A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


sábado, agosto 04, 2007

 

papagaios de papel...





Ontem fui até à Póvoa de Varzim. O tempo estava quente, ao pé do mar corria uma brisa maravilhosa.
Deixamos o carro ao pé da Igreja que fica ao longo do paredão, em frente tem muitos barcos, adoro ver barcos, as gaivotas esvoaçavam por ali, no adro da Igreja os mais velhos jogavam às cartas, as vendedeiras de peixe, mais à frente, conversavam e apregoavam o que tinham na canastra, talvez que acabando poderiam ir para casa!

De repente algo me chamou a atenção, no ar um papagaio de papel, esvoaçava e guinava em todas as direções, sigo o cordel, e vejo mais longe um pai e uma filha! Lembro-me de ter o meu pai assim, em momentos que se tornaram muito reais naquele instante!

Pai, que saudade de ti, e dos nossos bocadinhos, e como me lembrei como nos ensinaste a mim e ao Bita, a fazer os nossos papagaios de papel de jornal! Ajudavas o Bita a cruzar e amarrar as canas com cordel, enquanto eu fazia uma enfiada de lacinhos para fazer os rabos como eu dizia e, colávamos tudo, era uma chiqueirada ali na varanda, valia a pena, depois eu também tinha o meu, e faziamos corridas e desafios, a ver qual dos dois voava mais alto! E tu ajudavas-me para que ele se segurasse lá em cima e que tinha de o puxar devagarinho para não cair, e deixá-lo ir empurrado pelo vento.
Que bom que pude ter-te pai, que bom que foste o meu Pai, porque nos deste tanto de ti, jogaste connosco, ensinaste-nos, especialmente a mim, ensinaste-me tudo o que pudeste e a ser a pessoa que sou. Sei que o teu medo era deixares-me só, e, sendo surda não saberia defender-me deste mundo, e não saberia ganhar a minha vida! Mas pai, já deves ter visto que até sou muito desenrascadinha para o meu problema! E já viste também que consigo lutar pelos meus quereres!

Mas hoje lembro o meu papel de jornal, ou vocês todos tiveram papel de seda? E que importa a cor do papel, e o material, que mais faz se for material de saco de lixo? se vejo muitos meninos com papagaios de papel de seda, e nem têm o Pai ao pé deles a ensinar a lançá-los, e faz sempre falta um pai para segurar o papagaio enquanto nós damos soltura à corda e corremos até onde temos terreno!...







Comments:
Não sei se me sinta feliz por ti ou se deva ter pena por teres vivido esses belos momentos.
Costumo dizer que é mais feliz quem não tem de que ter saudades, mas é claro que o que sentes hoje deve ser uma mistura de coisas, apenas manchada pela saudade. Imagino que deve ter valido a pena ... não poderei nunca avaliar :(



 
Diabinha... Não me digas que não tiveste um pai diabo, que te ensinasse a espetar a forquilha na bunda dos meninos bons! Claro que tiveste um pai, e se ele não te ensonou a lançar papagaios, decerto tiveste outras coisas que são lindas de recordar.
O meu pai não teve pai, o pai dele faleceu, andava ele na barriga da mãe! Mas foi um pai como poucos!
Um dia conto a história do meu pai, como ele me contava em pequenita, ams a verdadeira história da vida dele, desde que nasceu, contou-ma aos 21 anos! E fui a tempo de escutar (nem que fosse com os meus olhos) a história tão triste da vida dele.



 
Laura, cadê você, eu vim aqui só pra lhe ver.

Um bejo
Naeno



 
Olá naeno, estou soltando meus papagaios... Um deles há-de encontrar você lá no firmamento e lhe enviará um abraço meu!...



 
Naeno, é a verdade, ams não consigo aceder no seu blog a não ser no lusoblogues se vc for ao seu retrato e clicar, aparece o naeno em letras irregulares e vai dar a uma página que nem existe! Trate disso moço..tá alguma coisa mal ali...



 
Eu acedo bem ao Blog Naeno, laurita :) Tenho pena que tenhas dificuldade.
jinho



 
E porque só acontece comigo? juro que não estou a mentir..antes ainda comentei num jornal que ele escreveu no principio, mas agora nem clicando na foto dele consigo...Paciência.



