A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


terça-feira, outubro 30, 2007

 

Recebi uma proposta para uma empresa!...



Ora bem, não é todos os dias que nos convidam a embarcar na aventura de ter uma queijaria salsicharia chouriçaria e quejandos...
Já disse à minha amiga Bicho de conta que estamos longe, pois não fora isso e a coisa teria pés para andar (ela tem pés de bicharoco e muitas patinhas para andar...)
Como não digo não a um convite destes, aí vão os meus quereres e deveres já escritos e assinados...
Vai haver trabalho a rodos e preparem-se que as fichas de inscrição em breve estarão aqui!...

Sociedade Anónima de entre Braga e Lumiar
Capital Social,................ zero .000.000.000.000.000. até acabarem os zeros...
Sócios maioritários....... bicho de conta(s) e resteas de (côdeas)

Horário ininterrupto, cada membro trabalhará 6 h por dia e será rotativo... (2 h para a creche) a mais claro...

Trabalhadoras, centenas delas (apenas senhoras) senão a familia multiplica-se rápidamente...
cada mulher leva por dia para casa, dois litros de leite, queijo 1 x por semana, manteigas e afins e se estiver grávida pode comer o que lhe apetecer (continuando a trabalhar claro, ou querem estar sem fazer nada todo o dia?)
Ordenado inicial, conforme o trabalho demonstrado, tendência a subir o ordenado se o trabalho o justificar...não há salário minimo, é tudo para cima de 500 euros...
Férias de uma semana 4 x por ano, a tratar com a gerência...

proibido fumar, foguear, discutir, atropelar as colegas com vista a melhor posição na empresa...
Tem creche grátis que será gerida pelo pessoal que dará duas h por dia à comunidade...
Ah, e a casa de banho é uma velha obradeira que fica lá fora e dista uns bons 50 metros e estou a ver que não vão fazer queixa de não as deixarmos ir ao WC...
O transporte é por conta de cada um, a casa só tem ovelhas e burros e eles não transportam gente...e os topo da gama são da gerência, ora essa, mas que gozo ehhhhhhhhhh...

Os animais e o terreno pertencem à Sociedade e no Natal cada trabalhador pode levar uma ovelha já que não haverá ordenados extras, a vida tá má, o dinheiro anda mal e nós também, e, além disso precisamos das nossas regalias como todos os patrões fazem...Viagem ao Brasil e à Europa todos os anos... Jeeps topo da gama todos os anos... e muita coisa nova todos os anos, enfim...

Bicho de conta serve?
Quando começamos?
Quem quer vir trabalhar connosco?








segunda-feira, outubro 29, 2007

 

Sabem o que é a coalhada?...




No tempo em que os meus avós vivam e ia passar férias com eles, a avó ficava a meu lado mesmo ao lado dos chifres, ela segurava o púcaro e eu mungia a teta das vaquinhas, o leite a esguichar, mas sempre com medo que ela se lembrasse de me marrar por lhe estar a levar o leite dela...
A avó aproveitava para me fazer beber, mas eu nem gostava daquilo, e com a espuma ao lado, mas que sacrifício...
Todos bebiam daquele leitinho fresco e faziam manteiga, natas e queijos...
Eu adorava era a coalhada que ela fazia quando punha o leite numa vasilha e deixava estar por uns dois ou três dias lá no armário, e...deitava açúcar no meu, mas que coalhada boa e que bem me sabia, é que por vezes apetece-me fazer, e não tenho leite do dia acabadinho de mungir...
Sabem o que é a coalhada?
Vá contem lá é que todos ou quase todos temos uma querida avózinha!...








domingo, outubro 28, 2007

 

Acordei cedo...



Fui à janela como sempre, liguei a tv para aquecer, é que a dona quando lhe dá na veneta, fica como que em ponto morto durante uns minutos e sem imagem, depois se lhe apetecer lá trabalha convenientemente. Está a precisar de aspirar o cheirinho do café que vou fazer, e aí, arrebita logo.

