A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
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Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


sexta-feira, dezembro 01, 2006

 

Fui visitar a "Mãe" Natureza !!!!





Olá gentes..Cheguei agorinha mesmo da minha visita aos altos montes que circundam a minha Cidade!! Andei a ver casas e casinhas, cabaninhas nada..Tanta coisa linda, rica e pobre!!Os meus olhos olhavam mais para as casas ricas, sabendo que não lhes chego nem aos anexos deles ahhhhh, sempre gostei de me rodear do que é belo..E a natureza atrai-me, com o seu verde exuberante, o musgo que já se vê nas serras nas encostas, apesar de ser o mês das àrvores se despirem, ainda há muita àrvore bem vestida!! aquele cheirinho de monte de que tanto gosto, pois fui habituada a ir à Aldeia dos meus avós, onde viviamos em comunhão com a natureza!! Ali soube como é viver à moda do campo, ter gado, vacas, bezerrinhos, ovelhas, viver do que o campo produzia, ceifar feno para os animais,..

Aprendi a fazer de tudo um pouco, e fui sempre menina da Cidade, das grandes Cidades, diga-se!!!!Adorava em pequenita ir nos carros de bois agarrada aos estadulhos, inda me lembro do chiar das rodas nos penedos, de levarmos a merenda tão boa, para todos os amigos que iam ajudar, (pasteis de bacalhau, azeitonas, boas febras de presunto, pescada frita, frango frito..tudo caseirinho!!broa feita em casa, bolos bons..vinho da pipa feito pelos tios!! as minhas tias e tios andavam nos seus vinte e tal anos trinta, (por isso lembro das desfolhadas na nossa Eira ao pé do Moinho, do debulhar do feijão que dava sacas dele..e nos entretantos cantavam e no fim dançavam, uns tocavam acordeão..o meu padrinho já tinha uma grafonola e discos ahhhh Inda lá está velhota..mas muitos dançaram ao som dela.. ( me lembro de alguns versos que eles cantavam....era assim que eu te dizia nesses tempos que lá vão...tudo envelhece na vida....e sempre novo o coração....e bailavam bailavam pois.. eu tinha cinco seis sete até ter dez anos iamos lá sempre, depois fomos para longe e só voltávamos lá esporádicamente..Sempre que lá voltava era aquela alegria na alma, por ver a familia querida e os amigos, ali conheciamo-nos todos!!!E ainda conheço muita gente..

Adorava lá ir com o nevoeiro a atrapalhar a condução..devagar para não irmos monte abaixo..Que lindas recordações e o cheirinho da terra tão diferente de Estação para Estação!!! E hoje ao subir ao monte, ao aspirar aquele ar tão puro e e ver aquelas vistas lindas, me recordei e senti saudade, da aldeia onde ia em pequenina!!!Os meus filhos também tiveram a ventura de, em prequenos desde que nasceram, irem lá quase todos os anos..e adoram também..E inda bem, pois nem todos têm familia que tenha uma casa lá na Aldeia e possam disfrutar da natureza!!!!Venho com o ar renovado, para enfreentar de novo o ar da Cidade!!!!Pois tomem lá um cheirinho dos montes da minha terra!!!!e um Xuuuac bem repenicado a cada um..laura...







Comments:
O tal 'passei higiénico', né?
É tão revigorante!
Existem 3 cenários inegualáveis para me recarregar baterias :
- Verde, muito verde...
- Mar batido, cinza muito cinza...
- Branco neve, bem branco e fofo...

Uma boa noite :)*



 
O que ressalta aqui é a tua memória relativamente a tempos, cheiros e imagens do teu tempo de menina.

Há uma palavra que me chamou a atenção «Estadulhos». Não sabia a que parte correspondia do carro de bois e fui ao dicionário, só que... nada dizia!

Pesquisei na net e aí veio o porquê! Estadulho faz parte do vocabulário típico da zona Barrosã.

