A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


quinta-feira, agosto 18, 2011

 

Nem todos se aperecebem, mas...


Será que já todas se aperceberam que agora não é como no tempo das nossas avós ou mães, e que já não envelhecemos tanto como elas quando tinham a nossa idade?

Desde há um tempo que venho observando rostos amigos e de gente conhecida e reparei que é verdade! Também é certo que antigamente as nossas avós e mães não se cuidavam tanto, a maioria nem sabia o que era um cabeleireiro, em casa cortavam os cabelos que mantinham enrolados em carrapitos presos com ganchos, as roupas compridas enormes , ah quanto tecido se poupava se fosse hoje, e as Fábricas de tecidos com os metros que gastava cada vestido, nem fechavam...

A Scarlette O'Hara, bem fez um vestido dos cortinados de veludo para conquistar o Ashley Wilkes, ... mas o amor dela era o Reth Butller...

Trabalhavam no campo, a pele ficava gretada de andar todo o dia à torreira do sol... não havia com que adquirir nem onde, os cremes de beleza que usamos, muitas não souberam o que era um creme para o corpo, um desodorizante, uma gilette para as pernas ahhhh, era cada pelada...

Bom, as minhas pernas andavam a precisar, (isso achava eu) aos 13 anos comecei a usar a gilette do pai... só que ainda só tinha uma perna depilada quando a dona Elisa se lembrou de me mandar à mercearia buscar algo, e que remédio, rezando a todos os santinhos para ninguém reparar na diferença, mas logo, logo acabei a outra e no mesmo dia, pensando que ia enganar os pais muito tempo... o pai deixa cair o guardanapo e eu de pernas para o lado dele... menina, menina, ... ui o raspanete... ) até bigode usavam, por não saberem o que era uma pinça ou se a mãe delas as visses a depilar as sobrancelhas... lá iam ao senhor cura confessar o pecado da vaidade, muito Padre Nosso se rezou para terem a absolvição.

Bom, a dona Elisa não usava pinturas, o senhor seu marido e mê paizinho não queria, mas ela nunca teve jeito, era eu que lhe arranjava as unhas, punha rolos no cabelo e quando a magoava a espetar os ganchos de plástico só lhe dizia; aguente dona Elisa, não paga... ainda hoje o faço, e lhe punha pó de arroz quando ela ia ao cinema com o pai, e quando tinha 19 anos, trabalhava na CABIE AN, em Luanda, a minha patroa e querida amiga, ofereceu-me um estojo de pinturas para os olhos...
caladinha, pus a sombra azul suave, ia para o trabalho depois do almoço, assomo apenas à porta e digo adeus à mãe, e não é que o pano do chão voa na minha direção? vá já lavar essa cara e esses olhos! ó mãe, ao chegar ao trabalho eu pinto de novo (e assim o fiz todos os dias... quando queria...) e lá saí a correr para o pano não me acertar, ai estas mães metidas a moralistas...

Tudo isto porque me lembro das mães das minhas amigas no tempo em que éramos raparigas, é vê-las hoje e olhando para nós, quanta diferença na postura, na forma de ser, alguma vez as nossas mães tinham a nossa vida? Só os homens entravam em Boites, pobre da 'esgraçadinha' que se atrevesse, mas tudo mudou graças a Deus, tivemos a vida facilitada, eu pelo menos tive, não fui obrigada a ficar no campo, não andei a arrastar vestidos compridos, só nas festas... tive empregada para a casa, raramente ia aos lugares de beleza, não usei cremes em demasia, massagens nunca as levei, agora até davam um jeitanço nas pernas... mas isso, nada que deixar a preguiça de lado, não resolva...

E assim com tanta treta apenas quis dizer que tenho amigos e amigas, queridos, rapazes, ora pois, que são mais velhos que eu e parecem uns rapazes prontos para a vida, (ainda estive com um deles a almoçar há dias,)... Kim, parabéns, fora essa barriguita de rei, estás um mimo! Amei que estivéssemos juntos mais a nossa nina, que esqueci de lhe dizer, rejuvenesceu desde a última vez que estivemos juntos nos dias 10 e 11 de Dezembro onde me ofereceram um aniversário inolvidável, de sonho) qual 50, ela tem 40 e está dito!... e o Nuno adorou conhecer-vos!