Nunca dei muita importância ao café, em Luanda nunca gostei lá muito e detestava o cheiro que se espalhava pela casa.
Mas um dia provei café feito por uma Bosquimane, no Missombo ali no meio da sanzala, a fogueira crepitava, e em cima das pedras colocou a lata já preta de tanto uso, e fez o café ali mesmo, e, hum, aquilo sim sabia a café a cravo e canela, a meu lado estava a Côca o Béquinho e mais amigos que foram lá comer um arroz de frango feito pelo Canbumdi...e depois, claro, batuque que eu ouvia a olhar as estrelas e a lua e ao nosso redor era só a negritude da noite. belo, foi um manancial de vida que colhi ali naquela terra...
Mais tarde quando fomos viver para Pretória, o frio era tanto no mês em que cheguei lá (Junho) o mês mais frio do ano, que não tive outro remédio senão beberricar aquela bebida quente que me descongelava as mãos, e aquecia por dentro. Dei comigo a fazer café e a gostar de sentir o seu aroma a espalhar-se pela casa. A minha Côca e o Béquinho moravam na rua de trás, e raro era o dia que não fosse lá, ou eles viessem à nossa. Na casa dela havia café a toda a hora, (mas que saudade me deu a lembrar isto, porque nos últimos anos eu passava lá quase todos os dias e íamos as duas a todo o lado, almoçava com eles e passava por lá de manhãzinha cedo ainda eram 6,15 ali levantávamos cedissimo e a escola começava às sete da manhã e o Nuno quase nunca engraxava os sapatos. O béquinho mandava-o colocar o pé em cima do banco e fazia ele mesmo de engraxate, mas que sapatos a brilhar ele levava...
(como ia dizendo, na casa deles havia café a toda a hora e a Neide e o Nuno cantavam uma salamecada qualquer que ela lhes ensinou, mas a Neide levava a cantilena à letra que era mais ou menos assim,batia na porta da despensa e dizia
truz truz truz, depois olhava como se esperasse resposta e fazia ela a resposta;
quem é? é o homem do café
Quanto custa? um pataco
Vá-se embora seu macaco...
Eles achavam uma graça tremenda aquilo, e enquanto beberricávamos o nosso café fumegante, ela pedia na sua vozinha de trapos, Côca;- caké, e a coca não tinha outro remédio senão ir buscar a chávena dela onde deitava mais água e um pingo de café e a cachopa adorava...
Assim me fui habituando ao café e ao cheiro maravilhoso que dele emanava.
Depois de cafés e mais cafés instantâneos, decido voltar às origens e faço à moda da minha amiga Wanderlúcia de Belo Horizonte, ferve-se a água e deita-se naquele saquinho (o coador de pano) café e sobre outra cafeteira vai-se deitando a água a ferver e fica ali um cadinho a escorrer e aromatizar, ferve devagarinho e já está, e o cheirinho já anda aqui pela casa, e que bem me sabe. Vai uma cháveninha dele, assim fumegante a entrar pelas narinas? Pode ser palanca Preta!...(brindo com ela aos meus amigos de Luanda que sabem o que é a palanca preta a fumegar)
Bom Domingo para todos e...sirvam-se, a chávenas estarão sempre cheias...
Bom, bom era o tradicional café de África.

Uma lata na fogueira
Em cima de troncos e pedras
A mulher cor de café
De terno coração
Deita nela a água
Que ferve sem parar,
O café que apanhou,
Secou e torrou.
No fim deita-lhe uma brasa
Para dentro
E espera que se aquiete.
O cheiro começa a sair
E pouco depois
Dá-nos a provar
O delicioso néctar
O café...








sexta-feira, outubro 26, 2007

 

Para os meus amigos que me visitam aqui...





Faço poesia para todos!... (ao meu grupo blogueiro, sem distinções!)


Minha alma anseia estar convosco
A cada dia e a cada sol-posto.
Minha alma anseia conhecer vossos rostos,
E morar sempre junto do coração de todos.

O viver afastados hoje em dia,
Já nem é problema de maior,
Pois a bendita da tecnologia
Trouxe-nos para mais perto do amor!

E assim graças a todos
Meus dias tornaram-se mais soalheiros
Meus olhos readquiriram o brilho de outrora,
E já me sinto uma rainha e senhora.

Apenas porque convosco trato dia a dia
Apenas porque encheis minha alma de alegria
Porque vejo em cada manhã que nasce,
O despontar de mais um belo dia.

Eu vos agradeço amigos meus
Mesmo sem ver vossos rostos,
Pelo amor que me dais
E por escutardes meus ais…








terça-feira, outubro 23, 2007

 

Lembro como se fosse hoje!...




