A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


sábado, novembro 14, 2009

 

Para vós talvez seja confuso!...


Para mim, é divino!...
É divino o som que consigo extrair das muitas músicas e vozes que escuto, banhada pelas ondas que me trazem um mundo maravilhoso de sons, agora, graças ao surfista, mas, antes, apenas de ouvido encostado às colunas, e sempre, isso é sempre, de mão na coluna, agarrando a dita onda de sons, e deixá-los deslizar até mim, até dentro do mais profundo, onde se transforma na mais bela forma de música,melodia ... Dou comigo a pensar que se conseguisse entender o que dizem as vozes, decerto não escreveria tanta letras de canções, de fados, poesias, sei lá!...

Esta música que agora toca, pedida ao meu amigo, e que não tivesse letra, para que pudesse por ao lado, a minha letra.


Era batuque
O que soava
De madrugada
Terra vermelha
Pés descalços
P’lo terreiro
Onde meu corpo
Vibrava
Por inteiro !...

Ai como soava
Aquele batucar
Tão bem me sentia
No meio de todos
Em harmonia
E a minha gente
Batucava
Como se amanhã
Não houvesse outro dia !...

África
Magia
Entre todos havia
Onde a pobreza
Se tornava grandeza
Naquele momento
Que doavam
Através da música
No seu batucar !...

Ficaram mil desejos
De lá voltar
Mil noites de amor
Eu quis trazer
Da terra vermelha
Que tive de abandonar
E ainda não consegui
A minha terra esquecer
A minha terra deixar!...

Sou doida por batuque, e batuque não é só ouvi-lo, é preciso senti-lo, amá-lo e eu fiz tudo isso, longe, lá longe...na mata, algures entre a terra e o céu, mas, naquele momento nem era tão longe assim de Serpa Pinto, era no Valombo, no alto do monte, o pessoal ( os flechas ),Bosquimanes nascidos ali naquelas matas e vivendo ali, nunca tinham visto um carro, água na torneira, roupas, eu vi o olhar deles, e, foram esses eles que tocaram dias mais tarde, na agonia de abandonarem as suas terras na mata profunda!)e terem de vir para o Missombo, onde vivi uns largos meses...e foi nesse batuque selvagem, apenas à luz da fogueira e da lua, que senti meu corpo, vibrar e a magia vinha do chão, porque a terra recolhia o som e enviava-o para os meus pés,(por onde subiam até ao imo da alma...) que, descalços, serpenteavam naquele som tão amado... na dança que nos faz sentir a seiva das árvores, a sede da terra,o fogo das queimadas, as dores de todos, ah, não estava cacimbada não!...e pela primeira vez na vida, pude sentar-me ao redor da fogueira,quase junto aos tocadores dos tantãs... ouvindo os cantos guturais deles,(sendo alto e de perto, ouvia sim) entre cigarros, ora pois, que os levavam a eles e elas, ao extase...e dançavam até quase cair, bebidos e charrados...mas, continuavam a tocar, quase até de manhã...Estava com os meus paizinhos adoptivos, e, senti-me livre, livre na profundeza da alma, livre entre árvores que já existiam há milhares de anos, na sua pureza, no verde lindo que toda a selva possui, e o encanto de sermos únicos a ver tão belas paisagens (estavamos nos anos 68...)
E assim, fiz esta letra, liguem o som e..acompanhem o batucar...não precisam de me imaginar de mãos nas colunas, a sentir a vibração entrar em mim!... e como sempre, amo-vos minha gente!...





