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Quero Alguém O meu tecer de Esperanças!... Já escalei a minha montanha!... Amar-te-ei Sempre!... Não te vás nunca!... Não foi o ocaso |
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Tempos idos!...
Quando cheguei a Serpa Pinto, com 17 anos, faria 18 em breve, não sabia ainda o que era a vida de mato, pois a casa deles, da Irene e do Óscar, onde vivi durante quase um ano, era uma casa normal, estilo colonial, enorme, com uma sala onde dançavamos e cantavam fados, de vassoura a fazer de guitarra e a Côca cantava, diziam que muito bem... e eu que julgava que ir no mato era dormir no chão, mas dormi muitas vezes no chão, noutras terras pelo mato... e, não fora o meu pai sempre a pedir que fosse para casa...teria ficado por lá, tanto amei aquele pedaço de África, e as suas gentes... (vá que não dormiamos na rua entre folhas d'árvore...) e, naquele aglomerado de casas, (6) pois apenas ali vivam a Irene e o Óscar e os professores, a Rosa Maria, que hoje vive aqui em Braga... a professora Lina (Indiana) e o marido, o Snr Ferreira, invisual há muitos anos, (adorava ir visitá-lo a casa), sentavamo-nos na soleira à entrada, enquanto a Professora Lina dava aulas, nós conversavamos imenso, e, muito aprendi com aquele homem, amoroso, lindo, mas, que cegou muito cedo, e ali, deixou de exercer o cargo de professor... ainda guardo a última carta que me escreveu à máquina, e soube mais tarde que tinham falecido os dois. Foram uns amigos muito queridos, muito amados ) já eram entradotes, e tinham filhos já adultos, o rapaz, o Ivo, bem se atirou à nina laura, trabalhava num Banco, e o meu amigo Diogo, que andava comigo por todo o lado, era funcionário da mesma empresa que o meu pai... pregou-me uma partida; parou em frente ao Banco, eu questionei-o com o olhar ; o que foi, porque paraste aqui? ele enfia a mão no bolso, tira de lá uma moeda de dez escudos e diz muito calmo; toma, vai lá abrir uma conta para veres o rapaz!... Ai que carga de riso no meio da rua...Por acaso nem gostava dele, mas, ainda assim, foi pedir a minha mão ao meu paizinho adoptivo. Credo, que envergonhada fiquei...
Mal cheguei, andei a ver os arredores com a Irene e o Óscar, a Côca e o Béquinho, respectivemante, porque é assim que lhes chamo... o dique tinha rebentado, já estava de calções, t shirt, fomos todos para dentro da água que nos dava pelo pescoço quase, carregar pedras de mão em mão, para que se procedesse à reposição delas, amontoadas e, lá conseguimos, eram adultos, jovens, crianças dos flechas, enfim, uma entreajuda preciosa e tudo ficou como devia ser. E o béquinho muito admirado só disse; saguin (nome que ainda hoje me dão, pois era o macaquito mais pequeno que há em África) nunca pensei que fizesses isso de te meteres no rio e ajudares, te molhares toda, enfim... como vens da cidade! surpreendeste-me... e remato eu; pois é, ainda não me conheces!... a laura faz de tudo e é aventureira quanto baste.... só depois de passar o perigo é que olho para dentro de mim e digo; rapariga; exageraste... Mais tarde fomos ver lugares onde a natureza era o mais puro que há, onde a mão do homem nunca entrou, a não ser para fazer a ponte de lianas das árvores, entrançadas, sisal, o que tinham, e, passei a ponte estreita, tinhamos de nos agarrar aos dois lados, aquilo balançava que sei lá, num arrepio de medo e prazer, pois, tocava nas águas profundas do Cuando, o rio onde me banhava quase sempre que o tempo o permitia... e quando o Diogo me disse que os jacarés costumavam passar ali áquela hora, ahhh, nunca dei passos tão apressados para sair da parte que tocava na água... E, num desses passeios, iamos de jeep ou no Volvo do Diogo, branco, ao fundo na foto. .. pela mata, deparamos com uma mulher que tinha acabado de dar à luz, sim, ali no meio das árvores, folhas ramos curvados e era a casita deles, o bébe, um menino, ainda tem o cordão umbilical e a mãe, está atrás de mim, semi deitada. Depois de cuidado, enrolado em panitos, peguei nele, que emoção senti por ter assistido a algo que na cidade, seria impensavel... A Irene como enfermeira, cortou o cordão, e, foi a primeira vez que vi tal acontecer, o bebé era bem grande e gordinho... Nem médico teve, nem balança para o pesar, nem as comodidades que devia ter, enfim... e lá se criou como muitos, nascidos em bons hospitais...
