A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
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Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


sexta-feira, fevereiro 26, 2010

 

Anda comigo até à minha Sanzala!


Todos os fins de semana te levo comigo para onde quer que vá. Já andamos pela neve, pelos campos verdes, as cabanas à beira rio, os assentos do Citroen, os fins de semana com os nossos amigos da blogosfera, as bicicletas de montanha, ah, desta vez arrisco ir mais longe e levar-te à minha terra amada. Já sei que também lá estiveste e sabes por alto o que sinto quando se fala dela e a ternura nos envolve quando em espírito lá voltamos.

Porque a minha terra não é qualquer uma, ambos sabemos que ela é especial, linda, amante da paz, embora a guerra já tivesse começado à muito e os nossos amigos, companheiros de infância, tivessem lá perdido a vida e nunca mais regressaram ao lar, o lar de onde nunca deviam ter saído para que a vida fosse diferente, mas, de pouco ou nada valeu. Tornamos a vir embora, tornamos a deixá-la abandonada, enfim!
Hoje deu-me aquela saudade, porque ainda há pouco falamos nela, tantas horas, tantos momentos belos a recordar o porquê de lá estarmos e o porquê de não nos encontrarmos lá, porque aí sim, aí o nosso futuro seria diferente, mas, a vida é cheia de mas, e o futuro a Deus pertence!

Assim; anda comigo para a a Sanzala, aquela Sanzala da paz, do amor e das madrugadas inebriantes em que o amor era mais amor, e a beleza circundante nos deixava extasiados. Anda comigo assistir ao por-do-sol, não há outro tão igual, tão vermelho, tão lindo, porque era ali que eu te sonhava encontrar e contigo dançar ao som dos tãn-tãs ali na minha terra distante, aquela que me fez chorar quando atravessei o mar, o mar que não me esqueceu e continua a chamar por mim no seu marulhar!

Anda comigo à minha Sanzala, eu levo-te a ver as crianças lindas, puras que ainda têm alegria no olhar, mostrarte-ei a cabana da mãe Domingas a mãe amiga que tanto me ensinou e lá ficou! e a alegria que mora no meu povo, o povo que aprendi a amar, mesmo de cor de pele diferente, porque eu sou mais de lá do que de cá, porque aqui já quase não há povo, tornaram-se egoístas, fechados, inebriaram-se cedo demais pela paz que nunca chegou!
Anda comigo meu amor, fecha os olhos, sente-me, sente a minha mão entre as tuas, e sente que o meu amor é para sempre! O meu amor que já vem de há milénios, e continua em busca de ti sem se sentir perdido, porque tu sabes que sim, que viemos para nos encontrar, nem que seja mais perto do fim!...





Comments:
a CADA CRONICA TUA,TE OUÇO E VIVO MAIS ,AMADA lAURITA,A AUDIÇÃO PERDENDO RÁPIDAMENTE ,DAS ANESTESIAS MINHA EM CIRURGIAS ME FAZ SNIF,CADA VEZ MAIS A TE OUVIR,SENTIR E ABRAÇAR,SNIFF COMO SE FOSSE!

VIVA LA VIDA!



 
Ricardinho, Tem aparelhos e implantes de cocleares, lgo, pode sempre ouvir algo...mas eu ouço melhor sendo surda, acredite que sim, ouço a voz do amor no silêncio e no barulho mal se entende...
Um abraço apertadinho da laura.



 
Laurinha
Leva-me à tua Sanzala. Deve estar bem quentinho, e eu acabarei de descongelar.
Estou doida com este clima maluco.
Beijinho
Maris



 
Muito obrigada pelo teu comentário na minha "Casa". Gostei deveras!
Tal como gostei muito do teu texto.
Levaste-me a reviver algumas passagens da minha história, que mais lá para diante relatarei.

