A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
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Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


segunda-feira, maio 23, 2011

 

Doces serões com cantigas de roda!...



Há dias fui ajudar a Glorinha, uma das "meninas do restaurante" a mudar de casa, os voluntários eram poucos, e lá íamos nós de cestas na mão seguindo o tal do provérbio < um burro carregado de livros é um Doutor> tanto livro a pariga tem, ou antes, ambas as parigas já que a mãe tem os seus e a Maria João a filha estuda Direito, logo, imagine-se a quantidade deles.

Levei a carrinha de propósito mas qual quê; laurinha é já aqui ao lado, andar às voltas com o carro? nada disso, todas levamos aos poucos, passamos umas horitas nesse afazer, e parece que as coisas não saíam do sítio! mas no fim já se via alguma coisa, o Eduardo desmontou e montou os móveis, fazia.nos rir perdidas com os seus ditos espirituosos, ainda o ameacei que eramos 4 contra um, mas não foi na cantiga... enfim, quando vim para casa lembrei que nas aldeias, quando acabavam as desfolhadas, ou os trabalhos da lavoura quando eram muitos, arranjavam uma eira ou um pátio lá de casa e acabavam a noite em cantorias, danças, cantares ao desafio... riso, alegria.

Pensei cá para mim, a gente cansa-se a carregar, e ainda disparatei, ah, mãos de mulher não deviam ser usadas a carregar coisas pesadas, mãos de mulher devem ser apenas para a labuta do dia a dia em casa, e não foi Deus que disse ao homem que a mulher era um presente, que a amasse e cuidasse dela com carinho e respeito, que fizesse ele os trabalhos mais pesados que ela era delicada? onde é que já ouvimos isso? (ahhh os homens parece que não folheiam os livros de Deus muitas vezes...)

Vim embora mais cedo, a minha cabeça latejava, enfiei-me no ninho até ao dia seguinte, e foi aí que dei comigo a lembrar que quando ajudamos, no fim tem de haver festa, riso, alegria!... para a próxima tomo o meu Guronsan antes de ir, e acredito que serei capaz de ficar até ao fim da jorna!... e aí sim, aí temos de ter uns passinhos de dança e haja quem cante e encante que a casa da Glorinha é cá um apartamentão...

Laura.





Comments:
Laurinha

Que me lembre, havia sempre ao lado da Eira um Palheiro. Quem não cantarolava ou dançava, "solisgava" até recuperar.
Depois, o voluntariado já era outro, de acordo com os gostos de cada um.
Pois, dançar e cantar, nem que fosse ao desafio. Valia (quase) tudo.

Espero recuperes desse incómodo que te deu para te vires enterrar no ninho.
Uma boa Semana.

Beijo
SOL



 
Eu gostava de mudar de casa mas assusto-me com a mudança. Maior é a casa, mais armazenamos, e sou tãaaaaaaaaaaaaaaaooooooooooo conservadora !
Já sei quem vou chamar quando - ou antes se - ou antes nunca... - mudar de casa !
Acho que vou mudar de casa só quando for definitivamente mas nessa altura, só levarei a minha alma comigo ! Mas esta mudança, não me apetece a fazer brevemente !!!!!
;) LOL

beijocas
Verdinha



 
As lembranças sempre nos voltam, quando o passado foi feliz. :) Boa semana!



 
Amiga Laurinha. Mudar de casa é sempre excitante,o pior é colocar as coisas no lugar,e voluntários cada vez à menos,ficam as lembranças é uma verdade.
Beijinho de amizade



 
"Cada festa possui uma ordem espontânea, uma lógica grupal pela qual os convidados se organizam. Normalmente, nunca faltam três categorias: os que falam, os que olham e os que bebem.

Beijinho meu.



 
Olá garota sempre com as tuas brincadeiras!
Se já não fosses culta, ficarias muito mais, a carregar tantos livros!...
Estou contigo!... Ao fim sabia bem mastigar alguma coisa, beber um copito e cantar umas coisas...as pessoas agora só pensam no ninho! kkkkkk
Beijos,
Manu



 
Amiga :
Já mudei de casa mais de dez vezes e nunca tive nenhuma alma caridosa que me ajudasse :)
Para a próxima já sei quem convidar :D
Como sou uma menina da cidade nunca tive a felicidade dos prazeres do campo.
Beijinhos linda



 
Laura, amiga.
A tradição já não é o que era :))))

Gostei da tua alusão ás desfolhadas e aos trabalhos no campo que viravam festa.
Sabes? Para te matar as saudades desse tempo, convido-te desde já, a vires à vindima na casa do meu tio António, lá para Princípios de Setembro.
Menina, a bola de sardinha é garantida, sempre!
O ano passado, ainda houve javali estufado e frango do campo assado, isto para não falar das sobremesas e das horas que passamos todos na risota.

