A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


terça-feira, junho 30, 2009

 

Sinto que posso !...


Neste momento

Sinto que posso

Trepar todas as montanhas

Que o mundo tem

Sinto a força e a coragem

Para o fazer

Vinda dos mundos

D’além !...


Sinto que posso percorrê-las

Através da minha mente

E sem me cansar

Abrirei meus braços ao vento

E ficarei a flutuar

Quais asas de gaivota

A planar

No sopro do firmamento !...


Chegarei a qualquer lugar

Onde queira estar

Mesmo ao mais distante

Subirei ao topo dos montes

E alcançarei a tempo

As réstias de sol

Que existem

No mundo do pensamento!...


Sinto que posso tudo

Ao ver a força que atrai

Elevar-me no alto

Deixar-me no topo da montanha

Onde fico extasiada com a grandeza

Dos mundos

Do Ser que habita

Mais alto, mais além !...


Obrigada Pai

Obrigada Senhor

Pelos mundos

Que posso alcançar

Sem me perder

Sem me magoar

Sem sentir dor

E com a alma repleta de amor!...








 

Almoço a três!...


No Restaurante Sabor Natural ! Nas meninas do vou às meninas!
É sempre assim, alegria na chegada e calma na partida!...
Daqui a horas vou levar o rapaz de volta onde o fui buscar.
Bem, como diz a Maria, sente-me sempre triste...O meu verdadeiro eu, só o mostro a algumas amigas e amigos. É isso aí, Sagitarianos sabem embrulhar os sentimentos, sabem fazer de conta (quando querem!) eles são formados na Arte de fingir, de representar, quando a vida assim o quer!... Mas, ninguém é tão autêntico como nós! Sou incapaz de mentir, sou leal, verdadeira, mas, nem todos podem obter esta graça de mim, proque nem todos são verdadeiros também!... E eu topo-os à légua, embora os faça pensar que acredito... e, claro que por vezes caio que nem uma pata, num lago, que não se afoga porque sabe nadar...

Foi bom, embora curtinho, o nosso almoço nas meninas. Aí estão os nossos pratos, a neide chegou já pelas 13,15, nós, era meio dia e meia e já lá estavamos a saborear, ele um fino, eu uma pretinha geladinha... comi feijoada de polvo, ele alheira de bacalhau, batatas a murro, couve, ainda não conhecia, provei, gostei, damos sempre um ao outro o prato a provar, no fim, ele pudim, eu tarte de ameixa, tudo uma maravilha! A Neide papou alheira vegetariana e gostou. Almoçamos lá fora, em frente tem um jardim cheio de verde e soube-nos bem aquele bocadinho, basta que estivessemos os três, nós funcionamos a três!... Nós mesmo de longe, sabemos que o outro está por perto. A Neide mais para o meio do mês, vai para Manchester a uma Conferência, e vai estar com o Nuno, vai nanar na casa dele, enfim, alegria para mim por sabê-los juntos.
A Glorinha apareceu com a M. João, a filhota que anda em roda dos exames do fim de curso de Direito... tadinha, agora é só nervoso, mas, há-de passar e mais dia menos dia já não há-de ter tantos nervos e tanto que estudar...






 

Sou alma, sem alma !...



Sou alma sem alma

Sou alma sem amor

Sou alma sem vida

Sou apenas uma alma

Do mundo esquecida

Refugiada na dor !...


Sou alma aprendiz

No jardim da dor

Sou alma infeliz

Que trago comigo

Os pés doridos

Das viagens que fiz !...


Sou tão viajada

Pelos mundos afins

Venho tão cansada

Das viagens sem fim

Em que uns e outros

Se aproveitam de mim !...


Sou alma sem alma

Sou alma infeliz

Porque trago comigo

Os restos de um amor

Que mais ninguém quis

Mesmo sendo feliz !...


Sou alma sem alma

Sem amor e sem calma

Resguardo-me no manto da dor

Embrulho-me na lua

Nas noites em que me dói

A lembrança, de que nunca foi tua !...








domingo, junho 28, 2009

 

Rais partam a Colonoscopia!


