A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


sábado, outubro 02, 2010

 

E porque não amarei:


Dançar, ouvir música, sambar (não tão bem) uma barrigada de músicas de África... um tango que seja, uma modinha das nossas... e porque não? Por ser surda? e depois? tomaram muitos que ouvem bem dançar como eu! sem vaidade... e o Moa que o diga! Moa, sabes que desde que dançamos na rua em Tabuaço, a lua cheia iluminava a longa Avenida quase junto à Fonte da Moa... nunca mais esqueci a beleza da cena, porque foi irreal, foi algo tão espontâneo, tão puro e belo, e ter os Tenores, Ana, Kim e Verdinha a cantar, La chanson des vieux amants eu a ouvir foi simplesmente divino! que bom que o Osvaldo fotografou e o Kim filmou!

Ser surda não me impede de gostar de sentir e ouvir (graças ao meu implante de cocleares, a música virou outra. Já não preciso de estar agarrada às colunas do som, porque até ouvir os meus novos sons, era de ouvido (pouco) agarrada nas colunas para sentir a vibração, ou no chão de madeira e que saudades do chão de madeira dos salões de dança de antigamente! Era aquela vibração louca que mexia comigo e não me deixava parar, de bambolear tudo quanto era música! E ainda o faço nos dias de hoje!

Ouvi até aos seis anos e já dançava pela casa, tínhamos um Siemens e era uma maravilha cantar com o pai...
Perdi o som! Foi-se num dia qualquer da vida! E voltou noutro dia, há pouco, muito pouco e nesse pouco já consigo ouvir as minhas músicas de antes, quando dançava nas danças de garagem ou nos terraços das amigas, por vezes eram conjuntos e nem pensem que desconhecia a maioria das músicas daquele tempo! Sei letras de cor que gente da minha idade já esqueceu, sei ritmos e juraria que até lembro dos sons, se nunca os esqueci, a Móonia, ui, que romântico.. Adieu Candie Joly, as amigas traduziam, o meu pai dessas músicas nem gostava muito. A guitarra toca baixinho, sei a letra todinha ainda hoje. Há dias ao ouvir as minhas músicas aqui no blogue (La Novia) as lágrimas correram por mim, voltei ao velho e amado som da minha juventude, e soube que era a dita canção do António Prieto, somente por ouvir e sentir nas colunas num baile... e hoje acompanho-a toda sozinha e nem preciso colar as mãos na coluna... o Rafael; sem Laura! o Michele; Dite à Laura che la amo, ah, minha nossa que saudade, basta ouvir as que já conhecia e é no momento que sinto que são as minhas canções preferidas dos meus 15, 16, anos... e as canções do Adamo que a Ligia menina mais novinha, cantava para mim a letra em Português, La nuit, Cai a neve, Ela, e tantas outras, sei-as de cor também... o que quer dizer que o surfista está a surfar a onda e me ajuda a entender cada vez mais nitidamente.

Lembro o rapaz que dançou comigo (Luis) e que alto e lindo ele era, ao som das canções do Roberto Carlos ele tremia enquanto me encostava ao seu peito, como eu tinha os cabelos pela cintura, as mãos ficavam debaixo do cabelo. Os pais estavam ali... e foi um castigo os outros rapazes que me vinham buscar e eu só queria dançar com ele, fazia de conta que nem os via, até que a mãe me chamou a atenção que não devia dançar sempre com o mesmo ehhhh, ele fazia de tudo para ser o primeiro ou seja, não arredava pé dali ahhhh mas que magia de momento. O moço nem conseguiu desligar depois do baile (em casa de amigos) no Bairro da Cuca, quando fui embora era meia noite, ficou ali a ver-me ir, encostou-se ao muro com os amigos a gozarem-no. (a dona da casa contou-me dias mais tarde) Ao outro dia passou lá na minha rua, centenas de vezes a ver se me via, e eu tolinha, fui com os pais para a Funda almoçar o tal do cacusso grelhado pela comadre Domingas ... e a minha tia quando cheguei a casa disse que andou ali um rapaz de mota para cá e lá e a olhar para a minha varanda e ao outro dia soube que era ele, Pára-quedista e que foi nesse dia para o mato, estava de licença e se querem saber, é da mesma terra que eu! Valença. Pois é, mas que amei dançar com ele, lá isso sim, que ternura! depois veio o 25 de Abril e! Moço lindo, que a sorte te acompanhe por todos os dias da vida! Não estava destinado que teríamos mais tempo para nos conhecer. (um dia abalo até Valença e espero que ele apareça, só pode né?)