Comments:
Querida Laurinha!
De tudo que li,os teus sons falam de ti e de aqueles que ao longe nas savanas sentes as recordações, da terra quente,quanto ao teu surfista,penso que foi uma ajuda perante os sons,porque tu tens a capacidade das letras,e quando assim é,em cada lado se escreve e sente.
Beijinhos bfs. e tudo de bom desejo.
Lisa



 
Bigadão ó nina Lisa, agora podes descansar e assar umas castanhitas quando o fogo for maior... Querida Bombeirinha de bem fazer...és queridinha... Beijinhos e um fim de semana em paz, calmaria de fogos, e, amor...laura



 
Olha, aqui o que não falta é batuque e eu não gosto. Prefiro o som do piano que invadia minha casa ao entardecer.
Mas tu, aproveites bem o que te chega aos ouvidos seja de que maneira for, que bem o mereces.

beijinhos da Milinha pra Laurinha



 
Olá Sol de Vidas Nossas,emanas sons e cores,que irradiam sentir e amores ,em cardíacos nossos!
Viva Vida!

Amu-te Pessoa Linda,em peito meu,refletes a geografia da alma,em Girassol Forma!

Viva Vida!



 
Laurinha querida,
Á frica deve mesmo ter feitiço. Tomou conta de ti e de quase todos os que de lá vieram.
Tenho familiares próximos, que lá viveram, que falam dessa África que tu tens em ti. Todos eles têm essa saudade, essa nostalgia. É belo, isso. África deve ser muito bela. Para mim, europeia de gema, é uma coisa longínqua, muito bela.
Gostei das tuas recordações, como sempre.
Até amanhã, flor de linho.
Beijinho e sonha com a tua África.



 
-:¦:--:¦:--. Sua página¦:--:¦:--:¦:
:¦:--:¦:--:¦:-- está sendo¦:--:¦:--:¦:
:¦:--:¦:--:¦:--. visitada¦:--:¦:--:¦:
:¦:--:¦:--:¦:--. por alguém¦:--:¦:--:¦:
:¦:--:¦: que tem muito carinho :¦:--:¦:
:¦:--:¦:--:¦:-- por VOCÊ!¦:--:¦:--:¦:

.*._/\_ .*.
. * >,´< * Hoje é
.*._/\_ .*. * . .. *um dia qualquer * . * .
. * . * . ._/\_.
* . * . . * >,´< . Mas, um Oi!
(¨`´¨)×. mesmo que virtual,
..¸(¨´¨) × já faz a diferença.
.... .. `•.¸.•.´Por isto estou aqui,´(¨`•.•´¨)
... ..`•.¸.•´para deixar minha marquinha
¸.•)´ (.•´em seu coração.
(¸.o` ¸.o´¸.o*´¨ ¸.o*¨ ¸.o´ ¸.o`¸.)
beijos



 
Pitanguinha, já deu para ver as letras que faço, aproveitando a musica seja lá ela qual for, mas, tem de ter batidas sentidas, e piano tocado a bater na tecla, adoro sim, mas, batuque primeiro que tudo...leva a endoidar, é o que é..Beijinho à Milinha da laurinha, ora pois, e eu a pensar que tinhas ido renovar o brilho do olhar ehhhhhh, claro que foi, de outra forma, mas foi, filho dá brilho na gente...laura



 
Amado Ricardo, assim me deixa de cores mais que vermelhas, tanta palavra sonante...beijinhos a vc e continuação de seu aniversário... laura



 
Tem sim, Maria, tem, oh, se tem, para quem a soube viver e conhecer...para quem a amou e a sentiu sua durante anos e anos, claro que é a minha terra amada, onde amei, fui feliz, trabalhei, gozei de uma vid alinda, entre praia amigos matinées, saidas com amigos ao cinema, coisas belas da vida, enfim...Ao menos isso..ah, já é uma dia a menos para te abraçar..laura



 
Brigadinha princesinha, voc~e deixou mais que marca em meu coração, ao ler poesia tão linda sobre o amor, aquele amor que todos sonham encontrar...ji de mim, laura



 
Claro que o teu nome não está na lista dos que não gosto ! :D
A minha lista também não é grande porque encontro sempre desculpa para toda a gente.
Amanhã voltarei para comentar o teu post, o que não fiz agora, está bem ?

Beijocas

Verdinha



 
Nina;

Nunca fui muito de batuques ou batucadas. Sempre preferi música doce, suave, daquelas que consigo identificar a letra e a música na mesma melodia...

