A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


sábado, janeiro 30, 2010

 

Pergunta ao Tempo!





Pergunta ao tempo
há quanto tempo
a tua saudade
vive em mim.

Pergunta ao tempo
por quanto tempo
ainda terei de esperar
por ti em pensamento.

Pergunta ao vento
se não te levou o meu amor
no sussurro
do seu cantar.

Pergunta ao sol
se não é verdade
que te espero dia a dia
desde a mocidade!

Pergunta à luz do dia
se não sente a magia
do nosso encontro
em nostalgia.

Pergunta à lua
se ela não sabe
que serei sempre tua
por toda a eternidade.

E pergunta-me a mim
se valeu a pena amar-te
sonhar-te
dias e noites sem fim.

E pergunta-te também
se és capaz
de passar sem mim!...

Continuo a sonhar-te, sabendo que mais dia menos dia, o mundo será nosso!
Sei que a semente já foi lançada há milénios pelas Mãos do Semeador.
Sei que a vida dá as voltas que tem a dar, dá os sonhos para sonhar, e , claro, a oportunidade de os realizar, assim queiramos!...
Ah, a casinha, aquela casinha cheia de luz, a neve a caír, a madrugada está gelada, mas eu aqueço-me em ti, na ternura que sinto porque eu vivo em ti e tu em mim! Onde estarás, em que País viverás? como será o teu sorriso, como serás tu? E como te anseio, sem te ver, sem te ter, sentindo apenas que tu existes e esperas por mim!...

Palavras, apenas palavras que ecoam, palavras que direi ao amor, à ternura, à nostalgia! Palavras de quem ama o AMOR!
Tenham um feliz Domingo!
Laura.







sexta-feira, janeiro 29, 2010

 

As minhas noites de Amor!


Os primeiros serões da minha vida, foram passados na casa dos meus avós, Laurinha e Manuel (ah, ganda azar, eu também sou laurinha e calhou-me um manel!) foi ali que assisti ao que de mais belo havia numa aldeia, pois contar é uma coisa e vivenciar, outra! A idade que tinha? foi até aos dez anos, desde que nasci que iamos lá, apanhavamos o comboio, depois camioneta e táxi quando havia. Aquela amizade entre os amigos dos meus tios e tias, jovens ainda, era linda de se ver, e ainda as mantêm.
De Inverno juntavam-se lá a malhar o milho e nós acabavamos de tirar os grãos que ficavam agarrados, a nossa cozinha era enorme, e quando da matança do porco, nunca menos que dois enormes porcos... iam também ajudar a cortar as carnes para as chouriças, e a avó dava-me uma tábua pequenina, uma faca pequenina e ao lado dela, ah, deliciava-me a ajudar, a temperar e quando ela ia à vasilha enorme, mexer as carnes com o braço até ao fundo, brrrr que frio, a laurinha também queria meter ali a mão, e, provar se estava bom de sal! Querida avó laurinha, querida amiga para toda a eternidade!(amo-te avó com todas as fibras do meu ser) a nossa lareira, sendo o avô amante do fogo a crepitar, e os tios eram muitos para irem buscar carros de bois carregadinhos de lenha, nossa, tinhamos coutadas, lameiros, campos, vacas, bois, ovelhas, o burrito piruças e mais burritos que houve, éguas, cavalos, ah, belos tempos!

