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Quero Alguém O meu tecer de Esperanças!... Já escalei a minha montanha!... Amar-te-ei Sempre!... Não te vás nunca!... Não foi o ocaso |
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Fui visitar os meus amigos e amigas ao cemitério!...Foi isso mesmo, a vida não são apenas cantorias e alegrias. Por vezes vou até lá e ando de campa em campa, vou vendo, lendo os dizeres, e até me rio, pois conheci alguns homens que lá estão, e pela conversa da mulher e dos filhos, eles arreavam-lhes bem em vida, além das bebedeiras que traziam para casa...enfim, nem vale a pena dizer mais nada. Só que quem não sabe... e depara com aqueles escritos ternurentos nas lápides e eu fiquei ali a olhar que até a falsidade acompanha aqueles dizeres mesmo depois de mortos, pelo respeito, dizem!... Estava lá um desses que tinha uns poucos de filhos, e como o dinheiro prá bucha era pouco, ele comia bife batatinhas fritas, frutinha, nanja que um homem tinha de trabalhar e sustentar aqueles malandros todos...e tinha de se alimentar melhor senão...os filhos e a mulher comiam, claro que não passavam fome, mas as coisinhas boas eram para o pai, e o resto remediava-se... o que não fez com que o retratassem como ele merecia na lápide! ao fulano de tal, aqui repousa um santo e querido marido e pai... arre, pelos vistos educou-os a todos bem, pois nem na morte se descairam!... Claro que do lado de lá as lápides não valem nada! Andei por lá, chorei de saudade ao ver a foto do Ogando, nosso amigo de longa data a mulher Marilia que se foi primeiro uns anos, eramos muito amigos já em Luanda. Gostei sempre muito deste homem, jornalista de profissão e tinha uma casa de Numismática na Marginal em Luanda. Viveu aqui em Braga quando viemos embora por causa da guerra!. Ainda tive a felicidade de estar com ele duas vezes antes de ele partir para o outro lado e só soube depois de ele falecer umas duas semanas. Não tinhamos amigos comuns e os filhos estavam fora daqui. Fui ver a avó da Diana, os pais de uma tia minha, a mãe da Ana Maria, vou sempre vê-la, o que me surpreendeu, foi mais á frente reparar numa foto de uma bela senhora e lembrei-me logo dela, era minha vizinha em Luanda, ainda tive o grato prazer de a ver aqui na companhia de uma prima que é muito minha amiga. Ela até disse que veio tratar-se aqui, e afinal morreu cá e já foi em 2000! que surpresa e comoção me causou vê-la ali. Andei por lá e passei numa campa só com uma pedra enorme, clara, sem nome, apenas tinha uma cruz gravada na dita pedra e as singelas palavras que me apressei a seguir (reza um Pai Nosso) e lá rezei o Pai Nosso pela alma de quem lá estivesse, não tinha flores, arranjos, nem nome. Ora ai está alguém que viu que ali somos todos iguais, com flores ou sem elas!... É que há cada campa mais rica, até rivalizam com a morte e os enfeites terrenos. Já disse aos meus filhos que quero ser cremada, não podendo ser, que me ponham no caixão mais pobre que houver, e nada de imagens e coisas caras em cima, uma pedra apenas a dizer que está ali a laura e mais nada... E não se assustem,não penso que vou morrer já... fui lá como costumo, de meses a meses, lembro-me e paro por ali a visitar campas e a ler o que escrevem! alguns chamam-me a atenção ou pela idade, pela fisionomia, enfim, seres que já viveram aqui como eu, já estão do lado de lá, e até disse para mim; ó pariga, tens de tirar uma bela foto para enfeitar a campa, enquanto é tempo que depois é tarde e sais toda feiosa...
Comments:
Laurinha é verdade que nos semitérios apesar de entrar pó o nada do que se foi, existe o que se deixou e o que se continua a ser por cá
Gostei deste relato bstante humano e verdadeiro também há a versão mais humanista,mais humilde mas talvez mais escondida. Um grande abraço
Olá Maria da Luz, é verdade que ali é um lugar sagrado e do mais profundo respeito, mas falava das verdades que não são ditas, até ali continuam a mostrar seres que não foram bons para a familia...como santos! e há por ai muito Santo esquecido e muito diabo recordado. Claro que todos quando vamos para lá, somos os mesmos e não nos crescem logo as asas...é preciso ter direito a elas, pois no reino de Nosso Pai há justiça! a verdadeira justiça que premiará os que merecem, coisa que aqui não se vê!... Lá não há cunhas nenhumas. temos de fazer por palmilhar os caminhos todos, sem boleia, são nossos e apenas nossos...