Lembro como se fosse hoje a tua entrada no mundo. Foi graças a ti que acreditei na chegada das cegonhas e nos presentes que nos deixavam, fosse no vão de uma escada, no cimo do telhado quando as suas asas eram grandes demais e o espaço pouco para as receber, mais à sua comitiva de Anjos, (ou julgas que essa da comitiva só é de agora?)mas naquele dia ela bateu com o bico na janela do meu quarto e ainda por cima com quanta força tinha, e eu que te esperava ansiosa,porque me tinham dito que um dia destes chegarias, e que nem reparava que a barriga da nossa mãe se avolumava, mas que queres, ela era gordinha também, e mais barriga menos barriga, nem era mal por aí além. Só me admiro que não me tenham dito a verdade, pois eu sabia que vinha lá um alguém qualquer que ainda por cima me ia tirar as mordomias dos mimos que já não eram poucos... Bem, como eu já não ouvia, não ouvi a desgraçada que vinha a resfolegar contigo atado ao bico, é que quer queiram quer não, eles amarravam os putos no bico para não cairem mesmo dali abaixo (senão nem um só chegaria ao destino com a pressa que teriam em livrar-se deles ...)

Era uma manhã de Outubro e um dia 23, eu estava a dormir, e ainda me lembro do meu pijama de flanela amarelo claro com cãezinhos ,que eu adorava, quando o pai me chamou "para ir ver uma coisa" e como não fui atrás dele, voltou e chamou de novo com mais energia e feliz da vida, mas que sorriso o dele, levou-me pela mão mal acordada ainda e quando dou por mim, estava a ver um gajo todo gordinho com uma cabeleira à Elvis, preta, de olhos fechados a dormir plácidamente na cama que era minha até àquela hora!...
Se queres saber, nem gostei lá muito do que vi e disse entre dentes; quem é este, quem o trouxe, quem o deu?...o pai lá me tocou o disco ali acima, que foi a cegonha blá blá, e que disparate ...ainda acreditei que ela bebeu um cálice de vinho do Porto e que se enganou na janela do quarto dos pais e bateu na minha etc etc...E ainda por cima vinhas de Paris a Cidade da Elite ehhh)
Claro que fiquei feliz, ora essa e fui para a escola (andava na 3ª classe) tinha apenas 8 anos.
Pelo caminho ia dando a boa nova às colegas e claro só via olhares de zombaria e risos muitos risos que continuaram na sala de aula até que a minha querida professora que (era querida sim, só no fim é que fez o erro descomunal de não me deixar fazer o exame vá-se lá saber porquê, oh, foi apenas por eu ser surda, mas deixa lá, isso já nem importa!) me perguntou;- ó Laura é verdade que tens um irmão? e eu de sorriso rasgado respondi; é sim senhora Professora, e veio de Paris para dar mais importância à coisa, não sei porque é que ela pegou na régua e começou a dar uma reguada em cada mão, começou no primeiro lugar das carteiras (a minha era a fila do meio)e eu sem saber porquê, porque íamos todas levar... passou por mim que de mão estendida aguardava levar também, já que todas levavam porque não levaria eu?, ela passou e fui a única que não apanhou.
Fiquei sem saber porque não levei, até saber que os bebés saem das barrigas das mães, sejam elas gordas ou não, e só aí vi o cómico da cena, mas já era tarde para voltar à escola, nessa altura estava em Luanda e...
Bem, cresceste, e tornaste-te meu amigo, o número um, eu ainda andava a aprender a ler nos lábios, foi uma aprendizagem que demorou anos e anos, tu falavas a língua de trapos dos teus dois anitos, e a mãe o pai ou outra pessoa que fosse, por vezes tinha de escrever na lousa ou no caderno aquilo que eu não entendia, e tu meu querido maninho, naquele dia disseste-me qualquer coisa, e eu para não perder tempo a ter que te ler demasiado, assenti. Só que tu sais-te com a pergunta que eu mais detestava na altura; percebeste? e depois de assentir vens com a tua lata; o que é que eu disse? encolhi os ombros, olhas-te-me com aquele expressão de (ai meu deus!) abanaste a tua carinha, foste buscar um lápis e desataste a escrever na parede do corredor pintada de caramelo na parte de baixo para não se sujar tanto, e os teus mmmmmmmmmmmm mmmm mmmm de mais de meio metro de comprido, com muitos acentos à mistura, lá me fizeram cair em mim, enquanto ias escrevendo (dali a nada chegavas à porta da sala e eu a ganhar tempo para decifrar aquilo tudinho... e quando chegaram as palavras finais do teu;- percebeste? e eu assenti, pois tu alguma vez irias duvidar do poder da tua escrita?
e te riste feliz e satisfeito de me fazer entender o que querias dizer!...(ainda estou para saber o que foi que disseste!)

