A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
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Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


segunda-feira, junho 25, 2007

 

Um milagre do S. João, diferente...




Era noite de festa, os forasteiros vinham chegando de autocarros, carros ligeiros, à boleia ou a pé, e a cidade encheu-se com aquele maravilhoso colorido que é normal em dias de festividades na Cidade! O S. João, utilizado por muitos como escape para o sedentarismo das suas vidas, a monotonia. Ali podiam beber uns copos à maneira sem que ficasse mal. Podiam fazer as asneiras que quisessem, o mundo nesse dia era todo deles!

João, chamemos-lhe assim, até por honra ao nome do Santo! Veio com a vida de um rapaz dos seus 34 anos, mais ano menos ano, foi o que eu achei. Olhos brilhantes, tristes, quem sabe a sua vida, quem sabe onde mora onde vive, se tem familia. Nesse dia nada importa, importa fechar os olhos a tudo e no meio de bebidas charros e mais qualquer coisa, a vida dele transformou-se numa autêntica festa que aproveitou para comer beber dançar e distribuir marteladas. Se vinha acompanhado depressa sozinho ficou, bebeu até mais não poder, cantou a plenos pulmões, gritou de alegria (seria?) Olhando para ele via-se um ser amargurado, triste e sofrido. Nem todos viemos a este mundo para viver a felicidade autêntica, muitos ficamos pelo caminho por não sabermos lutar e arrancar essa coisa diabólica que é a tristeza de dentro de nós!
Ele tanto andou, tanto andou que se perdeu e por ali ficou, já não sabia o caminho para casa. Então aguentou até onde pôde, até onde conseguiu, até onde o S. João o levou!

Olá amigos! minha prosa até aqui nada tem demais, mas até tem coisas demais para contar e saber onde o pobre do moço foi parar!

A laurinha levantou-se arrumou endireitou (dias santos e feriados nunca foram de limpezas, apenas de retoques!) a casa, preparou o coleho que ficou divino, metade receita, metade sua invenção. Deixou a mesa posta e foi buscar a mãe para almoçar. O carro tinha ficado encostado rente à parede, porque morando perto do centro, os carros dos visitantes enfiam-se em todo o lado e todos os anos é a mesma coisa, será milagre termos onde deixar os nossos carros estacionados como sempre em frente à casa!

Saiu feliz da vida. Adora conduzir, apesar de surda, sente-se segura com a sua condução. Chega ao seu Cinquinho (citroen C 5 HDL) abre automáticamente, vai a abrir a porta, atrás direitinho sentado apenas de mãozinhas no regaço, cabeça deitada para o lado, um pobre homem dormia, quentinho aconchegadinho nuns belos estofos de veludo. Pouco surpreendida e nada assustada, abre a porta e diz normalmente: Ó homem, que está aí a fazer? Ele abre os olhos surpreendido, e deixa-se dormir de novo, a moça pacientemente volta a dizer, mais alto, ó homem, saia-me daí para fora, vamos! Ele olha-me de novo, arrega-la os olhos e vê que a cama acabou! Levanta-se enquanto se sustém com as mãos no assento, sai do meu lado que o carro tinha o fecho da porta estragado, e encostado à parede não iria ninguém abrir. Levanta-se, eu fecho a porta, olho-o com compaixão, ele estava bem (apenas ensonado ehhhh) reparo que ele olha para o céu talvez a agradecer não levar uma carga de porrada ou a a tentar orientar-se, que rua é esta e onde mora etc...

Costuma passar sempre gente. Ninguém viu nada, eu moro num primeiro andar, bastava chamar, que o meu marido apareceria logo na janela e os vizinhos também. Falei baixo, sentei-me, tranquei a porta, ele tinha aspecto de toxicodependente de bebida e de drogas, moreno de andar demais ao sol, rapaz do seus 34 anos mais ou menos!
Andei uns metros e disse para mim: Coitado, será que devia perguntar-lhe de onde é e levá-lo a casa? Laurinha assim também não. Deixa-o, muita sorte teve por não haver um homem perto e daqueles que são bestas e tratam os desgraçados abaixo de cão! Deixa-o ir, ele dormiu bem, não tocou em nada, estava lá tudo, apenas tentou, abriu a porta e sentou-se direitinho e nem sequer se deitou para não abusar!
Lembrei-me depois que momentos antes, quando acordei e fui abrir a janela que é a primeira coisa que faço sempre, vira uns miudos que moram ali a passar de bicicleta, mesmo ao lado do carro, e um voltou atrás, e pôs as mãos do lado dos olhos para ver melhor lá para dentro, e depois bateu como quem bate à porta, no vidro, que me levou a dizer: O que terá o Ernesto deixado no carro?