 
Naeno, será que já viu o post abaixo? a poesia linda d eum seu conterrâneo?
Diga o que acha, o senhor paraece que já tem idade, ams acho lindo demais e muita vaidade tenho em estar aqui e dedicado à laurinha...

Pascoalita podes dar o recado ao naeno? no blog dele, senão ele nem entra aqui...



 
Olá, bom dia laurinha :)
Passei por aqui para te desejar uma manhã de Segunda Feira muito, mas muito fantástica! Vou tomar nota da data ... 6 de Agosto!!!

Em tempo de férias, raramente uso o pc, mas tenho acompanhado tudo o que tens escrito e estou tão entusiasmada com as perspectivas que mal aguenta até amanhã para saber novidades.
Obrigada pelo teu poema no meu cantinho, ainda não tive oportunidade de te responder lá, mas tenciono fazê-lo.
1 beijo e ... segue o exemplo desses papagaios ... vai em frente!!!



 
Olá Adry... e vê lá tu que ainda nem tenho quem vá comigo. A minha amiga que podia ir,t em mesmod e ir ao aeorporto buscar o mano dela que vem de Londres. Agora de tarde vou à Sãozita, ela conhece aquilo e viveu em Coimbra muitos anos, mas, começou na segunda feira passada a trabalhar, depois de vir de férias. Mas..ainda tenho o meu tio, o que me corrige os versos, esse vai todo contente, só que não queria maçá-lo...coitado, a filha está nos Açores, o Nuno só tem o patrão no café e nunca pode ficar só um... a Getta nem lhe peço, aliás nem sabe de nada ainda, ficou com o peito queimado da radioterapia e não a vou tirar de casa. Bem, estou tão pouco preocupada que ainda vou refastelar-me na cama da neide (tem tv lá a minha tá avariada há meses)e vou sornar, e..depois é que vou ver como é amanhã, e nem me rala se for sózinha, é mais por causa do caminho, ams o nosso tigre já me explicou tudo dos caminhos..é um Ás o homem....



 
Sinto em mim algo de novo e talvez consiga ajudr ainda alguns a fazerem papagaios de papel e a lançá-los pois a vida é isso não?
Que sensibilidade... talvez a surdez tenha dado um outro sentido, o sentido da partilha.
Obrigada Laurita.
Quelindo e tanta vida...



 
Viver um novo fim, é verdade, adoro partilhar e só estou bem a dividir com quem não tem, tento apesar de tudo, mas para meu desgosto não chego a muito, nem tenho muito para dar, a não ser amor, aí sim, espalho-o a rodos e dou amor a todos a quem posso (já nem me rala que me interpretem mal) falo no amor em geral, por todas as criaturas) semrpe fui de dar, dar sem conta nem razão ehhhhh..
Amiga de onde és? é que amanhã vou ao hospital a Coimbra, dos Covões, e para já lá vou sózinha, todo mundo tem algo que não pode mudar, meto-me no carro e andor que se faz tarde, vou pela auto estrada e o sandokan já me explicou onde sair...
Beijinhos a ti, de mim...sim, tenho muita sensibilidade e por vezes fico de boca aberta por ver pessoas sem um pingo dela, mas...cada um é como é...



 
Olá viver um novo fim, fui ao teu blog de que gosto muito, e se mais não vou é porque me escapa... Nãos ei que idade tens, ams admiro o teu trabalho e o teu doar aos outros.
Escrevi um jornalzito e quem quiser que vá lá ler,maslembrei-me do meu voluntariado no Hospital de S. Marcos aqui na terra.
Lembrei-me que estive de serviço várias vezes nas urgências, via entrar os feridos e nem me fazia impressão, enquanto a minha colega virava a cara porque não aguentava ver sangue! Só que fazia falta ouvir (para mim fazia) para dar atenção às pessoas que entravam e saiam em busca dos familiares feridos internados etc etc... Se ficar boa dos ouvidos, claro que poderei retornar e fazer coisas mais belas pelo próximo..segurem-me, ehhh
Já tenho agendado cá na tola que vou fazer uma escola para os meninos surdos, para aprenderem a tocar bombos ehhh que eu adoro..Vais er agora que vou começar a chatear o Mesquita, vai ser vai..deixem-me ouvir..metade d aminha timidez vai aoa r, desde que ouça falar comigo e possa responder...tudo bem..segurem-me sim...