Comments:
Olá Paulinhaaaaa, para quando aquele encontro marcado e sem data marcada? As meninas não se aaaaresolvem?
Beijinhos. Yussef, entradotes, pessoa já entrada em anos, ou seja, na lingua dos jovens, cotas, pessoas mais velhas, quando eu tinha 17 eles teriam ai uns 66, 67 por aí..e agora como já vou nos 57 digo assim; mas que nada, eu cota e velhota? que nada...entendeu? beijinho.
Laura
Venho aqui - e penso que pela última vez - por dois motivos, a saber: 1) África é África, e depois que a conhecemos, guardamo-la. Eu vivi lá, gostei muito, mas não tenho saudades, como não as tenho de nada, ou, no mínimo, algumas de algumas coisas. Sou assim e não será aos quase 68 que vou mudar. 2) Que fique bem claro: não ando, não andei e nunca andarei no «tanto dá até que fura». Aprecio o teu blogue - mas ñunca tentei, tento ou tentarei impor-me a quem quer que seja. Tens todo o direito de não gostar do que escrevo ou do que eu sou. Nem precisavas que eu to reconhecesse. Tens e pronto. Ponto. Penso não te voltar a incomodar; caté. E obrigado.
Bela historia...mais um bébé como tantos outros nascidos e criados no mato.
Uma ternura esse momentos que acontecem sem avisar e nós estamos lá para os ver!!!! Beijokitas e bom fim de semana.
Laura
A ternura que ainda prepassa. O tempo passa, mas quando as boas recordações perduram, é porque se viveu, que há muita capacidade de sofrimento. Sobressai o gosto pela vida, pessoas assim são sempre agradáveis. Ando na minha viagem a Angola, onde relatarei a noite da minha passagem a Serpa Pinto, que não considero, como tu, de mato. Senão o que seria a região de Nambuangongo em 1962, onde apenas se podia ver gente fardada, com armas, sempre prontos a combater? Eu próprio dormi, 13 meses, com pistola metralhadora debaixo do travesseiro, sempre em ponto de fogo. Ali era mato, ir para zona de não intervenção, era ir para o Sul. Beijinhos, Daniel
É nina parisiense, aquele nino nasceu naquela tarde, ali no meio de folhas e ervas secas, capim, enfim...foi tão bom ver algo de novo inimaginável... Beijinhos.
Daniel, nós não estavamos em Serpa Pinto,isso era uma cidade ao pé da nossa terrinha onde viviamos com a guarda dos flechas... estavamos para lá da mata, no Missombo, era mais de uma hora de picada, tinhamos hospital, havia o Valombo, a meio do caminho, onde havia o posto dos flechas...ah, aquilo era o segredo dos Deuses e decerto foste lá, eu estive lá em 1968...69... e fui de lá para N Lisboa, e fomos para Carmona com escolta do exército pelas matas, ah, gandas passeatas a laurinha deu...achas que ia chamar de mato a cidade e mentir? nánanináná..não minto...fui ao Cuito Cuanavale de avioneta, andei a ver manadas de caça, de avioneta com os Sul africanos, fui ao Calai, Rundu,foi no rundu que apanhei o avião para a Windhoek, de onde segui noutro para Jhoannesburgo, ou seja Wootrekerwgthe (lia-se fuartrecaruãgta) acho que é assim que se escreve... do Sudoeste, à Namíbia, menino, eu viajei, graças ao meu querido Béquinho... E era bem conhecida no tempo que lá estive, pelos altos comandos em comissão naquele tempo...e, guardo recordações inesqueciveis...beijinhos.
