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Quero Alguém O meu tecer de Esperanças!... Já escalei a minha montanha!... Amar-te-ei Sempre!... Não te vás nunca!... Não foi o ocaso |
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Quem não cria raízes no mundo, nem sempre ganha e nem sempre as perde!...
Deu-me para lembrar a profundidade das minhas raízes. Comecei pelos lugares onde vivi, e lembro-me deles desde os 3 anos, a minha mãe admira-se de explicar tão bem os pequenos pormenores da nossa casa da Pontinha e das idas à fonte com as bilhas de barro no verão. As bonecas que o pai me trazia, o gatinho malhado que tinha o pratinho do leite atrás da porta da cozinha... Do senhor Gaspar que entrava pela cozinha a dentro com a sua horrível perna de pau e a cabeça tapada com o avental da mulher, ah, podem crer que engolia a sopa todinha e na hora! (mas que modos de me fazerem comer, vá lá, que feio)
Da mudança para Vila Verde da Raia depois para o Entroncamento e dali para Angola! Em Angola viajei por todo o lado, fosse em caravanas do Exército, de jeep com o pai, de avião para mais longe para evitar as emboscadas, enfim...foram terras, caminhos e gentes que ficaram na minha memória. Em seguida África do Sul, e viagens pelo muito que por lá se pode ver, conhecer...África não é só África, são gentes são cores, sabores, harmonia... Procurei lembrar-me dos rostos queridos de todos os amigos que vão ficando pelo caminho, porque há lugares onde nunca mais voltarei, sei-o e por isso guardo momentos que me tocaram e me fazem olhar para trás, agradecida. Disse para mim; foi uma forma de não criar raízes na terra onde nasci. Valença há-de chamar-me filha bastarda por nunca lá ir, em toda a vida apenas lá fui duas vezes em visita ás muralhas (nasci dentro delas) e muitas vezes apenas de passagem para Espanha ou outros destinos. Nada me prende ali, não tenho família nem amigos, saí de lá com um anito, logo, os putos da minha idade ainda não me assobiavam, assim, esqueci. Quando falo com pessoas que nunca saíram daqui e que as suas raízes serão sempre aquelas, fico a pensar se ganhei,se perdi! Não, não perdi. Não lamento perder as amigas da escola, embora por vezes quando vou a outras cidades me perca nos rostos que por mim passam querendo encontrar traços de alguém que conheci naqueles tempos... E dou comigo a pensar que sou uma extensão de árvores frondosas cujos ramos precisavam de se estender por outros lugares para que a continuação das raças se fosse multiplicando pelo mundo! Entendi o porquê do meu viajar para tão longe, porque nada acontece por acaso e todos fazemos parte de um esquema qualquer que o Universo tem arquivado nas suas páginas!
Comments:
Nina;
Claro que o facto de viajares tanto, fosse em que situação fosse, só te enriqueceu tanto cultural como em vivência concreta. Falas, não porque alguém te disse ou simplesmente leste...falas porque viveste, viste, os teus olhos testemunharam outras terras, outras cores, outros tempos, outras latitudes. Desbravaste horizontes, deceste vales, subiste montes. Atravessas-te rios, cruzaste mares e como filha de sangue lusitano que és, descobriste outros mundos. Só por isso,... e muito mais, além de seres uma rica mulher, és uma mulher muito rica!!!. bjs, Nina da Ana e Osvaldo Ps. Quanto à proposta, acho boa a ideia e vou falar com a Maria.
Querida Laurinha!As raíses ficam sempre,principalmente na memória,e por vezes sentimos tanta saudade que aperta o peito.Ainda a pouco tempo,encontrei uma amiga da escola primária,que já não via à coisa de 45 anos,adorei.Mas as raízes estão sempre presentes,nos troncos das árvores e que lindos ficam,basta olhar para esta foto que colocas-te aqui para nos deslunbrar os pensamentos e o que são as raízes!