Talvez por isso, tem dois estilos de música que me acompanham nas grandes viagens,... o Fado e a Música Clássica.

bjs, Nina,
da Ana e Osvaldo



 
Querida Laura,

Como adivinhaste que vinha por cá, que tenho andado muito saída e passaste ainda antes a deixar o teu beijinho?
Será que também sentes as vibrações dos corações que gostam de ti?
Este texto que aqui deixaste é deslumbrante, as cores de África ditas nas tuas palavras, os teus sentires e a forma como nos transmites as vibrações que te percorrem, a maravilha que é ler-te quando dizes que a terra recolhia o som e o enviava para os teus pés até ao imo da alma.

Tu és de uma expressividade maravilhosa e fazes-nos sentir a vida de uma forma mais intensa.
Espero que não faltes ao almoço em Lisboa dia 6, porque eu vou e quero encontrar-te.
Fiquei contente por saber que és de Braga e que às vezes vens ao Porto.
Quando vieres com tempo avisa para brancapinto@gmail.com, daí dou-te outro contacto, senão o Moa tem.
Beijinho ternurento para ti.
Branca
Bem-hajas



 
Certo, Osvaldo, mas o batuque era a musica a que assistia mais no mato, onde não havia onda de rádio...onde não havia uma tv, e nem sempre luz...bebiamos água com quinino, ferviamo-la quando podiamos, viver no mato em 61 62 etc não era brincadeira nem havia Pianos nem pianinhos, mas que bom. Gosto de musica conforme o espirito...na medida que o surfista alcança, nem gosto de todas as musicas...
Beijinhos da vossa nina..



 
Brancamar, quem sabe, talvez goste de ti, talvez já te conheça de outros lados do mundo,de outras vidas, quem sabe!...Olha o Moa, ouvia falar nele, e, amei o homem mal o vi, amei, alucinei com ele, tamanha a força que dele emana...aquele falar,aquela solicitude para todos, ah, Moa querido amigo a quem em breve abraçarei de novo...e quem sabe, contigo aconteça a mesma coisa.
Passei por lá, já te coloquei nos meus links, ou antes, foi uma certa estrelinha dalva que colocou...e, ontem ia clicar e disse; deixa, amanhã e foi hoje...Jinhos e abraços e que a vida sorria sempre..laura



 
Laura, o "outro brilho" ainda está comigo mas só dentro dos olhos.



 
Laurinha depois de ler esta maravilha, dou conta do potencial que o corpo pode sentir do que as mãos podem dar e receber além do que se vê e do que se ouve o desenvolvimento e apuramento dos teus sentidos, ás vezes também sinto nas minhas mãos mais do que aquilo que vejo doque aquilo que oiço nelas na verdade existe outro mundo e tu consgues descrevê-lo com a tua sensibilidade
Beijinhos da Utilia



 
Laurinha.
A Africa deve ser feitiço. Tem um fascínio que não larga o pensamento.
Caso curioso, o Zé que correu este Mundo e que dentro em pouco vai correr no outro, não senti desejo algum de ir a Africa. Fui algumas vezes a Marrocos (também é Africa, mas outra), aí sim fascinei-me. Nesta altura é País a fugir e perdi a vontade de voltar. Estão agressivos os Marroquinos...e mais não digo.

beijokitas



 
Osvaldo, ontem não deu para responder a preceito, ao meu amigo do peito! aqui vai, tentando explicar-te porque adoro o som d'África.
Primeiro de tudo tens de entender, que;

