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Quero Alguém O meu tecer de Esperanças!... Já escalei a minha montanha!... Amar-te-ei Sempre!... Não te vás nunca!... Não foi o ocaso |
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Nunca terei vergonha das minhas raízes !...
Tudo começou numa história de amor, entre dois Seres que fazem parte de mim, e é deles o sangue que me corre nas veias... ela viuva e minha avó, paterna, Silvéria Rosa, ele, nem sequer sei o seu nome, chamo-o de Avô, porque nunca o conheci, mas na história darlhe-ei um nome, Lucas.
Amavam-se, mas, havia de ter sempre alguém a meter-se no meio. Corria o ano de 1924, Rosa apaixonou-se pelo Lucas, que tinha como a Arte de viver, ser chefe dos Contrabandistas que por terras de Salto, Montalegre, atravessavam para Espanha, onde se contrabandeava de tudo, para que o povo tivesse com que se alimentar. Havia muita fome na altura. Lucas era uma espécie de Zé do telhado, tirava aos ricos para dar aos pobres! Todo mundo gostava dele e todos queriam trabalhar para ele... Era um homem rico, tinha propriedades, cavalos e já nessa altura, havia carros por lá... Era casado, tinha filhos. Apaixonou-se perdidamente pela Rosa, que o amava também. Engravidou. Juntos faziam planos para a chegada desse filho amado. Havia um sujeito que se andava a atirar à Rosa, mesmo quando a sua volumosa barriga já mostrava que estava grávida. Lucas foi avisado da perseguição que ele movia à sua amada. Esperou-o, lutaram, o sujeito bateu com a cabeça numa pedra. Morreu! Lucas foi detido. Senhor de avultados bens, ofereceu ao guarda da prisão uma soma enorme para o deixar evadir durante a noite! Negócio fechado! Um dos homens dele trouxe o saco com o dinheiro, dava para comprar mais que um prédio em Lisboa, diziam! O Guarda cumpriu o prometido, recebeu o dinheiro, pela noite deixou-o fugir, deu-lhe uns minutos de avanço, de arma em punho seguiu-o, e em minutos, matou-o! Tudo muito normal, o preso evadiu-se , dizia ele, mas os outros presos sabiam da tramóia, e não se calaram. O guarda foi preso, e em menos de um ano, atirou-se da casa de doidos onde o meteram, os remorsos levaram-no à loucura, saltou do alto de um 3º ou 4º andar. Morreu ali!... Nunca chegou a gozar de um tostão do dinheiro que recebeu!... Mas, Pai, tu eras o menino que estava no ventre da Rosa, a Rosa tua mãe que te amou, e o Lucas? O Lucas, o teu Pai, nunca pode conhecer-te porque o mataram quando fugiu da prisão, tu estavas quase a nascer, nasceste depois, foste um menino sem Pai, porque a ganância de um homem te levou a perdê-lo quando mais necessitavas dele. E era de ti que eu me lembrava, quando tinha o Nuno acabado de nascer, (ele era tão parecido contigo Pai, era o teu rosto que tinha quando nasceu) nos meus braços, eu apertava-o contra mim, imaginava que estava a pegar em ti, e sentia-te mesmo nos meus braços como quando nasceste, talvez para te dar o carinho que o teu Pai não pode dar-te!... e ficava a imaginar o que era criar um filho sem ter o Pai ao lado, e nesses primeiros dias, meus olhos choravam as lágrimas que a tua mãe derramou, por se sentir sozinha, sem ajudas, sem nada!... E anos mais tarde, lá ias tu com ela, tu um contrabandista de palmo e meio, que pequenino começaste meu querido Pai... pés a enterrarem-se pela neve, vender ovos e algumas coisitas da horta, para Espanha, para que houvesse algum dinheiro para viverdes, tu e os teus 4 irmãos e a tia!... Porque a mãe Rosa já sabia esse caminho desde há muito, porque foi lá que ela o conheceu, ao Lucas, quando trabalhava para ele... Mal sabia ele que o filho, embora pequenito, lhe seguiria as pisadas, mas, mal contava ele também, que, um dia, lutarias contra eles para que entrassem no bom