Beijinho de amizade Lisa
Ah, mon chéri Osvaldo... Entre uma e outra acho que sou a mais pobre das duas (ahhhhhh)
Soube-me bem e sinto-me grata por conhecer tanto mundo, tanta gente, tantas cores diferentes, tanta magia que aconteceu na minha vida, que se não saísse da terra, talvez nem fosse a laura de hoje!...talvez não, seria a mesma nalguns aspectos, mas na sabedoria não. Porque não basta estudar, é preciso viver a vida no local para saber como as coisas são na realidade... e aí, aí até se pode dizer que pequei por exagero, mas, vivi a vida de forma diferente do pessoal de cá!... E se te referes à cultura, sim, sou uma rica mulher... Aquele abraço apertadinho para ti e querida anita, da laura. Força, acho que seria mais perto e com vontade de todos ver essas terras tão cheias de História. Ah, deixa-me ir à minha Enciclopédia começar a estudar para ser uma boa guia dos Mosteiros e castelos, o Convento e por aí fora, metade já sei...o pai levou-nos ao local para estudarmos...Beijinho, laura
Sortalhuda de ti ó nina Lisa... 45 anos, quem me dera encontrar uma só que fosse...mas, em breve vou ao entroncamento, já ando a prometer a mim própria ir lá um dia, sozinha, percorrer as ruas tão minhas conhecidas...
Aquele abraço apertadinho da laura
Eu não me sinto de parte nenhuma, é como se não tenha raízes , onde estou estou,mas adoro escutar histórias como as tuas onde sentes a intensidade da vida da família existe calor no que falas.
quanto ás minhas fotos, não sei nada de fotografia, tenho uma maquina farrusca digital e adoro fotografar. beijikas
Ai, não pode ser ó multiolhares, ai não que não pode, máquina farrusca? ahhh a minha é baratucha e quando quer, fotografa, quando faz birra só tira uma e volta para casa amuada, mas as tuas são lindas, ou é a forma como fazes as fotos, tem um não sei quê que nos leva a pensar que foram tiradas por uma verdadeira profissional...Olha é a pura verdade...sendo assim, vou voltar a pegar na minha maquineta meia leca e deixa ver se ela me presenteia com belas fotos, pois adoro fotografar mas já tinha resolvido descalçar as botas da maquineta...
Somos de todo o lado e de lado nenhum, somos de onde somos, nascemos onde temos de nascer e vivemos onde tem de ser e a mim calhou-me muitos mundos muitas vidas outras gentes e foi uma benção que agradecerei toda a vida... Obrigada pelo carinho, gosto muito de ti desde sempre. Ah, como nos perdemos por aí?...Acontece. Um xi apertadinho da laura
Olá Laurinha!
No primeiro encontro com a vida surge o caule, depois as raizes. Primeiro nasce a necessidade, em seguida os meios de satisfazer essa necessidade. Primeiro o núcleo, depois os elementos necessários para o seu crescimento. Estou completamente de acordo contigo, em todos os lugares do mundo, encontramos as nossas gentes, as nossas cores, outros sabores, outras fontes e outros horizontes. Aprendemos a sonhar e a amar, recuperamos energias e cultivamos novas sabedorias. Colhemos o que plantamos a vida toda, é o nosso destino. Vou amanhâ para o Algarve descansar uns dias. Nâo estava previsto passar estes dias com chuva, mas faz parte do teu tema, tenho que me resignar e talvez as coisas mesmo com chuva acabem por ser positivas e diferentes. Vou ter mais tempo para ti, e para todos os nossos amigos dos blogs. Um grande e duplo beijo L&L
Querida Luisinha, tão bom quando posso ler-te, é como se estivesses a meu lado na conversa amena. És uma boa conversadora, uma excelente prosadora, enfim, és a tal da deusa grega que descobri agora...
Algarve não significa chuva como aqui, ainda chove e desde manhã, devagar, com mais força ou menos força mas choveu quase todo o dia e eu cheia de casa, vesti-me e sai, andei pelas ruas e fui ter com a Getta, tomamos café na Avenida e cada uma regressou a casa. Diverte-te, mereces, trabalhas muito muito...e vais ver, haverá dias de sol para ti... Abraço e beijinho da laura
Luisinha, realmente uns dias em terras de sol, devem ser diferentes e terão outro sabor, mas, sai, dança à chuva, rodopia pelas estradas com o teu par, dos teus dois homens, qualquer deles é maior que tu e farão ambos boa figura...