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Que recordações tão lindas, Laura! Sua foto com o bebê é uma graça!!! Beijos nesse coração tão especial...Um domingo FELIZ! Zélia _________________________________
Mau, mau e mais um mau...qual tony? o António? ai que confusão me andas a fazer nesta minha cabeça que já nem sabe para onde se virar!...slow, explica ai que passos são esses, se não souber, ensinas-me, ora pois, o que eu tenho é falta de professores a preceito,desde o inico de lições sobre sexo... porque...se reclamam é por eu não saber a lição toda, pudera, se ninguém ma ensina..depois querem tudo a preceito...bolas, ensina-me que depois mostro o que sei fazer...ahhhhh...slow? uau, bota faladura e explicanço...ah, que atrevida estou..força nina laurinha, não são as atrevidas que têm mais sorte?...
Zélia, recebi a explicação sobre as trovas, entendi, e, vou praticar a ver como sai...Um beijinho meu e obrigada pelo carinho..laura..
Tens uma vida recheada de recordações lindas e tens sorte de ter boa memória !
Não me admiro nada que o "rapaz2 (já não me lembro do nome e se voltar para trás perco o que escrevi...) te pediu em casamento : eras muito bonita e tenho a certeza que ainda és, malgrado as críticas que te fazes a ti própria. Todos nós com os anos, passamos a ter ruguinhas, quilinhos a mais, o corpo a mudar mas é o que está dentro de nós que é o mais importante e quando eu te vir, não será de certeza as tuas rugas ou os teus quilos que olharei mas os teus olhos cheios de gentileza e bondade. Querida, falo com um sotaque carregando ÀS VEZES nos rrr's como todas as pessoas de língua francesa mas acho que me compreenderás lendo nos meus lábios. Pergunta à Paula, à Maria Clarinda, à Lisa, ao Kim e ao Osvaldo se eles têm dificuldades para me perceber Não te preocupas comm isso... Beijinhos Verdinha
Laurinha:
São lindas as tuas lembranças. A África deve ter algum feitiço, quem lá esteve, não a esquece. Mas o nosso Portugal também é lindo. Gosto de sair de cá, ver outros locais, mas volto sempre roída de saudades deste cantinho da Europa. É pequenino, mas é lindo e nosso. Com todos os defeitos e problemas que tem, será sempre a minha Pátria, que meu pai me ensinou a amar e respeitar e amar. Beijinhos, nina
Je vois la vie en vert...não é o ser bonita, é o rais que partam das rugas que se tivesse euros, elas nem sequer espreitavam que eu nem deixava...os papos dos olhos, dos joelhos, de resto come-se, como se diz...
Boa memória, sempre, graças a Deus Pai...quando acordei da operação para removerem o tumor benigno, o meningioma, devias ver o que agradeci...mal acordei, lembrei dos meus filhinhos, dos seus nomes, e disse rápido cá para mim! laurinha; olha o juizinho todo como sempre...eu já sabia que ia ser tudo bom de passar, pois o meu amigo ou o nosso amigo, já me tinha dito que; haja o que houver, no fim, ficará tudo bem...e, ficou... mas, 3 operações em 9 meses, irra, té que enfim, dei à luz o que tinha de ser...mas, que felicidade poder ouvir, sentir a musica a chamar por mim, ah, que bom...Enfim, não posso nemd evos er mal agradecida, mas, quero sempre mais, mais o que acho que tenho direito, e, como ELE diz, procurai e achareis...eu bem procuro, mas...bolas, as coisas boas já têm dono... Eu vou entender-te e os nossos amigos, ouvem-te e entendem e eu terei de ler-te qual livro aberto, mas, descansa que me sinto tão á vontade contigo como se nos conhecessemos há muitos anos, desde sempre... Um beijinho fofinho d a nina das resteas..laura.. Memórias... Lembranças Que a mente não apagou Porque nelas se revê uma vida que durou Uma vida preenchida Uma vida tão amada E tão cheia de amor... Amor por mim criado Amor por mim Nascido Amor por mim tão amado Mas nunca por mim Alcançado!... É assim verdinha, é esse o meu fado, fado mal cantado, mal escrito, mal desenhado...mas é o único fado que me deixa viver, e, enquanto por cá andar, já sei que muito terei de sofrer...