caminho!... Lembro-me de contares que tinhas uma ovelhinha como dizias, e levava-la contigo presa por uma corda, adormecias encostado a ela, e, uma dia voltaste sem ela porque a mãe Rosa teve de a vender. Não tinham que comer. Choravas tanto no regresso, e choraste durante dias e dias... Foste tu que me contaste a tua história no dia em que eu fiz 21 anos. Nem sei porque esperaste tanto tempo!... Lembro-me de chorar copiosamente com pena de ti, tão pequenito, ias a pé 4 km para a escola da Venda Nova, a antiga escola que hoje está debaixo da barragem... e regressavas a pé, fizesse sol ou chuva, e lembro-me de contares que havia um carabineiro que conheceu o teu pai, e quando lá passavas, dividia a merenda dele contigo, e contava-te coisas dele que tu ouvias deliciado, porque nunca tiveste familia do lado dele que te valesse, porque eras um filho do pecado como se dizia antes... e por isso foste registado como filho de pai incógnito... e a merenda por vezes eram azeitonas, broa, cebola, dizias tu de olhos a brilhar, e muitas vezes choravas a contar isso, mas que bem me sabiam aqueles petiscos naquela altura, dizias tu... por vezes havia uns pasteizitos de bacalhau, umas lascas de presunto, e os dois, conversavam até serem horas de te pores a andar pelos montes fora, que em casa esperava-te a mãe que sempre amaste... mas que homem tu não te fizeste ó Pai, estudaste, tiraste o 6º anos dos Liceus no Sá de Miranda, a avó depois começou a apanhar Volfrâmio nas Minas da Borralha, fez um pé de meia jeitoso... Ah, Pai, como eu te amo, como sinto saudade de ti, e dos momentos tão nossos em que me contavas tantas coisas lindas desde que nasceste até te tornares num homenzinho... E, num grande homem, culto, falando 5 linguas, (Português, Inglês, Africanze, Espanhol e Francês ) e sendo um exemplar cidadão, amante da Pátria, a Pátria que te virou as costas mal tu precisaste!... E é com orgulho que hoje, pela primeira vez, digo; Sou neta de um chefe de Contrabandistas!...
Comments:
Laura =)
Tu ás vezes consegues-me retirar as palavras... Laurinha, não sei que te dizer! Bjs... e a minha televisão ainda não se arranjou não. Dentro de dois dias virá um técnico! Estrela d'Alva
Nina kida, não devemos ter vergonha do que somos, nem em que condições viemos ao mundo, interessa é a beleza que está dentro de nós e a maneira como tratamos os outros. E tu, és lindaaaa!!
Uma noite boa com muitos sonhos lindos. Beijinhos carinhosos e abraço meiguinho.
O meu pai, quando era miúdo, também comia pão com cebola, que era o que havia... Mas dizia isso a rir, orgulhando-se da sua mãe (viúva, com três filhos menores de 6 anos)que tanto trabalhou, para dar aos filhos os estudos necessários para singrarem na vida! E depois ele continuou a estudar e a trabalhar, em simultâneo.
Ná, vergonha das próprias raízes demonstra bem a falta de escrúpulos de gente que não merece nem o ar que respira, quanto mais consideração! Nessas épocas cada um fazia o que podia, para se sustentar a si e aos seus... Jinhos, nina!
Minha querida,
Hoje não vou comentar este post porque vou fazer óó.... fica para amanhã se eu puder, está bem ? Não aguento o teu ritmo , és mesmo uma pilha Duracell!! :-) Beijocas verdinha
Conheço bem os cantos onde viveram os teus familiares.Venda Nova, Minas da Borralha, e todas as terrinhas que se formaram à beira da estrada para Chaves.
Não fui nunca ao festival (?) da bruxaria. Mas também conheço Vilar de Perdizes. Quanto à tua história, merecia ser contada em filme... Biquinhos
Lauirinha. Comento agora o conto "Foi aqui que nasci". Fizes-te lembrar-me dos bons momentos vividos na Fortaleza. Foi lá que comprei o motor para o meu barco que tinha na Galiza. E foi lá que o vendi. Senti por isso alegria duas vezes.
