A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
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Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


terça-feira, agosto 21, 2007

 

Ah, se pudesse regressar àquele tempo...




Andava a ver fotos que tenho numa caixa. Tirei-as dos álbuns, estavam a descolar o papel, a agarrar e ficavam dificeis de descolar. Juntei tudo em caixas e de vez em quando vou matar saudades de outros tempos!
Dei com esta, andava pelos dezoito anos. Foi tirada na Fortaleza de S. Miguel, mesmo junto à ilha, antes de entrar na estrada que nos levava lá. Tinha uma vista soberba sobre a Baía. O carro era da Luisa, minha amiga de sempre. Perdi-a de vista há imensos anos. Vive no Brasil lá para Curitiba, casou e por lá ficou.
Quantas passeatas demos naquele BMW, corriamos a ilha, a cidade, tudo quanto era lugar onde nos apetecesse ir. Não faltava dinheiro para a gasolina.

Lembrei-me da nina feliz que era, aos dezoito anos todos somos felizes...Todos temos ilusões que o tempo acabará por derrubar. Mas na altura tinha a vida que gostava, trabalhava, tinha amigas queridas, uns pais amigos.

Era eu que fazia a minha roupa, esse vestido fui eu que o confecionei. Gostava de me ver com ele, a pele morena como compete a uma boa africana, adoro olhar para essa foto e recordar a jovem que era! Sei que o tempo nunca mais me mostrará essa nina a não ser nas minhas recordações, mas como eu gostava que ele pudesse voltar ao tempo de antes e deixar-me viver o que não vivi, dar-me força para refilar contra o que não me deixavam fazer, e não me ralar com a treta do parece mal e blá blá. Nunca pude ser eu a cem por cento. Não que fosse estouvada, tinha tantos sonhos e queria que se realizassem, eu seria capaz disso se me deixassem. Mas não. Os pais é que sabiam!... (isso julgavam eles)...
Terei sempre uma parte de revolta por isso.
Protegiam-me demais, talvez por não ouvir. Agradeço-lhes por isso, mas não foi assim que me ajudaram nos meus sonhos...Eu queria ser livre, ser como a borboleta, voar por onde me apetecesse, mas...mesmo com limites eu teria conseguido ser o que que queria.

E vejam aquela nina feliz que aos dezoito anos ainda julgava que o rapaz do baile trazia o porta chaves no bolso(ehhh que barato, só contado...)
Olhem para o rosto dela e vejam se não era uma nina feliz na terra onde gostava de viver!... (a foto já tem 37 anos!)







Comments:
Olá, amiga Laura!
Ainda a pensar em réstias de sol!?
Agora há que pensar noutro tipo de aquecimentos... "ela foi, não volta mais". A juventude, claro.
Agora, cada dia que passa e sejamos pessoas úteis para os nossos e para os outros, porque não!? E tenhamos saúde, já é muito bom.
Estou a brincar... nós não só temos direito a réstias, como ao sol todo.
Parabéns.



 
Lindo texto... bela foto!
Um abraço :)



 
Eia David... Se soubesse que a velha foto vos traria, e logo aos dois, de uma assentada, acho que teria remxido mais na caixa das fotos...
Dom que então "outro tipo de aquecimentos? boa deixa, boa mesmo, mas os aquecimentos que queria eram os da terra amada e o resto que ela tem...
É verdade David, quando os anos passam e foram felizes, a nostalgia bate-nos à porta a cada passo...

Linda Carlinha, por vezes penso o que terá sido feito daquela nina com quem troquei alguns mails e depois deixou de aparecer. Ainda bem que respiras saúde...



 
Não me contes tretas! Gostavas nada ve voltar àquele tempo. Prá frente é que é o caminho, os sonhos levam-nos pro futuro, nunca para o passado e tu pareces ser a pessoa mais sonhadora que algum dia conheci.
Já pensaste que se voltasses a esse tempo, não terias praticamente nadainha pra recordar??? E depois terias de viver tudinho de novo.
Hummm que belo BMW! Hummm qtas alegrias não se viveram por ali eheheheh
Eu é que não quero voltar para o SARCÓFAFO, xiççça, penico



 
missesfinge...
Bem se vê que não conheceste África, a minha áfriquinha... E que não sonhaste como eu.
Ao menos a sonhar entro nos mundos desconhecidos. Xi, este não tem nada para mim, apenas dor e mais dor, porque para onde me volte, só vejo sofrimento.. E adoro sonhar e refugio-me no sonho quando a dor começa a doer demasiado...
Ao sarcófago? claro que não, mas que raio de invenção, acho que faltava o ar ehhh como se debaixo da terra não faltasse...
Beijinho a ti e op BMW tinha vindo da Alemanha o pai dela tinha uma belissima Fazenda em Carmona, onde estive com a Côca e Báquinho, e hum...que beleza de terras... e naquele pópó demoas as voltas das nossas vidas ehhhhhhhhh... Beijinho a ti, mas o teu à vontade faz-me ver uma certa nuna de quem gosto e ainda não conheço ehhhhhhh...