doces melodias
não se compadecem
dos ouvidos que não ouvem!
Sem o ouvido apurado
domesticado, como se diz
jamais um surdo entenderá
que sai uma bela melodia
mesmo usando todo o tacto possivel!
a musica que sai suave
por mais alta que esteja
escoa-se pelos dedos do vento
que não conseguimos aprisionar, nesse momento
e, transforma-se numa
forma de dor
a mim causa-me dor na alma
dor por não conseguirmos
captar a essência
daqueles sons
que podem ser divinos
mas aos surdos
nada dizem
porque não damos por eles
simplesmente
Eis aqui a minha resposta e, digan lo que digan, para mim, sem falar por mais ninguém, porque cada um é Uno!
É no batucar dos tambores, ou na Conga, no J'ambé...adoro clarinete e trombone saxafone, mas, a cerregar...entendes-me? e na minha pouca idade, havia rádio na casa dos pais, um lindo siemens, mas aparelhagens ainda não, e quando em Luanda ia às farras festas e havia conjunto, ora pois, a vibração vinha por ali, do chão, da terra mãe!...que para cada um dos seus filhos, tem modos de se doar!... porque nunca vi a Ciência a esforçar-se para que surdos tivessem música a valer...como quando fui com a Glorinha e Sãozita ouvir Jazz...uma ova é que foi, naquea sala mal ouvi um ai quanto mais um é... saí dali quase a chorar porque queria ouvir e prontos!..e pensei em escrever ao Mesquita para que pusesses meia dúzia de cabinas para que cada surdo que assistisse, tivesse o beneplácito das boas almas num gesto de amor!...
Fico por aqui, e quando estivermos juntos daqui a dias (digo dias para parecerem menos) então falaremos sobre isso! Adoro-vos amigos do peito, Aninhas e Osvaldo..laura



 
Utilia. na verdade, se puseres uma pessoa surda no meio da terra, ah, de preferência com árvores, ela sentirá a doce energia fluir...a terra é o Elemento mãe!... e se lhe deres música de solo, tantãs, tambores, Congas, Jambé, então sim, sorriemos bem felizes...e todos temos direito a saborear, um pouco do seu colinho, no sentidos dos sons. Abraço amigo às mãos que tanto bem fazem!...laura



 
Para mim não é nada confuso, não.
Nasci calú, filho de Luanda. Menino, apertando mãos negras nas minhas, ouvi os primeiros batuques na ilha da Kyanda. Depois, continuei bebendo água do Bengo e crescendo. Voltei a ouvir batuques no Alto Maiombe, em Cabinda, e também nas terras do Kuando-Kubango (Serpa Pinto, hoje Menongue), por onde andei.
Vim para Portugal trazendo o batuque no meu coração. Voltei à Angola da minha África. De novo o batuque, agora em Pungo Andongo, na Xibia com os mumuilas e, outra vez, nas terras do Kuando-Kubango, desta na Jamba, à volta das fogueiras de guerrilheiros aonde a vida profissional me levou.
O regresso, agora definitivo...
Hoje os batuques continuam soando, correndo-me os tan-tans pelas veias. Odores de tamarindos mucefes, da terra vermelha molhada pela chuva, das flores das acácias rubras de Benguela, a terra de mim amores...
Bom, vou parar.
Desculpa o escrevinhar extenso, mas este post destapou a minha quitanda de memórias...



 
Carlos Albuquerque, ah o xará das terras profundas... qual desculpar? amei ler tanto e sabendo a tão pouco, porque queria mais e mais...E, Serpa Pinto, no Cuando Cubango, banhei-me no rio no Missombo, quase todos os dias, e quando havia aquelas chuvadas, Deus, as roupas ficavam cor de terra cor de lama, e eu ralada...
Andei por seca e meca, conheci terras e terras, de carro, avioneta, jeep, o que fosse...até de mini honda andei no Missombo...e será que conheceste os meus paizinhos adoptivos? Irene e Óscar? estiveram lá entre 66, 67, 68, 69, 70 até 74...eu fui em 68 com 17 anos, conheci montes de pessoal do Exército, o Major Farinha, era no tempo do Branco Ló, Governador, por aí...
ah, sabe tão bem quando nos entendem o sentir na alma, o sentir que a terra mãe nos passa...
Obrigada por este cadinho de Camdomblé!...pelo bater do pé, pela alma sempre desperta... laura



 
Zezito, Marrocos não tem a ponta d eum corno (como se diz) a ver com a nossa Áfria de longe, a África das savanas, dos imbomdeiros, e de tanta coisa boa que deixa a saudade entranhada, mas, só e só, se entranha naqueles que a sabem amar,sentir... porque milhares e milhares foram aqueles que por lá passaram, e não falam nela , a não ser que foi um sitio onde vivieram e nada mais, mas eu não deixo que destruam os meus sonhos, eu tenho-os enterrados nas minhas entranhas e jamais de lá sairão!...