Beijinhos ó Maria da Luz!...
Pode-se pedir que quem fica cumpre? Então eu quero ir toda apinocada, por exemplo com este vestigo vermelho eheheheh
mana laurita,
o que eu me ri agora a ler-te eheheheheheheheheheheh claro que a hipócrisia tb existe após a morte! Aliás, acho até que sai mais reforçada. Então nunca ouviste dizer que depois de morrer todos viram bons? ahahahahahah A minha mãe costumava dizer que "no nascer e no morrer todos somos iguais" mas não é bem assim ... tb aí existem diferenças e muitas. Esse pai alimentava-se bem!!! Claro que tinha direito a dose reforçada, pois não era ele que ganhava para a sua prol? ahahahahahahahah ahahahahahah para o que te havia de ter dado ahahahahahahahahahah
Olha, há dias, qdo fui ao tal acto social a terras alentejanas, reparei e deu-me que pensar uma quadra que li na bancada da casa mortuária (já estive para a colocar no meu Blog)rezava assim:
"Entra com todo o respeito ou senão fica na rua esta pedra onde me deito amanhã pode ser tua" Não sei quem é o autor disto, mas soa-me ou lembra-me António Aleixo
xiiiiiii ao ler-te dou-me conta de como é raro eu ir a cemitérios ... devo tê-lo feito menos vezes do que os dedos duma mão e no entanto já tenho quase meio século.
Já agora, gostaria de estar outro meio século sem por ali me perder eheheheh Mas ao ler-te não posso deixar de concordar contigo, laurinha. Há demasiada hipocrisia neste mundo! Tanta que até transborda para o lado de lá :)
Caramba! Chega para lá esse tema agoirento, laurinha ... já passei demasiado tempo num sítio desses! Deixem-me andar por cá, no quentinho, algum tempo.
E também não vale a pena chorar ou ter saudade, porque o tempo passa num ápice e depressa nos juntamos a quem partiu.
Laurinha,
bem me lembro de falares em alguns desses teus amigos que agora referes. O jornalista, por exemplo. Jinhos
Oh betynha,
podes ir de sedas ou oiro, prata e marfim, podes ir de diamantes e pedrarias sem fim... Mas vais para onde tens de ir... e de nada te valerão os vestidos de baile, as loucas lembranças... só terás a colher aquilo que semeaste, mas o mal que fizeste também o colherás... só que tu tens cara de boa piquena e assim...
pascoalita, eu conheço os filhos e a esposa do tal senhor e contado por eles ...só que tinha uma profissão até muito boa e lá andava ele elegante e limpinho e a muié a cuidar dos 9 filhos dele e aguentar as bebedeiras quase a diário...
Olha que por vezes, tanto apanham que..sentem saudade disso quando eles se vão... e ainda o dizem, enfim há gostos para tudo e todos... adorei ler este versinho lindo e muito verdadeiro. "Entra com todo o respeito ou senão fica na rua esta pedra onde me deito amanhã pode ser tua" Tal e qual, é assim que entro não para me rir, mas ontem ao passar na campa do tal senhor não me contive...so que a vida é dele, era dele e o amanhã também é dele... beijinho.
Adry, visitar cemitérios nem é deprimente, nada disso, depende de quem lá vai e como se sente. tenho por hábito ir lá ver um Padre, que viveu em Montariol e esteve em Luanda como capuchinho, adoro ir lá e falar com ele quando estou mais aflita, é como se me ouvisse, era uma alma de escol, pois tenho uma amiga mais velha que me fala dele e de como o conheceu, morava pertinho de Montariol essa amiga e muito a ajudou ele, querido Padre Veiga, faleceu com 81 anos, parece-me.