Muitas amigas minhas lembrando as mães que tinham ou ainda têm, são cá umas ninas jeitosas e bonitas e não é meia dúzia de rugas a mais que nos desfeiam... isso porque estou quase a mudar a data de anos e, olhando-me no espelho ainda sorrio e digo; rapariga, tás cá uma pariga e tanto!... é bom que me sinta assim, com a ilusão de sempre de que os sonhos ainda me hão-de levar aos braços do meu Reth Butller... não com o corpo e as feições da menina mulher que fui, mas sim com as da rapariga que sou agora, madura, sempre com o mesmo sorriso!

Meninas, cuidem-se, valorizem-se, sintam-se lindas por dentro e por fora, e os milagres acontecem... é que muitas amigas de 50 já se sentem velhas, que nada! e mesmo estando mais velha, pois os olhos dos outros devem ver-me na justa medida, não faz mal que me sinta jovem, se é assim que me quero sentir...

Um dia bom para todos

laura





Comments:
Boa...Laura. Acertou.
Gostei da história do nosso tempo e das nossas coisas.
Às vezes pensava: - Eles nem vêem nada...ah...ah...se viam e comentavam
Outros tempos. Agora é o tempo em que podemos voltar a fazer das nossas partidas e que se lixem as opiniões.
Posso levantar-me mais tarde ou deitar-me mais cedo. Andar de chinelos ou de calções...
Deixar a barba de dois dias e beber uma cerveja fresca com tremoços...
A...barriga é minha.Pronto ! Depois posso ainda ver um pouco mais para a frente...não vá cair no buraco...
Beijinhos cá de casa e tudo bom Laura. Nós temos de gostar de nós!



 
Ai Laurinha...deixaste-me a pensar...não nas rugas que eu não lhes ligo nenhuma, mas nas diferenças no antes e depois...tens razão os tempos mudaram mas hoje algumas ninas exageram para o outro lado. A minha até não...sempre gostou de se arranjar e tem vaidade com ela mas na medida certa...não gosta de exageros.
E nós amiga só temos é que nos cuidar, pois ainda rompemos não meias solas mas as solas inteiras hihihi...beijos com carinho sempre.



 
Minha querida nina, já andava triste, porque pensei que já não voltavas mais ao blogue. Pela conversa que tivemos no facebook, e,dai que eu também estive ausente por motivos de doença. Mas ainda bem que nos voltamos a encontrar, porque os verdadeiros amigos jamais a gente esquece.
Beijinhos de luz paz, e muito amor...



 
Amiga Laura, gosto muito de ler os teus ensaios sempre interessantes e consistentes.
Um grande abraço. Tenhas um lindo dia.



 
Laura, concordo contigo em cada ponto e vírgula e já ouvi diversas vezes amigos dizerem que "só quem vê celulites na cama são as mulheres". Os homens não vêm nada! Nem cintura grossa, nem estrias, nem rugas, nem o caraças. Nos é que vemos porque procuramos. Tem mais é que se achar bonita e jovem e tá dito!

Beijos e uso sombra verde claro.



 
Laurinha, amiga!

Mão sei muito bem quando comecei a usar alguma maquilhagem, mas foi antes dos dezasseis. Sei disso, porque justamente nessa idade fui trabalhar o mês de Agosto para as caves do Vinho do Porto e lá tinha que andar toda janota.
Sempre fui muito vaidosa e ainda bem.
Pecado? Essa é boa! Não sabia nem quero saber.
Pecado é ser-se desmazelada.
Sabes bem que fiz sessenta anos há dias, mas ninguém mos dá... verás por ti própria!!!

Claro que preferia ter os meus 20, mas ...

Gostei de te sentir animada.
Beijinhos




 
Olá Laurinha,
gostei muito do texto.
Como nos sentimos por dentro transparece para fora.
Bjs.