No seu livro Asas para que vos quero, Abel Neves fala-nos, em tons nostálgicos, dessa mesma vivência que tu aqui tão bem retratas:

«Há um som que desapareceu das lides do Verão. Agudo e continuado, era o guincho dos carros de bois com o feno, o gemer das rodas no mecanismo lento das viagens para o palheiro, coro sem palavras das cantadeiras, eixo, pregos, rosetas, estadulhos, tudo junto e o mais que os bois puxavam com a força que às vezes lhes faltava calando-se a ópera por instantes e voltando logo num começo vagaroso de sirene... »

Para compreender melhor o mundo que descreves fui até a um blogue que tão bem descreve essa vida de campo. Para além de saber que lá estiveram os romanos (lá tinha que ser :)), também outros povos fizeram das zonas barrosãs a cultura, as tradições e os costumes que hoje vão desaparecendo, e onde dantes haviam o chiar das rodas dos carros de bois, hoje ouve-se o barulho do tractor.

http://gralhasterrabarrosa.blogs.sapo.pt/

Ao ler o que escreveste e o blogue que coloquei, sendo eu como tu um citadino, verifico que é nas aldeias que se mantém as características ancestrais do povo português... por enquanto! Dia virá que tudo não passará de uma recordação tão ténua que o efeito tempo fará por desaparecer da cultura tradicional.

Tudo de bom



 
Apesar de ter saído da aldeia mto cedo, apesar de costumar dizer k as boas recordações desse tempo são nulas, apesar de há mtos anos não ouvir certos termos, bem me lembro dos "estadulhos" ... umas varas afiadas colocadas (espetadas) à volta do "carro" para seguraram a carga.
Igualmente tenho presente o chiar das rodas de madeira dos carros de bois qdo desciam ou subiam a "quelha" perto da casa onde morava com os meus pais.

Era uma vida árdua, por vezes os animais "encalhavam" teimavam em não avançar e lá se ouvia a voz de comando do dono "arre!!! anda,"castanho"!!! ah malvados dum raio!!! arriba!!! eheheheh
Apesar de não sentir saudades desse tempo, tenho pena k se percam certos costumes.
Boa tarde Sábado :-)



 
Gosto desta paisagem! parece msm um sítio que vi na zona de amares.
Tou apaixonada por aquela zona desde k há 3 anos lá fui :-)



 
Eu adoro a paisagem a já viste o regato ahhhhh.....e se parece em Amares diz, que estou lá perto e tiro dúvidas....



 
Eu ainda ouvia quando começei a andar nos carros de bois..e o meu avô tinha muitos bois vacas e carros, até emprestava..e lembro-me das tias e tios dizerm laurinha agarra-te aos estadulhos..e sendo surda pois ainda sei o nome de muita coisa campestre!!!!a aldeia fica num enorme vale, cá muito em baixo e onde em certos lugares eu gritava ò vento e ele devolvia-me a palavra..Lindo porque me lembrei disso e do tempo em que ouvia!!É uma aldeia perto de Montalegre e já li sobre essas terras e vieram os Franceses lutar connosco e tivemos guerreiros bem fortes e corajosos. Temos um livro A Ponte da Misarela..fala das guerras do nosso Povo..Coitados o que suaram para defender as terras e as suas gentes!! O povo Barrosão é amoroso bruto..protector das suas gentes..É verdade que qualquer dia acaba tudo, mas posso dar-me ao luxo de dizer..eu tive dessa vivência e os meus filhos também...Amei o tempo que passei com os meus Avós, Avós com A grande..amavam-me muito e sempre mantive contactos mesmo em Luanda, escrevia mandava fotos e o meu avô vaidoso ia logo mostrar as fotos e cartas da netinha!!!Que belos Avós tive e até o nome da minha avó tenho...laura..Muito lindo e eu gosto dele..
Um jinho e mil obrigadas por teres ajudado a menina das resteas. Agora devagarinho cá vou dando os meus passinhos lentos.



 
Não sei quem ali colocou aquela paisagem, é lindíssima simplesmente.



 
Nina africana quem havia de ser?? A nossa jornalista pois..a nina Pascoalita que escolhe coisas tão lindas pa mim!!!!!Gosto do mar e gosto dos verdes todos e a àgua que parece que vem ter connosco..Lindo pois..



 
Era aqui neste recanto que me sentava agora, fosse de dia ou de noite!!!!
Mas, a vida é feita de mas!!!!!!



 
Verdes tão verdes quem fez?
já repararam que cores diferentes?
Todas verdes, verdes mesmo,
colocadas por ali a esmo!!!!
Quem fez, quem fez?
O homem? claro que não..
nem com uma semente
por vezes consegue..
É que a natureza é de DEUS....
e só a SUA Mão semeia...
o que o homem colhe,
e inda é tão mal agradecido,
e pensa que ele é capaz de fazer
florescer a natureza,
sem a semear!!!!!



 
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