Bom fim de semana

Beijinhos
Mariazita



 
Maria, levo sim, para já a minha Sanzala está dentro de mim, assim como o amor da minha vida também vive...
Abraço-te com ternura e deixo-te aquele quentinho da alma!
Jinho da tua flor de linho, laura



 
Laurinha! Sei que quem viveu em África a terra mãe como chamam,tem este clamor de dor,a saudade se entranhou em seu ser, e jamais o cheiro a savana,e as sansalas não esquece.Gostei da tua leitura,repleta de saudade.
Beijinho e bfs Lisa



 
Sei lá! Laurinha às vezes penso que tu bem precisavas dar um passeio em Angola pra matar de vez essa saudade.
Pensa nisso.
Beijos.



 
Audição minha,amada minina fraterna miha(amaria que não só fraterna fosse!)jeito tem não,pois anestesias essas com a audiophonia minha,escafedeu-se yesss mas...Beethoven assim viveu ,por que não eu a vive deixar?

das vidas coisas e das coisas vidas escolho o silencio auditivo,quase de nós due!

te amooooooooooooooooooooooooo



 
Agulheta, vivenciando a doença se entranha na pele no sangue... é lindo, é ternura, emoção, é amor!
beijinho a ti, laura



 
Alves, nem que lá voltasse!

A minha terra morreu
morreu no dia em que a deixei
morreu no dia em que mais a amei
quando atravessei o amr
nas asas de um pássaro cinzento
olhei-a para nunca mais
até este momento!...

Não, meu querido Alvez, é impossivel que ela volte a ser a terra amada se eu lá voltar decerto estragarei tudo, porque tudo mudou, tudo se renovou na destruição, não vale a pena, quem lá volta vem de alma a sangrar!...
Abraço apertadinho, mas quem sabe se o meu amor aparecer, e de mão na mão, possamos lá voltar, ah, isso sim, ia pois, para lhe mostrar os meus lugares amados..sonhados..
Um xi da laura



 
Pois é Ricardinho, pois é, que pena, ams deixe pra lá o nosos Bethovenn também compôs lindas partituras, e era surdo sim..
Abraço apertadinho, laura



 
Acho bem, querida Laurinha, guardar as boas recordações que tens da tua cidade natal no teu coração porque, como dizes, tudo mudou e arriscar-ter-ia a sofrer uma grande desilusão por ver tudo o que gostaste estragado ou simplesmente desaparecido.
As lembranças do coração não mudam pela negativa, pelo contrario, às vezes, a nossa imaginação aumenta um pouco a beleza das coisas.... mas é tão bom !

Beijinhos

Verdinha



 
Vivi 14 meses numa "sanzala", por motivos de força maior.
Estava numa cubata com adobes, mas que tinha, GRANDE LUXO, duas janelas.
Lembro-me do cheiro a fuba e peixe seco, mas uma "batucada", logo ao acir da noite, prolongava-nos o fim de semana.
Os cheiros da minha "sanzala", que não voltarão nunca e os banhos colectivo, numa "fonte" com "banheira" enorme e cimentada.
Tempos das baratas voadoras, enormes, que nos obrigavam a falar com a boca meio cerrada ...
Dos cafezáis, cujas flores nos atordoavam com o seu perfume que era penetrante e inebriante.
Mas saudades?
Acho que não tenho.
Passou, passou.
Foi uma etapa da vida.

Caríssima distribuidora de amor, calor, contentamento e ânimo.
Um bom fim de semana.



 
É isso verdinha, as boas recordações ninguém mas vai tirar.
Era um mundo diferente onde havia mais amor e tinha o pai, ainda.
Hoje viraram tudo corromperam tudo muito mais que antes...
Fico-me pelos bons momentos, seja no trabalho, no grupo de amigas de todas as idades, seja o que for, Luanda é parte de mim, tão somente..
Beijinho, laura



 
Que luxo ó Xistosa, duas janelas, a maioria só tinha uma porta e chegava bem!
O que eu gostava era da vida ao redor das ditas, a azáfama do dia a dia, moer o milho ou a mandioca, e bate que bate e bate que bate, xi, assar batata doce na fogueira e esperar ansiosamente por ela. Tudo era bom para assar, o inhame, peixe seco detesto e o cheiro uiiii foge foge laurinha, mas, habituavamo-nos.
Fazenda de café tinha o meu amigo Fernando Ramalho em carmona, que fazenda! vi o café verde, amadurecer, secar aos kilómetros, e o algodão, em todo o lado nasciam as plantinhas do algodão, era como as margaridas aqui pelos campos...e quantas vezes tirei algodão, quantas vezes, plantas de haste seca, muito lindo, os cheiros esses estão em mim, impossivel tirá-los de cá de dentro! e do tabaco que as pretas fumavam, quando não viravam a parte acesa para dentro da boca, ehhh, que coisas elas faziam essas mulheres!