É por isso que não me canso de dizer que ser surdo não impede a vida de avançar, de amar, de querer sentir como todo mundo, a maravilha que a música faz nas nossas vidas, porque na minha faz milagres! se quando não a ouvia a fazia para mim! Quem não sabe fazer sons para dentro, quem não consegue fazer uma bela sinfonia de sons imaginários? e dançar? ainda hoje danço sozinha aqui junto ao pc. Na rua nem preciso de auscultadores, a música flui de dentro!

Mas não esqueço que o meu ouvir não é tão puro como o vosso. Não sei distinguir as vozes, uma voz desafinada pode muito bem soar-me lindamente. Não gosto de vozes fininhas, soam-me apenas num ruído imperceptível... Gosto de sons fortes, especialmente batidas, as batidas dos tântâs de África dos meus tempos de rapariga, ouvidos na natureza junto à fogueira, apenas à luz da lua, ah, que magia de sons os do batuque. O que não quer dizer que não aprecie uma música suave, ternamente embalada em palavras e abraços!
As que tenho no blogue são na maioria do meu tempo... (este post saiu a propósito dos amigos bloguistas que me escreveram emails e nem são poucos!) a pedir que lhes explique como consegui por ali tanta música!... Claro que sei fazer muita coisa no pc, devagarinho aprendo, mas as músicas assim tantas e tão lindas? Há sempre alguém que ajuda, que faz, que coloca... alguém que percebe muito de músicas e faz páginas musicais para os amigos e nisso perde muito muito tempo, pois não basta clicar aqui e ali e já está!

Hei-de rodopiar pela vida
ao som dos teus passos nos meus
hei-de dar-te para sempre
na minha alma guarida.

Se me sinto feliz
ao percorrer contigo
mesmo em sonhos
os caminhos da vida!

Porque a vida não permitiu
que nossos passos continuassem
nossas almas pudessem estar juntas
e nossos abraços jamais se desligassem!

Anda dançar comigo meu amor
há lugar para nós neste mundo
há lugar para todos os que sentem
que o amor é que faz girar o mundo!



Tenham todos um feliz sábado!





Comments:
A lua não tem ouvidos e dança
no espaço sideral
até mais não.
Tu, cara Laura,
não precisas de ouvir a música para rodopiares que nem a lua.
Tu és a própria dança,
à solta,
na Rua.
Beijinhos
André Moa



 
Uau, mas que maravilha de comentário eu acabei de ler! Moa, nem me envaideças ó meu querido rapaz!

Pois fica sabendo que dançar contigo é um privilégio, e nem foi preciso um salão, música e afins!

A rua tornou-se num palco iluminado, os músicos apareceram nem me perguntes de onde, as vozes que fizeram coro ouvi-as mas não as vi, assim! Momentos lindos a vida vai-nos dando e quem diria que serias tu o par que me levaria através das montanhas!

Beijinhos querido Moa cheios de ternura da nina laura



 
Laura; Tocou-me muito o que escreveste.
Antes de o ter lido tinha já enviado para ti qualquer coisita para ouvires!
Espero que te soe a céu! Para ti que ouves de forma diferente mas talvez mais bela que a nossa, enviei-te Madame Buterflay de Puccini.
Com a amizade de sempre,
Getta



 
Laura: Volto aqui para te dizer que a voz que vais ouvir é fininha, mas mesmo assim pode ser que a orquestra te atraia . Porque para mim é muito belo!
Queria corrigir o nome da ópera porque Batterflay é assim e não como escrevi.
Mais um abraço
Getta



 
Querida Laurinha
Tu tens a música dentro de ti. Os ouvidos só ouvem, a alma sente.
Continua a dançar, Flor de linho.
Beijinhos
Maria



 
Pra vc tb.

Lindo seu blog.

Prazer, ΛмeвΛ!



 
Os homens não choram, né?
Lêem e guardam interiormente.
Vou aprender a falar para tomarmos um café.

Já agora, Valença é logo ali ...

Um bom domingo.



 
Agora estou velho para aprender a dançar.
Os sapatos já não são o que eram; já não rodopiam como antigamente, só se arrastam e depois desta "cacetada" que o governo decretou ... dançar, já era.

INTÉ!!!



 
Ès linda,
na tua força, na tua sensibilidade,
é lindo ver como gostas da vida,também adoro musica, dançar, a vida fica bem mais leve
beijinhos



 
Getta, tenho a impressão que não é assim que se escreve nem da primeira nem da segunda, é butterfly pois posso não ouvir nem saber falar correctamente Inglês, mas vivi na África do Sul 13 anos, trabalhei no General Post Ofice na Church Square e aí sim, Inglês escrito é comigo!