Meu amor, meu irmãozinho querido. Nem vale a pena dizer que foste assim pela vida fora, um protector, um amigo, um pai e um mano da minha alma, uma ternura sem fim foi a nossa vida e nunca esqueço que já casada e mãe de dois filhos, me deitavas ao chão com mimos me mordias, me pegavas ao colo à frente dos amigos todos, enquanto eu gritava que me pusesses no chão que as saias subiam e todos podiam ver o meu rabiosque desprotegido, mas, nem ligavas. e quando telefonavas para cá e me chamavas para falar contigo,eu falava falava e tu ouvias, (sempre e sempre, diziam os meus filhos ou a mãe te ouviam chorar do outro lado) Amo-te hoje , amei-te ontem e continuarei a amar-te pelo infinito...fazias hoje 48 anos, mas desta vez já não te ligo, tu não estás para atender, mas...


Minhas lágrimas caem por ti
Pela saudade que senti,

Ao lembrar que já não e
stás,
E já não posso chamar-te assim

Como quando estavas ao pé de mim...

Os anos vão passando, e a saudade,
Para sempre vai ficand
o,
Vai-me deixando um vazio
Uma falta da tua ternura
E do teu amor tão puro...

Eu sei que lá onde estás
A memória não se acaba,
E o recordar dos nossos momentos
Nunca deixa que nos sintamos sós,
Nem que alguém tome o nosso lugar...

Onde estarás neste momento
Ó alma que vieste para me dar tanta alegria,
Que me ajudaste sendo mais novo que eu,
Pois na terra nos juntamos como irmãos
E tu ensinaste-me e cuidaste-me tanto...

E agora que não estás,
Sinto a tua falta ao meu lado,
A falta daquele amor abençoado
Que não posso ir buscar a outro lado...

Mas sei e sinto que neste momento estás aqui ao lado,
A ler o que escrevo, e tens os teus braços nos meus enlaçados
E é isso que faz continuar a querer ter-te sempre ao meu lado...








domingo, outubro 21, 2007

 

Inté quenfim... Assim mesmo, sem tirar nem pôr!...




Ela chegou no seu carrinho novo, a estrear, aproveitaram e vieram rodar até Braga, a minha Gi que já não via há quase 34 anos!
Para os que não sabem, ela foi minha vizinha em Luanda e tem menos 5 anos que eu, era tão querida e sentimental que me cantava (dava a letra das canções que eu gostava, eu encostava as mãos na coluna, sentia a musica e a voz, e ela dançava e cantava para mim, tanto cantou que eu aprendi e nunca mais esqueci, as canções do Adamo a cantar em Português, cai a noite, Uma recordação, Amor, Ela, e sei lá que mais, só sei que tinha as musicas guardadas para quando ela viesse cá, e depois do almoço (fiz um arroz de frango com óleo de dendê, piripiri aquele travozinho à Angolana, estava uma delicia) para sobremesa creme queimado, que eles bem gabaram, o Dinho dela diz que é uma das sobremesas preferidas dele... Eles trouxeram pão de ló, garrafas de vinho do detrás da orelha da quinta do pai dele, mais bolos, rissóis croquetes, e o famoso doce de tomate que ela nos ensinou a fazer por aqui...enfim, já nem conseguimos jantar...No fim fomos ao Bom Jesus e nem havia lugar para estacionar é sempre assim, levei-os à Abadia Deste, um lugar lindo, aprazível para andar e ver aquela vegetação tão bela, e tomamos café no terraço.

Regressámos a casa e eles ficaram na sala a conversar e nós viemos para o pc, pus as musicas dele, (Adamo canta em Português) ela recostada a dar a letra (que eu ainda lembrava e passava-lhe a perna porque ela já tinha esquecido parte das letras, só sei que naquele momento esta Gi desapareceu, e o seu rosto mudou e revi nele a nina de 12 anitos a saltar em cima dos sofás e a cantar para mim, aquele rosto lindo de menina magrinha, doce, sempre tão minha amiga. Voltei atrás no tempo, e lembrei do jeitinho dela para lidar comigo, já que eu só lia nos lábios, a amizade dela tão pura e desinteressada. Ia ter comigo a casa e ajudava-me a desalinhavar as roupas, nessa altura com 17 anos já costurava em casa, e ouvia rádio e cantava sempre que achava alguma musica bonita. Graças a ela hoje sei muitas letras de canções daquele tempo ...
Quando viemos embora de Luanda eu ainda fui viver para a África do Sul, e ela voltou para cá, foi através de uma antiga vizinha que soube a direcção dela e reatamos a amizade através de cartas, mais tarde pelo pc e só agora conseguimos ver-nos. Foi lindo aquele abraço, aquela ternura, e nem sei dizer, mas, a verdade é que ambas sentimos que nos tínhamos visto a semana passada e era mais uma visita!...
Obrigada Lígia pela alegria e pelo doce prazer de termos a vossa companhia!. Pena ser um cadinho afastado senão... estávamos juntas mais vezes, mas foi bom mesmo assim...Obrigada também por trazeres e teres ainda o mesmo coração que se enchia de luz e de cores ao meu redor!...