Lembro que de verão usavam a Eira, desfolhavam o milho, debulhavam o feijão, encabavam as cebolas, eu sei fazer isso tudo, tudinho... e o meu padrinho levava a grafonola dele para lá e aquilo é que era cantar e dançar, trabalhar e mimarem-me todos, era o melhor, pois era aúnica neta rapariga, só havia o meu irmão mais velho que eu um ano... comia-se, bebia-se, dançava-se, namorava-se, ai que eu dava conta dos namoricos, das palavras de todos e ainda ouvi até aos seis anos... e levava cada raspanete das tias por dizer o que não devia, se eu via, ora pois, os beijinhos que eles davam às escondidas!... e quando iamos acompanhar alguma amiga delas a casa, e o namorado ia plo mesmo caminho, de candeia na mão, tão escuro e tão belo, podiam ver-se as estrelas sem o incómodo de agora que quase não nos deixa vê-las, a luz das ruas a luz a mais que temos na noite! é que tinhamos de entregar a Aninhas à porta de casa, não fosse o seu João reclamar, filha dele não andava de noite na rua sozinha!... e o que ela não tinha tempo de fazer durante esse 'sozinha'...
Todos os dias havia serão lá em casa, depois da cozinha arrumada, todos se reuniam ali, os rapazes iam até lá acima, ao mulherio. e a avó fazia o chá de cidreira numa dessas coisas de barro, na foto...
Tudo passou, tudo se acabou, das tias na aldeia, resta uma com 82 anos, velhota, lúcida ainda, os tios estão espalhados por aqui, e a tia que mais gosto, a Tiz, vive aqui perto de mim.
Quando lembro esse tempo, bate uma saudade! ao cair da tarde!
Nada perdura para lá das lembranças que queiramos guardar, apenas lembro a verdadeira familia, o verdadeiro amor que havia entre os meus avós, pese a que ele tivesse as suas aventuras fora do lar, era a moda de então! mulheres sempre houve de sobra para todos, e quem aproveitou consolou-se, quem se absteve por pensar que era pecado!... gorou-se, goraram-se-lhes os sonhos, pecado era padre dormir com a mulher do seu paroquiano, isso sim, (estou a brincar porque acho que padre deve amar, amar assim, sem conta nem razão, saber como o amor é belo ao coração e aos olhos de Deus! semeavam filhos bastardos. Para mim nunca houve bastardos, porque todos tinham um pai! que óbviamente, não os assumia, ai se assim fosse, que escandalo na aldeia! Isso sim, isso para mim era um crime grave, perante a criança que ficava sem nome de pai! sem afecto, e os verdadeiros filhos, muitas vezes nem eram gerados por amor, era apenas sexo de alcova, porque a vida é assim! o amor estava noutra mulher ou noutro homem, mas... que pecado! ahhh, bem me rio agora por sermos tão lorpas!
Já fui criança, jovem, e todos ouvimos os pais, a familia falar das relações entre gente casada, maldita a sina de quem fosse descoberto, ouvi história de arrepiar sobre isso. Era o destino naquele tempo remoto! e continua a ser algo mal visto pelos ditos religiosos que se lhes afigura ter na castidade o remédio para semelhante prevaricação! Hoje não, não condeno ninguém, já tive as minhas lições da vida, já não penso como a maioria, penso apenas que amando-se, ninguém tem nada que meter o bedelho!

Hoje, os meus serões são outros, a familia vai-se desligando, os filhos seguindo o seu rumo na vida.
Querem saber onde passo os meus serões agora? pois bem à janela! Não na janela comum, mas na janelinha do pc, onde a diário me encontro com os meus queridos amigos, e, tal como a continuação do GT, falo com o Osvaldo e Aninhas, de longe a longe, o Moa, ah, esse rapaz que me faz suspirar por ele, porque escreve coisas lindas, não vem todos os dias, juraria que quase, quase todos os dias e por vezes, mais que uma vez ao dia! A Estrelinha essa já faz parte de mim, da minha vida, já lá vai um ano que ela entrou timidamente no resteas, (ora vejam lá se não combinamos, eu, a réstia de sol, ela, a estrelinha d'alva) e devagarinho fomos cimentando uma amizade única! Assim, serão que se preze, tem música e a nossa estrelinha brinda-nos com a mais bela música, até manda as letras para eu entender, ou então é o Moa que as escreve, é tão belo, tão único, tão natural, o Osvaldo até dança connosco, do lado de lá na longínqua Suissa. Ontem eram fados, mandei a Aninhas por um xale enquanto cantava, ela canta e se canta, se encanta! e dizia o Osvaldo, ó nina ela está de pijama e um xale com pijama não diz lá muito bem! Diz sim, diz que o amor está presente nos nossos serões e assim; junta-se o útil ao agradável e temos uma noite feliz, todas as noites, são essas as minhas noites de amor! e quando do lado do Moa começam a aparecer letras ao desbarato, ou algarismos seguidos, já sei que é hora de acabar ! porque o Luis Thiago apareceu a reclamar do avô a atenção! ora pois, quer o seu serão!
Obrigada queridos, obrigada ao xistosa que por vezes entra,ao João das flores! à nina Ell e à Verdinha que já tivemos por um tempo, mas ela acosta-se mais cedo!... é bom ter uma janela para passar o serão, trocar palavras de amor com quem passa! e durante o dia tenho meu mano Derfel, o amigo querido desde o tempo da minha operação à cabeça, uma alma de luz que mesmo de longe, me acompanha!






quarta-feira, janeiro 27, 2010

 

Kim; missão cumprida!


