A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
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Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


terça-feira, dezembro 25, 2007

 

Um dia hei-de reviver o Natal nos meus avós!...



Esta foto é da net mas é mesmo pertinho da terra dos meus avós, aliás vê-se da varanda enorme, toda esta imagem, a serra da Cabreira ali tão perto...

Ontem deu-me uma saudade ao recordar tanta gente à mesa, tosca de tronco de árvore, onde nos sentávamos todos na casa dos meus avós... Era dia de Consoada, e, deixem-me recordar; o meu avô na cabeceira da mesa, depois eram os tios , Acácio Quim, Padrinho, Toninho, Nando, Ismael, a tia Nanda, a tia da loja, a tiz, a madrinha e a minha mãe e o meu pai...o meu irmão mais velho também, na altura tinha eu uns 4, 5, 6, 7, 8, 9 anos, por aí fora, pois os Natais eram quase sempre lá, só se o pai estivesse de serviço e não dava para ir, mas ia sempre um tio ou tia nosso até lá e passavam-no connosco, levavam as carnes de porco, chouriças e coitados iam de carreira... depois com 10 anos, fomos viver para Luanda e só regressámos dali a anos, lembro-me que voltei cá com 15, de férias...
A avó e as tias traziam as travessas fumegantes do bacalhau, as couves e batatas da nossa horta, o vinho da nossa adega, o azeite que fazíamos, o leite das vaquinhas e das ovelhas, os enchidos da carne dos nossos porcos, o pão feito por elas, até me lembro de as ver a bater o leite para se transformar em manteiga que eu adorava. E foi lá que comecei a gostar de comer a coalhada que as tias faziam, que coisinha boa que adorava...
Na consoada eram os mexidos, as rabanadas, aletria, coscorões, arroz doce, bolo rei feito pela avozinha que era uma mulher muito experiente na cozinha, se era, e em tudo...

Lembro-me dos risos felizes, da amizade entre todos os irmãos, nós éramos os únicos netos e sobrinhos e claro, tínhamos muitos tios e tias para nos mimarem...Íamos com eles, com as vacas e as ovelhas, aprendi a tocar o corno..eu era eximia nisso, mesmo depois de deixar de ouvir continuei a tocar e o meu irmão mal arrancava sons dali e pedia que lhe ensinasse ehhhh... depois aprendeu e agora também sabe tocar alguma coisa de jeito...Aquilo mandava cá um barulho atroador pelos ares, que me deliciava... O avô envaidecia-se com a neta dele, de saber fazer de tudo, pois ajudava em tudo o que conseguia, de enxada às costas como as tias, ou de foice a segar erva, já mais crescidinha, e pegava naquelas cestas enormes com uma rodílha e conseguia levá-las até à corte das vacas... sabia encabar cebolas, alhos, apanhava batatas e até ia com as tias ao feno e ajudava a descarregar os carros de bois de forquilha e tudo, íamos ao mato, trazíamos carquejas e giestas para forrar as cortes dos animais, eles mandavam-me sentar, que atrapalhava mais que ajudava, mas era para a menina da cidade não se arranhar, mas eu teimava sempre e fazia de tudo... a nina laura aprendeu porque gostava de saber fazer de tudo, adorava os grupos que iam ajudar, eram quase todos da idade dos meus tios, 19, 20, 25, 30 por ai... e era um riso perdido comigo por ser lá de fora queriam saber como era Luanda e eu lá explicava, mas quem estiver perto de mim tem de se rir a toda a hora...

Que lembranças lindas e que saudade me deu ontem ao ver a minha família tão pequenita ainda, porque o pai já se foi, o meu mano mais novo também, o outro está fora, éramos apenas uns 6, e fez-me lembrar tantos que estávamos na casa dos avós...e por momentos desejei ter posses para que pudéssemos reunir-nos lá todos, usar a sala de jantar, as louças que estão guardadas sem uso, as toalhas que a madrinha mandou bordar nas freiras e ela fez as rendas para aplicar, e que fossem os meus tios todos mais a filharada toda deles que são ao todo 11, mais os meus 3, e a casa está habitada apenas por uma tia, de resto estão todos espalhados por aí, e cada um junta-se com a sua família e os sogros deste e daquele... Nós ficamos sempre na nossa casa desde que o meu pai faleceu, e trago a mãe para cá uns dias, fui levá-la há pouco a casa dela, e são assim os nossos Natais, pequenos de gente, mas grandes de amor, e daqui a anos chegarão os meus netinhos e depois a história será outra!...







Comments:
Laura:
Não te tenho visto...
Boas Festas.
Tudo de bom.
José Manuel.



 
De retalhos e emoções é feita a manta da nossa vida.. Um dia,conto-te os meus Natais de infancia, afinal não eram assim tão diferentes dos teus, a não ser na geografia.. Eu como já disse, e repito, nasci e cresci no Alentejo.. Terra de grandes tradições gastronómicas e não só, era á lareira



 
"e daqui a anos chegarão os meus netinhos e depois a história será outra!"

A vida é assim mesmo, um findar aqui e um recomeço acoli, laurita :)*
Com mais ou menos nuances, mas a estória vai-se repetindo.

Não recordo com saudade os Natais da minha infância, mas os que passei na minha adolescência, passados no Alentejo, Almodôvar, esses sim, despertam-me uma saudade imensa!



 
Olá! Belas recordações, menina das résteas de sol eheheh

O meu Natal foi uma seca :( