A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
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Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


terça-feira, janeiro 15, 2008

 

Ai minha terra amada!...




Foram as saudades de Luanda, foi o lembrar do meu partir, de deixar quem deixei, de chorar pelo que perdi e nunca mais voltei a ter. O privilégio de morar numa terra que amava, de ter tantos amigos a quem também amava, de ter um emprego que adorava, e, tudo terminou pelo simples desejo dos homens que só querem Poder!... porque nada disso mudou, a terra ainda mais se amarfanhou, envelheceu e morreu, porque todos os que lá vão e regressam, trazem um peso no coração!...
Está morta nas belezas que tinha, nos cheiros da maresia que nos chegava a casa já que moravamos para cima do mar e o avistavamos tão bem... que queimaram as árvores para fazer carvão, que a maré só trás detritos, as gentes são aos milhares a mais do que a cidade comporta, enfim... Não tenho pena de não poder lá voltar agora, porque sei que morreria de desgosto ao ver o que fizeram dela!...


É noite para ti e para mim...

É noite para ti e para mim
É noite e cheia de estrelas,
A escuridão há muito
Que se instalou...

É noite e a nostalgia de uma terra
Que foi tua e minha
E à qual amamos
Com ternura incontida...

Nos beijos que lhe dávamos
Sem ver o seu rosto
Que chorou connosco,
As lágrimas de desgosto
Mesmo após o sol-posto...

E nosso pranto continuou
A correr para o mar
E o mar engrossou
O seu marulhar...

Enquanto nós dois
Ficávamos a olhar
A ouvi-lo ralhar,
A ouvi-lo bramir...

Porque já sabíamos,
Que era o último adeus
Era o seu despedir...
Nós íamos partir!...







Comments:
A saudade consome-nos, laurinha :)

No fundo acho que temos é saudade de nós próprias. Bonitos versos que dedicas a essa terra, mas faz por te situar no presente e amar o lugar onde vives que por sinal é lindíssimo.

Um beijo



 
adry eu amo o lugar onde vivo, mas tenho na alma a dor de ter de sair de lá e tudo o que pelo caminho fui perdendo e aqui nunca encontrei igual...esta terra é onde eu nasci (Valença) e claro que sou grata, mas o momento presente é duro ainda..e a forma como vivi lá (não em bens materias, porque eramos como todos, remediados!) mas pelo viver lindo que tive, e de vez em quando gosto de lhe prestar meu preito...e cantar minhas canções, porque eu canto para ela quando conduzo, de vidros fechados e ela não se ri por cantar desafinado...
Beijinhos a ti menina que me deixas saudad eonde quer que estejas, porque te mostras pouco agora, mas eu lembro o que me disseste; laurinha aconteça o que acontecer, gosto muito de ti, e guardei isso no meu coração...



 
Sabes laurita, não são poucas as vezes que me detenho a pensar nas razões que fizeram aquelas terras de África, onde passámos tão bons, e tão importantes momentos das nossas vidas, se terem descaracterizado tanto, a pontos de, nalguns casos, se terem tornado em locais feridos pelas guerras, locais de fome e miséria, e a soldo, quando outrora o foram cidades pujantes e sítios paradisíacos.

Chego à conclusão que só o eram porque lá estávamos nós, ocupantes. Levámos para África a nossa cultura, social, e urbanística, gozámo-nos da paisagem, dos aromas e sabores e também das gentes de lá, e de lá saímos sem ter deixado alguma coisa senão uma herança de sofrimento, mágoa e rancores, àqueles povos que não tiveram direito de escolha.

Deves estar lembrada há uns tempos atrás fiz um post sobre Lourenço Marques, referi a Praia do Bilene, e a cascata da Anamacha, igualmente o local onde vivi, a estação radionaval da Machava. Em visita através do Google Earth, constatei o abandono a que estão votados todos estes locais, as imagens de satélite reportam-se, para a versão do programa que carreguei, ao ano 1998.

Actualmente a África que nós vivemos em miúdos já não existe. A actual África é a África deles, dos moçambicanos, angolanos, cabo-verdianos, etc., é a África à sua imagem, a verdadeira África.