Pega aí sim, aquele beijo que te mando, não só um mas milhares deles!

Só ontem consegui entregar o pc à minha amiga, mais as peças que faltavam! Tive ajuda de um amigo da Sãozita que é outro Joaquim, muito obrigada rapaz, pela troca, pelos cabos, e pela boa vontade! Valeu! o Manel arranjou o teclado, (só o trouxe a semana passada) e ontem, apenas ontem a encontrei em casa, já andava com pc para lá, pc para cá. Claro que ficou com a alma cheia de gratidão e os olhos a brilhar! Falta apenas instalar a net, vou providenciar. Deus ajuda, se ajuda! Vou aliviar os bolsos dos meus amigos, coisa pouca, mas a pariga precisa urgentemente de ter net! (uma nina e dois ninos do nosso grupo, ah, pois, é só um tiquinho) . Estar tão só, está a desmoralizar a pariga! e assim pode arranjar amigos, ler jornais, coisas interessantes, e, pode falar comigo e a estrelinha, podemos combinar, já não vou bater tantas vezes com o nariz na porta, simplesmente porque nem sempre tem saldo, assim; avisa-me, e combinamos por aqui! Ela é uma caranguejaaaaaaa e anda muito para o lado, por aqui podemos ajudá-la a andar prá frente!

Deus te pague a prontidão com que acolheste o meu pedido, e obrigada ao Osvaldo que o trouxe no seu carro no dia do almoço, e ao carregador que ajudou a passá-lo do teu carro para o nosso!...
Obrigada ao Joaquim amigo da Sãozita, e a ti, Kim, pelo amor e boa vontade! abraço-te ternamente grata, sabendo que Ele te abençoará sempre pelo coração enorme que tens, talvez ainda maior que tu, meu querido rapaz de metro e oitenta e cinco, generoso, amigo de verdade, leal!... Ah, não digo; porque te conheci tão tarde, digo; graças a Deus que te encontrei!... e, abraços à Dupla L&L.
A pariga quando o tiver a funcionar, agradece, mas envio já o abraço apertadinho dela, feliz!






terça-feira, janeiro 26, 2010

 

Três anos do 'Verseiro'. Parabéns Elcio!


O Elcio, meu amigo do lado de lá do mar, perguntou se queria participar nos festejos do aniversário (3 anos) colocando uma foto minha ou com amigos, o que fosse, em pequena, e contasse algo sobre aquele tempo, vivência, histórias o que fosse!

Voltei atrás no tempo, o tempo que recordo como se fosse hoje! tínhamos acabado de desembarcar em Luanda, eu com dez anos, na foto, com o meu vestido de bordado inglês, mandei os elásticos das mangas às urtigas, subia nos mamoeiros, (um mamoeiro na foto) corria por tudo quanto podia, brincávamos pelo bairro, uma delicia de vida! descalça, sempre, era preciso obrigar-me a calçar as sandálias, corria pelas matas atrás do quintal, ainda se vêem as negras nas pernas, bom sinal!