Se por lá ficasses, acabavas por ir comprar uns chocolates ao outro lado e vender por lá uns pacotes de café. Biquinhos
Oh Laurinha! Que história bonita!
Claro que não deves renegar as tuas origens. Só os cobardes o fazem. às vezes - há razões que a razão desconhece e hoje, além de contares esta parte da tua existência, conseguiste trasmitir a sequência cronológica dos acontecimentos, com uma tónica diferente da habitual. gostei muito e o Lucas também iria gostar. Beijinhos Dolce!
"Soledade" A teu pedido. Tardiamente mas aqui vai.
Sabes quem é que tem a "Boca na Barriga e as cordas na Garganta?" Pois minha amiga é a guitarra, da serenata... biquinhos
Estrelinha, tirei não as tuas palavras ó garota...Beijinhos..
Pipinha, referia-me a ser neta de Contrabandista...e nem disso me envergonho porque cada um era como era. nem por a minha avó se apaixonar por um homem casado...nada disso, amo-os e são do meu sangue..beijinhos meus, laura Tété, na verdade muitos assim conseguiram estudar e depois ter melhor vida, mas, antigamente era terrivel a falta de tudo..e pão com cebola salgada e umas azeitonas, ó que pitéu...Beijinhos meus. laura,
Kim; sinto que o avô ficou feliz por falar da história dele, ah, como por vezes penso, se ele fosse presente na vida do meu pai e da nossa, como nos iria amar, e como o amariamos tanto, também, assim como amei e ainda amo os meus avós maternos, uma doçura de seres dos quais tive a felicidade de poder compartir a vida com eles...Mas, os caminhos da vida são insondáveis e cada um saberá, no lado de lá, os porquês da vida ser tão sofrida, por vezes...
Para o pai foi sofrimento, mas, fez-se um grande homem, e, quem sabe, se tivesse pai nem se esforçasse tanto... Amo o avô e sinto que ele me ama, amo o seu sorriso que nunca vi, amo o seu porte, os seus olhos, os seus afagos que sempre senti, porque ele está presente em mim!... E adoro-te a ti, também, meu querido amigo Kim... é pra rimar, ehhhh...
FOGO!!!Tens pilhas???É sempre abrir...sempre abrir...cá p'ra mim são Duracel!...
Bela, a tua história de vida.De parte da tua vida!!RENEGAR as origens é próprio de novos ricos!...E, a tua história é tão linda que guardá-la trancada no baú das recordações não serviria de nada.Assim dita, repartida pelos amigos, serviu para colhermos uma grande lição de vida!!!! Amor, ciúme, traição...tudo coube nesta história...Real!!! Parabéns.Tu das-te a conhecer em cada pedacinho que escreves e eu, que gosto de histórias verdadeiras se perdesse esta nunca me perdoaria... Beijinhos/ Nana bem
EhhhSoledade, já pareces a verdinha com as pilhas duracell, até faço reclame à casa...
São pedaçinhos de mim, do meu passado, dos seres que me deram a vida e de onde vem o sangue que trago comigo... Amarei sempre o avô Lucas, Lucas um nome que lhe dei, porque quando li o livro de S. Lucas, cujo verdadeiro nome era Lucarno, adorei, adorei a história e a infinidade de relatos que falam da vida dele, sofrida, está claro, sofrida e nem o amor teve porque não podia ser, desistia dele e continuava a vida sempre em frente!...
Minha querida flor de linho:
Surpreendeste-me, emocionaste-me até às lágrimas. Orgulho do teu avô e do teu pai é o que deves sentir. A história é linda, triste e cheia de verdade. Quantos escritores já descreveram a vida dos Contrabandistas! Nenhum conseguiu atingir a força e a realidade deles como tu. Neta de Contrabandista? tu também és um pouco contrabandista de sonhos e ilusões, nina. Tu consegues fazer contrabando de amizades, de ternura, com esse coração, herdado da romântica avó Rosa e do valente Lucas, contrabandista. Deles nasceu o grande homem que foi teu pai, a quem tanto amas e choras. Dele nasceste tu, flor de linho, mulher sonhadora e romântica, mas também lutadora e forte. Sempre gostei de histórias de contrabandistas. Sempre os admirei. Mas hoje li a mais bonita de todas. Contada assim, na primeira pessoa, tem outro sentido. Obrigada por teres partilhado connosco este pedaço de vida, tão bonito e sentido. Gostei muito. Não te poss dizer mais nada, a não ser que cada vez gosto mais de ti. Beijinhos, amiga e até logo. Ainda vou voltar aqui, para voltar a ler a tua história muitas vezes.