 
Nos já longínquos anos de 1963/4/5 passei muitas tardes sentado nesse muro a fumar um cigarro(hoje já não fumo) e a olhar o oceano lá à frente da baía e pensando quando é que voltaria aqui onde estou agora.
Não é que não gostasse da terra onde estava, apesar de todas as vicissitudes por que tive de passar ainda hoje tenho saudades especialmente da cidade de Luanda para onde fugia sempre que se vislumbrava uma oportunidade.!
Tempos que já lá vão...
bjs



 
Mana laurita,
Tou como diz a Esfinge, adquiriste tantas coisa boas depois dessa época que só a brincar podes dizer que querias voltar a esse tempo. Talvez por instantes, seria?
Pois eu, nem isso.



 
Laura,

Dá-te por satisfeita por teres vivido tantos momentos felizes, que muita gente nunca experimentou nem experimentará.
Há milhões de pessoas que verão toda uma vida passar por eles sem um momento de alegria, para não dizem, sem o mínimo de comodidades.



 
Acertáste! Nunc aestive em África e também creio que ´não nos conhecemos.
Mas pelo que sei, ali mesmo nessa áfrica que tu conheceste e de tens tantas saudades, devia haver muitos seres humanos que nunca usufruiram desses prazeres que tanta saudade te provocam. Ou não será assim? Há tanto sofrimento e injustiça neste mundo ...



 
Mas que linda jove :)

Té pareces eu, naquele vestido vermelho junto ao meu carrão, lembras-te? Só te falta o chapéu a condizer ihihihihihih



 
Viva Acácio, nessa altura tinha eu 13 14 e 15 anos.. Vivi semrpe em Luanda, embora passasse dias semanas e meses em Serpa Pinto, carmona, Nova Lisboa, Cela Novo redondo, e por aí fora.
Para mim o nito era o mato, mas sem deixar de ver o meu mar ou um rio..longe da água morro à mingua dela.
Dizes que apesar das vicissitudes que passaste valeu a pena conhecer aquela terra grandiosa, que nos acolheu no seu regaço, fosse em tempo de guerra ou de paz...
Estar nos muros da Fortaleza era uma coisa que nós faziamos muitas vezes...
Beijinho a ti.



 
Pascoalita, ainda não passei a fase da realidade e do sonho, mas claro que teria de viver do principio que a vida não devia andar para a frente no sentido do envelhecer, deviamos ficar sempre lindas e radiosas...

As cosias boas que passei serão um marco no meu vasto jardim das lembranças, que diga-se, nem todos puderam ter as oportunidades que me foram dadas, especialmente viver na mata com os meus pais adoptivos, isso foi magia pura, eles nem sabem o bem que me proporcionaram. Tem quem viveu como eu, e nem sequer é agradecido por ter essa oportunidade. Sou grata sim,semrpe fui e sei o grande bem que tive na juventude e também na idade adulta dei as minhas voltas...
Mas, eu apenas queria recordar e ter de novo aqueles momentos lindos, Posso?



 
Dou pois adryzinha, dou sim s nhora, e sei que nem todos conhecem África nem sabem a magia que ela nos deita ehhhhh e fica por toda a vida dentro da nossa pele a segunda pele...
Beijinho e espero que mais dia menos dia nos vejamos, pois terei de ir a Lisboa cantar para todos e agradecer o apio de sempre, de...viva voz e excelentes ouvidos. Ai que também temos de ir ao Luso agradecer ao tigre a abertura do processo, pois foi o rapaz sem mais nem menos e desinteressadamente que me disse para ir à GAES e pronto, e até se responsabilizava pela despesa que lá fizesse, embora e graças a Deus não fosse preciso gastar nada ali... dali parti para coisas mais altas já pela mão da querida doutora Ana Dulce, uma jóia de nina novinha e de simpatia às toneladas e tem também um coração dentro do peito...
Ai vou cantar para todos, nem que desafine...



 
Pois, acredito que sim, eu naquele tempo andava de transportes publicos, e tu de BMW (tudo bem que algumas eram Mercedes, mas não passavam de transportes públicos. Assim tb eu sentiria saudades! E já agora, estou a ver que a moda de termos coisas agarradas ao cursor está a pegar, passei num outro blog e era uma papoila, agora aqui são corações... está bonito está.
Mas em relação ao teu post, há uma coisa que eu custumo dizer: a nostalgia às vezes bate-nos forte, mas mesmo forte, às vezes ao ponto de nos tirar qualquer reacção, ficamos ali, olhar vazio e pensamento no pasado, nada mais.