Quando estávamos a ouvir a musica e a cantar , (tudo nas alturas!...) ligou para a Pascoalita e sem falar deixou que ela ouvisse o que nós estávamos a ouvir e a cantar... só ouvia a musica...ria-se, chorava, estava emocionada a ouvir-me cantar eu a cantar ? ehhhhhh, mas a Gi dizia, canta, canta que tu sabes a letra melhor que eu...só que eu não consigo perceber as palavras, apenas ouço os sons da musica etc etc..., apenas por ver nos lábios dela onde ia a canção, e ouvia quando a voz parava e recomeçava, e lá dava o meu toque!...
Ri-me com gosto quando lhe li poesias minhas e dizia ela, ó rapariga, tu dás-me a letra e a musica e cantas, como é que consegues? Bem, será mesmo? nem sei...Mas Deus faz tudo...








sábado, outubro 20, 2007

 

O meu silêncio...



O meu Silêncio...


Silêncio...
Não perturbem o meu silêncio
Mais do que ele a mim,
Silêncio, silêncio sim
É tudo o que peço para mim...

Vivo e vivi quase sempre
Num mundo sem som
E quero continuar assim
A viver para dentro de mim...

Penso apenas o que quero
Não tenho de ouvir outras vozes
Nem de ouvir outros quereres
Apenas sei dos meus deveres...

Silêncio...
Até nem é mau
Pode-se sentir a natureza,
E para ver a sua beleza
Nunca foi preciso ouvir...

Porque eu sei imaginar
Os sons que faz uma palmeira
A arrastar as mil saias de folhas
Quando o vento
Com ela, anda a dançar...

Sei ouvir o balançar
Das árvores a sussurrar
Para a natureza não acordar...

Sinto também o mar
Naquele seu velho marulhar
Quando as ondas batem nos meus pés
E me fazem enregelar,
E de prazer gritar...

Assim, deixem-me ficar a sós com o meu silêncio
Que é assim que eu quero estar!...

Aquilo que não posso ouvir
Poderei sempre inventar...








sexta-feira, outubro 19, 2007

 

Um bom dia e uma boa sexta feira...




Que a minha começa por ir para a minha mãe, vou fazer-lhe as compras do costume, carregar com elas por ali acima, digamos uma subida de uns 20 passos, e carregada de tudo, é obra, mas...Depois arrumo tudo nos respectivos lugares, e ós pois lavo as minhas duas carpetes da sala que andam a pedir um banho,(o shakita com o mimo refastela-se ali e faz daquilo o trampolim diário e...) tenho lá a minha maquineta de lavar,e enquanto enxugam no chão ao sol, apanho xuxus, alfaces e o que por lá horta houver, pois ela semeia (ela não, a senhora que lá vai todas as semanas) e há por lá coisas boas.E claro, tenho de fazer a marmelada dela, descascamos tudo e eu parto e faço, claro, ora pois, também trouxe marmelos para mim.
E a ver se as donas galinhas já acabaram a greve, é que não põem ovos há semanas, todas as galinhas e as da vizinha devem ler o mesmo jornal, que andamos em greves por aqui, e elas não são fura greves e sim solidárias, nenhuma pôs ovos até agora, vou ver se entro na capoeira e lhes meto tino naquelas cabeças malucas)...
Entretanto almoçamos as duas, e como andava com saudades de bacalhau com broa no forno e umas batatinhas a murro, acho que vai ser esse o nosso almoço, e claro abre sempre uma garrafita e insiste insiste, esquece-se que a polícia está lá mesmo a passos quando lhes dá na gana.
Bom, venho de tarde e espero ler-vos. Tenham uma linda sexta feira e que o trabalho acabe depressa.
Beijos a todos, todos, todinhos, sem faltar seja quem for.