Maria, ah se gostas mais de mim de cada vez que escrevo, tão qualquer dia o saco do amor, rebenta...
É sim, o avô Lucas, Lucas é o nome ficticio, mesmo que lhe quisesse dar o seu, não o saberia, nunca soube quem é a familia dele a quem também pertenço, mas, se fossem pobres iria em busca deles, mas como eram ricos, está tudo dito..sou muito humilde como meu pai era... Mas, acredita Maria que; muitas evzes apetece-me ir à terra dele em busca de informações, para saber algo dele, saber onde viveu, onde morou, até ver os seus filhos, porque disseram ao meu pai que ele tinha muitas parecenças com os filhos dele, claro que hoje já devem ter todos falecido, ou teriam por ai os seus 80 82 anos..Havia um homem na terra do meu pai que o conheceu e sempre que o Pai lá ia, falava-lhe dele e o Pai depois contava-me...Como ele amava aquele Pai que não conheceu...e eu também amo, amarei sempre, se ele vive em mim!... Obriga por tanto carinho minha querida Maria, um dia destes abraçamo-nos, quem sabe tão em breve, é que...aqui não mais trataremos de encontros, só por email!... Haja privacidade, que é coisa que muito prezo, cada um dá a conhecer de si, apenas aquilo que quer... Beijinhos meus, a ti.
Amiga:
O coração não rebenta de amor, senão já teriamos morrido as duas. É bom dar e receber amor, amizade, ternura e admiração e retribuí-los na mesma medida. Eu não sei o que é ódio. Gosto ou não gosto, mas nunca senti ódio por ninguém. A única vez que quase o senti, senti-me tão mal, tão infeliz, que resolvi nunca mais o deixar tocar, nem de leve, o meu coração. Dar e receber sentimentos bons, torna-nos mais felizes. Beijinhos
Já somos duas minha querida Maria, somos duas que sabem que ódio é palavra que jamais entre no nosso coração. Façam-me o mal que façam, é lá com cada um, falem mal d emim como quiserem, é a sua boca que sujam... Dizia meu pai quando eu me queixava de falarem besteira de mim; deixa lá filha, quem mal fala, sua boca suja... e fiquei cá a pensar como o dito bate certo... Ódio, palavra feia, imoral até... Nem o pai dos meus filhos fui capaz de odiar, quanto mais algum ser humano menos bom... e como sempre digo, o meu slogan preferido é; HAJA AMOR!...
Bom dia,
Este texto que li e foi escrito com fluidez, de cariz sentimental, saudosista, passional e de n (números naturais) adjectivos que poderia tb realçar (para não soar a exagero da minha parte). Mas o facto é que, como a Maria diz no seu comentário, este texto, foi escrito como um verdadeiro conto, superiormente redigido, com cunho real e não como pseudo ou "ligeiro" conto. Pungente e belo com excelente descrição dos antecedentes familiares e subsequente "transição" para a realidade actual: LAURA VIEIRA. E pronto, lá acabei por pecar na aplicação de mais adjectivos laudatórios. Os meus parabéns, pois para habitualmente se escrever bem, com paixão e quicá, com algum realismo (fundamento da história), não é preciso estar contratualizado(a) com alguma editora de renome, porque por trás do renome, estão subjacentes determinados interesses (comerciais, de imagem, e quem sabe... outros mais, talvez obscuros). Gostei!!! Bjs Paulo Jorge
Desculpem a correcção:
Este texto que li, foi escrito com fluidez, cariz sentimental, saudosista, passional e de n adjectivos que poderia tb realçar (para não soar a exagero da minha parte). Como a Maria diz no seu comentário, este texto, foi escrito como um verdadeiro conto, superiormente redigido, com cunho real e não como pseudo ou "ligeiro" conto. Pungente e belo com excelente descrição dos antecedentes familiares e subsequente "transição" para a realidade actual: LAURA VIEIRA. E pronto, lá acabei por pecar na aplicação de mais adjectivos laudatórios. Os meus parabéns, pois para habitualmente se escrever bem, com paixão e quicá, com algum realismo (fundamento da história), não é preciso estar contratualizado(a) com alguma editora de renome, porque por trás do renome, estão subjacentes determinados interesses (comerciais, de imagem, e quem sabe... outros mais, talvez obscuros). Gostei!!! Bjs