Beijinhos zezito, agora também a forma de ser e vvier é outra, em Angola e a maioria diz que não vale a pena lá voltar...laura



 
A parte mais linda de África é a música contagiante... mas também há a face negra: a fome, a opressão, a falta de respeito pelos direitos humanos, a violencia gratuita...



 
É rouxinol, mas refiro-me apenas aos sons, a música, a terra, porque de resto, em todo mundo, os direitos humanos são atropelados, basta que haja apenas um com fome...sem lar, e por aqui há muito disso..África foi e continua a ser explorada no seu melhor, pelos Governantes corruptos que só estão ali a fazer o que se sabe, e, enquanto dominar a opressão do homem pelo homem, jamais as coisas mudarão,até que haja algum grande homem que diga; BASTA !...
E, mudemos de disco, saia um do Ouro Negro,Múxima, do Alberto Matende, Sinhora escutai minha voz...
Abraço dÁfrica, a África que trago entranhada...laura



 
Para mim não é confuso imaginar o que tu possas estar a descobrir ou não, mas penso muitas vezes naquilo que será a tua descoberta dos sons.
Espero que o batucar dos tantans consga despertar-te para o mundo dos sons.
Da terra vermelha, sei que desperta a saudade.
Beijinhos Dolce



 
Sim laura. Acredito que as limitações, no teu caso surdez, torne as pessoas mais sensíveis a tudo, incluindo a melodia e que deixe a imaginação mais solta.

Bom resto de domingo

jinho grande



 
Tens África em teu sentir.
Tu és África, não és?
Como tu sabes ouvir
selva da cabeça aos pés!

Na savana, o batuque!
Violinos num salão
que tenha tectos de estuque.
Qual o tecto do sertão?

A savana não tem tecto.
A savana é imensidão
Onde o batuque está perto
do bater do coração.

Tum-tum-tum-tum-tum-tum-tum;
tão-tão-tão-tão-tão-tão-tão.
Som do batuque é só um.
Igualzinho ao coração.

Salvé, ó Laura amiga!
Imagem viva e presente da África que eu conheci e em mim já tão ausente!
Abreijos.
André Moa



 
Moa, amigo querido da alma! Moa, poeta versejador, risonho em sonhos e odes de amor! vou ver se estás no chat para falarmos e rir, que o riso é preciso...
e ver se a estrelinha já está por lá, a brilhar!...

África já viveu em ti
e nunca será ausente
nem em ti nem em mim
porque se cola para sempre.

Sinto-a ouço-a falar
da saudade que pungente
da gente que a ama
e jamais nela se fará ausente.

É que o meu viver
foi pautado pelo amor
a alegria de poder reviver
num outro mundo desconhecido.

Aprendi a amá-la, gostá-la
a sentir-me nela extasiada
e a deixar que nos meus sonhos
ela possa dia a dia, entrar.

Abre seus braços para me acolher
porque ela sabe que quando for
o dia de me ir,estarei nela
e ela em mim,será isso a acontecer.



 
Moa; o tecto do sertão
ou da savana o que for
é da cor do meu coração
quando inebriado de amor!

Ora como foste descobrir
para me explicar
que o tum tum tum tum
e o tão tão tão tão.

São os sons iguais
aos que faz o nosso coração
e agora está explicado
o segredo que guardo na imensidão.

É belo falar de África
senti-la a chamar cá dentro
e ouvi-la murmurar baixinho
para nos dar alento !...

Beijinhos, beijinhos, abraços apertadinhos, mas não te vou esganar, senão, como cantarás daqui a pouco? ah, vamos a tratar o Moa com carinho...