 
A minha Mãe ofereceu-me as primeiras pinturas quando tinha 15 anos e tudo porque uma tia ( irmã da minha Mãe) lhe foi dizer que eu tinha um traço preto na base das pestanas inferiores. Ela estava escandalizada e eu já tinha ouvido o que não queria.

Mas a minha Mãe resolveu a questão. Era engraçado que a minha Avó andava sempre com os seus cremes e baton atrás e essa minha tia, filha portanto,era... uma sem graça!

Para te ser verdadeira todas as mulheres da família, à excepção dessa tia, se arranjavam e andavam preocupadas com esse 'estar' feminino.

Agora naquela altura, parecia que terem 35, 40 anos era uma carga pesada, serem já, olha 'velhas' porque havia um conjunto de coisas que as petrificava - era a moda, o parecer bem, o ter-se a idade, o que se podia pensar...

Graças à inovação, à modernidade, nós podemos ser aquilo que até queremos ser e andarmos como queremos e se virmos bem tudo mudou num espaço de tempo muito curto.

Lembro-me que, quando vim de Angola em 75, fui com uns calções a um café da vila e foi um escândalo!!!

Beijo



 
Luis, é isso, tal e qual, já não temos receio de que falem, aprendemos que a vida é nossa e mai nada...

beijinhos a todos e um apertadinho abraço.

laura



 
Rosa-branca, ora pois, ainda somos capazes de romper as meias solas ou solas inteiras, merecemos ser olhadas ainda, sabe bem...se sabe, e enche o ego.. Ai as mães a ouvir..as mães que agora têm perto dos 80...a minha ainda tem 78 feitos há pouco...e ainda refila com os meus decotes, e eu acho baril ter um decote quando por baixo há algo para se ver.

beijitos.

laura



 
Franciete querida; Deus me livre deixar de lá ir, o meu PC andou maluco mas ainda deu para arranjar..

um abraço apertadinho da laura



 
Dilmar, amigo, a gente sabe a vivência que tem e os ensaios já são por demais escritos, vistos, mas, passamos por eles.

beijinho

laura



 
Ai Pitantinha...que bom, assim fico mais empolgada se o o homi não reparar nos papos dos joelhos nem nas banhas a sair por ali fora...boa, já ganhei o meu dia com essas palavras ahhhhhh.

beijitos pra tu.

laura



 
Ná, pela escrita vejo uma nina bem jovem, pela foto vejo outra ainda mais jovem..mas depois opino quando te abraçar, já falta pouco, pouco.

Era pecado sim e chamavam-lhe vaidade, dava direito a penitência de uma enfileirada de Pai-Nossos...

beijinhos.

laura



 
moonlightsong, é isso aí moça linda, eu sinto-me jovem, feliz e contente com a vida.

beijinhos.

laura



 
acácia sortuda, a minha mãe nunca na vida o fez e ter mandado o pano assimd e rompante, mostra bem a tolice dela e sempre foi assim, nunca na vida aquela mulher que é minha ma~e, foi capaz de me dizer que estava linda (se os outros o diziam) ou que o vestido me ficava bem, nunca mesmo.. ó valham-me..

Tiveste uma mãe moderna e isso é bom com a minha filha deixei que usasse o que quisesse, ela como eu, tinha bom senso...gostava de dar dicas sobre isto oua quilo e ela acabava por ver que tinha razão.

Um beijinho, ah, quanto aos calções curtinhos eu tinha-os e claro, aqui era considerado escandaloso, só que eu fui para a África do Sul e lá as mentalidades eram mais abertas.

beijinhos.