Laurinha kida, o nosso abracinho real está pertinho, ora se está. Já falta pouquinho.. daqui a pouco já estou de férias e lá vou eu ter com a nossa kida Soledade e ctg para nos abraçarmos muito, chorar, rir e passar um bom bocado :)
Beijinhos e abracinho virtual, mas carinhoso ;)
Óh Nina;
Mas com uma bela história destas, ter vergonha das tuas origens?!... Claro que compreendo porque te sentes orgulhosa das tuas raízes... que bela história e com que orgulho tu a contas!. Que belo filme daria este tema. Gostei imenso da narração e da maneira como descreve os passos do teu avô e em seguida os passos que o teu pai seguiu. Sinto em tua escrita, o grande amor que sentes por estes dois homens tão importantes em tua vida e em especial o teu pai, assim como estou certo do orgulho e emoção que teu pai, lá longe mas tão perto, sente pela sua Laurinha. Sempre apreciei a tua força de carácter aqui demonstrada várias vezes,... mas hoje direi que tu és a Maria da Fonte e a Padeira de Aljubarrota juntas, e ainda te sobra força e motivação pra muito mais. Já estou a ver quando chegar a casa a Ana chegar com uma lágriminha no canto do olho e dizer; Osvaldo vai ler a história maravilhosa que a nossa Nina escreveu...! bjs, Nina, da Ana e Osvaldo
Paulo Jorge, correcção aceite, mas nem era preciso, só que, entendo-te...Beijinhos e obrigada pelo elogio..tadinha da pretensa escritora apenas com a sua antiga 4ª classe, sou Autodidacta, é isso... Beijinhos.
Pipinha, ahhhhhh, deixa-me rir com gosto...depois tratamos de tudo por email. Como já se viu, aqui até o papel tem ouvidos, ehhhhhh.
Claro que fico feliz, vou já escrever à soledade, ela pode ter de ir embora amis cedo por causa d amãe, eu faço-te companhia até à hora de apanhar o combóio, daqui lá é uma horita entre paisagens e paragens... e eu adoro andar de Comboio..Também posso leva ro carro, mas, fica mais económico e não me perco no grande Porto que nem conheço muito bem..laura.
Nino Paulo Jorge, ah, faz falta um post novo (teu) para comentarmos melhor, aquele já tem anos, ó rapaz, bamo lá...Beijinho da laura..
Osvaldinho; com a lágrima no olho fiquei eu, ao ler-te... Sinto-me rodeada de amor, pese a quem pese, sinto-me amada por todos vós, por todos os meus amigos que, quase a diário aqui escrevem... Acho que nem mereço tanto...
Graças a todos, os maus bocados passaram, e sinto-me tal qual dizes,de coração aberto uma Padeira de Aljubarrota, mas que grande mulher e uma Maria da Fonte, que juntas, deitaremos ao ar todos os que quiserem vir perturbar a nossa paz....Mas, os elogios vão para elas, as grandes mulheres que foram. Sou directa sim senhor, sou de palavras borda fora, e, acredita meu amigo, que; se mais directa não fui, foi por respeito a alguém a quem muito estimo ! Isto fez-me lembrar uma estátua de já nem sei quem, em Luanda , onde dizia ( Unidos lutaremos contra quem nos perturbar a Paz!... O meu avô Lucas, (nome ficticio, claro, tenho muito desgosto de nem saber o nome dele, mas, basta que o chame de avô que ele sabe que é com ele...) Ontem, quando escrevi, foi como se o sentisse aqui ao lado, a olhar embevecido para a sua querida laurinha, e a concordar com o que escrevi!... Pergunto muitas vezes a Deus, se estarão juntos, estes seres que tanto se amaram, tanto sofreram neste mundo! Já lá estão todos. Ainda falta um tio que não conheci, o Pai adorava-o, mas ele faleceu na Guerra Civil Espanhola... Que pena. Beijinhos querido Osvalo e Ana, Ana a doce Ana que em breve poderei abraçar, tão certo como a palavra amor existir dentro de todos os meus amigos... Laura.