Nina maria, África para mim, é o meu torrão natal, a minha terra que me perdoe, mas, não senti na alma aquela ternura que a mãe África tinha por mim...Talvez porque foi lá que passei o melhor tempo d aminha vida, amei, namorei, fui mulher, tive os meus filhos, ah, só se for por isso, que de resto, aqui, senti-me sempre intrusa, mas, sei amar a terra, porque a terra não tem culpa dos erros dos homens...Ous eja, amo o mundo, amo todas as terras, umas mais que outras, é certo, mas, África minha, a savana, o feitiço das noites de luar, ai minha querida Maria, se lá vivesses uns meses já sabias o que se sente, quando se ama uma terra que nunca de nós ficou ausente...
Beijinhos a ti e claro,e sta é a nossa terra, amemo-la como os nossos pais a amaram...laura
Laura nina minha...aqui não consigo comentar....aqui a saudade doi...aqui a quarta geração desta terra pesa com amor redobrado...aqui deixei a parte linda do meu eu...aqui...choro, porque sim....
Lindo post. Jhs
Maria Clarinda, para nós... África sempre, nascendo lá ou não, ela entranha-se no coração, ela fica banhada pelas águas tão azuis da nossa Baía de Luanda, ela fica impregnada do cheiro da maresia, das flores belissimas, das bananeiras, mamoeiros, ah, aquele cheirinho da terra vermelha...
Terra Vermelha!... (Angola) Terra vermelha Meu grande amor Que me deixou a centelha Das árvores em flor... Terra amada Terra querida Por todos abandonada No melhor da nossa Vida... Terra vermelha Que meus pés descalços Cobriram, percorreram E sobre ela, choraram... Terra minha Terra nossa Terra de todos os que Te amaram... Não nos deixes ir Embora Sem que voltemos A pisar-te E na nossa saudade De novo a voltar A amar-te... Pois é nina Clarinda, quando se ama, nada mais nos resta, senão continuar a amar para todo o sempre...Beijinho da laura..
Uma coisa é certa, enquanto ser humano, vivendo feliz, ou relativamente feliz...pouco escrevi, mas, quando a infelicidade e a dor me perseguem, ah, que Mão de Deus generosa que guia a minha pena e me ajuda a escrever coisas maravilhosas...
Mas, pressinto que; se amar, se viver aquele amor, mais belas poesias escreverei, e, como não há nada como ver no terreno,sentir, enfim, ora vejamos como decorrem as coisas, quando meu coração amar!...
Viva, querida adriana, são lembranças dos tempos idos, em África, a minha terra de eleição..Beijinhos pra vc e suas princesinhas..laura..
Oh Dolce, como é linda esta Nina das Résteas! Tens aqui (na foto de cima) um ar selvagem próprio de quem quer descobrir a vida.
E ... cada um à sua maneira, acaba sempre por descobri-la. Beijinhos Laurinha!
ahhh Kim, se tenho..e agora mais ainda, se não sabes, não invento, ehhh, mas,selvagem, pera que ja posto outras em breve, hoje deu-me para ir à caixa das fotos, e quantas tão giraças...
ah, tempos perdidos na idade da razão... mas porque não me deixaram ou ensinaram a sentir que a vida deve ser vivida como manda o coração!... Que pena Kim, que pena que fui tão mal ensinada, tão mal amestrada, para ser uma boa menina, quando sei que, nada disso tinha importãncia, o que importava, era amar, nos braços de um António que me amasse também...bolas, ó tempo perdido...Beijinhos.
Bem, recuso-me a desfilar ao pé desta moça tão elegante.. Linda Laura, a sério.. Infelizmente a vida vai-nos transformado..Não sei se infelizmente, afinal o interior pode ser sempre melhorado ..Um beijinho Nina de Africa..