laura



 
Olá Laurinha,
A minha querida mãe nunca se pintava mas nunca me impediu de o fazer e deixou-me usar mini-saia quando foi a moda dela, aliás foi uma das coisas que seduziu o Leo...
Gosto de pintar os olhos e é a única coisa que faço, só faço um risquinho por baixo dos olhos e coloco máscara nas pestanas mudando de cor, conforme a roupa, ora verde, ora azuis, ora castanho, ora preto. Devia "tratar" mais de mim mas não tenho muita paciência para isso.
Hoje mais 2 amigas belgas, fui ter com a Christina, amiga belga do Kim, que passa as férias em Azenhas do Mar e passamos um óptimo dia entre mulheres. Com a minha amiga, que enviuvou há 15 dias, fomos à Praia da Adraga e fez-lhe muito bem porque havia 1 ano que não ia à praia, por causa do marido.
Ao início disse-me que estava com vergonha de estar em fato de banho mas eu mostrei-lhe os meus defeitos e ao lado de nós, estava um senhora bastante obesa e sem complexos nenhuns. A minha amiga reconheceu "porquê é que estou com complexos, essa senhora é que tem razão !" e fez-lhe muito bem. Sei que hoje vai dormir muito bem, o ar do mar vai fazer efeito e ela pude desanuviar de todo o stress que teve desde do falecimento do marido e após ter tido familiares em casa.
Para a semana, vamos recomeçar e vamos todas para Lisboa !
Rugas ? também não gosto mas tenho que as aceitar...Também não me dão a minha idade, normalmente.
Beijinhos
Verdinha



 
LAURA, a maior luminosidade no rosto, vem sempre de dentro para fora. Essa é a maquiagem mais perfeita: felicidade no olhar e um sorriso nos lábios.
Já percebeu a luz que existe no rosto de uma mulher apaixonada?

Beijos



 
Laurinha queridinha :)

Ai menina, como amei esse texto!
Amei de montão, como dizemos por aqui.

É a mais pura verdade! Na idade que nossas avós, mães, tias...já estavam um "bagaço", nós ainda estamos "enxutas", e somos até admiradas na rua pelos homens!...rsss

Acredita, que a minha avó materna, que era italiana, faleceu aos 35 anos, no parto do décimo filho, e quando eu vejo fotos dela (geralmente com um vestido escuro e comprido, cabelos recolhidos em coque, e o rosto muito sério [porque é que o povo antigo não sorria nas fotos???]), parece que estou olhando a foto de uma mulher de bem mais de 60 anos.
E olha que nas fotos, ela tinha praticamente a mesma idade do meu caçula, hoje em dia.
Incrível, não?

Ainda bem que, pelo menos nesse aspecto, o mundo mudou pra bem melhor!

E é por isso que a gente se trata de "menina", "garota", pois, no fundo, no fundo, é isso que ainda somos.
:)))

Beijãozão pra ti nina linda.

Cid@



 
Laurinha as nossas conversas ainda estão muito vagas, mas pela escrita logo sabemos de quem se trata.
Um texto que nos faz refletir bastante, e nos leva a tempos de menina, eu por momentos voltei ao tempo em que eu era menina e olhava para a minha Mãe(que já não vive no mundo terreno)e a via com os seus vestidos quase a chegar ao tornozelo, e o buço virgem...por momentos senti o seu cheiro, áhh como eu amei este momento de leitura...Obrigada!
Beijinho R.M.Cruz



 
Verdinha, ahh a mini saia foi preciso eu fazer um pé de vento lá em casa, o pai não deixava, dizia que experimentasse usar..que ele me dizia, rasgava-a toda, mas fiz, claro que não era muito mini senão nem dava para nada com as pernas pequeninas que tenho ahhh bastava levantar uns centímetros e via-se tudo até cima ehhhhhh, a minha mãe sempre foi atrasada em tudo e nem é agora que vai mudar...continuo a pintar as unhas dela a arranjar os pés..massajar as pernas e, deix alá laurinha...nem todos têm evolução suficiente.