MINHA QUERIDA LAURA, PORQUE HAVERIA TU DE TE ENVERGONHAR DAS TUAS RAÍZES.POR ISSO GOSTO DE TI..POR ISSO E POR OUTRAS RAZÕES.PELA SIMPLICIDADE PELA GENEROSIDADE, IMAGUNA DE VEZ EM QUANDO ATÉ PERDES UM BOCADINHO A LER O BICHODECONTA! oS FILHOS VÃO BEM? BEIJINHOS E BOM FINAL DE SEMANA..
Já me esquecia que isto por aqui é tudo moderado e fiquei a pensar que algi tinha corrido ao comentar, mas não, é só porque a porta está fechada e só se abre quando a dona quer! VOILÁ..
Laurinha nem eu esparava de ti outra atitude que não essa de não te envergonhares de onde vens de quem vens. É a forma única de saberes ser quem és e como és.
Nem nasceste assim tão mal embora descendendo dessa situação de que o teu pai era nascido. Ele próprio te deve ter contado para que soubesses por ele aquilo que às pessoas más tanto importa só para terem por onde mal falarem dos outros. Foi nessa franqueza que ficaste sabendo de como era nascido o teu pai. Ele fez questão de to contar. Não se envergonhava portanto. Homem se fez e dos bons no que de ser humano se pode dizer "um Homem bom". É desse pai que deves orgulhar-te. É nessas raízes de luta que foi a vida dele que deves rever-te. Tu não precisaste comer pão com cebola partilhado assim como com ele aconteceu. Pois parece que não porque ele deu voltas à vida para que não precisasse ser assim. Ele deu-te a vida da forma melhor que conseguiu e achou por bem. Que a dele não pode tê-la a esse jeito. Mas sabes Laurinha há muito quem tenha comido muito pãozinho com cebola e barrado com toucinho ou só pão com pão e hoje simplesmente não se lembre. É uma vida triste garanto-te do que conheço. Assim como há quem carregue tais cargas de azia que passam a vida a correr atrás da vida dos outros para lha azedar também. Outra tristeza também te digo do que conheço. Sabes minha nina das résteas bom mesmo é conseguir-se viver a vida em sossego e conseguir fazê-la a nosso modo sem que nos perturbem a nossa nem nós perturbarmos a dos outros, os nossos. Mas eu sei e tu também sabes que isso é utópico e é preciso sabermos viver com quem nos rói os calcanhares... Gosto deste teu relato Laurinha. Gosto de sentir a forma como guardas a memória do teu pai. Já havíamos falado sobre estes mimos que trazemos connosco das memórias que eles nos deixaram. Só temos que guardá-las assim e não as estragar... Beijinho para ti da tua Girassol emocionada ao comentar-te.
Laura
Quem tiver medo da verdade pode ter algo a esconder, ou tem a errada do, socialmente correcto. Por mim acho que o correcto mesmo é conheçam a dradiosidade da nossa alma alma na procura da verdade. O passado, já era e seria a procura de vida melhor vida, em tempos diferentes. O que interessa é que ficaste herdeira de um património de procura de bem estar, não descurando essa tua grandeza humana. Beijinhos, Daniel
Bichinho de conta, eu gosto de ir ao teu cantinho, só tenho pena que estejas sempre atrasada nas postagens, ehhhhh. Antes punhas os posts com mais assiduidade, agora e foges sei lá para onde. sei que nem sempre dá pica, mas, ...assim nos mantemos unidos e em sintonia.