Comments:
Sempre bom passar por aqui...
Boa semana.
Beijos e miosótis



 
É por textos como este que te chamo « alma linda », Laurinha..

Beijo. *



 
Miosotis, ainda bem que é bom passar aqui, bom sinal... Beijinhos a ti.



 
fallen angel.
Temos andado muito distanciados, mas agora que nos "reencontramos" e tu sabes porquê !ehhhhh, não quero perder a ti de vista nem de letras nem de escritas nem das janelinhas do blog. Amo a ti moço lindo! Beijinho da laurinha, e oxalá não começem a divagar com o meu amo a ti..é que tem quem ache muita coisa por causa da doçura que escrevo, mas eu sinto mesmo assim dentro de mim (amor de verdade).



 
Hummm Milagre de S. João srria esse moço ter acordado com força e motivação para mudar de rumo!
Milagre seria o coitado ter aberto os olhos e deparar com um tabuleiro com pãezinhos quentes e 1 chícara de leite!
Uma noite assim, aconchegadinho e confortável, serviu para lhe fazer sentir as que se seguiram "noites do DIABO!"



 
Laurinha, mas tu és linda!
Eu sou uma cusquinha, mas tenho pena não ter presenciado esse momento. Deve ter sido na hora em que fui ao wc. Sabes que passei parte da noite a despejar o que bebi eheheheh



 
Ai a nina cusquinha bebeu com as sardinhas daquele tintol verde que põe a cabeça à roda? Por isso tava como o rapaz, nem queria acordar quando lhe mandei aquele...ó homem saia-me daí para fora, e ele bem queria dormir mais ehhhh, claro que milagre seria ele ficar livre de bebidas e de tudo, mas não nos compete julgar, eu bem queria poder curar todos, causa-me uma pena vê-los nos parques de carros e nas ruas, só Deus sabe como meu coração dói tanto...



 
Fantástico texto e fantástica partilha: se a primeira pessoa a chegar ao carro fosse um homem com certeza que esse João agora teria uns quantos dentes partidos na melhor das hipóteses... mas as mulheres são «superiores»! Conseguem ver as coisas de outra maneira e ainda bem que assim é! Obrigado por esta partilha!

Temos comentadores comuns, andava a adiar o dia de deixar comentário mas de hoje não passa, ainda por cima que este tema Monya, que não dirá muito à maior parte das pessoas, mas que a mim me diz muito pois foi um disco de vinil que na altura comprei duas vezes (não me lembrava que já o tinha) e o tema foi cantado por um primo meu que andou uns anos nestas lides das canções nos finais dos anos 70.

Um beijinho!!! Convido-te a visitares o Fundamentalidades!



 
Ai ai ai, já cá temos outro escorpião! o Alexandre é escorpião a Pascoalita idem a Adrianna idem a Cusca idem, deixem eu mudar de casa por favor!...



 
Alexandre...
A Móoooooooooooooooooooooóóó´´nia era uma das musicas que eua dorava sentir nas colunas e encostar o ouvido, aos 16 anos em Luanda, eles punham no máximo e que bem me soava aquilo e soa ainda. Adoraria um dia ter uma festa com gente do meu bairro de S. paulo, quem sabe os reunirei um dia na minha casa que ainda vem aí!... Ainda há-de aparecer a casa e os amigos é só chamar..uns grelhadinhos, muito amor há mistura, que todos estes anos apenas me fizeram ainda mais saudade..poder compartir recordações, enfim..mas é uma musica que adoraria sentir à vontade que aqui no apartamento não posso por muito alto...
Beijinho..



 
Boa noiteeeeee

Um dia destes vou de férias trálarilálá!!!
Laurinha, ando de rastos, sabes???? Bem te ouço chamar, mas nem me levanto, caramba.