Sim, já conhecia a Madame Butterfly, de Puccini, eu ouço música variada, embora não a entenda como todos que têem as suas preferências distintas...eu entro nas páginas de música e por vezes clico à sorte e tenho sorte mesmo porque aprecio o que ouço. Quando não gosto, passo à frente! Apesar de não gostar dos sons fininhos como disse, abro uma excepção para as musicas da Vangelis, da Era, Sarah Maclaclan (Angel) da Lisa Lewis e muitas outras. Não gosto só dos nossos fadinhos.

laura



 
Maria, ainda hoje de tarde dancei por aqui, rodopiei pelo quarto e soube-me bem, e cada vez sabe melhor pois os sons vão-se tornando distintos, e não são como a mistura do dia em que coloquei o surfista.
Hei-de dançar sempre que possa e se ouvir, melhor.
Um beijinho da laura



 
Ameba e os eu também é, já lá fui espreitar.
beijinho da laura



 
Xistosa, já estás como a minha amiga Zézinha que pensava que por ser surda tinha de por força de ser muda..imagina a surpresa dela ao ouvir-me falar ao telefone, bom, desatou a chorar e a minha Neide confusa por ela chorar até que entendeu..

Eu entendo tudo e tu nem receies que eu não te perceba ou que tu me entendas a mim, mas que confusa como dizem os madeirenses...


Marca o dia do almoço...mas vou falar com o Nuno primeiro por causa do trabalho dele

de tanto falarmos em comidas, saladas e arroz, ah que bem caía agora um arrozito dos teus..

Abraço da laura



 
Querida Luna, se fica, por vezes parece que só apetece música e não fazer mais nada... e escrever prende-me aqui, prende-me à música, ao amor...

Um abraço apertadinho para ti, da laura



 
Xistosa, os sapatos são os mesmos, nós é que temos mais uns anitos em cima, logo... parece que o rodopio se transformou em slow...


um abraço da laura



 
Eu já não posso dançar(e o que eu adorava!!),por via das canetas paralisarem, mas felizmente delicio-me com as tuas/nossas músicas dos célebres anos sessenta que glorificaram a nossa juventude!!Nessa altura sim, ninguém me vencia num tango, numa valsa numa rumba ou no tão célebre rock que nos desmantelava todinhas...

Aínda bem que o teu surfista, já começa a surfar sem te chatear com o marulhar dos barulhitos chatos...

Continua assim, dança, rodopia, ama...

Beijinhos Muitos



 
que belo texto Laurinha... você abordou dois pontos muito interessantes...

a música, realmente, é uma arte muito nobre... ela faz parte das nossas vidas sim... basta ver que normalmente, os grandes momentos da vida têm sua trilha sonora própria. sempre tem aquela música que qndo ouvimos nos leva para algum tempo distante e que marcou nossa existência... isso é muito bom... alem de a música nos ajudar a relaxar, a nos divertir e por aí vai...

interessante também você dizendo que ouve de forma diferente, mas que nada... a Maria falou tudoo: "Tu tens a música dentro de ti. Os ouvidos só ouvem, a alma sente".

parabéns pelo texto e vou te dizer, tem muitas músicas que tu colocou aqui que eu gosto e já começo a cantar junto... hehe...

abração, moça! =)



 
Sol, um dia quando o sol voltar a brilhar para ti, vamos valsar as duas no meio da rua! Eu faço a música, e vais ver que batemos o pézinho na perfeição. Deixa que a tua vida asserene, os dias sejam mais calmos e acredita que isso vai acontecer, assim vês como falo verdade, eu levo-te na ponta dos pés através das ruas da cidade...faremos rir quem passa? e que interessa isso...e já agora a menina tem ritmo? ah, que pergunta tão desnecessária...

Um domingo bom, aqui chove a cântaros, que não sejam de barro...

E já agora; a menina dança? segura na minha mão e vamos rodopiando por aí ao sabor da vida que mesmo quando nos magoa, a gente quer vivê-la a todo o custo, mas que sorria mais para ti, precisas do teu sorriso de volta, aquele sorriso tão lindo que tens, mesmo em meio ao sofrimento. Adoro-te sol minha maninha querida.

Laura



 
Mr Gomelli; garoto, segure minha mão e vamos valsando , acho que ainda precisa de sentir como era dançar no nosso tempo (dos cotas, anos 60) eu o levarei dançando pelas ruas da cidade. Não agora que chove muito muito e ficaríamos todos encharcados. Mas façamos de conta, bote pézinho de dança comigo, no fim paramos no café centenário A Brasileira e beberemos um chocolate quentinho, espesso que é do melhor que há...

Um dia há-de cá vir eu mostro-lhe a minha cidade, mas num dia de verão ou de primavera...