O prometido é devido. Já cá estou. Nem 15 minutos, já que facilitei a vida. Toca a despir as calças, tudo fora, qual calção meio calção, qual bata meia bata... ali mesmo, eram duas médicas... Vamos a despachar, digo eu cá para dentro... deito-me de lado, colocam-me aquele aparelho de luz vermelha no dedo... Fosga-se, foi a primeira vez que levei lá por trás, fosse de que maneira fosse. primeiro tudo bem. D. laura veja a imagem no ecrãn. tudo limpinho até dava gosto andar por ali. Zézito; qual pólipos? devias ver as avenidas das minhas tripas, tudo com boa cor, tudo a preceito. Poças, aquilo começa a doer e digo, mau, mau, já está a doer, ela aperta-me a barriga para dentro, ai, ai, vamos a parar com isso, dói pra caraças. Mau. Está quase D. laura, é um minuto, e dou comigo a lembrar quando o Nuno nasceu e me calcaram na barriga de sopetão, para expulsar a placenta rápido, ai aquela dor que já estava esquecida... e desato a suar pla cabeça, plo pescoço por tudo quanto era a minha pele. Acabou, depois mais um tubo enquanto o ecran ia medindo até chegar a 80, tudo óptimo D. Laura, muito bem, portou-se muito bem. Quem, eu? credo, se isso é portar bem, mas, doeu e muito...xi, que cadinho aflitivo......

Já nem me lembrava que havia lá por baixo um olho cego: se o sujeito passa a vida às escuras, é justo que lhe chamem de cego...

Cego: Normal
Cólon ascendente : Normal
Ângulo Hepático : Normal
Cólon Transverso : Normal
Ângulo Esplénico : Normal
Cólon Descendente : Diverticulos (pequeninas veias no interior, eu vi-as )
Sigmoide : Diverticulos
Recto : Normal
Conclusão; Diverticulos no cólon esquerda.

Assim; acreditem em mim, foi como foi e a nossa Parisiense deve estar por lá, a começar e a lembrar que, aquele cadinho vai doer... se vai.. Boa sorte para ela e para todos os que fazem estes exames, xi... se incomoda...


Com tanta invenção,com técnicas do outro mundo, ainda fazemos estes exames que todos me descreveram, xatissimos de fazer, o rais que partam o que temos de beber, começo pelas 19 e vou bebendo um copo a cada dez minutos, para não forçar... meti na cabeça que seria fácil e havia de saber a algo que se bebesse... Segui as indicações à risca, duas saquetas para um litro de água, já tenho a mixórdia na garrafa de dois litros e até às 21 tenho de beber aquilo tudo... Mas que bom que seria, se desse pra despejar tudo sanita abaixo... Cheira a laranja ou maracujá, amanhã pelas 8,30 até às 9,30, mais um litro e pelas 16,30 o Nuno leva-me, não quer que vá só, uma vez que tenho de fazer uma refeição ligeira às 17, e só consegui comer uma banana madura e 3 tostinhas mini... mais nada... Almocei tarde. Assim, claro que me sentirei mais aliviada se ele me levar, espera por mim (ele, como técnico de Radiologia, já fez alguns desses exames a pacientes, e diz que não custa tanto como dizem, é mais a impressão, que vou ver... ó mamã, dali a nada, uns 20 minutos, estás pronta pra outro... acredita em mim mamã... tão, vou acreditar...

Pelo sim, pelo não, vou fazendo isto, não vá conseguir mais logo, escrever nada...
Ahhh, começo pela verdade, enganei-me na hora de começar, tanto a li, tanto a revi que no fim dei comigo assustada a olhar pró papel e ver ali (2) duas h depois de comer o tal do jantar ligeiro, que foi uma bana e 3 tostas mini...ahhhhhh. Nem vos digo nem vos conto, só depois de regressar do exame é que vejo se resultou, ahhhhh, uma coisa é certa, já tou meia enjoada e apetece-me mandar tudo às urtigas e desistir desta maluquice que é este exame.. Sinto que não tenho pólipos nem nada demais, mas, só assim é que se prova algo... apre, rais partam isto...E a procissão ainda vai no adro, ainda falta um litro, credo... Tenho isto em rascunho e virei cá dizer como me sinto, para quem nunca o fez, saiba como é. Ainda estou de pé, o enjoo é minimo, vejamos.