OKEI
GAROTA, mas não vivas só com o nosso passado lindo, sim ÁFRICA-Luanda, tem feitiço do pôr do sol, do rufar dos tambores, e da terra-vermelha, por isso este amor não terá fim jamais. Mas hoje estamos vivas, vamos viver intensamente, temos direito a tudo, e vamos agarrar a vida pelas gaitas e viver, já comecei e não deixo por menos. VIVA LÁ VID. beijinho SÃO FAMALICÃO
Bichinho de conta, qual quê, acho que és uma nina muita jeitosona, ainda, pois, ora pois, e mais me olho no espelho e acho que já começo a gostar de ver a nina das resteas mais elegante...o resto vai à oficina, para recauchutar pneus, e por ai fora...beijinhos..laura..
Ó maria da Conceição, essa d epegar a vid aplas gaitas, enms ei bem o que é, vamo tocar gaitas? enfim...tu lá sabes..
Ahhhh, beijinhos. laura.. Homem de ferro, não fosse tão parecido, quase que juraria que o blogue do homem de ferro, só escrevia para mim, ehhh eu nem queria mais nada pois nã? mas que amor, como já disse, encontra-a, o mal d emuitos homens é serem picuinhas e medrosos, rapta-a, e bora pra longe viver o amor...abraço d alaura..
Fiz a viagem inversa.
Fui de Carmona (Zala), para Nova Lisboa e depois Serpa Pinto, onde estive cerca de 6 meses, os últimos dos 31 que "gramei" de Agosto de 1969, a MAR1972. Lembro-me do Missombo, das idas de Berliet até ao Luiana, onde se atravessava para Windhoek. Eram dias e dias sempre com o ronronar dos motores nos ouvidos, em trilhos abertos no deserto de Moçâmedes. Tive a maior visão que até hoje se mantém. Um rio em pleno deserto, com uma corrente fortíssima, não temdo mais de 10, DEZ, metros de largura e cerca de 2 ou 3 de profundidade, que desaparecia nas areis, tal como o Cunene. Só não sei se voltava à superfície, pois não se andava em passeio e não podíamos investigar. Mesmo nos finais de 1971, chamar cidade a serpa pinto, é forçar um pouco uma rua com casas e pouco mais, para além dum "hotel" e meia dúzia de ruas ... Não fiquei com saudades. Acabei por esquecer tudo, mas gostava de voltar a alguns sítios, como Moçâmedes, Sá da Bandeira e a impagável Nova Lisboa. Um dia organiza-se uma excursão e ala que se faz tarde e o barco está para partir.
As tuas recordações são tuas e, se são boas, ainda bem que as relembras!
Só não concordo com a última frase, porque na verdade os tempos eram outros, mas a taxa de mortalidade infantil - em África ou aqui em Portugal - muito superior à actual! Tanto no momento da nascença, como nos anos que se seguiam, devido a condições precárias de tudo! Houve coisas boas noutros tempos, mas um parto no meio do mato, não faz parte desse rol... Beijocas!
Olá Laurinha:Antes de comentar o teu trabalho quero agradecer-te as palavras(como sempre), de carinho que deixaste no meu cantinho.Admiro-te pela coragem que tens de ir ao Sameiro e por lá ficares sózinha!Eu, hoje, tenho medo de me arricar a andar sózinha de carro para sítios com pouca gente.Enfim, medriquitas...o que nem é muito meu...