Um abraço da nina saudosa do mundo onde foi feliz. laura

e não me digas para esquecer, porque não, não, jamais, dentro de mim há lugar para todas aa lembranças, mais, as boas, as más não cabem!



 
É isso verdinha, as boas recordações ninguém mas vai tirar.
Era um mundo diferente onde havia mais amor e tinha o pai, ainda.
Hoje viraram tudo corromperam tudo muito mais que antes...
Fico-me pelos bons momentos, seja no trabalho, no grupo de amigas de todas as idades, seja o que for, Luanda é parte de mim, tão somente..
Beijinho, laura



 
Laurinha!

É sempre bom lembrar a nossa terra, a nossa gente. A tua Sanzala, tem beleza africana, uma natureza tropical, um narcer do sol no horizonte todos os dias, uma gastronomia divinal, mas também tem ódios, revoltas e agressividades, o que não invalida de te trazer saudades.

O passado não reconhece lugar, porque no coração "da gente" está sempre presente.
Tua Sanzala, teu passado com ressalva, memórias que te alimentam a alma.

Beijinhos

L&L



 
pega, pois, minha mão e leva-me à essa terra encantada, pois, também busco na infância aquele que foi, o melhor de mim.
meu carinho,
anderson fabiano



 
Luisita, depende de nós vivermos as guerras ou o amor, na cidade estava a coberto dela, embora viajasse em colunas militares, por vezes, ou de avião, mas, passei por cima de tudo isso. A culpa? dos homens, naturalmente, sempre com o querer mais dinheiro não importava a troco de quê!
Hoje guardo cá dentro aqueles por-de-sol fantásticos, a magia das tempestades tropicais, o relampejar, a terra abria sulcos tamanhas eram as descargas, e logo de seguida parava como se nem tivesse acontecido nada. E o cacimbo? As queimadas, o cheiro da terra queimada, o café a torrar, menina, amigia jamais se esvai, não d emim.
Saudade sempre saudade no recordar!
Beijinhos e se um dia desse, embora agora nem interesse, levava-te sim à minha Sanzala, feita de amor!
laura



 
Anderson Fabiano, me dê sua mão, eu o levarei para lá das montanhas (como diz num dos livros do Harold Robins, que lie ás escondidas em Luanda, talvez tivesse 17 anos, mas! e sigamos o trilho da terra perfumada a cacaueiros, cafézeiros, as flores do algodão! Paremos perto do velho imbomdeiro que tem milhares de anos, e continuemos. África espera por nós!Angola a terra onde vivi de menina e mulher!
Um abraço apertadinho da, laura



 
Laurinha,

Como eu gostava de conhecer a tua Sanzala. Mesmo sem nunca ter ido a África, adoro África. Tive muitos amigos em Angola e conheci muita da viv~Encia africana, querem tempo de paz, como em tempo de guerra, adoro as suas paisagens maravilhosas.

Aproveito para pedir desculpa pela minha falta de assiduidade e se calhar com a falta de humor com que fiz o último comentário, problemas vários, que agora não interessam para aqui.
Agora não faço promessas, vou tentando vir sempre que puder.
Beijinhos de amizade.
Branca



 
Peço desculpa pelos erros e o mau portugês.
Hoje não acerto uma.
Emendo: vivência.
Beijinhos



 
Branca, eu reparei na falta de humor mas, eu sou eu e entendi, quem é igual a quem sente sempre como a alma anda. Não faz mal, melhores dias virão. Um abraço apertadinho e anda comigo á minha Sanzala, dá-me a tua mão, um dia conto-te os segredos que trago cá dentro da alma...
Não é preciso seres assidua, sempre deixei os meus amigos á vontade quanto a virem aqui, não te estava a cobrar, queria ler-te simplesmente..
laura



 
Laura,
Adorei essa Sanzala em que o amor é mais amor,
em que tudo é partilha.
Bjsde gratidão pelas visitas e sua palavras.
Im fim de semana em flor.