Bem, o litro já foi, ou antes; foram dois litros cá pra dentro, parece que chegam à garganta, minha nossa, a neide a ajudar a encher o copo e eu; fogo, despeja isso na sanita... Não senhora, vá mamã já falta pouco.. ó meu Deus, mas isto é coisa que se faça a alguém? Até agora estou bem, fui ao wc normalmente, ainda nem tive dores nem vomitei nada, mas, não tarda sai tudo pla boca fora... Até tenho frio, vou vestir o pijama, hoje choveu está um tempo palerma. Claro que já sei que devo passar parte da noite a levantar e a deitar...
E beber mais só amanhã de manhã pelas 8,30 até às 9.30 um litro e chega!
A ver se estarei viva para contar o resto da saga da colonoscopia... parece que estou grávida e o enjoo é muito.
Dia seguinte; mais uma vez ou outra ao Wc, poucas vezes, porque..depois conto, pode nem resultar... dormi bem, e aquela sesação de enjoo foi-se, pois o que mais custou foi beber a mixórdia em pouco tempo, e cada copo que ia era mais um arrepio de azedice, aquilo até é doce, ah, que nojo, ahhhhhh. Levantei-me bem disposta, até parece que aquilo lava a má catadura, já ando de melhor cara... Parece que afinal faz bem a outras maleitas... E agora pelas 8,30, já estou a beber o outro litro que falta, até às 9,30. Não haja pressa de o beber pois mais irritará o ânus e o meu ainda nem se começou a queixar, porque espaço bem a bebida... quem emborca para ser mais depressa e se livrar do castigo, piora a situação. vamos com calma...

Lá andei no wc, pouco, devagar e com calma, o meu erro deu para ganhar tempo, mas, só quando fizer o exame, saberei. Fiz o almoço para os filhos, sentei-me junto deles durante o repasto e nem me deu vontade, nem que quisesse, de provar... Haja vontade! Acabei agora de vir da cozinha, fiz panados para logo, ah, logo já janto em condições... estou a coser feijão verde, muito, gosto, depois chegando coso umas batatas novas com pele e o jantar está feito. Ao lume a panela com a sopa que a rapariga pede, cheira bem, mas é só cheirar... Agora vou recostar-me e ver uma novela de que gosto, depois banho, e depois ala que se faz tarde... Enfim, o que custou mais foi o primiro dia de ter de beber os malvados dos dois litros!...






 

Ai quem me dera voltar !...



Ai quem me dera voltar

Aos tempos do recordar

Ver os moços a passar

A ver se meu coração

Conseguiam aprisionar…


Ai quem me dera voltar

A ser aquela jovem

Que ia para junto do mar

Para sentir o seu marulhar

E com ele, desabafar…


Ai quem me dera também

Morar na mesma rua

Passear à luz da lua

Andar por onde andei

Namorar quem namorei…


Ai quem me dera

Voltar á minha terra

Que nunca a esqueci

E saber se ela

Ainda se lembra de mim…


Ai tempos

Tempos de então

Onde vivia feliz

Com meu amor

Pela mão!...


E nossa vida ia ser

Como sempre

Uma canção!…


(Isso pensava eu!)


Foto tirada depois de abandonar a minha terra amada, já na África do Sul, em Pretória onde vivi (exilada da guerra!...) Tinha 22 anos e a alma cheia de sonhos. Vivemos naquela casa com um jardim enorme, nas traseiras, a África do Sul, digo e repito, nunca fez parte daquela força e fascínio, que Angola exercia em mim, naquele tempo havia o aparteid que eu detestava, a arrogância e a prepotência sobre a raça negra... Sempre tivemos empregados a servir, na parte de lavar roupas, passar, arrumar só na África do Sul, porque eu e minha mãe, trabalhavamos 12 h por dia, quase sempre...sábados e domingos, manhãs de 6 h. E sempre os respeitamos como seres humanos...