Por vezes fico com a sensação que aqueles tempos não existiram, foram um sonho, sonhado por mim numa vida de outros.
Acho que vivemos a felicidade no sofrimento deles, e isso não está certo, não devia ter acontecido.

Por vezes fico também na dúvida se realmente quero que aquelas memórias façam parte de mim.

Infelizmente não tenho opção, senão provavelmente apagava-as, dava mais valor ao meu país, e visitava Maputo sem o medo de pagar as consequências do meu pai ter andado aos tiros em África.

..e havia de falar aos locais, dos sítios lindos que tenho cá em Portugal, e das comidas, e das nossas gentes.

:|

:)

beijoca



 
Minha querida, como sei o que sentes, eu também fiquei sem a minha terra que me viu nascer, Moçambique. Tenho saudades, muitas da forma como se vivia, a liberdade que inspirava, a cabeça arejada de núvens escuras, enfim o cheiro a terra molhada. Guardo estas imagens bem lá no fundo do meu coração, porque sei que estas não vou voltar a ver nunca mais e não pretendo tal como tu, lá voltar, acho que o sofrimento ía ser muito, mas no fundo sonho um dia lá ir com os meus filhos, mostrar-lhes a terra da mãe. Um beijo para ti



 
Sabes Laura, nunca vivi em África mas é como se o tivesse feito..Como se nas minhas veias corresse sangue Africano.. Amo África, pelos cheiros, sabores, cores e ritmos sem igual..A gastronomia é uma delicia,Penso que noutra vida já vivi em África mesmo não sabendo.. Beijinhos ..



 
Olá Laurinha, que posso eu dizer-te sobre este tema que tu já não saíbas?????
E acho que a melhor resposta que te posso dar é a que meti no meu blog.
As saudades são muitas, mas são elas que nos dão força, que nos fazem sorrir, que nos dão alguma felicidade.
Beijinho grande.



 
Que saudade de Luanda...que saudades de Benguela, da Praia Morena...


Saberás que a brisa afaga as folhas
Com toque invisível e terno
A terra reclama as tuas mãos
Na viagem da tarde, no sereno


Boa semana



Doce beijo



 
Ehhh, jotinha, eu vivi sem fazer mal a ninguém se so os pais d euns e outros andaram a fazer mal nem temos culpa, eu vivi como sempre, trabalhei, labutei, vivi num apartamento pequenino sme mordomias, apenas tinhamos uma lavadeira que tratávamos muito bem comia d amesma comida que nós e aidn alembro o seu rosto lindo soridente, e teve lá uns poucos d efilhos que levava com ela e podia tê-los ao pé dela e andavam pela casa, enfim...e ajudávamo-la no que podiamos...A verdade é uma, quem mal fez há-de pagar...
Mas a minha saudade prende-se com o viver, o local, a terra o cheiro, os amores d enovinha , isso era a parte melhor ehhhhh, os amigos as festinhas simples, e realmente é evrdade, ama-se o que se perdeu!...
Esta terra é linda sim e é a minha terra, mas a saudade de não pode rlá voltar, não posso porque nem quero que dói ver como está tudo ali...E na altura longe d emim aperceber-me que eramos os intrusos, pois como não ouvia nem reparava nisso e sempre senti o mundo um lugar de todas as raças...mas afinal nem é assim...
Beijinho a ti.
Esta terra é linda sim, mas agora nem tenho posses para andar por aqui e dizer que lindo..sabes que isto está mau e não é só para alguns, para mim também, por isso refugio-me na saudade do tempo em que fui feliz!...



 
metamorfose, há pessoas que lá viveram e até nasceram, vieram embora e já nem ligam e riem-se d aminha saudade, guardo-a para mim e falo dela aos amigos que por aqui andam, mas nunca hei-de dizer que me esqueci, porque isso seria trair a minha segunda terra...Claro que só quem viveu lá sabe do que falamos do cheiro d aterra, da maresia, das cacimbadas, das queimadas ao capim, enfim...o pôr de sol, a lua no mar, as estrelas a brilhar ai ai e a sempre saudade que nos há-de acompanhar!...