O Jeep Land Rover, aguardava-nos, nos primeiros dias ficamos no Hotel Europa, quase ao lado do Baleizão, pertinho a pé, da Marginal! Antes de irmos para o Hotel, o colega do meu pai e querido Sr. João, levou-nos à praça na Maria da Fonte, o mercado do Quinaxixe, se não estou enganada!
Habituados a ver frutas das nossas, apenas bananas, pêssegos, pêras maçãs, uvas, figos e por aí, pouco mais... imaginem o meu espanto e dos meus irmãos, e a cara de parvos que devíamos fazer, surpresos com tantas coisas desconhecidas, assim, olhem pra mim espantada a apontar para os abacates, é pá, olha que grandes pêras! o pobre do senhor João, explicava tudo, e ao ver anonas, e fruta pinha, que cara de nojo, olha prá quilo, deve ser prá sopa, mal sabia eu que seriam dos meus frutos preferidos! é bom laurinha, dizia o senhor João, são anonas, e comprávamos de tudo, e provava-se ali, depois havia enormes mamões e papaias, aqui as papaias são pequenitas, lá eram enormes, quando vejo mangas que coisa tão esquisita, prova, prova, não gosto muito, mas depois? e agora? agora seria milagre ter aqui as mangas que havia no Mussulo, que comíamos na praia, as que vendem aqui, não lhes chegam aos calcanhares, acreditem! trincavamos a casca, abria-se e dentro do mar, na maior, comíamos, escorriam pelos braços, sumarentas, deliciosas, minha nossa, e eu não gostei quando provei!... olha que grandes limões verdes, eram as laranjas das quitandeiras, na rua deitavam o seu pregão 'naranja naranja ! tão lindo, e os limões, aquelas bolinhas pequeninas, redondinhas nada parecidas com os nossos limões, ah, minha gente... goiabas, cor de rosa por dentro, que nojo, e a castanha no acaju? que azedooooooooo... pitangas, pitanguinhas boas, madurinhas, ah, que frutinha querida ... temos uma nina do Brasil, no blogue Pitanga, ehhhh és uma doçura ó pariga... e os maracujás, tão bom, tão bom... e há muitas variedades, muitas frutas, muita coisa, que nem vale a pena por aqui, ficaria um jornal!

Na parte do peixe, desatei a fugir quando vi os caranguejos a sair dos cestos, pelas suas patinhas, ai não que não me iam apanhar, pernas para que te quero; parece que até me olhavam nos olhos! ó menina, não fazem mal nenhum, e as lagostas vivas, os peixes enormes, grandes, grandes como nunca tinha visto!

A caminho do Hotel reparo num grande reclame em papel, beba seven'up, ainda não conhecíamos, aqui ainda não havia, decerto, não nos lembrávamos de ver disso, lá me explicavam como se pronunciava e que bom que era, fomos ao Baleizão aí sim, gelados, cassata, tiramisú já havia naquela altura, tantos sabores, que bom... depois vinham os pirolitos, desculpem lá mas os que se comem aqui são mal feitos, aqueles esticavam, ficavam no ponto, uma delicia, e as cocadas de açúcar, tinham outro nome, ah, maningue de bom... Ainda hoje me pélo por uma, já me ofereceram disso, cá, mas, soube a pouco! as farturas sim, a senhora passava com a cesta à cabeça, comprávamos muitas vezes, quando a aprender costura, as colegas ouviam o pregão e lá ia eu comprar para todas!
Claro que nos primeiros tempos só perguntavamos o que é isso e aquilo, depois habituamo-nos. Foi bom, tínhamos os amigos, bricavamos que nem sei, cresci, passei a ter outro desporto, ahh, recebia imensas cartas de amor, ora pois!, namorar, pouco, tinha mais cagaço aos pais, que amor aos rapazes ehhhhhhhh!
Foi uma aprendizagem, viver noutras terras de cores diferentes, de almas diferentes também, na sua forma de ver e viver a vida!
Algum dia sonhei que iria viver em terras lindas, terras exóticas? terras que amei e guardo dentro de mim! para toda a eternidade!

Parabéns Elcio, pelo dia de hoje, pelo carinho de sempre e, viva a amizade através do mar! laura.






sábado, janeiro 23, 2010

 

Sonho com cartas de amor!


Já não é a primeira, nem a segunda, terceira vez e por aí fora, que sonho com a minha caixa do correio em Luanda! Era eu que tinha a chave, claro, porque iriam o pai ou a mãe buscar as minhas cartas! se eu escrevia e recebia outro tanto, de meio mundo! ah, tantas cartinhas de pedidos de namoro recebi, será que o pai e a mãe as iam ler? ora pois! Além de que era Madrinha de guerra do meu primo, do Luis, o Luis, o rapaz do anel, nos começos do meu blogue, que faleceu no mato, que tantas cartas me escrevia, do mais puro amor e às quais eu não ligava nenhuma! tinha 16 anos, era palerma, convencida, enfim! O que aquele moço passou comigo, o que ele fazia para me ver, minha nossa! As cartas lindas que escrevia, ai laura, laura, isso nem se fazia ao moço. Bom, já passou! E tu, Luis, desculpa-me, perdoa ter sido tão tola, perdoa ter rido dos teus sentimentos, eu não fazia ideia do que era o amor!