Como seria bom que se mantivessem essas tradições.
Ajudar não custa nada mas se for em espírito de festa, é uma brincadeira e faz tão bem à alma.

Beijão




 
Olá Laurinha,

Sabes, ás vezes para se mudar de casa é necessário fazer escolhas:
Deixar a cama do cão ou levar a gaiola do periquito?
"Carregar" Aristóteles ou Immanuel Kant?
De vez em quando algumas das nossas coisas, dos nossos pertences têm de ficar para trás por mais que nos custe.

E é por isso que gosto de mudanças... pela capacidade de nos "despregar-mos" do que nos agarra ou do que nós nos agarramos. Só assim poderemos seguir livremente em frente (neste caso para uma nova casa).

Cito Anthony de Mello em "O Canto do Pássaro", espero que gostes:
Um turista americano, no século passado, foi visitar um famoso rabino polaco, Hofez Chaim. Admirou-se ele ao ver que a casa do rabino era pouco mais que um quarto repleto de livros por toda a parte. De mobília, tinha só uma mesa e um banco. "Mas, rabino, onde está a sua mobília?", pergunta o americano. "E a sua, onde é que está?", ecoou o rabino. "E a minha? Mas eu estou apenas de passagem; sou um visitante na cidade", responde o americano. "Pois eu também estou só de passagem", concluiu o Rabino.

Muitos beijinhos para ti,
Estrela d'Alva



 
Sol, nas férias com os meus avós numa linda aldeia do Gerês, assisti a isso tudo com os amigos dos meus tios e tias que eram jovens na altura, era lindo, lindo e foi bom recordar.

Um beijinho.

laura



 
Verdinha, ahhhh conservadora? guardmos coisas que nunca usamos e teimamos em conservar, eu ando nessa de deitar fora muita coisa que nunca fez falta, eu chego lá até ir tudo, mudar para a tal da casinha é o sonho de sempre.

Um beijinho da laura



 
Árabe, na verdade assim é, quando se é infeliz tudo se faz para esquecer, e quando é o oposto, claro, saem boas recordações.

Um abraço d alaura



 
Lisa, pois é, mudar é bom e quando é para melhor, uau uau, o pior é isso que dizes, por tudo no lugar..é um bico de obra, podes crer.

Um beijinho da laura



 
Manuel, é mesmo ahhhhh, mas os últimos são os que marcam mais presença, dificil ir a uma festa sem beber que chegue..gracias que mal bebo, so de longe a longe...

Beijinhos.

laura



 
Manú querida, da forma que estava, só mesmo ninho, mas que mal vim para casa...xi, tão cedo não me meto noutra...
beijinhos.

laura



 
Fê, não sabes o que perdes por viver sempre na cidade. É pena, desde o acordar o cheiro dos lençóis (e não havia softs para a roupa...) o cheiro dos campos em casa estação é único, ver os animais, levá-los aos pastos, sentar na lareira com os avós e tios, menina, nada paga tão belo sentir e recordar.

Podes chamar-me mas antes chama um padre para benzer a casa, eu é que levei com a carga toda em cima, se levei...dai a cabeça...

beijinhos.

laura



 
Ná, nem precisas repetir o convite, eu vou lembrar e apareço lá não para vindimar que mais atrapalho e como os bagos que trabalho...

É bom o convivio pois nos meus avós havia todos os anos até deixarem, na casa deles resta uma tia velhota...que pena, tudo vai ficando pelo caminho...

Um abraço apertadinho e grata pelo convite, estarei lá...

laura



 
Alva, já conhecia mas é muito interessante ler e reler, não vale a pena andarmos com tanta carga se voltamos como viemos, sem nada.

Um beijinho.

laura



 
E perdeste quantos gramas nessa labuta, fitinha?
Viste, tem também esse lado que é bom, e que nem te apercebeste :))



 
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