 
Sonhos e lembranças Africanas. Eu também quando por lá passei gostava de ver e ouvir seus instrumentos musicais. Adorava passar restos de tardes e domingos junto aos musseques a ouvir toda aquela melodia armoniosa.
Mudando de assunto; ainda não foste buscar o cesto com os tomates cereja que estão no meu espaço. Repara bem como eles parecem estar frescos. Os seus caules já estão secos, nas eles conservam-se assim durante muitos meses.



 
Eu não me vejo a dançar mas os meus colegas das aulas de dança me dizem que se vê que nasci na África pela minha maneira de dançar. No entanto, saí de lá muito pequena e lembro-me de poucas coisas. Está o sangue, dizem...
Poderás confirmar quando me vires dançar o kuduru... levarei um cd, e tu, leva o batuque...

Beijinhos

Verdinha



 
O que nos prende a África é a sua maneira de viver, o seu calor, o seu frio, que o há e cortante (só senti frio no deserto de Moçâmedes de noite)
Os dias passavam indolentemente e cada um vivia-os à sua maneira.
Gostei muito de batuque e tanto foi que trouxe um tamborzeco, que fiz batucar muitas e muitas vezes.
Tinha um segredo que era aquecê-lo interiormente (por exemplo com plantas secas a arder, uma tocha ...) e depois colocá-lo entre as pernas e baixarmo-nos como se nos sentássemos nele.
Com as pernas em X.
Que felicidade de sons e cores que a noite empobrecia e empobrecia, mas aquecia...
Um dia faz-se uma excursão ...



 
Olá Laura

O batuque que tantas vezes ouvi na floresta do Mayombe, onde não havia TV, mal se ouvia rádio mas ouvia-se o som da floresta. Os sons dos papagais que voavam por aquelas copas das árvores, o restolhar do capim à passagem das cobras, os sons dos gorilas que avançavam de árvore em árvore ou semi-cobertos pela vegetação em pleno solo, ali ficavam em convívio em plena comunhão com o seu meio natural que o homem teima em destruir.

Ao longe ouvia-se o tan tan dos tambores, para uma reunião onde, ao brilho das fogueiras, corpos de ébanos se contorciam vibrantes com os sons saídos dos tambores.

No céu eram míriadas de estrelas que nos alumiavam, não havia luz eléctrica, já há muito que os geradores do quartel se tinham "calado" e assim o tan-tan, as vozes e o bater dos pés a marcar o compasso eram o bater do coração que nos fazia amar aquela terra vermelha.

Tudo de bom!



 
Olá Marius, essa do restolhar das cobras no capim, ai, ai, sai pra lá c'as cobras...xi, saltei com a bicicleta por cima de uma para não a pisar, nem me lembrei que elas saltam... media uns 70 centimetros, verde alface e disseram que era uma cobra venennosa se não me engano era uma surucucu...que como não tinhamos antidoto em casa, eu na meia hora de jeep que levavamos até lá, que não sobreviveria..era de ver a aflição dos meus pais adoptivos, ah, ao outro dia, geleira cheia de antidoto... e foi à porta de entrado, o portão, quando a vi nem dava para virar,estava mesmo na parte aberta do portão, nem me perguntes como consegui saltar as rodas sem tocar nela, mas...
Fogo nem fales em cobras, ehhhhh..Sei que sim, que te lembras desses sons todos, pois é impossivel esquecê-los...além de que não estavas lá simplesmente para ouvir os tantãs...
Beijinho da vizinha lá do bairro, laura



 
vi-te por aí a "colher romãs" e não resisti a gargalhada que o teu comentario me provocou...

há gargalhadas assim - que marcam um destino rss...

beijo



 
__________________________________


Que maravilha! Também adoro batuque!

Seu poema encaixa-se com perfeição às batidas!

Gostei demais!!!


Beijos de luz e o meu carinho, muito especial, amiga!
Ando um pouco longe, mas, não a esqueço...


________________________________



 
Enviar um comentário



<< Home