Beijinho de feliz Domingo.

laura



 
Laura
Minha querida tu sentes e vibras a música melhor que muita gente e sabes porquê? Porque a vives com sentimento e isso é importante para apreciamos tudo.
Todas as músicas que oiço no teu cantinho, são as mesmas que me fizeram tremer de emoção...e muitas levam-me para locais tão distantes!
Eu digo que a música é o meu eco. É o teu também!
Beijo



 
Bacouquinha querida, apreciamos as duas as coisas belas da vida!

As músicas fizeram-nos sonhar em África, na terra amada. Quem dera que o tempo parasse e fosse fácil lá voltar e encontrarmos tudo na mesma, e termos a idade de antes!

Há meses fui com amigas ao B. jesus e entramos na Igreja onde decorria (já a finalizar) um casamento. e foi a primeira vez que ouvi a marcha nupcial tocada ao vivo...meu Deus, que emoção, fechei os olhos e deixei-me estar ali entre as pessoas que lá estavam, soou tão bem, tão bem, fiquei toda em pele de galinha!
Assim; faço por dar valor a tudo o que de bom vai aparecendo e assim dá para diminuir a tristeza de certos dias.
Um xi apertadinho da laura



 
Dançar é sonhar ao som da musica, deixando nosso corpo vaguear á sua livre vontade.

Ama e dança como sempre o fizeste com o carinho do som que agora mais do que nunca ouves e podes sentir.

Que saudades do nosso fim de semana onde eu te roubei o par para um passinho de dança maravilhoso.

Beijokitas linda



 
Parisiense, não me roubaste o par, ele era o par de todas, e que bem que o Moa dança!...
Foi lindo, foi algo que espero que aconteça em todos os encontros, aquele amor genuíno, aquela paz e camaradagem onde todos dão as mãos...é por isso que lhes chamo a festa cigana, são dias, dias que perdurarão pelos tempos...

Um beijinho e dançamos mais em Arouca..

Laura



 
Não abandones a saudade, ela faz parte integrante de nossa vida.
Eu também guardo recordações que levarei comigo juntamente com minhas cinzas. Recordar é viver. VIVA a VIDA.



 
Lauirinha

Que ternura ler este texto.
isso era no bairro da Cuca? Mas a mamã estava à Coca?
Desejo-te muita, muita sorte, querida amiga.

Estive a fazer uns trocadilhos a partir de Cuca...são engraçados, mas escuso-me a partilhar.
beijos



 
João; por mais que quisesse jamais o faria, nem a saudade deixava...que a esquecesse.
Um beijinho da laura



 
Zézito; era sim no bairro da Cuca onde vivi uns meses quando chegamos a Luanda até se arranjar o apartamento na cidade em S. Paulo.

à coca? só a mãe? ahhh e o pai também, mas estavam de costas na conversa e ele aproveitava (com od evido respeito...apenas encostava o peito ao meu, ah, nem penses que o porta chaves foi ali, nada disso, ele era um amor..mas não estava fadado, oh que ternura, ainda lembro as nossas roupas, ele camisa azul clara, calças à betinho como lhe chamavamos, cabelos pretos curtos e devia andar pelo metro e oitenta... eu camisola das galerias s. joão em lã verde azeitona mais para o escuro toda arrematada a corte e cose, já nessa altura... calças à boca de sino pretas e sapato mocassim...oh devia ter uns 50 kilitos..
belos tempos e saudoso..
Um abraço apertadinho da miuda de Braga.



 
aFINAL, VÊS QUE VENHO CÁ

bEIJINHOS



 
aFINAL, VÊS QUE VENHO CÁ

bEIJINHOS



 
Zézito, já vi que sim e até vens a correr...
já li o mail, bem me ri, és um nino e tanto.

beijinho da laura



 
Lindo post! Música é tão boa para a nossa alma... Mesmo com a deficiência auditiva, vou em busca dela. Ah, como gostaria que nos dias de hoje houvesse dança a dois. Meus pais sempre falam dos bailes que iam na juventude. E eu sou do tempo em que os jovens dançam sozinhos ou em grupo. Não há aquela ternura que você relata tão bem aqui. Beijos para a minha querida Laura!



 
Lu, é verdade, hoje dança-se separado e dança-se com todo mundo, mas o antes era lindo. O homem enlaçava a mulher, a moça a rapariga, e rodopiavam, havia quem encostasse o rosto bem juntinho, dependia pois os pais nessa altura não davam liberdade para meninas saiíem de carro com o namorado...nem andar junto de homem na rua, nada disso... Hoje têmd e tudo usam e abusam e daí já nem ligarem ao dançar de abraço bem abraçadinho ehhhhhh.
Beijinho da laura



 
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