::::::::::::::::::::::::::::::::::: Uaaaaau...tu eras(és)mesmo linda 'pariga!Akilo a que se chama um grande borracho!!Sempre que recordas África eu adoro, pois mesmo sem ter quaisquer recordações da minha África(Moçambique),eu sinto-lhe o cheiro, talvez por tantas fotografias,por tanto ler e ouvir falar dela, não sei bem,porque memórias reais com muita pena minha não tenho nenhumas.A tua fotografia com aquele "bonequinho" emocionou-me, bolas!Como pode uma Mãe dar à luz no meio do mato ou onde quer que seja sózinha?Não consigo entender,mas, a verdade é que antigamente(e talvez aínda hoje),isso aconteça.Só com uma mão ausente(presente),seja possivél... Obrigada por mais uma vez nos fazeres entrar em África e, Laurinha, recordar é... viver!! ::::::::::::::::::::::::::::::::::: O Slow minha querida, é dançado muito devagarinho(como se estivesses a calcar ovos), e dança-se muito agarradinho ao man(eu detesto!)e só dá pica quando estamos in love senão não tá com nada...E agora imagina se algum dos dois tem mau hálito?!...Lol:) Eu cá, quando podia, preferia uma valsa,uma rumba ou um rock.Nunca fui de Slow's é uma seca, mas também dançei claro!... ::::::::::::::::::::::::::::::::::: A minha Neidinha continua em coma(8 dias),mas, prefiro não falar disso porque me causa muita dor. ADORO-TE Nininha...
Olá Xistosa, que bom recomeçar a ver-te por aqui...sinal que o teu coração continua a bombar vida, e, aesar das dores dos momentos menos bons, cá estás, e isso é motivo para celebrar...
É verdade, quando lá fui a Serpa Pinto tinha 17 acho que cheguei em meados de Junho, e em Dezembro fiz lá os meus 18 anos...A cidade tinha o bar, restaurante (o Porto) cujas filhas eram um monte de parigas, e às quaais conheci melhor (algumas, pois uma até foi minha colega de trabalho nos ctt e demo-nos sempre muito bem, mas, perdemos o rasto uma da outra, era a Beatriz! vivia perto de mim em Pretória e ia imensas vezes à minha casa)lá também tinha dormidas, presumo, e havia um hotel, memso na entrada, onde se alojavam os de mais money, inclusivé um tal alferes barata, que se atirava a mim sem dó nem piedade, só que eu fazia que neme stava ali, e, um dia, acompanhada dos meus paizinhos, iamos lá jantar, tanto olhou, tanto olhou a subir as escadas, que...aterrou cá em baixo, por tropeçar num degrau, é o que dá subir com a vista a descer, enfim, nem tentei abafar o riso...pois já no baile para onde fui convidada pelo major farinha e o tenente Coronel, Martins, queridos amigos e já muito mais velhos...esse barata e outro d enome Rogério, ambos casadinhos, tentaram tirar-me para dançar, ficando numa situação nada invejavel (eu) pois era um braço pra um, um braço pra outro, e o meu par, o moço Xavier, um nino da minha idade, ali, especado sem querer acreditar no que os seus olhos viam, enfim, tempos belos e guardados na alma...mas, aquilo eram umas casas, o hospital, o posto da outra Polícia do lado fronteiro, mais recuado, havia um grande Armazém que vendia de tudo, umas excelentes pessoas, os donos, e foi lá que a Irene comprou o meu disco de vinil, Dite a Laura che'lamo, do Michelle... Havia muita gente, e vou ver se encontro uma foto da nossa casa no Missombo, pelo menos das frentes, a ver se te recordas de a ver lá..ali sim, havia apenas meia duzia de casas , uma oficina, e, mais nada... Eu sinto saudade, pois, não estava lá forçada, e sim feliz, liberta, com uns paizinhos que ainda hoje adoro, vivem em Lisboa, mas, falamos imenso ao telefone, eu falo, eles escutam...e tudo fizeram para me ajudar aouvir, claro que, não resultou, mas, foi a primeira evz que saí de casa sem ter de estar sujeita a nada, eles deram-me a liberdade de decidir, planejar, mas, nunca usei dela, simplesmente porque já sentia em mim, o querer viver como sempre vivi... E foi por ali, pelos rios, pelos estreitos e largos caminhos na mata, que me aventurei, de jeep, a pé até onde desse, e, medo? talvez por não ouvir nadinha, imaginasse que tudo era silêncio...Levava o cão do Diogo, um cão policia, Pastor alemão, ahhh, esse trincava quem se chegasse perto... Um beijinho, mas eu tenho saudade, tenho saudades sim, muitas...pela liberdade que tinha...beijinhos da laura..
Soledada, a saudade é feita de bons e belos momentos, e se a tens, é porque os viveste, seja lá ou na tua alma, o recordar vale por muito...