Esta poesia foi escrita aqui, há coisa de um ano e pouco, talvez, e sempre a saudade, quando as coisas estão bloqueadas cá dentro, é para lá que me viro... Na foto estava num dia normal de trabalho, claro que ali me sinto nita, embora triste, triste vivi lá com a saudade do que deixei, um bom emprego, uma casa a ser começada, amigos aos montes, e a terra, só a terra já dá para sentir a saudade...


(((No poema falo dos moços que a diário passavam, a pé ou de mota, carro, a deitar aqueles olhares cumplices, enquanto eu fazia de conta que nem os via, ahhh, e havia um numa NSU, esse deu-me a volta ao miolo e foi o meu primeiro grande amor, aos 15 anos...Foi por ele que deitei tanto pão aos passarinhos nos telhados do Carmona, e foi por ele que fui dia a pós dia, ao pão, à padaria onde ele me esperava, entre uma árvore e outra, e, apenas falavamos, a nina era muito tolhidinha, e beijinhos? um, na rua, outro, nas escadas, ah, mas no rosto, só no rosto, ehhhhhh Amor que por lá ficou, pois os pais eram sempre contra qualquer amor que aparecesse... Isso não se fazia, ó Pai!... Claro que permitiste namoros, mais tarde, mas, ó Pai, eu nem gostava deles!... e por isso, lá ficavam pelo caminho...)))


Não se ralem que a saudade amainará...Como sempre, porque o meu espirito detesta viver assim, aprisionado entre sentires que magoam.

A foto não consegui escurecê-la mais, mas, nota-se que sou eu.








sábado, junho 27, 2009

 

Esperarei por ti !...


Esperarei por ti com um sorriso
Com a vida que em mim, restar
Mesmo que me digam
Que nunca virás
Por mais que por ti
Possa esperar !…

Não importa o que digam
Eu nem os vou escutar
Vou ouvir sempre
O teu amor
E no som do meu silêncio
Ouvirei o teu cantar !...

Vou esperar dias a fio
Vou ficar horas e horas
Sentada a ver o mar
A olhar o vazio
Mas acabarei por sentir
Os teus passos a chegar!...

Porque eu sei que haja
O que houver, tu virás
E nunca me esquecerás
Sim, eu sinto que sim
Porque ninguém te amou
Tanto quanto a mim !...

Sinto cá dentro
Do meu peito
A todo o momento
O bater do meu coração
Que angustiado e cansado
Sofre de tanta solidão !...

Solidão que em breve
Se acabará
Porque a dor que sinto
Cá dentro é única
E dela nada mais restará
A não ser a flor do jacarandá !...

Que guardo dentro de mim
Há tanto tempo
E me acompanha
A todo o momento
Em que meu coração
Sofre de solidão !...


Canção com África em fundo, a flor do jacarandá, era única em Angola e por toda a África! Brasil...Em Pretória, onde vivi, as ruas eram ornadas por elas, e, o perfume que exalavam, levavam-me à loucura!... Agora existem jacarandás por todo o mundo, aqui também, e, que bom, pois a beleza de tudo, é para ser olhada e sentida por todos os seres, porque tudo é do Mundo, e o Mundo é de Deus!... para todos.






sexta-feira, junho 26, 2009

 

Mosteiro de Santa Clara - a - Velha...




Chegamos de uma agradável viagem, todas bem dispostas, almoçamos primeiro, e lá fomos ver o Mosteiro pelas 14,30. Claro que está em ruinas, mas a história lê-se naquelas pedras milenares, aquelas pedras que acariciei com as mãos, e o olhar, e, como sempre que vou a algum lugar desses, tento sentir e ouvir a alma a falar! Porque as pedras falam, choram, contam-nos segredos de encantar, e de arrepiar tembém...