 
às minina, eu num puder ir teu sanzara purquê, ai ué, saúde muito pouquinha, trblho iavulo e quitar malé. ai ué.
Abreijos
André Moa



 
Afinare, eu vais mesme a teu mussoko. Vais aprender mesmo que logo que faz tempo apareço nesse teu sanzala mais minha apuó.Palavra de katchoque



 
Estive 14 meses perto de Carmona.
Era aqui que vínhamos matar a fome.
(Não era nada que não havia fome na sanzala onde estive. Onde dei aulas, tomei conta da cantina e até enfermeiro fui).
Conhecia as fazendas todos.
Aliás era nelas que se faziam muitas "operações" militares.
Era a zona por excelência do café.
Gostava do peixe seco se fossem peixes voadores que até não cheiravam tão mal.
Mas depois de estarmos embrenhados, habituavamo-nos.
A cubata tinha duas janelas porque as tinha arranjado em Quitexe e fez-se a cubata em torno das janelas ... rsss, rsss, rsss.
Ainda se passaram bons tempos no meio dos maus ...

Um abração e bom fim de semana.



 
Hello, as you can see this is my first post here.
Hope to get any assistance from you if I will have any quesitons.
Thanks and good luck everyone! ;)



 
Olá Nina,

Não sofreste nada com a tempestade ?
Aqui em casa e à volta, não houve nada. A minha casa está bem protegida pelas outras à volta mas há pouco houve um trovão que me assustou.
Nunca houve disto na tua Sanzala ?
Estou a ver na TV francesa uma emissão sobre a fome que houve na Ukrania, provocada por Estaline nos anos 30. Houve campos de concentração, trabalhos forçados, execuções, ninguém podia falar. E isto foi escondido durante muitos anos.
para saber mais, em francês
Quando há mortes provocadas por catástrofes, é muito duro mas quando há mortas provocadas por interesse político ou outra, é uma vergonha !

"Amem-vos uns ao os outros" e dêem a mão a quem precisa, é o que podemos fazer neste momento de fúria da natureza.

Beijinhos

Verdinha



 
Olá Jordas, obrigada pelos votos de fim de semana, serão chuvosos estes dias, o vento não para de soprar, uivar, mas, aguenta-se. Um abraço apertadinho da laura



 
Esquisito este anónimo que pede "assistance" e que continua anónimo....
É melhor tomar cuidado nos próximos comentários....



 
Olá verdinha, na minha Sanzala havia tempestades tropicais, chuva que caí na terra quente, e ficava uma fumarada a elevar-se da terra, abriam-se brechas nas estradas, terras desabavam, havia sim, e assistir a esse ribombar de trovões e ver os raios cruzar os ares era magnifico. Metia respeito e medo, se metia, mas ao mesmo tempo era lindo!
Anónimos, esse nem sei o que diz mas por norma, apago-os quando não se identificam e não dizem coisa com coisa como foi uma alma que apareceu querendo passar por outra, enfim..é o pão de cada dia dos bloguistas. Abri as portas para a Luisinha poder comentar, e claro, vem logo quem pensa que está na cabana do pai Tomás..
enfim!... Beijinhos e bom domingo, laura

Ah, no cmainho para a minha mãe eram árvores caídas, partidas, fios eléctricos caídos na estrada, travei, mas pensei, se os outros passaram..lá vou eu, e ao para cá mudei de caminho. o vento devia estar doido de todo.
beijinhos.



 
Deves ter muitas saudades dessas terras lindas onde viveste não tens Princesinha?
Podes não ouvir, mas tens os teus sentidos (os principais) muito apuradinhos, és uma "garota" bué de fixe e que um dia quero dar aquele abraço bem apertadinho.
Jinhossssssssss



 
Ana Paula, o abraço bem apertadinho já to dei em pensamento, logo, já deves sentir que é puro é de amor, amizade, carinho e mais uns pózinhos de perlimpimpim..Beijinhos, laura



 
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