Beijinho a ti e ora vai lá dar uma volta por lá e repara na disparidade de lápides e nos dizeres. Houve uma que me fez pensar e já a vi ha anos quando fazia a minha romaria ao cemitério e li numa pedra na campa de uma freira espanhola. La paz de espiritú es um bien que no tiene precio!... e concordei com isos, eus em paz de espirito não sobrevivo, tenho de a ter,de a manter... Beijinho a ti.
missesfinge, não te rales, olha que nem sabes o que não perdeste enquanto lá estiveste... dormiste a sono solto, os bicharocos nem te paparam, e ainda voltaste de novo a esta era moderna dos pcs, que mais querias?...beijinho.
eu todos os fins de semana vou visitar os meus avós..e enquanto componho as flores falo com eles, só a eles digo o que não digo a mais ninguem porque só eles me escutaram e apoiaram enquanto estavam vivos.
Mas sei que ainda estão perto de mim, que me ajudam quando me estou a perder. Gosto de lá ir, mas vejo que muita gente lá vai por flores caras mas é só para as outras pessoas verem..isso eu acho uma hipocrisia. obrigado pela visita!!
carvoeirita!...Como te entendo nina e eu estou longe do cemitério onde os meus e o meu pai, estão... claro que nos ouvem, nos entendem e tentam ajudar em tudo o que podem, e dão-te dicas atarvés do pensamento... não os sentes em ti por vezes num afagar apenas sentido no rosto pescoço na cabeça? e se te sentires bem decerto são eles ou alguém muito amigo que já está do outro lado! Eu sinto vezes sem conta e fico toda em pele de galinha, todinha mesmo. ah, eu amei tanto e ainda amo, os meus avós maternos, o pai do meu pai nem o conheci, nem o meu pai o conheceu, tadinho, mas acredito que do lado de lá já se encontraram e abraçaram! A história do meu pai é muito triste e um dia falarei aqui disso.
Os teus avós foram uns queridos paizinhos que tantot e ajudaram e os meus pais também foram uns bons avós para os meus, a minha mãe ainda vive, temos feitios diferentes e diferentes pontos de vista, mas haja um tico de compreensão e sou eu que tenho de ter a maior parte, senão!... Beijinhos querida nina, muitos.
sinto a presença deles de muitas formas, principalmente quando acho que a vida me vai pregar uma partida e consigo safar-me ilesa.
Beijinhos!!!
O cemitério aparece sempre como um lugar sombrio.
Ali respira-se respeito, serenidade, uma tristeza subtil... À saída, vi o teu sorriso. Porque, afinal, ainda não tens a tal foto bonita que gostarias de deixar... Rapariga, o teu humor tem graça, mesmo nos lugares mais tristonhos...
Ah carvoeirita, é isos mesmo, e que bom que nos safam de tantas formas...eu que o diga que levo a vida na forma mais airada e há quem me sensure por eu andar mais a levitar, só que o raio dos problemas, d euma forma ou d eoutra, resolvem-se mais dia menos dia e a contento, depois d eolhar para trás, tenho coisas resolvidas que nem lembram ao diabo...
beijinhos. Amaral, na verdade aind ame ri um cadinho, enfim sou de riso e choro fácil, e sai tudo ao mesmo tempo, so que as objectivas das maquinetas de fotografar, assustam-se com a minha cara tão feiosa ehhhhh, e não posso assustar os mortos ainda mais quando me virem por lá de vez... beijinhos e o cemitério estava deserto, uma ou outra pessoa que passava, os homens que lá trabalhavam aind anão tinham começado o turnod a tarde e andei por ali descansadinha, e longe de mim ouvir as almas penadas, já que sou surda ehhhhhh. Beijinhos.
Pois eu vou quase todos os sabados por flores na campa dos meus pais e claro rezar a m/Avé Maria......mas nem leio o que está nas outras campas porque não gosto nada dessas lápides com todos esses dizeres......acho ridiculo.
Na dos meus pais tem apenas o nome deles, data de nascimento e de falecimento......e mais nada. Como sempre foram pessoas simples até na morte o quiseram ser e a sua vontade foi respeitada......e eu tambem quero assim. Nada de hipocrisias.
Mas lembrei-me agora que tenho uma tia que no outro dia chorava a contar-me que a filha queria que ela exprimentasse um fato que ela tem a ver se ainda lhe servia não fosse as vezes ela morrer e não ter uma roupa em condições para meter.....olha laurinha fiquei tão revoltada que quando encontrei a m/prima disse-lhe poucas e boas e até lhe disse que esperava bem que ela fosse antes da mãe para não ter esse problema de vestir a mãe na sua morte.