Revi-me no lugar daquelas mulheres. Quantas não foram lá parar por serem desonradas (hoje até daria vontade de rir, ) porque já nem se liga a isso, mas, naquele tempo, quantas eram expulsas de casa, sabendo-as desonradas, ou grávidas, e, muitas tiveram lá os filhos que algumas das freiras nem tão bondosas assim; devem ter morto... (que Deus não me excomungue por escrever palavras que podem nem ser verdadeiras, mas, nesse Mosteiro, ou noutro qualquer, as histórias de crianças que matavam, eram muito vulgares naquele tempo) Tinham lá crianças que bem poderiam ser, meninas e meninos do povo, órfãos, simplesmente... E, havia lá esqueletos de crianças, também...

Essa foto acima, era a única ligação com o mundo do exterior, aquele buraco era género de janela com uma peça em madeira que rodava, punham-se as coisas ali, e aquilo girava, e tiravam do lado de lá e não viam a pessoa que lá ia colocar as coisas (cá para mim, eu aproveitava e falava um cadinho, ou com o padeiro, o homi do talho, quem fosse... ora essa, mas que maus hábitos)
Todas essas formas de ser, foram instituidas por mulheres extremamente duras, porque o amor era o mais bonito sentimento do mundo, o amor entre um homem e uma mulher, e, todos o achavam baixo, pecaminosos... espero que essas Irmãs freiras (algumas) tenham aprendido do lado de lá, que esse era um crime contra qualquer homem, mulher... Todo o Ser deve ser livre para amar a quem entender, e livre para viver a vida da forma que quiser!...

Havia um problema desde sempre, a água cobria a parte baixa do Mosteiro, danificou-o imenso, hoje as colunas estão caídas, a maior parte delas, como se vê na foto, e estava lá a Rainha Santa Isabel no seu sepulcro, tiveram de a levar para o andar de cima, e, tem lá no local uma pedra branca, (foto acima) ou é outro material qualquer, a mostrar o lugar onde a depositaram, enquanto as cheias duraram. E foi levada para outro local que não entendi onde era, mas, a seu tempo saberei ! Rainha Santa Isabel, uma mulher maravilhosa, cheia de amor e compaixão pelos mais desfavorecidos... Uma Santa querida que honra Portugal! Quanto à água, continua a entrar nas terras adjacentes e no Mosteiro. Hoje ainda têm 6 bombas de água a retirar toda aquela água, a trabalhar 24 h por dia, dia após dia...

A maior parte das pedras já ruíu, mas é enternecedormente bonito, ver aqueles arcos, alguns azulejos lindissimos, e a beleza e grandiosidade que o Mosteiro devia ter , quando foi construido... Quem fez o projecto, era, sem dúvida, um grande Arquitecto. Só vendo no terreno ficamos a ver aquela obra de grande envergadura...
Tirei imensas fotos, no final, escrevi o que aqui está abaixo, no livro dos visitantes, assinou a Anita, a Nuvinia. A Nuvinia escreveu com a letra dela, e aí vai a cópia do que lá ficou escrito... porque no original, a maquineta não apanhou a página do livro, toda...
Porque eu acredito que já viemos do passado, já fomos um futuro anteriormente, e regressaremos a ele, novamente...

Os anos passaram, alguns de nós, daquela época, podem estar neste momento, de novo no mundo, tão simples assim... Não importa que não acreditem. Cada um terá a sua hora de acreditar, como eu tive a minha à custa de tanto sofrimento que a vida me enviou, de certezinha que não foi por ser uma boa nina, no passado!...

O grupo foi maravilhoso, todas queridas e calhou-me como companheira de viagem (e, desde quando é que não me calha gente boa ao lado, nas viagens todas que faço?) a Glória, uma nina mais nova que eu, falamos da vida, dos filhos, do lugar onde mora, que anda a aprender a tocar cavaquinho, enfim, uma companheira e tanto, que viu as minhas lágrimas correr!... e deixou também correr as dela, por ver as minhas!...Obrigada querida Glória, o amor surge entre quem nunca se viu, e seguirá sendo lembrança pela vida fora!...