Ora é mais que sabido que essa da Cimeira não teve nenhum plano democrático, ou seja, não me consultaram, e, pasme-se quando vi que Lisboa paralisou por semelhante aselhice saída da cabeça dos aselhas de meia tigela que têm a seu cargo essas manifestações de luxo e grandeza!

E para receber a Cimeira, deram cabo da vida a milhares de pessoas que todos os dias labutam para viver na grande Lisboa! Fiquei parva com as restrições, fecho de ruas, escolas e e infantários que fecharam... ou seja, além de nos roubarem o nosso miserável salário para lhes proporcionar dias de luxo (à nossa custa sim senhora, à nossa custa, da suadeira que pagamos às Finanças e Seg Social que na hora de nos deitar a mão em ajuda, nos fazem um manguito!)

Vê-se logo que se esqueceram de me consultar! Sendo assim deixava-lhes ideias para a próxima Terceira, que de Cimeira já nem se usa! para a próxima consultem aqui a je que lhes diz onde instalar e a bom preço a escumalha que pensa que sabe a melhor forma de vivermos nos próximos anos, ou seja, andam a ver a forma de apertarmos ainda mais o cinto para as calças não nos caírem plo cú abaixo! e é isso que vai acontecer... Quem é gordo só lhe faz bem (a mim também) e quem é magro que se esforce por gritar mais e fazer menos!

Evitariam parar a vida do pacato cidadão e estragar o fim de semana para os mais abonados! mas acima de tudo daqueles que necessitam de trabalhar e não o fazendo não ganham e não ganhando não comem!

Nem temos falta de castelos por aqui. Uns de pé, outros remediados com portas a ranger, outros mais que caídos por terra, outros já transformados em lindas pousadas que fazem inveja aos mais finos Lordes do Estrangeiro.

E se os gajos que mandam nisso se lembrassem de todos os anos fazer Cimeiras aqui, faziam os componentes da caravana pagar do seu bolso a estadia e com esses largos milhares de euritos, arranjavam um dos nossos castelos prestes a cair, e aí sim, aí levantava-se o esplendor de Portugal! que;

Entre as brumas da memória
ó Pátria sente-se a voz
dos teus egrégios avós
que hão-de levar-te à vitória!

Mas não é isso que queremos pois não? Não temos voz nenhuma para cantar que a fome não deixa e os sonhos jazem por terra qual tesouro acumulado. Só sabemos carpir e enquanto coçamos a cabeça eles vão e vêm e sobra-lhes tempo para delapidar o nosso País à beira mar plantado!
Gosto de os ver transformados em pousadas (alguns) não caíram por terra e mantêm as paredes com uso, ajardinam tudo, dão trabalho a quem precisa lá pelas redondezas, divertem-se uns e outros... Porque há castelos para erguer, nem que seja um castelo de sonhos... porque sonhar é preciso.

Eu vou fazer a minha trança e subir ao meu castelo e ver se o meu cavaleiro vai passar por aqui para me levar montada no seu alazão e trotarmos pelos montes em busca do nosso verdadeiro castelo! (o do Amor)
aqui em Braga, é o primeiro da imagem, o castelo ou palácio D, Chica, e há Chicas com sorte que tiveram uma belezura assim para viver os seus dias...Passo por ele montes de vezes, moro lá perto. E não é que aquilo era uma discoteca, e os empresários nunca conseguiram recupera-lo, paga-lo, manter... enfim, são belezas que ficam a apodrecer e que não mais se voltarão a reerguer...


Este último em Viana do Castelo, estive lá com o Osvaldo e a Aninhas no dia do nosso encontro que ainda hoje perdura de alma e coração porque sabemos manter a amizade guardada nas entranhas do sentir!

E que tal senhores governantes, não seria melhor ideia a minha ? ou não deu para ver que o balúrdio de euros que gastaram nessas comitivas de gente que nem nos vem fazer nada! é dinheirinho suado e estragado? se é para vos ajudar ainda mais; pasme-se; paguem do vosso bolso, ora essa!
E, lá ficamos com mais um castelo no chão que, se fossem bem usadas as ideias, estariam neste momento a dar de comer a quem tem fome e não a dar de comer a quem não precisa!

Tenham um excelente sábado, eu preparo-me para ir às ninas do restaurante, e trocar saberes e dizeres além de sabores!...

laura.

  Publicado por Laura    08:44