vem

Sinto que a afastas

E haja o que houver

De mim jamais partirás !...


Porque eu vivo em ti

E tu em mim

E não existimos

Se não nos unirmos!...



Já te foste há cinco anos, cinco séculos parecem, e, também parece que foi ontem...