A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
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Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


segunda-feira, dezembro 20, 2010

 

O velho carregador da Estação de Santa Apolónia!...


Já nem me lembrava que ainda existiam.

Estava especada em frente dos horários dos comboios, fiquei ali talvez tempo demais hesitante entre comprar um bilhete para o Entroncamento. Tinha ainda seis horas de espera pela frente, nada melhor, vou nesse comboio, e como estou mortinha para lá ir, matava as saudades, pois da minha antiga casa à Estação devem ser uns dez minutos mais ou menos a pé.

Estava eu no trouxe mouche, vais que não vais, e um velho carregador com uma carinha muito querida, via-se mesmo que era um belo ser, fosse lá carregador ou não... acerca-se e diz; a senhora está à espera do comboio? vai para onde?, ri-me, mas foi a melhor forma que ele encontrou de me ajudar ou p'ra meter conversa! e disse; não, não é nada disso. Só tenho comboio às 14 no Alfa pendular, logo, estava a ver se valia a pena ir ao Entroncamento onde andei na escola em menina e passar lá umas horas, mas estou a ver se vou ou não vou... ah, olhe o tempo está mau para andar a pé... estava nevoeiro e a chover, pois está e de mala aviada e tudo, bom, se bem o pensei melhor o fiz, estava entusiasmada por ir ver a velha Igreja, a minha rua e os olivais onde corríamos felizes nos nossos 8, 9, e dez anos... mas à cautela fui à bilheteira onde perguntei se o Alfa parava lá e eu entrava e seguia viagem até casa.

Como não paramos lá quando vim de manhã, lógico que não devia parar nesse dia! Assim era, não parava lá. Ainda bem que fui perguntar senão ficava ali a ver navios e o Alfa a passar por mim...

Andei por ali de maleta p'ra cá e p'ra lá, tomei o pequeno almoço rodeada de pombinhas que entravam pelo café adentro e apanhavam os restinhos e se havia nas mesas, voavam lá para cima e não tinham receio de quem lá estava...mas que giras...

Falei com as meninas que estavam a medir a tensão, mediram a minha e tinha à escolha uma flor em tecido e muito larocas até, escolhi uma e pensei; para quem será? tinha a tensão a 12, 68 estava boa e perguntaram elas, está nervosa? e eu; não, só que ainda falta tanto para ir ehhhh...

Almocei noutro lado, tomei café, enfim dei uma de turista ou lá como é.

De vez em quando lá passava ele por mim, um aceno, uma palavrinha mas sempre a recomendar; o seu comboio para apanhar é ali naquela linha... tadinho, eu sabia, já não é a primeira vez que o apanhava na linha 1, mas que querido, já bem entrado em anos mas sempre me manteve debaixo de olho, não fosse eu perder-me!
Nem deu tempo para me aborrecer, passava, parava, mais umas palavritas, ah, parecia da família de tão querido que era...
Obrigada querido Amigo, se passarem lá, ora, dêem-lhe um abraço, ele merece...

Quando ia a caminho de casa entra uma senhora com uma nina lindissima ainda bebé, a nina estava mesmo nervosa, sossegada é que não. Do que me lembrei? ah, a flor colorida, pois então... Perguntei à mãe se lha podia dar, e ficou entretida na viagem, quando saíram a mãe devolveu-ma e eu disse que era para ela... A flor era igual à da imagem, só que toda colorida e alegre...

Beijinhos e tenham uma boa semana, eu arrebitei só com a alegria de já ter o meu PC a funcionar...





Comments:
OLá querida Laurinha,
Ainda bem que arrebitaste! Ai o computador!! No meu blogue postei uma crónica sobre isso «Não podemos viver sem eles!!»
Interessante a tua deambulação e assim fiquei a saber que também viveste no Entroncamento!!
Beijinhos,
Manú



 
Manú querida, pois vivi lá dos sete aos dez quando viemos para Luanda, em Fevereiro no Carnaval... E ainda sou capaz de ir pelas ruas e recordar muitos lugares.

O Nuno diz que vai lá comigo em breve, de comboio é bom, e a estação é pertinho, aliás, conto guiar-me a partir dali para todos os caminhos que queira até à praça, e claro que já desapareceram casas e construíram prédios novos... mas eu chego lá.