 
Ao ler este texto relembro também os momentos partilhados com o meu pai...Um bom pai nunca esquece :)

Laurinha, a Pascoalita disse umas, fui lendo outras e somando 2+2, acho que adivinho tudo o que se vai passar amanhã. Espero que saias de lá radiante! :)*



 
Ehhh Alkinha, já nem sei a quantas ando. Penso penso e torno a pensar se será possivel e porquê só agora! Mas a vida tem de tudo...
Pois não te enganas..depois ligo a ti ehhhhhh, e tu sabes que sou eu pela alegria incontida dentro de mim...
Já não será sem tempo ..e sabes que mais? nem sequer duvido que agora é que é a hora, nem sequer penso... e se nem for? que se lixe, alegria dentro de mim, precisa-se...
Beijinhos a ti.

Também lanças-te papagaios com o teu pai? que bom, é semrpe bom, e claro que nem todos tiveram, eu pesquei, eu fui para o meio da seera respirar o ar dos eucaliptos e o pai quandoe stavamos mal do problema que nos fez perder o ouvido, acendia fogueiras com eucaliptos e fazia-nos aspirar aqueles ares, coitado, mas de nada valeu, e lembro-me de o ver chorar por estarmos a ficar surdos os dois, eu e o meu mano mais velho...



 
Ó minha gente, andod e todo, acabei de dizer a uma amiga do Porto, que este Natal já me vai ouvir no meio da rua à noite, a cantar o Merry Christmas a plenos pulmões, e ela não é que diz que vem cá para ver com os olhos dela! ehhhh, e se meter bombos, tanto melhor, mais grito ehhhhh. Mas, os planos são tantos que já nem cabem no saco...



 
Não me lembro se alguma vez o meu pai me ajudou a fazer algum papagaio, mas lembro-me muito bem de eu os fazer, na minha rua Vereador Prazeres, em Luanda e de ir para o baldio para os lados da Rua do Quicombo onde era um baldio, ainda não havia o prédio em forma de livro que nós batizámos de o livro de Inês em memória à canção do Paco Bandeira «Um Livro Chamado Inês» e aí lançávamos os nossos papagaios.

Com fio norte, ou mais tarde com linha de pesca, ali voava ele com várias formas e feitios consoante a imaginação de cada um. E quando não tinha "rabo" suficiente" lá começava ele às carambolas e chão. Mais um bocadito de atilho, mis um laçarote e eis o nosso papagaio de novo no ar ali no nosso bairro de S. Paulo.

Voltaste a ver os papagaios a voar na minha terra, eu nunca vi, tiveste mais sorte que eu.

:))



 
Marius, pois foi, vi um pai e uma nina, olha e guia-te por mim, pouco mais para lá dos barcos que ficam ancorados em frente à Igreja, mais ou menos, para o centro da cidade, tem ali uns paredões, uma relva bem boa, e foi ali que os vi, a menina de alguns sete anitos, e o pai a ajudar, a levantar e a nina a correr para o fazer erguer-se no céu!...Vieram-me à lembrança, o pai a cruzar as canas depois mais outra, e o cordel de atar embrulhos, passava entre as canas para as prender, depois mais corda nas bordas da cana que se escavava com a navalha para que o fio ficasse ajustado ali, e depois o tal do jornal, colado à volta das canas, furar para amarrar o fio do rabo ehhh e que lindo quando serpenteava pelo ar.
Olha para ti a lançar o pacagaio, como dizia o Luis Filipe nosso vizinho, ó Dérito vamos deitar o nsso pacagaio, e iam para as barrocas... Então na rua do Kicombo tinhas muito por onde andar e correr.
Já li muitas vezes sobre o prédio em forma de livro, mas juro que não consigo lembrar onde está...Passou-me...
Beijinho a ti, e o teu pai com tantos filhos nem tinha tempo de botar pacagaios com os filhos!...



 
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