Obs: Façam como esse gajo aí, subam no pc e façam o serviço e digam que avariou e...rua mais cedo, apanhem o sol que brilha tanto, olhem o mar se o tiverem perto, o mar da minha saudade...sorriam para todo o mundo e desenferrugem o sorriso que anda tão solitário...
Amo-vos ó minha gente.








quarta-feira, outubro 17, 2007

 

Fui ver uma casinha...




E como ando sempre a ver se arranjo uma pelo mínimo possível de gastos, isto é, térrea, ainda de pé claro, jeitosa e com umas divisões a contento, e eu e o mê manel alguma coisa faremos daquilo. Bem, pelo menos enquanto não aparece, ou mais dinheiro ou casa mais barata...
Já sonho com a casa de banho com a banheira antiga de pernas, lembram-se delas? nunca gostei muito, agora acho um encanto.

Bem, a minha amiga tinha uma amiga que por sua vez tinha uma prima que era amiga da vizinha que também era prima da outra e enfim... e um sem fim de parentescos e lá fomos ver a casa, nem avisei o manel, senão o homem assustava-se e nem era caso para isso.

Pergunto sempre se tem isto aquilo, casa de banho grande, porque tenho a mania de casas de banho elegantes, aquela banheira de pés com o porta toalhas deve ficar lindérrima, depois as janelas com vasos dependurados (onde anda o nosso Adriano d
os mangericos?) enfim, a começar pelo terreno, uma pechincha como se diz, nem digo, para não irem a correr ver...

A casa é mesmo jeitosa, e com uma pinturinha, uns arranjos, a coisa vai. Tenho a impressão que encontrei a casa dos meus sonhos... estava a fazer segredo, mas a pascoalita é curiosa e assim tenho de dizer qual era a minha surpresa...Senão
nem me deixa fazer outra coisa a não ser perguntar sempre o que era o segredo da surpresa...
Bem, quando avisto aquele barraquinho que tá ali na imagem e pergunto, aquilo é para guardar as enxadas? resposta da senhora; ó minha senhora, é a casa de banho!..











terça-feira, outubro 16, 2007

 




É linda esta imagem, é lindo quando se ama em criança.
Há a pureza de sentimentos e o sonhar, foi dali que veio o meu sonhar com aquele amor que nem existe aqui neste mundo, se nunca o vi nem o encontrei!...

Amar, amar assim...


Amar, amar assim
De pequenino,
Amar, amar assim,
E saber o que é
Demonstrar carinho...

Amar, amar assim,
Ser livre como um passarinho,
Poder amar sem conta nem destino
E viver tão feliz assim...

Eu também quero amar
Viver um amor puro igual a esse
Amar só quem sabe amar assim.
Amar, e amarem-me a mim...

Eu vou querer que o meu amor
Tenhas umas asas de passarinho
Me possa aconchegar nelas
E me dar sempre o seu carinho...

Eu quero, eu quero amar assim,
Amar sentida e perdidamente
Amar assim tão loucamente.

Ser louca mesmo assim
E não me importar
Com o que digam de mim...








segunda-feira, outubro 15, 2007

 

Baixem as luzes!...





Baixem as luzes
Um piano ausente
Um som de silêncio
Uma alma que sente.

Baixem as luzes
Escutem a melodia
Ouçam o bater do coração
Que bate, dia após dia.

Baixem as luzes
Cerrem os olhos,
Entreguem-se ao prazer
De escutar.

Olhos cerrados
No escuro da noite
Entra-se em vigília
Até ao acordar.

E enquanto dormes,
Sonha que voltas ao Pai
Para onde hás-de voltar
Quando a tua hora chegar.

E, entretanto, vai vivendo
Fazendo com que a luz
Acompanhe os teus passos
E brilhe em teus abraços.

Baixem as luzes
O dia nasceu
Um sonho acabou
O dia recomeçou…

Estava num restaurante com umas amigas, e de repente achei que poderia levar um piano e ter quem cantasse ali, se baixássemos as luzes (eu não, que sou surda ehhh e saía a emenda pior que o soneto, mas... saiu isto, assim sem mais nem menos...








sábado, outubro 13, 2007

 

Nem todos têm uma casita assim tão confortável...




É sábado e todos os que podem, deixam-se estar na caminha quentinha, já faz um friozinho de manhã, e, quem nem tem de ir ganhar o pão de cada dia, fica assim como este sujeitinho, bem aconchegadinho e metido entre os lençóis...
Mas agora vou referir-me aos que não tem aconchego, o aconchego que o lar, por mais simples e pobre que seja, nos proporciona!...