Quando nos fomos embora para a África do Sul, a senhora da Tabacaria Pinóquio, na António Enes, lá no prédio onde morávamos, muito nossa amiga, a D. Edgarda, quando a minha mãe meses mais tarde lá voltou, a Luanda, disse que tinha lá umas poucas de cartas de um namorado meu, não era namorado, queria ser isso sim, só que eu não botava práquele lado, foi assim muita vez... ele escrevia bem, longas folhas, tinha a letra elegante, era na altura quase Advogado, isso era o menos, não me seduzia estar ali na varanda a falar do que nem me interessava, (era amigo lá de casa) se nada sentia por ele!
Ela pensava que nunca mais nos veria ali, (a D. Edgarda) já que fomos de vez. Deitou-as fora!
Quando a minha mãe chegou e falou das cartas, nem a deixei acabar, perguntei por elas, quando disse que a nossa amiga as deitou fora, senti que tinha de receber e ler aquelas cartas,devia-lhe isso, devia responder-lhe, mas!

Deve ser por isso, talvez, que hoje, de novo voltou aquele sonho, eu não tinha a chave, a caixa estava a abarrotar, aparecem sempre bocados dos envelopes de fora da abertura e eu puxo, puxo e uma a uma vou-as tirando, e no envelope está escrito o nome, ilegivel (do passar dos anos, já lá vão 35 anos!) e em letra bem legivel, leio; devolvida ! Todas as cartas têm essa caligrafia quase igual, todos os envelopes são brancos, a letra em preto, e eu recolho-as, uma a uma, amonto-o-as, enquanto as vou retirando com cuidado para não rasgar, quero lê-las, a todas, de uma ponta à outra! e o monte de cartas não acaba nunca, acordo sempre com a sensação de que devia ler as cartas, as cartas de alguém que me amou, mesmo sabendo que não era amado!






quinta-feira, janeiro 21, 2010

 

Espera!...




Espera
tão somente, espera
não há palavras para descrever
o que sinto.

Não me faças abandonar
velhos sonhos
não me peças para apagar
tudo o que me atrevi a sonhar.

Espera
o mundo há-de dizer-te
que caminho irás levar, e a vida
há-de ensinar-te, sonhos a realizar.

Não me perguntes de onde vem
esta força que tenho dentro de mim a gritar
que sem sonhos e sem luta
nunca a lugar nenhum hás-de chegar.

Espera
dentro de ti ouvirás
do amor o doce sussurrar

e não haverá mais palavras para apagar!









quarta-feira, janeiro 20, 2010

 

Vai um joguito? Nem que seja a feijões!



O pessoal anda tal e qual o mês de Janeiro, aliás, o pior mês do ano, sem dúvida, seja para negociar, seja para namorar, amar, sai tudo que nem corda de guitarra partida! Até eu ia cometer a loucura insana de fechar o blogue, para gaudio de algumas almas, mas... o pobre nem tem culpa, nem ninguém, é que há dias! e dias...
E como não sou de derrotas, ah

que tal um joguito
sem ser a guito
e onde não entre o mafarrico?

Nada de batotice, ah, não ei jogar a quase nada, só sirvo para entreter a canalha, mas comigo na mesa, ganham nem que seja a feijões...
Primeiro, eu jogo pelo prazer de estar à mesa entre amigos, filhos, e, não me pelo para ganhar, porque sei que; quase sempre, ganho... intuição,dependendo do adversário. O Manel não deixava ganhar nem a feijões, e como arranjava sempre barulho, parceiro eliminado há um ror de anos, sentamo-nos a jogar e nem o convidamos!... ele já sabe... O Telmo, ah, aquele menino tem de aprender a perder, que refilão... A Neide eu quando é o jogo do Party e Co, as duas, imbativeis, o que nos rimos... No Natal jogamos com a mãe, puxa, só que há coisas com que eu nem atino, a fazer mimíca, descrever, desenhar, ah, ai sai sim...
Às cartas, negócio fechado, à bisca do três se for com miudagem, ui... Ao burro, e por aí fora, e outros jogos que não sei, só têm de mso ensinar, aliás há muitos jogos em que não ganharia nada, mas, é tudo uma questão de aprender! Alinham?