Coitada da m/tia está numa cama há anos porque partiu uma perna (pois pesava 100Kg)e aos poucos deixou de caminhar...mas isso não é razão para tal insensibilidade. Mais uma hipocrita ( a m/prima)!!!
ah, parisiense... tem lá algumas com Anjos descomunais em cima da sepultura..devem ter feito tanto mal que até temiam que os vivos os desenterrassem de novo para os atormentar com o remorso, so que quem conseguirá tirar aqueles milhares de kilos toneladas d epedra? Só visto. o meu pai também tem o nome e datas e mais nada, já a minha madrinha que era uma senhora stora de dar c cana na cabeça e chapadas e reguadas e tinha a mania que era uma senhora lá na aldeia e tudo à volta dela se resumia em aldeões!... quero ver agora comos e desenrasca no meio de tanta gente que detestou...que ridiculo em todos os aspectos. alguns são frases feitas e outros de saudade, mas gosto e de ver as caras de quem lá está...
Beijinho.
Parisiense, se fosse mais pertinho eu propria via se a roupa lhe servia, bastava tirar medidas a volta da anca epeito... e eu alargava isso e ficava um primor, mas o pessoal agora se a roupa na servir, cortam atrás que nas costas nada se v~e e vão de boa apresentação na frente, mas que filhota insensivel, coitada dela semeia agora e colhe depois, é a lei da vida...beijinhos.
querida___________Laura
os cemitérios (o que não acontece em Portugal) são lugares de uma beleza extraordinaria_______onde as pessoas tem por hábito_____não só quem lá tem familiares e amigos_____ de ir visitar. por vezes é apenas para um momento de reflexão__________... adorei que tivesses partilhado__________estes momentos beijO c/ carinhO
nina parisiense, deixa-me lá ir ver o trabalhão ou trambolhão ou lá o que foi que fizeste...já lá vouuuuuuuuuuuuuuuu... beijinho a ti de quem gosto tanto...
betti, os cemitérios deviam ser campas rasas, erva verdinha muita, e apenas uma pedrinha ou madeira a indicar o nome, e andariamos todos no mesmo nivel de terreno, aqui nãos epodem uma spor cima de outras, outras que querem te rmais largura espaço etc etc...só visto..romagem aos cemitérios apenas a fazem os que têm lá a sua gente, eu neste onde costumo ir tenho amigos, familiares nenhum...
Beijinho a ti.laura.
Pois é Laurinha, é assim a vida! Em vivos foram uns trastes, mas a família conta como ele era "um santo". Que o enterrem e ponham lápide é uma coisa, mas que escrevam lá umas patranhas chega a ser hicoprisia...
Nunca vou passear para cemitérios... Um dia hei-de ter muito tempo para descansar lá, eh, eh, eh! Espero que esse dia ainda venha longe!!! :))) Jinhos linda!
tété...penas que vais pra lá pra descansar? nem querias mais nada. Há muito que fazer para ajudar os que estão deste lado a livrarem-se de apuros, muitas e muitas vezes..podes ser um Anjo guardião, podes tomar conta dos bebés pequenininhos, podes tudo e mais alguma coisa..lá é que é a verdadeira vida..ai a menina queria sornar por lá? decerto que o farás, mas acredito que depressa te passa a soneira, tal a vontade que vais ter de ajudar!... beijinhos.
Uma amiga d aminha mãe, cujo marido lhe batia desde que se casaram, já tinha filhos homens, ele morreu, pois olha que a senhora em tempos foi passar um cadinhod a tarde com a minha mãe e dizia ela; nem te passa pla cabeça a saudade que tenho dele ó mulher, mesmo que me batesse de novo, rpeferia tê-lo aqui comigo para não me sentir tão sozinha e a minha mãe até disse; credo rapariga, se ele te batia tanto!..não faz mal, isso esquece-se!...quem me dera que ele estivesse comigo mesmo continuando a bater-me...e não é a unica que diz isso...fogo!...eu enterrava-o ainda mais fundo, não fosse o diabo soltar-se de novo... jinho a ti.
O momomento é de respeito mas não pude deixar de me rir com o teu ultimo comentario..
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"eu enterrava-o ainda mais fundo, não fosse o diabo soltar-se de novo..." Muito provavelmente não sente a falta dele mas apenas solidão..o que é bem diferente. Não sou muito de visitar os cemitérios mas conheço quem ia estudar para um..diz que era onde encontrava a paz que necessitava para se concentrar.. Nunca me deu para isso mas respeito o sentimentos dos outros. << Home |