É preciso é descontracção, paz, amor e harmonia... Mais um xi da laura
Perco as contas de quantas vezes, durante um dia mesmo, paro e penso em algo ligado às vivências anteriores...muitas delas, são lá da minha terrinha, aquela, da qual saí, não tão novo quanto tu, mas que deixei para trás.
Para trás? NUNCA! Ela está em minha vida através das lembranças, lembranças do pátio de casa, onde insistia em chutar a bola por todos os lados, quebrando vidros de casa e dos vizinhos, deixando minha mãe bem brava às vezes. lembranças daquela ladeira onde descia de bicicleta, lembranças do pipoca, um gato preto, com a cara redonda, que por muitos anos esteve conosco... ou da gorda e do xuxo, cachorros tão queridos, que marcaram minha infância. Lembranças das laranjeiras, lembrança de estar à mesa com minha mãe e minha irmã... lembranças...tão importantes lembranças, que carrego sim aqui no coração, pois sei que elas fizeram parte e foram alicerce para o que sou hoje. Assim como as ida e vindas, até achar um lugar onde pudesse cursar jornalismo e seguir a vida, chegando onde estou hoje e que provavelmente não estarei amanhã. Mas como bem disse a Laura, "Entendi o porquê do meu viajar para tão longe, porque nada acontece por acaso e todos fazemos parte de um esquema qualquer que o Universo tem arquivado nas suas páginas!". Qual será a próxima página reservada para mim neste imenso arquivo do Universo? Só espero que leve dela, as lembranças que me farão ter saudade lá na frente e que quando virem à tona, com certeza, arrancarão mais um sorriso de meus lábios... Laura, sei que fui longe demais neste comentário...hehe... me entusiasmei. Gosto de textos que causam reflexão... e nossa... esse teu texto me levou para lugares que não visitava a tempos...obrigado Laura... Abraços do Mr.!
opa...só agora que fui ver o tamanho que ficou o comentário ali... eh, bem, hãã... prometo não me espichar tanto nas próximas vezes... hehe...
abraços!
Carlitos, deixamos pois, lembranças lindas pois as más a gente deita-as fora...nem tenho caixote do lixo para o que foi mau, despejo na hora..Beijinho da laura
Claro, Mr Gomelli, nada apagará da nossa mente os momentos mais belos da vida nas suas múltiplas fases. É bom que haja dessas vivências para lembrar, pois se virmos bem, nem todas as crianças tiveram bons pais, família, um lar onde vivessem em paz... Disso tenho imensas recordações que nunca se vão perder, sério que não.
Apesar de viver em muitas cidades e de ir para Angola em menina, nada ficou esquecido e foram vivências apaixonantes para mim. Escreva do tamanho que quiser, é assim que gosto pois há muitos bloguistas que se restringem a duas páginas e nem comentam o que escrevemos... Aquele abraço apertadinho da laura
Olá Laurinha,
também me lembro de muitas coisas, tenho uma recordação nítida ainda não tinha 3 anos de idade, deve ser a minha lembrança mais antiga, um dia talvez conte. Sou de uma geração de emigrantes muito especial, anos 70, estudei noutro país, bem diferente do nosso. Durante muito tempo depois de regresar a Portugal, não dava valor a vida que os meus pais escolheram, era a vida! Hoje dou imenso valor a esse tempo foi muito enriquecedor. Tenho raízes em quase todos os cantos do mundo. Foi uma época muito especial para os portugueses. Ainda hoje há emigrantes, mas é diferente. Belas recordações, não é? Beijinhos :)
É sim querida Fernanda, todos os tempos que passamos tem algo de especial, são vidas, são sentimentos, nostalgias e aquela saudadinha escondida por um ou outro lugar do qual gostamos mais, mas, ter os pais juntos, os irmãos, é algo que a vida nunca apagará e serão tempos que jamais se repetirão...