E agora vou mas é jogar no euromilhões, ah, tanta coisa boa seria se ganhasse, ali nem a feijões, é a euros mesmo... E todas as semanas, lá vou eu, longe ou perto, por o meu boletim, o mesmo que faço seguidinho há dois anos, e, hei-de continuar, a persistência ajuda!






segunda-feira, janeiro 18, 2010

 

Parabéns à nossa querida nina, da dupla L&L...



A nossa Joia mais cara, mais brilhante!...


Feliz Aniversário Luisa!



Já é tarde, mas fiz questão que tivesses um jantar lindo, junto dos amigos de Tabuaço. Não poderiamos ficar indiferentes e nem sei se o pessoal sabe que hoje é o dia do teu aniversário!
É que alguém me segredou ainda há pouco, e, lá andei eu feita de maluca a preparar um jantar, mas, o meu pc anda lentooooooooo e por pouco não lhe dava uns murros, só que nem vale a pena!

O Bolo é apenas um cadinho, o original está na mesa, adorei as flores e foi mais pelas flores que aqui o coloquei. Espero que gostes minha querida! Mereces, és digna do especial carinho que todos sentimos por ti, pela tua dupla e pelo amor do maior, mais alto..., também! Escolhi este local para o jantar, porque, ora pois...
A foto ao lado, parece a do Visconde que sornou connosco naquele dia memorável, em que suados, cansados, demos à Quinta, já tarde, e eu, sem o meu rico saquito!... Assim, é um jantar intimo, único, do GT... ah, olha os degraus que tinhamos de descer e subir, querendo... de noite, ora pois...

Deixei o saco em cima do sofá, e só me lembrei dele no fim, quando saimos, estava lá tudo! Ainda procurei uma foto do nosso sofá mais as fotos dos Viscondes, mas!...

A nossa sala do pequeno almoço, onde rimos, e, passamos um tempo divertido em franca e sã camaradagem! Esta é a nossa mesa, à direita! Eu devia estar a tratar do pequeno almoço do nosso rapaz mais velho!... que á vontade na cozinha, parece que estavamos em casa!
Parabéns, em nome de todos, e, mil felicidades aos três!...
Tchim, tchim, pelo grupo de Tabuaço, forte como AÇO!






 

O tempo, raízes da vida!


É o tempo o eterno companheiro dos apressados, daqueles que querem ver tudo resolvido de uma assentada. Confesso que já fui assim; Quere-se? faz-se.
E o tempo, o eterno amigo, inimigo, por vezes, diz-nos que mais vale esperar sentado, tanto faz, porque ele é que gere o nosso tempo, e, ponto final!

Longe estaria a menina de seis anos de pensar que um dia, voltaria a ouvir os sons do mundo, os sons da vida! Afigurava-se-me difícil, por tudo o que os médicos diziam, apenas me mandavam ter esperança! O tempo, ah, tempo amigo, que tudo curas, tudo resolves, tudo encaminhas, que pões a vida de cada um no trilho certo! (se pões!) Não estavas errado. Esperei cinquenta anos, milhares de dias e dias, para mim... dias de dor, de raiva, revolta, querendo ouvir e nada poderia fazer com que se tornassse algo de concreto!

