A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
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Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


terça-feira, maio 05, 2009

 

Amigas esquecidas!...


Um email enviado por um amigo, fez-me voltar aos momentos de introspeção, aos momentos vividos desde a minha infância! O meu viver sempre em constante mudança, de anos a anos mudavamos de terra, o meu pai, funcionário público, tinha de ir para onde o mandavam, a
familia atrelada, já se sabe. Primeiro ia ele à frente, para arranjar a casa, umas vezes já mobiladas, outras comprava ele uns móveis e lá ficavamos. Como nasci em Valença, e, sempre digo que saí de lá bebé, não tendo ali familiares nem (bebés amigas ahhhh) é terra onde só vou de passagem para terras Espanholas, e nem a conheço à
maneira, apenas os lugares onde tenho de passar, e, claro, a fortaleza pois nasci dentro daquelas muralhas, ao menos estava bem protegida!...


Depois fomos para o Porto, Rio Tinto, vivemos também em Espinho ah, por isso há dias, quando lá fui, nem me baralhei um momento, fui dar direitinha ao nosso ponto de encontro!
Depois lembro-me da Pontinha, lembro-me da praça, do largo onde viviamos, não tinha saída, de algumas pessoas amigas que guardo no coração, pois ele era um colega do meu pai, e os filhos mais velhos que nós, uns amores!... a Tita o Óscar e o Fernando, a dona chica, amor de amiga e o marido, que também embarcaram connosco no Principe Perfeito anos mais tarde.
Vivia lá uma miuda mais velha que eu, mas, raios a levassem, quando me via era; ó coisinha pra cá ó coisinha pra lá e pimba, beliscava-me até me deixar a chorar, fugia para casa, mas, dali a nada já lá estava eu outra vez, pronta para mais um beliscão, ah, laurinha palerma... era a Dinora, nunca mais a esqueci. Havia o senhor Gaspar com uma perna de pau que me entrava pla casa a dentro se eu não comia a sopa, batia com o pau no chão e acho que a bebia toda duma vez, ou ia a mulher dele de avental a tapar a cabeça, credo, a dona elisa não olhava a meios para me fazer engolir a detestada sopa...


Lembro-me pouco dos rosto dos novos amigos em Vila Verde da Raia, mais para perto da Fronteira com Espanha, onde nos metiamos com os do lado de lá e era um chorrilho de palavrões, só me lembro da cantilena que todos entoávamos quando a zanga era pra valer, seixos, pedrinhas apanhadas no rio, açude, onde tantas vezes tomei banhocas de maravilha, apanhava cobras dágua que trazia para casa enroladas nos pulsos e que tinha de ir devolver à procedência, a dona Elisa não ia em cobras dágua nem cobras de vinho... e as mães deles a lavar no rio e nós a atirar pedras e a evitar as deles... começavamos a atroar os ares com o que inventamos.. Galegos da pata redonda filhos da p. não podeis com a bomba!... e fugiamos a sete pés... enfim, tolices de criança, os pais de nada se apercebiam, e nós caladinhos senão!... bebiamos água do posso do Lucas, estragavamos-lhe as alfaces para tirar uma folha para beber a água, debruçados no chão... lembro-me dos nomes de algunsmeninos e meninas, do rosto do Marcos, desse lembro muito bem, porque a mãe faleceu lá e foi a primeira vez que vi alguém num caixão... e lembro as lágrimas dele, esse nunca o esqueci, os outros tenho-os todos em imagens exparsas... Depois na escola com as meninas da Vila, só lembro a Professora, boa, aprendi bastante e dali fomos para o Entroncamento. Lembro-me da Zulmira a minha colega de carteira, por ela eu copiava para o ditado, já que a stora tinha crochet para fazer e não ia estar sempre a olhar para a nina laura pra ela ler nos lábios... eu raramente levava erros e ela uns quantos, bem a cutucava no braço para a stora não pereceber, para lhe dizer que a palavra estava mal escrita a ver se ela arranjava, já que era a lápis!... mas ela não via e eu bem lhe mostrava o meu caderno, disfarçadamente... lembro-me das feições dela, do rabo de cavalo, uma nina adorável e bondosa que me queria proteger... Lembro-me de outra da escola maior, do andar de cima, essa sim, era o meu anjinho ali, só havia meninas, os rapazes estavam numa escola a kilómetros, ela andava na admissão ou coisa parecida, uma bondade sem par, faleceu ainda eu andava na escola, uma doença que nem sei qual, levou-a. Foi uma dor e um momento jamais esquecido... porque me protegia das mais mázitas... ela era um Anjo já nessa altura, tenho a certeza disso!