Aquele bebé amoroso, gordinho, que será feito dele, se for vivo terá hoje 40 anos, claro que não sabe que a nina pegou nele ao colinho e o encostou ao coração; quem sabe, vaticinando-lhe uma vida maravilhosa, feliz... eu sempre soube que daria uma boa mãezinha, e nem me enganei. Ontem o Nuno escreveu-me, depois de lhe relatar o meu dia com a avó, só disse, ui mommy, deixa lá, tu tens queixas e tens razão, mas, não posso dizer o mesmo porque tenho uma mommy linda, kida e por aí fora... Quando era novinha, lembro-me que foi no Entroncamento, terra que anseio visitar, pela saudade que tenho por vezes, de lá viver e de saber que o meu irmãozinho mais novo, já falecido, nasceu ali, e, cuidei dele em bebé, andei lá na escola e conheço caminhos da estação até lá...pelos lugares onde a diário, passava, lembro pessoas que já nem devem cá estar, mas, maravilhosas... e, como ia dizendo, estavamos na rua, o Pai, eu, iamos para casa, mas, ele aguardava que a mãe saisse da casa de uma amiga,fomos ver o bebé dela, a mãe demorou-se, e, estavamos fora do portão, digo eu ao Pai; quando eu me casar,também vou ter os meus bébés... o pai responde-me...minha laurinha, o teu casamento é com a máquina da costura, como pensando que, sendo surda ninguém me quereria, ou levaria, e, conhecendo a natureza do homem, de boa me queria livrar... eu fiquei magoada, e pensei cá pra mim...espera pra veres, hei-de casar-me sim senhora e hei-de ter os meus meninos, e, olha, toma, cá tão eles ó meu Paizinho, sei que não dizias isto por mal, mas, para me defender dos homens...enganas-te-te como viste..meu querido paizinho... Bem, ia no relato daquele bebé que nasceu ali, e... Não, não tenho medo de ir a lado nenhum, mas, quando vou ali, ELE já está a proteger, peço sempre acompanhamento espiritual...nunca falhou... sei que o carro pode avariar, pode falhar, sei que, mas também sei que!...Deus está com quem está bem, também... A Neidinha aind anão acordou? Esperemos pois enquanto dorme, serenamente, o corpo está a reconstruir o que se estragou, devagarinho ela chega lá e, há-de acordar. Nada de revoltas ninas, nenhum de nós, sabe o tempo que trouxe no planeta terra!...Um grande beijinho e abrços sem fim, da, laura..
Querida tété, se eles viviam no meio da mata, e nunca chegamos a entrar no acampamento deles, era demasiado entranhado, e nem havia estradas, eles é que vinham para mais perto da civilização, mas, a maioria era obrigada a trabalhar nas machambas, fazendas, terras para o sustento deles e, a maioria não queria, voltavam para a mata, sem assistência nenhuma, e, nasciam todos assim, qual hospital...se estivessem lá, claro que iam para o hospital tê-los, mas a maioria, nem pensar...e todos nasciam assim até os brancos nascendo nas suas casas, não tinham hospitais perto, eram as mulheres que se ajudavam umas às outras,sempre assim foi...e aqui a maioria naqueles tempos, nasciam em casa, o meu mano que nasceu no Entroncamento, nasceu em casa...eu, no hospital de Valença...o meu mano, idem, esse foi tirado a ferros, diz a mãe que as enfermeiras eram freiras..mas , nina, a maioria em África, nascia assim, os mais pobrezinhos e que nem sabiam o que era um hospital...
Beijinhos.
Ai que pena não ter-te conhecido nessa altura... Não fazia nada, pois adoro a minha joia da coroa e, não a atraiçoaria.
Ah Joãonaquela altura eu ainda nem tinha dez anos, ehhhhh que riso, era igual, e claro não há quem chegue aos pés da tua nandinha, nenhuma, ahhhhhhhh..
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Olá fátinha, pois é, histórias reais, vividas no terreno, que bom, haja que contar...beijinhos meus..laura. << Home |