Até que enfim, esse dia chegou há um ano! Sei que a procissão ainda vai no adro, ainda falta muito, nem me importa se vou conseguir entender todos os sons, todas as palavras, mas, começo agora a entender na terapia, duas vezes por semana, uma Terapeuta cinco estrelas, um doce de nina. Porque será que todos os que lidam comigo, parece que já nos conhecemos há anos, que somos familia? Pessoas que começam a fazer parte de mim, como a nina Marta, linda, amorosa e uma Terapeuta maravilhosa! Claro que não entramos logo a matar, primeiro um cadinho de prosa. Tudo são sons!
Relembro a Terapeuta de Coimbra, outra pessoa maravilhosa, quando começamos o ensaio, xi, que trabalheira, dei comigo a dizer; esquece laura, esquece miúda! jamais vais conseguir transformar esses sons, em palavras! Ninguém pode dar por certo o resultado. Levará anos e anos até entender algo!
Já consigo entender muita coisa, começamos por uma casa, um quarto, a sala, c banho, frutas, o que há nesse contexto, tento adivinhar o que me parece o som mais apropriado, já faço isso quase seguido sem errar... e assim, já vai tudo à frente, objectos da cozinha, são tantos, mas, alguns acerto logo, e por aí fora... Lista de Restaurantes, comidas, ui, quase acerto em tudo. Mas antes falamos primeiro. Nomes? o primeiro a entender na perfeição? Shaka!

A semana passada no fim de semana, terminamos, saimos do escritório, as palavras do costume, até para a semana, ah, pois, tenho consulta no dia tal às tantas horas, virei costas e saí pela porta, ela atrás de mim, diz algo, eu ainda virada para a saída, respondo um; Obrigada! ela toca-me, ah, porque é que disse obrigada? percebeu o que eu disse? e eu, aparvalhada, então não foi o que disse ? e ela a rir, pois, é isso, mas, percebeu-me, ouviu-me? e eu, relaxada e ainda atordoada, diga lá o que é que me disse? e ela, pois foi; Bom Fim de Semana... então não agradeci? acha que o obrigada era para quê e para quem?

Saí dali maravilhada, lembrei-me que ainda há pouco, rumei ao campo, embrenhei-me na natureza, há por ali locais lindos, gente que passa e perspassa, fui andando, sentia-me , relaxada nesse dia. Sentei-me numa pedra rugosa, humedecida pela chuva miudinha que caía. O som dos carros na estrada já mal chegava até mim. Nisso ouço algo em surdina, um suave murmúrio, levanto-me, precisava de saber de onde vinha aquele som, muito parecido a algo que já conheço... sigo o carreirinho que ia dar a hortas e mais hortas, e vejo aquele pequeno regato, decidido a cortar caminho entre ervas, folhagens que alguém tinha posto para desviar o seu trajecto para outro lado!... e depois? depois caía a uma altura de um metro, coisa pouca, e, continuava, assim, mais perto chegava, mais forte o som da água a caír!
Ah, tempo, maravilhoso tempo que nos dá lições de esperança, seja em que matéria for! Escuta-me tempo, eu já aprendi a esperar por ti, e agora? agora esperas tu por mim! é isso aí!...






sábado, janeiro 16, 2010

 

Quem adivinha onde estou?



Ando em viagem, como podem ver a paisagem, a bandeja é de prata, sugere um bom Hotel! Haja mordomias!
Da janela do Hotel a vista é deslumbrante. Cá dentro? Também, se repararem na bandeja!
E mais nem digo. Divirtam-se a adivinhar onde estou!
Bom fim de semana, entre chuvas e ventos, eu estou noutra dimensão!






quinta-feira, janeiro 14, 2010

 

Dois dedos de treta!


Ainda não vai há muito tempo, sentei-me à mesa do café, com umas amigas minhas. Falavamos de Amor, Amor para mim será sempre a palavra mais bela, mais pura, mais sonante e nítida do mundo.
Relembramos a mocidade, os nossos primeiros passos no começo dos namoricos, namoricos que se podiam chamar de brincadeira.

A minha amiga, começou a falar de uma paixão assolapada que teve, talvez aos 15 anos, adoravam-se, não namoravam, amavam-se, mas, o receio, a vergonha, os pais, e, uma forma de se juntarem e poderem usufruir de um e outro, ah, era na Missa, na Missa onde ficavam lado a lado, e no momento em que o Padre dizia para se beijarem, o povo beijava-se, eles? eles também, era por isso que ficavam ali, lado a lado, os dois envoltos no mais profundo silêncio, na ternura da emoçaõ daquele momento, que, embora a vida mais tarde os tenha separado, aquele momento ainda hoje lhe trás a doçura dos momentos passados naquela idade, a idade da descoberta do Amor...!