Assim, Não pude relacionar-me com elas, porque aos dez anitos fui para Luanda, e não escrevia cartas nessa altura, assim; foram ficando pelo caminho...
No Entroncamento ainda andei uns meses numa casa de freiras, a aprender uma semana de bordados, uma semana de costura e outra de limpeza e voltava-se ao principio... Adorei, ascendi ao posto de mestra de limpeza, porque punha a c banho a brilhar, era só isso que limpavamos,e ralhava com as ninas mais velhas por deixarem cabelos no lavatório...
Na cozinha tudo o que faziamos para as madres, tinhamos de provar, faziamos um bolo e havia nas forminhas para provarmos o nosso trabalho feito, croquetes e rissóis, aprendi tudo com 9 anitos, prestes a fazer 10...
Bordava no bastidor, ponto de cruz, enfim, nina prendada. Estava lá uma moça de 28 anos, vinha de combóio, era irmã de um Padre de uma terra próxima, dizia sempre que me havia de levar com ela para conhecer a terra dela e era amorosa comigo, um doce...
As mestras não vestiam como as freiras, roupas escuras, saias, blusa e casaquinhos, enfim, davam-me mal que sei lá, eram duas, e as parigas tomavam partido de uma e outra, elas por vezes passavam-se dos carretos e discutiam forte e feio, eu como não ouvia, sabia lá quem tinha ou não razão!...dava-me muitissimo bem com as duas, até levei a direção delas para escrever, mas, nunca mais!... Não sei o nome da rua dessa escola, lar, o que era, mas sei lá ir direitinha, e, um dia destes, como ando a prometer a mim própria, meto-me no combóio e vou andar por lá, a pascoalita prometeu acompanhar-me num dia que possa esquivar o trabalho... naquela terra onde vivi bons tempos e onde nasceu o meu mano querido, já falecido. Sei ir apé até à nossa casinha e passar na Igreja Matriz, nas ruas que iam dar à praça e à escola que ficava para lá da ponte, a ponte por onde muitas vezes, corriamos a bom correr, pois s eo combóio fosse a passar, a fumarada deixava as nossa batas brancas em mau estado!... E lembro a Ana Maria, a filha do carteiro, o senhor Lopes que fazia uma massa com rolas, divino, só ele, porque eu adorava a Ana Maria, que será feito dela? era mais velha que eu, e a Lisete Heitor Rolinho, a minha vizinha debaixo, ah, como gostava de os ver a todos, mas!... Já sei que o olival está já com uma estrada alcatroada, e a nossa casa era a última e o pessoal ia para a apanha da azeitona que eu gostava de ver,a zurzir as oliveiras com os oleados no chão para a azeitona cair nele... Quantas vezes ajudei na apanha do chão, para poder brincar com os filhos dos que iam para lá trabalhar!...
Pois é, muitos nunca sairam daqui e nunca perderam os amigos de vista. continuam na mesma terra de sempre, mas, graças a isso, evoluí, conheci mundos e mundos, a África maravilhosa, os viveres e raças diferentes, se ficasse aqui... seria o que acho, uma pasmaceira sem fim! (sem ofensa)





Comments:
Bom dia Laurita.
É bom recordar,por vezes não estão esquecidas,o coração tem cantinhos onde se arruma muita coisa , mas estão lá.
Beijinhos.....

Respondi no post anterior



 
Pois é jrom;

O coração tem cantos
Recantos
Onde guarda os amigos
Onde guarda a recordação
De quem por nós passou
E rasto deixou...
Porque o corção é grande
Tão grande
Que o amor que há nele
Nunca por um fio
se escoou!...

Saiu assim..Beijinho.



 
jrom; fax faborzinho, o que pedi? ahhh, amanda pra cá!



 
Vou mandar, e olha que prvocaste o António no post anterior



 
Bonitas memórias as tuas, Laurinha! Beijos de um bom dia para ti.



 
E pra ti também Paula, um dia maravilhoso cheio de sentir de amar e amor!...Beijinhos.



 
Boas recordações dos tempos juvenis, certamente, pasmaceira sem fim seria não as ter vivido, na inocência da infância (apesar dos beliscões da outra)!

Se essas amigas tivessem ficado esquecidas, à conta de quê farias a postagem?! :)))

Beijoquitas, nina!