Últimamente como os filhos já não estão aqui, dou comigo a pensar que já fui filha também, já abandonei o lar para me casar, tenho filhos também, e, a vida continua...em parte é triste, é duro, mas, como diz o povo; é andar em frente que atrás vem gente... Um beijinho da laura
Dolce Laura
Há raízes que pegam de estaca e há outras que se estendem para bem longe. A nossa árvore está onde a nossa raiz se fixa e alimenta a alma. Um beijinho Dolce
Querida Flor de Linho
Andei por Tomar, depois a limpar a casa e nem mexi no computador. Ainda mudaste mais de terra do que eu. Pobres funcionários píblicos de antigamente! Não tinham tempo de criar raízes em lado nenhum, sempre de casa às costas como o caracol. Eu nasci em Tomar, vivi lá 11 anos, fui para o Porto, onde vivi !13 e como casei, vim embora de vez. Isto fora as vezes que o meu pai veio em comissões de serviço para Lisboa e as que eu fugia para cá ou para Ovar, onde era a Quinta das minhas tias, à beirinha da Ria. Vida de ciganos dizia o meu pai. De todas as terras tenho memórias e saudades. Também alguns amigos ficaram. Curiosamente, é aqui, onde há mais tempo vivo, que menos amigos tenho. Beijinhos Maria
Kim, querido Kim, que poesia alimenta as tuas palavras tão belas, nota-se que foram escritas no sentir da alma... e realmente, por mais que se mude de terra, a nossa raíz pega sempre melhor quando estamos felizes na bem aventurança da vida...
Aquele apertadinho abraço da dolce.
Maria, razão tinha o teu pai, eramos quase ciganos de casa prá'qui e prá li...
Tomar lembro-o com saudade. O pai queria que aprendessemos a história e levava-nos aos Mosteiros, castelos, Conventos e lembro de estar no Convento de Cristo, adoraria ir lá um dia e verei o teu Nabão, recordarei a menina das tranças sentada nas suas margens a pensar o que a vida lhe reservaria. Um dia sim, um dia irei lá matar saudades pois desde que fomos para África, nunca mais lá voltei. O Manel nem quis passar na Batalha quando fomos a um almoço e os miudos iam todos, seria bom para eles verem in loco o passado, mas não...Ficava sempre para a outra vez! Aquele apertadinho abraço da tua flor de linho, laura
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Eu gostaria de ter tido essa oportunidade de conhecer tantos lugares... Eu criei raízes, fundas! As raízes nos dão segurança, mas também nos aprisionam... Gosto tanto de ler as suas histórias, Laura! Via a sua filha pequenina...Que gracinha! Belo poema escreveu para ela... A vida, leva os filhos para longe... Os meus, foram-se os três, mas o importante é saber que estão bem, realizados, felizes! Beijos de luz e o meu carinho, sempre e sempre, Laurinha!!! __________________________________
Mundo azul, há quanto tempo.
Pois é, viver sempre no mesmo lugar também não ajuda muito no conhecimento do mundo e das suas gentes!nas formas de vida que são diferentes das nossas. Necessário se faz transpor outros mundos! para que haja amizade entre os Povos e as raças diferentes das nossas. Se bem que no passado serviu para maltratar e escravizar povos inteiros! Mas talvez se não fosse isso, hoje não haveria paz entre muitos, e claro, o perdão de tanta mágoa causada e de tanta dor! Sabes os filhos bem é uma Benção. Os seus estão perto de casa, logo, podem visitar-se de vez em quando..Os meus só cá chegam nas asas de um avião!o Nuno está a chegar é só mais uns dias. Ainda agora me mandou uma sms a dizer que; já falta pouco para desarrumar o quarto..lá isso é... Beijinhos e muito muito amor e paz para vc..da laura
Pitanguinha; nossas? ah, entendi, tens algo das raízes Portuguesas...pois é a avó do Bolhão que te ensinou palavrões como ninguém e tu usa-los quando faz falta..é assim mesmo...
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