Lembro-me de algumas paixões, acho que muitas ficaram pelo caminho, não passando disso mesmo, paixões de trazer na sacola, que se esquecia algumas, outras ainda vivem em mim! Para essas tenho o meu saquito bem guardado, aferrolhado, são palavras e dizeres, mesmo sem haver namoro, porque fui sempre muito recatadinha, pura, e, claro, para arrematar, parva, ora pois! Quanto a isso, nada posso fazer agora, o tempo passou, mas, recordar, isso sim, lembro o Guilherme, uma paixão linda, eramos quase da mesma idade, andavamos pelos 13 anitos, ele lindo, moreno, cabelos e olhos negros, esperava-me na rua do Lobito, sempre à porta dele para me acompanhar na ida à padaria, ele trazia o pão dele, eu, o nosso... era apenas isso, falavamos, riamos, ele dizia que adorava os meus cabelos compridos, pretos, que nunca mos deixaria cortar se dependesse dele, que deviam ser seda, não se atrevia a tocá-los! olhava-me nos olhos, tinha um sorriso lindo, puro... Depois, acho que mudaram para outra terra, foi isso, ou seja, foi a vida que assim o quiz...Tempos lindos, onde o sonho e a minha pouca idade, galgavam montanhas dando lugar às mais belas esperanças, o ansiado chegar do amor, mais tarde, quando já fosse uma mulher... Onde estarás tu meu querido Guilherme, que caminhos terão sido os teus, percorreste também as montanhas do sofrimento, ou tiveste o doce deleite de um lar feliz? Oxalá que sim, acredita que te desejo o melhor do mundo, para ti e todos aqueles que passaram pelo meu coração.Porque todos passaram em ternura, amizade, e não me lembro de ficar com raiva de algum, com remorsos fiquei sim, de não ter amado quando me amavam, mas, não dizem que não se manda no coração? que o coração é que escolhe a quem quer amar?

Muito sonhadora fui sempre, muito senhora dos meus quereres, mas, a vida não é como se quer que seja, ela trai-nos, deixa-nos de mãos vazias de sonhar, e, se por vezes nos deixa realizar um sonho ou outro, outras tira-nos tudo, até os sonhos! E eu farto-me de andar de sonhos às costas, de os tentar manter vivos, de não os deixar ir por água abaixo...






terça-feira, janeiro 12, 2010

 

Toda a vida, esperei..!


Pelo meu rio, pelo amor, pela vida que me traria o que sempre sonhei, ai laurinha, como sonhas sem peso nem medida, como te alargas no mundo dos sonhadores, e, ainda esperas que o teu rio chegue e te traga as águas da bonança. Entretanto navegas em esperança!... vai daí, saiu este poema, formatado pela estrelinha, a música foi a primeira que procurei e onde cliquei, soava bem, perguntei-lhe se a achava própria, disse que sim, que era linda, era o som da água, do vento, o canto dos pássaros, enfim, espero que gostem. Um beijinho da laura, e não se esqueçam de desligar a Cinderela, na lateral esquerda....

Como não se consegue abrir, demasiado carregado, parece, a estrelinha está a ver porque acontece, abre, depois já não abre e por aí fora, deixoa qui a letra para que saibam o que é, e as imagens são lindas, a musica melhor, enfim, a ver se dará... Ainda não sabemos o porquê de o PPS não abrir de jeito, quando estiver a funcionar, aviso...

Toda a vida esperei!


Toda a vida por um rio esperei

cujas águas seriam bonança

o rio que me traria o que sonhei.


Me levaria a navegar

nas suas águas cor de esperança

e no seu leito me iria pousar.


Quando o teu barco

amarasse lado a lado com o meu

e seguisses comigo na viagem.


Mas o rio afastou-se

turvou-se espraiou as suas águas

junto com as minhas mágoas.


Deixou-me só

na margem em desvantagem

contra as tempestades da vida.


Eu não vou desistir de ti ó meu rio

nem que deixes de correr para mim

e acredito que voltarás a ser leito a ser rio.


Me levarás em ti

atravessaremos rios oceanos

e chegaremos enfim à margem que almejamos!