 
Hoje a miúda está eléctrica, né pariga?
Afinal não são amigas esquecidas mas sim amigas lembradas.
Por bons e maus momentos.
Se assim não fosse não tinhas "estórias" para contar.
Beijinhos Dolce



 
Laurinha:
Revi-me no que tu escreveste.
Como o teu pai, o meu era funcionário público.
Não andei por tantas terras. Nasci em Tomar, onde vivi até aos onze anos, com frequentes intervalos em Ovar e Lisboa. Depois, fomos para o Porto, onde fiquei até aos 24 anos, já casada e com dois filhos. Os 2 últimos anos, vivi em Rio Tinto, onde nasceu o meu filho mais velho, ela nasceu no Porto. Como tu, fui deixando pelo caminho, amizades que poderiam ser longas e não foram. Agora, estou há 40 anos na mesma casa, na mesma rua, na "Magnifica" cidade de Odivelas, onde não me dou com ninguém. As pessoas chegam e vão embora, sem dar tempo para criar laços. É a típica "cidade dormitório". A única vantagem é estar perto de Lisboa.
E foi assim, que cheguei à net, mundo estranho pera mim, mas onde encontrei Amigos. Tantos, como nunca tive. Vocês, sem nunca me terem visto, sabem mais de mim, do que a vizinha do 1º andar, que me vê todos os dias, é cusca que se farta, mas em 40 anos, nunca entrou na minha casa. Bom dia, boa tarde, está a chover, faz sol... mais nada.
É claro que conservo algumas amizades antigas e fortes, mas estão longe.
Os meus amigos são agora, vocês.
Isto de ser filha de funcionário público, era díficil.
Beijinhos, minha linda flor de linho.
Então o teu filho já foi?
Custa, não é? Qualquer dia está aí outra vez.



 
Tété, a Dinora beliscava que se fartava, e mal eu regressava, voltava à mesma, incrivel como havia miudas más... tola era eu por lá voltar, mas era amiga dela..enfim. Beijinhos.

Kim, a garota eléctrica de vez em quando liga-se na corrente e nem adivinhas o que sai..já fiz duas belas canções, poesias, lindas, lindas, acho eu... Beijinhos.

Maria, credo, mas há muita gente boa ai no bairro, sei porque moram lá algumas amiga sminhas, uma de Luanda, outra dos blogues, mas, entendo-te, é engraçado,a qui falo com uma vizinha ou outra, mas, nunca entraram aqui..oláá´´a tudo bem, e´pois, isto aquilo, té loguinho dona laurinha e..prontos ehhhhhhhhh... vou á cabeleireira por baixo, nas trazeiras, já somos amigas desde que moro aqui há 12 anos, sempre nos uniu uma boa amizade, a ela, marido e um filho que nasceu já tarde no casamento deles, um amor de rapazito... De resto, as minhas amigas moram mais afastadas e é um prazer recebê-las aqui...
Pois, tenho amigas virtuais, só escrevem, mas, aconchegam a minha alma naqueles momentos mais sofridos..O Nuno vai logo à noite, foi ter com um amigo, comprar umas coisitas e almoçamos aqui os 3, somos apenas nós 3 há mais pessoal na familia aqui em casa, amar, amor, é nas minhas sementes nascidas de mim... mais nadica..é a vida, mas, é assim..Beijinhos.



 
Quem viaja assim por Portugal inteiro, é também mais conhecedora da realidade...



 
Olha, roubei-te a foto do trio amigas :))



 
Rouxinol, isso fois nos anos sessentas, mais tarde fui para Angola e África do Sul, voltei há 20 anos, e...nunca conhecemos o nosso Pais, na medida que nem gostamos dele da forma como está... Beijinhos.



 
Pascoalita, e ora porque cargas dágua levaste as piquenas a dar um passeiozinho?



 
Laura

Andaste sempre de casa às costa, como o caracol. Até assusta, que gosta de ter sempre a base.
Com a tua memória é prodigiosa fartas-te evocar episódios que nunca mais acabam.
Falando na Pontinha, fui alguma vezes, da minha casa a pé.
A grande localidade, para os do antigamente, nem a reconhecerão.
Andei por lá há dias, embora a conheça, estarreci.
Beijinhos,
Daniel



 
Depois do que li só posso ter este comentário: ao menino e ao borracho,põe Deus a mão por baixo..

Diz lá, se tudo que transcreves não é uma vivência com qualidade,quantos conheço que não conhecem o Mar e moram tão perto..

Sei,eu sei que te falta o "balsâmo" da Alma,entendo que o pior que há na vida é a solidão acompanhada,mas dá tempo ao tempo..QUIÇA....

Amizade,conheces!!!!...nem vamos discutir este ponto...ususfruí de melhor maneira o que tens à mão,que somos todas nós....
Um xi,apertadinho:pandora_box



 
Daniel; também já me disseram isso, que mudou tudo. Eu lembro a casa da Pontinha, a descida em direção à praça, à mercearia ond eia buscar aqueles pacotes da farinha Amparo, com presente dentro...Quantas chineladas não apanhei nino, por abrir a caixa antes de chegar a casa!...sentava-me na borda do passeio, os trausentes a pasar, e a nina das resteas, deliciada com qualquer coisita que soasse a presentinho...
Dizem que já mudou tudo, mas, é normal..Beijinhos.