Havia nas traseiras da minha casa um carro que estava quase sempre estacionado no mesmo lugar, como tenho janelas para os dois lados da casa nas traseiras estendo a roupa. Reparei que no carro estava muitas vezes um sujeito, moço novo, sentado ao volante. Depois comecei a ver que ele nem saía dali muito, ora se encostava, dormitava, mas a minha curiosidade levou-me a ver a coisa a fundo. À noite antes de fechar a janela da varanda, olhava discretamente e reparei que uma manta estava estendida desde a frente até trás, tem árvores cerradas e faz escuro como breu, tem candeeiros e a luz dos apartamentos reflectia nele. Então apercebi-me que o moço, de cor, devia dormir ali, mas, e lavar-se, comer? de manhã quando me levantava e ia abrir as janelas, a maior parte das vezes já estava sentado ao volante, e parecia limpinho, por vezes via-o a dobrar a manta, e fazia de conta que nem via. Falei com a minha amiga que tem uma loja por baixo, ela só tinha dado por ele há dois dias, quando eu já o tinha visto há quase um mês...
Aquilo fazia doer minha alma, até que a dona do supermercado o viu a entrar no prédio em frente dela com uns papeis,(assim tinha amigos onde devia lavar-se comer melhor etc etc) nós bem falamos e resolvemos que se de nada suspeito víssemos, não íamos entregar o rapaz que nem era de cá. Discutíamos entre nós, se havíamos de o ajudar se lhe perguntaríamos se queria comida, além disso ele falava no telelé dele, e a minha amiga via-o comer e beber água e... claro que não o íamos dizer a ninguém pois se falássemos a algum homem, os homens têm tendência para agir de forma precipitada e errada a maior parte das vezes... (é o que se vê)
Mas não o largamos de mão, digo de olhos.
Ele lá andava de papeis para cá papeis para lá, e pelos vistos lá resolveu a situação e lá se foi.
Isso faz-me pensar que nenhum ser humano devia passar por essas situações, devia haver um lugar onde ele pudesse dormir e alimentar-se até ter trabalho ou coisa assim...
Claro que podia ser um bandido a fugir das autoridades, bastava não ter documentos para ser expulso e claro, preso e levaria de borla umas cacetadinhas...Enfim...
Mas tudo isso me despoletou sentimentos do passado, quando vivia numa terra perto daqui onde passava o rio que dividia Portugal e Espanha e morávamos perto da prisão que era baixa e pequena e eu e a canalhada toda, éramos uns 12 mais ou menos, íamos para lá, pois eles chegavam às grades, (claro que os pais nem nos viam, senão!...e pediam-nos que os ajudássemos a sair dali que tinham mulheres e filhos, para intercedermos por eles junto dos nossos pais (policias) e eu ficava tão angustiada e aflita e ainda pedia ao meu pai que deixasse ir os homenzinhos para junto dos filhos deles...Mas, eram contrabandistas,(naqueles tempos tinham de o ser ora pois, ora essa como diz o adriano...) e lembro-me também que uma vez as mulheres dos guardas (eu ainda ouvia, andava pelos 5 anos)gritavam do lado de lá das casas e corriam todas juntas (mas que poderio essas mulheres tiveram ao desafiar os maridos todos) e bem alto diziam para os contrabandistas que corriam com quantas pernas tinham...Fujam senhores, fujam por ali, fujam homens... (amei e amo ainda estas mulheres que se atreveram a desafiar os maridos que até eram boa gente ehhhhh)e naquela dia não se apanhou nenhum...

Lembrei-me que amanhã qualquer um de nós poderá ter que andar de trouxa às costas e sem carrinho..basta ter de ir pelo mundo a fugir à guerra e eu já atravessei uma e com todas as comodidades, mas, nem todos têm essa sorte!...E isso fez-me lembrar que até hoje e em todos os dias da minha vida, sempre dormi numa caminha e com a cabeça recostada na almofada...(poucos pensam nesse grande bem que têm, um lar onde descansar o corpo quando a noite chega!...)

Rapaz, que onde quer que estejas, sejas ajudado e que tenhas conseguido o que querias, aqui ou noutro lugar qualquer, é que enquanto os homens não sentirem que somos todos irmãos, teremos de viver escondidos como se fossemos salteadores, mas, só quem passa por elas é que sabe as dores que na sua alma sente!...