Bj (BMW... e eu de transportes públicos... era o que era)



 
ó maluco e meio, tamos falados...a dona do BMW era a Luisa eu era a pendura... e feliz, pois corriamos a nossa ilha e a nossa cidade nele e por vezes os ninos vinham atrás de nós a fazer corridas pela ilha e claro que a Luisa campeã de tiro também era uma boa acelera ...e nunca apanhamos multas porque..as menians lindas nem se multavam, ehhhh e andei sempre de transportes publicos e por vezes ia a pé porque o machimbombo ia cheio e eu nem cabia...e o táxi era caro...
Jinhos...(não nos conhecemos já? parece que sim..depois vemos isso...pelo menos agora parece que conheço todos os que começam de novo...



 
Lady Laura

Bem sabemos que o sonho comanda a vida e é o passado que diz quem nós somos.

Também eu digo " Ah, se pudesse regressar áquele tempo ... " mas no meu caso mais recente.

Se me permite a ousadia um bjs.



 
Adriano, permito as ousadias todas, vindo de quem gosta d epoesias...
Passado recente, vieste de lá? fala moço, e sim é evrdade, o sonho comanda a vida como o Romano me mandou a letra e a canção..lindo sim, somos o que sonhamos, pois eu sonho com a saudade daquela terra querida...Beijinho e podes tratar a nina das résteas por tu...



 
Gostei de ver a tua terra, acredito que tenhas saudades.
Obrigada pela poesia, deu animo



 
viver um novo fim...

Obrigada eu por encontrar uma alma tão ternurenta no meu caminho...
A poesia referia-se a um novo dia do dia a dia que temos de viver....



 
Laura, tu és a mesma, o invólucro é que muda um bocadinho com a idade. E para mim, estou-me nas tintas para que tenhas 20 ou 90...

Continua a escrever que eu gosto de te ler!



 
Tété...
Não exageres moça. Aos 90 já nem devo poder com a bengala quanto mais com a pena, e creio que me vou muito antes disso, aliás sinto que não fico por cá até tarde...
Que bom que gostas de ler a nina das resteas, e nem ligues às virgulas mal postas e aos pontos espalhados onde calham ehhhhh...



 
Passei por acaso, não conhecia teu blog, mas fiquei encantado.
Só lamento a minha falta de sorte (de não te encontar claro) pois nessa altura eu era um aprumado alferes "Comando" com curso tirado no Cazenga, Portugália Barracuda e estacionado no Grafanil, para o que desse e viese..
Fiz operações nos Dembos, Maquela Zamza Pombo, Negage etç, pelo que até conheceria possivelmente a fazenda da tua amiga...
Tu tinhas 18 e eu teria 22. Se te conhecesse nessa altura, linda como és, nem debaixo de um funil, me escaparias...
Desculpa a brincadeira...
Continua assim, pois eu tb ainda hoje sonho com aquela terra linda...
Só quem a conheceu bem a ama a a pode glorificar....
Um beijo e até um dia por aí..
Força continua...



 
Uau, um alentejano por estas bandas... Lembro de tudo por lá, o Cazenga musseque a Portugália cervejaria e a barracuda na Ilha, ali não se tiravam cursos ó mê alferes, ali aprendia-se a viver (fora o cazenga ehhh) e o Grafanil lembro também. Não sei se era lá que existia o casão onde se ia às compras (os militares e familias, mais baratinho tudo).
a Fazenda era do f Ramalho, de café, mas que beleza de lugar...em Carmona.
Quem sabe até nos vimos nessas passagens de rua, mas que importa...sorte ou infelicidade...? nunca se saberá.
Obrigada pela simpatia moço e escreve sempre, não tens blog..faz um, a falar de recordações da nossa terra perdemo-nos no tempo e que bem sabe encontrar alguém que andou por lá e conseguiu como muitos de nós, amar a terra onde não nascemos...
Abraço de patricia feliz por encontrar alguém que amou e ama a terra linda...



 
Lauritaaaaaaaaa
Este nino alentejano não será um dos mocinhos de motorizada que o teu pai espantava ???



 
Era capaaz de hjurar que já vi este nino alentejano algures, mas ... onde seria? (cusquinha coçando a cabeça, torcendo o nariz e mordendo o lábio, enqto mira o chão e pensa ... "aqui te perdi, aqui te hei-de achar ..."

ops! isto é prós objectos perdidos eheheheh



 
Claro que não pascoalita, pois se me conhecesse lembrava-se de mim na foto néra? mas que ideia ehhhhhh...e logo um pédalferes!...

Achas cusca? nun achas nada, mas tanto tu como eu temos a mania que conhecemos quem passa ehhhhh. Deixa lá este não anda perdido, anda nos alentejanos...



 
Grande brasa, Laura! Agora sei porque é que o clima africano é tão quente! ;)



 
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