Quanto á tua amiga é disso que ela precisa, camaradagem, brincadeira porque o pior ainda está para vir, mais tarde a dor regressa mais forte, até que vai indo... Fizeste muito bem em levá-la. Deus agradece pelo Bem que fazes.

beijinhos, ah, e tu tens uns lindos olhos verdes, logo não precisas de pintura nenhuma, o encanto está neles.

laura



 
Plomita, claro que já, eu sou uma mulher apaixonada p+
ela vida, pelos amigos, pelo amor, logo, brilho todos os dias.... estou a brincar, mas, nota-se numa mulher quando todo o seu ser muda e fica mais radiosa, o amor faz milagres.

beijinhos.

laura



 
Cidinha; adorei o termo bagaço e enxuta, realmente, a sua avó decerto nem teria muitos motivos para sorrir, a vida era dura em todo mundo e na Itália pelo que se v~e, ainda continua dura para muita gente...

Somos mesmo enxutas e ainda viramos muito homem pelo menos eu vejo pelo canto do olho..fazendo de conta que nem vejo ahhhhhh.

Beijinhos nina linda, um dia a gente vai-se encontrar ou aí ou aqui.


laura
laura



 
Lauriiiiiinha!!!

Perdi a minha idade,
Já não dou por ela.
Será que está,
Em qualquer recanto,
Sentada, á minha espera?

Ou partiu para o infinito,
Esquecendo-se de mim?
Ir ao seu encontro?
Não me apresso,
É melhor estar assim...

Um abraço infinito...

Jorge

PS: A minha mãe também a perdeu, tem 97 aninhos... e a irmã, minha tia, idem, tem 99 aninhos...



 
Jorgeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, moço lindo, pena que não a possamos perder e ter a aparência que quisessemos...sempre sem rugas, sem papos,sem banhas, sem o que não gostamos, os kilitos a mais...


Jorge
Jorge
a tua idade
quem sabe
passou-te ao lado
sem dares conta
e agora que a queres
encontrar
vais ter se somar
e tornar a somar
a conta de anos
que deixaste
cá ficar...

Mas não te preocupes
que isso é corriqueiro
pois quem de nós
não mente
quando se trata de dizer
a nossa idade
ao mundo inteiro?

Beijinhos da laura



 
Um beijo no teu coração lindo! Jhs



 
Laura,
Ao ler este bonito ensaio sobre a beleza e moda, lembrei-me de uma cena que se passou ao vivo e a cores:

A meio da década de 1960 surgiu a mini-saia no Reino Unido. Foi uma revolução (como eu e a malta gostavamos dstas revoluções). Em Luanda, apesar de se viver numa atmosfera menos conservadora que em Portugal Continental, semelhante inovação também causou comoção.

Em Luanda, vivia uma senhora que se tornou conhecida graças às suas mini-saias. Certo dia, envergando a mais curta de todas, tão curta que pouco deixava para imaginar, desceu a Avenida dos Combatentes até à Mutamba, a cada passo mostrando as calcinhas, cuja cor já se perdeu na memória.

Chegada à Mutamba, o polícia sinaleiro de serviço parou de apitar e desceu da peanha. Dirigiu-se à senhora e prendeu-a, por causar embaraço ao trânsito. As centenas de basbaques que a tinham seguido estavam a entupir a Rua Luís de Camões.

Por incrível que possa parecer, foi levada á presença do juiz, que sábiamente a mandou em paz, por tal facto não ser crime nenhum.

Este juíz era dos meus, e é por estas e por outras que eu não gosto de polícias (dos masculinos...claro)

Bons tempos em que certamente a "culpada" foi a Mary Quant, que bem merecia ter um Prémio Nobel...

Mas continuo a gostar muito mais da beleza interior de todos aqueles conseguem estar à frente das suas rugas e carecas.

Beijocas do miudo reguila da Maianga.



 
Querida Laura!

Ainda bem que nunca liguei a essas penitências da Igreja.
Um pouco de vaidade só faz bem.

Falta amiga, pouquinho.
Estamos a trabalhar para que tudo saia bem, mas conhecer-te já vai ser muito bom.

