Foi assim que a dona laurinha entrou na cozinha ontem, tal e qual, ou antes, anteontem! Como o tempo lhe rende (ah, graças a Deus, pois a maioria queixa-se de que o tempo é nikeles!) exceptuando essas pernitas de grilo, digo joaninha, na foto, sou toda eu sem tirar nem pôr!

Quando quero adiantar a vida para ter mais tempo livre, ainda (ainda mais ó laurinha, ainda?) e a arca está cheia, para poupar espaço, cozi a dobradinha que se media mais de mei'metro, depois de cozida pouco menos de um terço ficou, e assim, arca com ela, quando quiser fazer uma feijoadita, está no saquito já congelada e não faço tanta xiqueirada na cozinha, que valha-me, não ando muito apostólica nisso de a limpar de cima abaixo, deve ser do Inverno! poupa-te laurinha poupa-te, é o que ouço , ou antes, o meu surfista é que ouve tudo isso e o regista! então cozi a orelha, guardei, cozi o chispe, guardei, e lá se foi a carne de vaca, plo mesmo caminho, só que essa plos vistos enganou-se no trajecto e mudou de roteiro, intencionalmente, ora pois!

Os meus escritos, poesias que brotam que nem sementes de girassol, ocupam-me uns bons cadinhos de tempo, razão porque ando todo o dia a saltitar por aqui, pla casa, cozinha, costura, o que for. Ora estendo a roupa, depois vou lavar uma c de banho, volto aqui, torno a saltar por ali. Chego a deixar a treta no chat, a andar, a verdinha bem o sabe, e dali a nada continuo, e por isso; vou num pé e venho noutro!

A escrita que me ocupou nesses momentos a ouvir musica de Frédéric Chopin, e a escrever algo bastante triste, que me arrancou lágrimas, e me fez voltear na composição mais e mais, cada vez mais, esqueci o rais da carne no fogão, esqueci tudo e dediquei-me de alma e coração a escrever o poema. E de repente fez-se luz, ah, a panela laurinha, corre, salta, e o fotógrafo estava lá para registar tão aflitivo momento, na foto a entrar na cozinha. Qual pânico qual quê! a desgraçada da panela já berrava de aflição,

já tinha o cú a arder
a água acabou-se,
a carne esturricou
a gordura saiu
e o fogo pegou!

Calma lá, o fumo estava a começar ...
(ó meu anjinho daguarda,devias estar a jogar a euros) só me avisaste mesmo na hora, a asa da panela de pressão já começava a aquecer! Desliguei fogão, soprei na asa e apagou-se logo o fogo e saí pra longe, fumegava que sei lá (ó agulheta onde tavas também? ela é Bombeirinha ou já se esqueceram?) fui abrir tudo quanto era janela, liguei o aspirador que tem a capacidade de aspirar os maus cheiros e fumos lá pra dentro... e, mantive-me longe da dita mais de 10 minutos, com o vento danado que estava, arrefeceu logo e, claro, a carne teve o destino que não era ser degustada, e sim lixada!... (lixo)
Nesse momento lembrei-me que as modernices saem caro! e, voltei à cozinha da avó laurinha, onde os potes ferviam e apagavam as brasas se deitassem a água fora, aqui, deitam a água fora e acendem o fogo! mas! ah que moderno!

Depois toca a botar cheirinho ele era pinho, laranja, limão, e de aspirador a cumprir funções, percorri a casa toda que nem tem nada de pequena... para esconder a prova do crime, não fosse o manel cheirar e franzir o nariz, reclamar e logo por estar no pc... ahhhh, só que enquanto ele refila eu nem olho pra ler ehhhh, sorte a minha... e claro, fiquei com pena da carne que podia ser usada na alimentação. Deixei a janelada aberta, fechei, mais cheirinho e se o homem dará conta ou não? que tal começares o jantar mais cedo laurinha? o cheirinho do refogadinho do arroz de tomate espalhava-se, não sem antes esturricar café em pó na frigideira, ah, que belo aroma a café ficou, mas, juraria que quando entro na cozinha, ainda persiste aquele quê de irritante de cú de panela queimado (ai a verdinha que não gosta da palavra usada para definir a base da panela) é para rir verdinha, é para rir!...
BOM DOMINGO que o sábado já foi ontem!

  Publicado por Laura    09:03