 
Querida Ell, quem sabe já viveste lá noutras vidas, assim como eu já não devia ser a 1ª vez que lá vivi tal o amor...mas a beleza a que me refiro era à terra às gentes que emmso oprimidas como diziam, eram boas e felizes mesmo na pobreza...a terra em si so era bela na sua fauna e flora porque d ecasas havia de tudo como em todo o lado, novas e velhas, e o mar, ah, o mar esse sim....o mar d aminha saudade sem par!...o sol, o calor , onosso bronzeado natural d aterra, as queimadas as cacimbadas, enfim...
Beijinho e quem sabe um dia destes vais lá...

nina parisiense, ora mais uma angolana para afzer jus ao que digo..é a terra da saudade e não há volta a dar-lhe...
beijinho.

profeta também por lá andaste e penaste nas tuas dores desabrigadas, mas...beijinho...sempre tens a tua ilha mais tua e vives e aspiras o ar do mar...



 
Laurinha, penso que estás a falar de duas coisas diferentes: Luanda por um lado; a tua juventude, por outro.

Bom, nunca passei por isso e (toc, toc, toc, eu a bater na madeira) espero não passar: nasci, cresci e vivi sempre aqui! Mas algumas amigas minhas já viveram o que contas, em Angola, Moçambique... Depois vieram as guerras, secas, fome, negligência dos poderosos! E sempre que as oiço falar sobre a "sua" terra, o que mais me impressiona é o brilho nos olhos...

Daí perceber de onde te vem este poema...

Jinhos, nina!



 
ai tété o teu tocar na madeira! já viste o que ganhamos com isso quando saimos de cá? Evoluimos bastante, modernizamo-nos mais, acredita!... aprendemos outras linguas e culturas, conhecemos Povos diferentes, nem me batas na madeira ó moça! Sair pelo mundo é belo e um aprendizado sem igual... aqui limitamo-nos ao aqui sómente, e nada podes contar a não ser o que vês e lês na tv e livros, quem saiu de cá viveu na carne as suas aventuras e sabe do que fala quando conta!... Os meus primos quando vinhamos cá de férias, esperavam ansiosamente para me ouvir falar daquelas terras longinquas e como eles adoravam e os meus avós também... Não é a mesma coisa irmos de férias uns dias a espanha Turquia Londres, nãos enhora. África é diferente é uma terra vermelha é uma terra amada...Dou graças a Deus e acho que nem todos vivem a saudade como eu, se me entendem a saudade não me dói nem me deita por terra nem me põe a chorar lágrimas sem fim...Não, não é isso, a saudade mexe comigo, vive em mim e sinto-me feliz ao ser assim...
Beijinhos.



 
A saudade faz mal à alma, não nos deixar tirar proveito do presente...

Laurita, posso colocar um poema teu no meu blog? O meu eleito do teu livro :)



 
Oh, Alkinha, quanta honra, podes pois e fico feliz de gostares de algum...até me fazes sentir mais agradecida por comprares o livro, pois põe um dois os que quiseres..quem sabe por ai alguém queira cantar algum ehhhh. fico feliz por isso..Beijinho a ti...



 
Se tens uma imagem tão linda, também acho que não a devias perder. A realidade e a lembrança dificilmente teriam pontos em comum. Beijo!



 
Não perco não rafeirinho, a saudade aqui é muito bem alimentada , é que não sou uma saudosista do caraças que já nem sabe viver no mundo real, nãos enhora, eu vivo bem com as minha slembranças suaves até as dolorosas por mim passam, mas essas poucas vezes, muito poucas, tenho uma coisa boa, sei selecionar os pensamentos...
Agora apenas tenho em mente que a operação corra bem, e s epossa coloca ro implante, e como nada dizem e tenhod e esperar, não há noite que não pense depois de deitadinha e aconcehagadinha no meu edredon de penas...e imagino os médicos a operar e no fim a dizerem-me que foi mais fácil do que pensavam..e que o safadinho vai sair todo de uma vez ..por onde entrou..Deus faz cosias lindas e eu espero nisso...Só me está a atrasar o tempo de ouvir...
Beijinho e quando chegares há minha idade vais começar alembrar o passado e dirás..; a laura tinha razão..quando os anos passam é inevitável lembrar o que já passamos pela vida fora...
beijinhos.



 
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