São apenas crianças Senhor.
Ainda por cima, têm falta de amor.
Não lhes chega já o cruel destino
Que trouxeram do ventre de sua mãe?
Inválidas, tristes, sem destino certo,
Como será o seu amanhã?
Se lhes batem a céu aberto, e dó não têm
Da sua dor, dos seus defeitos….
Num corpo pequenino, de dor marcado
Quem é capaz de bater num ser assim?
Num ser que já nasceu magoado.
Triste destino o teu, criança…
De quem nem todos gostam,
E nem te deixam ter esperança…
Malditos os que em ti se vingam…
E ainda há quem os desculpe…
Que justiça essa que quase premeia
Quem tanto mal fez às nossas crianças?
Onde está a moral no Juiz que te julgou
Ó alma carcomida pela raiva!
Mas não faz mal, sempre disse que
A justiça divina, tarda mas não falha…
E gostaria de ver a mulher que lhes bateu…
Depois de enrolada na mortalha!!!
Publicado por Laura 18:59