Pois o Pc ai o PC, mas que coisa e que vicio doido o nosso.

um xi apertadinho da laura



 
Olá Laurinha. Os carregadores estão em vias de extinção, os que agora existem só servem para caregar baterias! Pois, falando a sério, já nem sabia que existiam mais os homens de chapéu e fato cinzento a empurrar um carrinho de bagagens. Do Entoncramento tenho boas lembranças do tempo em que era um feijão verde. Quando vestia farda, durante 3 meses na recruta, viajava muito de combóio até ao Entroncamento para depois seguir para Tancos. Recordo um café perto da estação onde me encantei com os olhos da empregada e com as bifanas. E que bifanas!



 
Amiga Laura!

Sem PC? Deve ter doído demais!!!
Coitadinha de ti :)
Desculpa, mas não é ironia não, eu sei o que dói :(

Amiga, adorei o conto.
Trago saudações natalícias.

Este Natal …

Um tempo,

Um espaço,

O abraço.

É o Natal de sempre

Igual a outros Natais de outros tempos,

Igual a si mesmo na manifestação,

Na celebração,

No acontecimento.

Todo o enfoque que lhe damos,

Tudo que o envolve amarra e ata

São proveito e proventos

De manifestações acordadas,

Temperadas e outorgadas

Pelos tempos instalados,

Presentes no desassossego

Das nossas vontades,

Ausentes na luz da madrugada

E na lonjura do brilho da safira.

O Natal será sempre

Um Tempo,

Um Espaço,

Uma época,

De sementeira de amor,

De enxugar a dor

No grito gritado,

No dardo lançado,

Na meta traçada,

Na mão amarrada

Ao cais da esperança.

O Natal deste tempo

Será sempre e quando

O Homem estiver disponível

Na leira do seu coração.

Natal de 2010

Maria José Areal

Beijinhos mil,




 
Minha linda, venho pedir-te um favor...Posso? Então, passa pelo "SÃO" amanhã, sim?

Alegres festas, santo Natal e felzi 2011, linda.



 
Entroncamento?????E o que ia a menina lá fazer????hummmmmm isso cheira-me a algo.....:):)
E devias ter ido, pois se o Alfa não passasse outro passaria para te levar ...:D

Ainda bem que já tens pc.

Beijokitas



 
Querida Laurinha,

Eu também pertenço ao rol dos saudosistas que apreciam os carregadores das malas e outras tantas pequenas coisas que fazem com que o contacto entre os humanos seja mais bonito.

Gostei muito da tua descrição do senhor da Estação de Santa Apolónia.
Muito poético mas muito verdadeiro.

Beijinhos grandes, Laurinha!
E um santo e muito feliz natal, recheado de amor!



 
Paulofsky, ehhh acredita que não conhecia essa expressão ; feijão verde, que, claro, era o teu tempo de tropa, recruta ou lá o que fosse, Havia a base Aérea de Tancos lá perto, apesar de sair de lá com dez anos, lembro de muita coisa e davamos uns belos passeios pelos campos de oliveiras até à Chamusca ou Golegã, algo assim perto, desta vez vou ver se é assim tão perto, mas acho que andavamos kilómetros...

Sei que é mais novo que eu, mas será que dá para te lembrar que havia um café chamado Cú da Mula? ah, o pai parava lá e foi lá que li pela primeira vez; há pregos..e pensava eu assim meia parva; mas atã vendem-se pregos num café?

Beijinho a ti ó feijão verde ehhhhhh

laura



 
Querida Ná, tantas palavras bonitas incitando ao Amor do natal...

Um beijinho e que o teu seja pleno de Amor e esperança...

Laura



 
Já lá vou querida são...

E para ti tudo o que de melhor a vida te possa dar.

Um abraço da

laura



 
Ehhh parisiense, de certeza que ia ver se os pés de feijão verde já cresceram e se encontrava colegas da escola e a minha casinha linda, lembrar que fomos felizes naquela terra...


Um ji da laura.

e achas que se fosse fazer algo que não devia, escolhia o Entroncamento? ó valham-me...

beijinho da laura



 
Dadinha, quem sabe esse senhor era do tempo em que o meu pai nos levava a ver os avós e moravamos em Lisboa, lembro de Santa Apolónia, quem sabe, mas ...

Um xi apertadinho a ti.

laura



 
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