Os filhos? na maior. e eu vendo-os bem, melhor fico... Biejinhos. laura. Besuguinha, referia-me a ser neta de um contrabandista...O meu nascer foi bom, numa boa casa e pão foi coisa que nunca nos faltou. Na verdade houve uma altura em que a vida do pai andou para trás,1974, mas a nina das resteas já trabalhava numa boa Empresa e ganhava muito bem para a altura, e, era ela que trazia a comida para casa. Enquanto o pai, fora, a nina assegurou tudo, desde a renda da casa, água e luz, até ao que fazia falta... e ainda dei ao pai as minhas economias,todas! o que era uma pequena fortuna para mim, ahhh só trabalhava há meses na CABIE AN. para não ir sem nada, porque os Bancos estavam fechados, enfim... Pão com cebola, azeitonas e umas lasquinhas de presunto, comi muitas vezes sentada nos lameiros com as tias a guardar o gado, ah que bom, que bem me sabia e até uma pinguinha do americano ia, ah, voltasse o tempo para trás, mais repetiria a dose...e mesmo só pão e cebola apanhada da terra no momento, lavadinha descascada cortada aos quartos, metida no saleiro e sacudida, uau... O Pai gostava imenso de partilhar, fruta que comesse descascava para mim, a mãe, quem fosse, melão que se cortasse, igual, ia tudo para a mesa...e eu fui habituada assim. a partilhar. Por isso há dias em que sinto uma saudade tremenda do meu avô, o avô que nunca vi, mas sempre senti, e por vezes falo com ele como se presente estivesse... Ah que bom que vai ser encontrá-lo do lado de lá, quando chegar a minha vez... Beijinhos minha querida, e é como dizes, há gente para tudo... mas nós somos bons demais para eles e, deixamo-los falar!... Laura..
Daniel, era, cada um lutava para conseguir sobreviver nesta selva humana, havia bocas a sustentar...
Lamento é a morte do meu avô da forma que foi, e o meu pai ter sido criado com tanta dor e sacrificio...mas, assim aprendeu a ser um Homem... beijinhos. laura
Besuguinha; não conhecia a frase de viver com quem nos rói os calcanhares, ahhhh é a primeira vez que a leio...deve querer dizer que andam atrás de nós a atazanar-nos a vida, é isso?
Nina sabida Laurinha... É isso meismo sim senhoura.
Mas não tem problema que a gente vai dando a volta. Beijinhos pa ti
Besuguinha, atã fazes assim; quando te começarem a roer o calcanhar, dás-lhes com o outro, livre...e devagar vais afastando os roedores de ti...Beijinhos, bem parecia que era isso..laura.
Não venho muito, não tenho muito tempo e a saúde por vezes também atraiçoa. Sei que os teus problemas de saude superam os meus, mas neste momento não estou com a mesma força.. Devo ter comigo alguma coisa estragada.
Também eu não escrevo coisas assim tão interessantes que precise de andar sempre por aqui.. Um beijinho e bom final de semana..
Não venho muito, não tenho muito tempo e a saúde por vezes também atraiçoa. Sei que os teus problemas de saude superam os meus, mas neste momento não estou com a mesma força.. Devo ter comigo alguma coisa estragada.
Também eu não escrevo coisas assim tão interessantes que precise de andar sempre por aqui.. Um beijinho e bom final de semana..
Escreves sim, bichinho de conta, ora se escreves, até parece que eu escrevo algo...beijinhos e melhora..se for da vsicula, toma guronsan, faz maravilhas..laura.
Zé do canito; ora amigo, à stantas conheceste o mê paizinho, ahhh em Linharelhos!... Bora pra lá ajudar.me a sabe ro nome do meu avô, porque as lendas existem em todas as terras onde os homens foram valentes...
Acredita que tenho uma paixão pelo negócio de compra e venda, e já tive o meu... Adoro comprar e vender mais alto, sabe bem...Mas para terras de nuestros hermanos, nunca fui negociar. ahhhhhh ouvisse eu e ninguém me parave e (((em negócio nenhum))!... :=) Adoro a ti zézito.
Muito interessante esta postagem! Não há nada como assumirmos, com orgulho as nossas raízes. É o primeiro passo para valorizarmos nós próprios, pois se não gostarmos de nós, quem gostará.
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Essa história de contrabando é que dá muito que pensar...na coragem do seu avô, os risco de ser apanhado...e por aí fora. Eu moro em Viseu , mas tenho as minhas raízes no distrito da Guarda, mais precismanente em Longroiva- Mêda. Gostei!Bjs Susana << Home |