E se te tivesse falado e tentado ajudar, atraiamos as vistas sobre ti, e...Há mulheres que nem sabem calar-se!...
Assim, à nossa maneira, protegemos-te e foi a nossa maneira de te ajudar...porque te víamos a ir e a vir, e sabíamos que andavas a tratar da tua vida.
Deus te abençoe na vida e ajude a todos os que como tu, têm de sair do seu País para poder sobreviver.








quinta-feira, outubro 11, 2007

 

Estou muito triste com a partida do nosso amigo.





Só vi à pouco que o Acácio Simões aquele brincalhão do Luso blogues e do blog o atónito, faleceu, e ainda escreveu no meu blog há pouco.
Não o conhecia, mas admirava a sua malandrice e sempre boa disposição, fui directa daqui ao blog dele e pensei que como sempre era uma piada e ainda gozei, depois fui ao luso a ver o que era e estava lá a notícia.
Lamento mesmo porque perdemos um homem que gostava de brincar com tudo o que aparecia, ainda trocamos emails de vez em quando, esperava conhecê-lo um dia, mas não deu.
Fica aqui um abraço para lhe dar espiritualmente e que possa ser feliz no lugar onde se encontra!...E um dia dar-lhe-ei aquele abraço que aqui não foi possível.

Acácio...

Que lá no lugar onde te encontras
Esteja a paz que procuravas,
Exista o mundo que sonhavas
Mais belo ainda do que idealizavas.

Um abraço para ti pelos momentos em que me fizeste rir e pelas imagens lindas que me enviavas.
Laura...








 

Cheguei!... e chego sempre a tempo...




Minha gente, ufa, ufa que a subida custou...
Nem sabeis o desânimo que se apoderava de mim
sempre que passava ali ao lado do pc, era raiva e tudo à mistura...
A pascoalita avisou-me por sms que a minha cusca vinha a Braga à minha procura, e eu sem poder contactar com ela...Que aflição, mas se veio foi-se como veio, virtualmente, e não se perdeu... Ao menos isso. Por falar nos sms da pascoalita, eu tenho uma garrafa de vodka ao lado do telelé, se ele tocar ou tremer (o meu só treme) a luz da garrafinha acende-se, e vejam bem, ainda nem sete da matina são, já tenho a minha dose ou doses de mensagens e de bebida..que ela envia logo de manhãzinha!...
Recebi tanto amor e carinho que fiquei extasiada a olhar para dentro da minha alma... Ando numa de pensar pensar até rebentar pelas costuras, mas...Acho que só o ano 2008 me vai cair em cheio na felicidade e em tudo o resto.
Isto é apenas um recomeço, amanhã irei comentando nos blogues de todos. Amo-vos sim ó minha gentinha querida...








segunda-feira, outubro 08, 2007

 

Pois é...



Vim a casa de uma amiga e aproveito entrar na net e claro, aproveito para ver o mê bloguinho do qual tenho imensas saudades de ler os comentários dos meus amigos queridos.
Nem dá para responder a todos. Não tenho as minhas pastas à mão nem poesias de inspiração neste momento.

Adoro-vos a todos e tenho pena, mas o problema do pc não se resolve assim. Fico fula, grito com o pessoal, mas eles fazem-se de moucos... Rais partam o apagão da EDP...Rais partam quem não tem a peça à venda e assim teriamos de comprar uma mais completa e é uma eurada do caneco que não tenho.....

Bem, adriano mas que alegria ler-te, só que não há nada à mão de semear agora... Mais dia menos dia lá ficará tudo como de costume, a rolar por ai...

Cusquinha querida, a madrinha não é senhora abastada e só se escolhem madrinhas de muita sacada de euros, e tu escolheste uma sacada de banhas...Mas obrigada por me quereres aqui...

Adrianna que saudades nina....
Mexicano então? vai sornando que eu já volto...
Alkinha pascoalita e todos os outros...muitos miminhos a todos, mas não há mais nada por agora.

Ando a estudar o gestual pois vou começar dar cursos numa escola de Formação e quero estar à altura das esperanças que depositaram na minha pessoa...

Acácio, amigo que bela poesia..o meu bairro era o de S. Paulo da Assunção de Luanda, perto da Casa de Saúde do Carmo, e do Cine e correios de S. paulo e o mercado atrás, e na Paiva Couceiro, depois havia um largo e seguia-se para a Cuca! Nem me digas que te lembras. Olha as minhas saudades malucas...

Querida Izeldinha e tété e mais ninas querida e a missesfinge, beijinhos a todos...
Mal possa apareço e canto, boto prosa, o que for, mas adoro-vos e sinto a vossa falta, muito mesmo... a pascoalita ainda vai mandando mensagens todos os dias e falamos por ali...
Beijinhos...