 
Uma cena destas só mesmo contigo eheheh
Eu ficaria a olhar e demoraria bastante até ter a certeza se não me teria enganado na viatura eheheh
Tou como diz a cusquinha, para a próxima vê se levas o peq almoço ao rapaz eheheh



 
Férias, mas férias a sério? acho que é bom quando se vai para fora de casa, mas eu inda vou no caminho e já digo..mas que raio fui fazer que nem sei o que faço aqui, nem para onde vou e vou nanar numa cama que nem é minha comer em pratos que não são os meus e não tenho as minhas coisas à mão!!Era pelos miudos que o fazia, mas eles cresceram e vão com as namoradas eos amigos, eu e o velho?tá-bem por aqui, obrigada e nem me falem em férias que as ultimas qure tive na Turkia...com uma espanhola sempre a meter-se com ele,discretamente para eu não reparar ehhh mas eu vejo pelo canto do olho..... deu-me cabo delas...



 
lauraaaaa sou eu a alice do pais da maravilha e era para te anunciar que o meu dia mágico já chegou!!!

Vou ser IMPLANTADA na sexta-feira de manhã!

BASTOU SOMENTE 4 MESES, foi rápido isso lá foi e olha, vou estar ausente 1 semanita de internamento ;)

bjs!!!!



 
Ó Alice ia lá eu esquecer-me de ti!
Andava sempre a bater à tua porta, mas nunca estavas no blog...
Inda bem e vamos ao que interessa que é apenas muita força e muita coragem e depois passa tido e ficas com uns ouvidos novinhos em folha! Muita sorte e muita alegria para ti, desejo que dê um resultado tão bom, como quereria para mim, um dia quem sabe!...



 
Voltei! Viu . Nem fiquei fora tanto tempo assim.
Boa história, linda atitude.
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Laurinha conta-nos outro dia essa história da espanhola a querer roubar-lhe o marido. Parece que essa será muito instrutiva.
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Beijos.



 
Alves, não estiveste fora tanto tmepo assim? eu mato a ti... para mim foram séculos ó homem...

Quanto a essa história nem gosto de lembrar, apenas que na noite anterior fiz um pequeno escandalo no restaurante do hotel, que o gerente cheio de simpatia por mim e entendendo ou não o que eu falava, veio até mim e encolheu os ombros como quem diz..bata o pé e faça barulho, mas deixe lá que isto acontece sempre em todo o lado, e eu a dizer ó homem, se te queres armar em D. Juan, problema teu, mas não o fazes aqui comigo ... e ele fazia-se de tótó, aliás fazeis-vos todos de tótós... mas eu posso não ouvir, mas tenho uma intuição, e, raramente me engano... e porque os passos dele iam na direção dela quando iamos andar ou aqui e ali, e eu regaladinha a topar tudo e disse-lhe no autocarro, quando ele me disse, sua naba, por qualquer coisa (a brincar)e eu, nabo és tu e fazes bem a figura de nabo, ou pensas que sou parvinha? e ele como se nem entendesse, pois é, ouviu das boas, viemos zangados e chegamos zangados e ainda fiquei mais de 15 dias sem lhe falar ehhhhhhhhhhhhhhhhhhh Se não fosse a maravilha a que assisti, de palácios e museus terras coisas antigas, que raio de férias nem seriam...



 
Hahaha..Então o 'teu Ernesto' deixa-te um trintão moreno de presente no carro e ainda te queixas dele?! ;))

Essa faz-me lembrar um episódio de infância. Quando tinha un treze anos, alguém me roubou a bicicleta, quando a vi, disse à pessoa que aquela bicicleta era minha e agradecia que me fosse devolvida. Como aconteceu, acabei por dar boleia a 'ladrazita', no porta bagagem da bicicleta até minha casa...Sou muito camela! :)))



 
Bienvenida Alkinha, caramba que demorada andas a visitar a gente...
O meu Ernesto quando chegou não trazia ninguém no carro, eu vi a estacionar com dificuldade, e acho que ele entrou mais de madrugada quando o corpo não podia mais... trintão moreno ehhhhhhhhhhhhhhhh, se não fosse a bebida e or esto decertezinha que não entrava aqui ehhhhhhh.
Ai também deste boleia à ladrazinha? Pois é assim que deve ser, levar as coisas na maior sem ir buscar raivas que só nos fazem mal, optei por me rir...E acredita que mal andei uns metros me fez pena vê-lo a olhar para o ar e para os prédios e a magicar, onde estarei...



 
Muito interessantes esses episódios ahahahah
Que meninas de coração mole me sairam ahahahh



 
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