Beijinhos




 
Laurinha
Tu ainda levaste com o pano da loiça.
Eu apanhei com o esfregão do chão, por causa de um pouquinho de rouge e bâton. Tal eram os paisinhos, nina.
Coisas que fazem saudade.
Beijinho
Maria



 
Maria Clarinda; outro no teu que é lindo, lindo..e beijinhos também para todos.

laura



 
Edgar, só de te ler além de uma boa dose de riso, parece que o pai falou nisso lá em casa, e pelos vistos dizia; a gaja é toda boa, a mãe era ciumenta, imagina...pois tudo o que chamava a atenção pelo insólito...e que mais tinha a mini saia? na verdade o mulherio sentia-se atacada pois a maioria os maridos nem pensar em deixar as suas muiés usar essas tais das minis... depois as destronadas...impedidas de mostrar o material e as outras a ostentar..mau maria, imagina a guerra surda e falada, é que muitas passavam à acção de mandar bocas contra elas, mas digo-te..nem tanto ao mar nem tanto à terra e aqui a menina metrimeio nem podia usar muito, de pernas pequeninas, acima do joelho um palmo já dava para imaginar o panorama..usei-as com peso e medida e sempre me senti bem, aliás, acho que nem tirei proveito disso...mas já passou, é que se fosse agora, então é que seriam elas...

Um abraço apertadinho rapaz reguila da Maianga..falta cá o Fernando para corroborar histórias da nossa terra.

laura



 
Ô Laura! Concordo com a Cidinha! Ainda fazemos os trolhas cairem dos andaimes das obras! hehehehe



 
Pitantinhaaaa, então estamos mesmo umas gajas "de matar" pobres dos trolhas c'a sorte que tinham connosco...caramba...

beijinhos



 
BATERIAS FRACAS

A Nokas era uma rapariga que sonhava um dia ser educadora de infância. Usava uma bruta de minissaia dia sim, dia sim. Tomava 2 banhos por dia e usava um rímel que lhe encantava mais aqueles olhos negros. O Toninho, um libertino e simpático rapaz, que tinha acabado de entregar a farda que usou durante 24 meses com algumas escapadelas pelo meio. Tinha vindo de uma zona em que fácilmente trocava a roupa lavada por uma lata de petróleo para a mesinha de cabeceira de uma esteira no chão. Não dava importância ao perigo. Era constantemente chamado à atenção dos perigos que corria. Tudo lhe passava ao lado. Fazia dos filhos da sanzala, como de filhos seus se tratassem. Vivia intensamente os seus 21 anos. Dizia para ele, que com um punhado de crianças e três cães rafeiros profissionais, conseguia abastecer de água os companheiros que gostavam de fazer a barba diáriamente. Ele não! Deixou crescer a sua e os Kandengues tinham-lhe muito respeito. Parecia mais velho. Aqueles míudos eram a sua protecção. Com quem ele aprendeu estas coisas, nem mesmo ele sabe. Chegou um dia de cacimbo e de despedida, Foi um drama. Toda a sanzala lhe trouxe três galinhas bem-criadas, duas garrafas de maruvo e um cesto cheio de goiabas maduras. Houve baba e ranho. Para disfarçar, apanhou a primeira camioneta daquela coluna e fez subir o cão “ferrugem” que se recusava a passar fome.
No dia seguinte, já na sua cidade, voltou à realidade. Vinha moreno do sol do centro de Angola. Bem do centro. De banho tomado com água canalizada e com desodorizante Old Spice bem ensovacado, aquela camisa de pequenas borboletas, ficava-lhe a combinar com os óculos ray ban de vidros ervediados. Perto da Sagrada Família, viu a Nokas. Apeado, lembrou-se de imediato do Morris-Mini do Snomberg. Não perdeu tempo. Foi a casa dele que ficava perto com a desculpa de levar a Nokas a um dentista. Áquela hora da noite, nenhuma aspirina fazia efeito. Convenceu-o a ver o porta-chaves necessário para a ignição. O amigo desde o primeiro minuto que estava a ver aquele filme. O Mini para pegar deu duas tossidelas. Nada de grave. O Toninho até tinha tirado a carta de pesados na tropa e com grande lata, pergunta se o carro tem gasolina. Lá foram aqueles dois corações apaixonados em busca de um “consultório”. Que melhor “clínica” para o efeito que a Ilha de Luanda. Um pouco estafado o mini parou junto de um aglomerado de singelas cubatas. Noite escura, rádio em tom baixinho a debitar Tom Jones em “She's A Lady”. Momentos de embalar qualquer poeta. As músicas foram seguindo. Deixou de decorar quais. As colunas do banco de trás do mini, ultimamente também andavam desligadas. Os fios de ligação não resistiam a tanto rebuliço, do dono e de todos que gostavam de automóveis. Material fraco. Era hora de devolver a Nokas a casa. Havia teste no dia seguinte. O Motor arrefeceu. Aquele tosse-tosse de bateria fraca voltou a atacar. Mais uma vez e nada. De dentro da cubata saiu uma grande boca bem sonora - Gemeu! Agora empurra! O Toninho sempre gostou de minissaias… mecânica e de cubatas… Xiiiii … Já vinha do tempo da Escola Industrial de Luanda e de “visitar” o Liceu Feminino D. Guiomar de Lencastre.