Pandorinha, primeiro tentei referir que; as amigas ficaram peloc mainho, uma spela pouca idade, saí daqui com 10 anos, nunca encontrei umazinha sequer... adoraria emcontrar a Zulmira, a Lily, porque aminha ma~e gritava comigo por eu ser magrinha, chamava-me; cara de fomes, e a Marilinha era super gorda e era isso que a mãe achava bonito...ahhh eu queria lá saber, tomara eu agora ser magrita...e também hei-de reparar nas ninas do Entroncamento quando lá for...
Claro que foi uma Benção poder conhecer mundos e gentes diferentes, claro e muito agradecida sou eu, enquanto há quem nunca saiu da terrinha onde nasceu!...
Beijinho a ti, e abraço apertadinho, estás no meu coração... laura.



 
Laurinha.Ao ler-te me lembrei das minhas memórias de criança,estas são daquelas que jamais apagam,o meu pai andou como o teu,de lado para lado,só não foi para África? mas como andaste pelo Porto,! Quem sabe perto de mim sem saber.
Beijinho,hoje vais estar mais tristinha,mas amiga custa eu sei,mas assim tem de ser.
(nina Lisa)



 
Lisa agulheta, tristinha, que nada, ele foi bem, bem disposto, (é como eu sempre a rir...) tirei uma foto aos manos, de costas e hei-de por aqui mais prá frente...Ja mandou mensagem que ia a entrar no avião e que já tinha saudades de casa...Sinal que é bem tratado e amado pela mãe e mana...
Quem sabe encontramo-nos já em pequenitas pelo porto ehhhhh..Beijinhos.



 
Querida amiga,
já sabes quanto me encantas a falar ou a escrever e vice-versa :-) adorei ler tudo isto que contas as tuas peripécias...havias de encontrar hoje essa ds beliscões que lhe tratavamos da saúde :-)

Lindas as tuas historias.

Ainda não caí para o lado na cama porque estive ao telefone com a minha amiga Nely que deves ver pelo meu blog ela tenta colocar o teu blog no dela mas não estava a conseguir vamos lá ver se com a dica que dei resulta.

É uma querida muito querida como tu...de Deus de Cristal...

Poucos agiram...no que sabes e ela está no desemprego e mesmo assim fez questão de me enviar uma ajuda...eu não queria aceitar mas a Nely nisso é como tu...bem...um dia agradecerei tudo mostrando quem eu sou...quando eu for grande :-) ( agora foi para descontrair).

Não sei se viste as minhas novas caixinhas que andei a fazer entre escrever no blog e sem dormir noite noite fora...

Beijinhos



 
Minha querida Lisa, ai que já estás a exagerar, euzinha sou apenas um grãozinho da areia do Pai...uma pequenininha parigaça que queria tanto ajudar de formas mais necessárias do que só com palavras... Claro que agora nada tenho de meu, ams, daqui a um tempinho sei que vout er, e, há-de dar, até as coisas melhorarem, porque tu sabes, embora possas pensar que não, mas, Deus é Pai, e se as dores temos, é porque tem de ser..Ai nem discuto... mas também é generoso e nos ama, e tenta ou envia através DELE, aqueles Anjos maravilhosos, até alguns em carne e osso, para que saibamos por nós próprias, que; A AJUDA VEM SEMPRE A CAMINHO, tarda mas não falha!...
Já vou ver as caixinhas...
Ontem quando vi o sms era tarde e devias estar já bem instalada nos braços de Morfeu, assim, não quis acordar-te...
Adorei estar contigo, claro que nãod eu para ouvir tudo o que disseste, mas, palavras para quê? Almas sofridas escutam-se de longe, nas vibrações que transmitem...
Inda bem que a Nely já cá chegou, agora é só falar...
Tem um dia bonzinho..esperançada, nunca deixes de ter esperança, nunca..de que tudo há-de correr pelo melhor e serás ajudada...
Quando for a coimbra, um dia, não desta vez, irei mais cedo e estarei contigo um cadinho, mesmo na porta de casa, e, falaremos...
ah, agora com as idas e vindas, de que até gosto muito pela liberdade de cantar a plenos pulmões, sozinha, posos ir aqui ou ali no que fica no caminho, e terei um pouco mais de alegria...haja amigos mais d eperto, olha, o António sempre pode ir ter comigo e sentamo-nos no jardim a aspirar o perfume das flores, e, a falar das nossas vidas...que bom, oxalá ele leia, ehhhh..beijinhos.



 
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