NOTA: Está mesmo a ver quem era esse tal Toninho…

Bjs.



 
Caramba; Edgar, o nosso Toninho, era cá um vira lata no mato, mas na cidade...com que então gostou da Nokas e da mini dela e lá foram no mino dele prá ilha, ah, este Toninho tinha cá uma lata...vá lá, malandroooooooooooo

Por acaso andei em vários minis naquele tempo, uma maravilha as caizinhas de fósforos como lhes chamávamos...

Um dia fomos todos ao cinema, em dois carros a Luisa e primas no BMW e eu e Carlitos no mini dele, a Luisa morava nas traseiras do tropical, um enorme parque..o safado só disse para me segurar e fez cá um pião que parecia que ainda ia agarrada à corda do dito..minha nossa, que maluco o Carlitos.


Um abraço apertadinho, tens cá um jeito para as histórias da vida real...E de certeza que o Toninho não viu o sinaleiro na Mutamba a multar a Nokas ehhhhhhh...



 
olá Laurinha.

aqui o kamba só tem uma ténue noção da idade, quando de manhã se vê espelho para se barbear. ainda assim com algumas dúvidas se é ele mesmo.
cuidem-se e curtam... momento nenhum se repete!!!

beijo e kandandos meus... inté.
Ubunto em todos vós!



 
A verdadeira idade está cá dentro. Não adianta teres 28 anos, se estiveres cansada da vida isso irá reflectir-se no teu aspecto. E o contrário também é verdade!

Beijocas!



 
Guma, amigo, dizes bem; momento nenhum de repete...e claro; façamos pela vida e para que de manhã possamos sorrir no espelho com quantos dentes temos (mesmo que postiços... ahhhh)

Beijinho da pariga lá do bairro.

laura e mais um apertadinho kandando.



 
Rafeirito, era bom se fosse verdade a primeira, sei que há jovens e jovens já desencantados da vida, enquanto as cotas lutam para se sentirem felizes, apesar da dureza que ela por vezes tem... Mas que também acredito é que não me vejo velhota, não mesmo, ainda bem que me sinto assim...e ainda penso que daqui para a frente é só a rejuvenescer...

Um beijinho da laura



 
A verdadeira idade está no sorriso que colocamos no olhar. A barriguita de rei não ajuda nada mas penso que também é algo que se resolve.
Ando aqui eu feito louco à procura das Cristinas e ... nada. Devem andar no laréu e ainda bem.
Beijinhos dolces Laurita



 
Kim, resolve com caminhadas das grandes, com almoçar e jantar sem vontade, e com uma cicla para correres atrás das cristinas que andam no laréu ahhhhh, agora mais duas ninas gostariam de se juntar ao grupo, eu e Luisinha, ah, a gente emagrecia que nem sei...mas com ou sem a barriga de rei, eu adoro-te rapaz lindo...serás sempre o Kim como nunca conheci outro igual...

Beijinhossssssssssss

da dolce.



 
Laurinha,

Passo um pouco apressada, mas deixo um beijinho para ti... =)

Estrela d'Alva



 
Bigada ninita..

Beijinhos pra tu.

laura



 
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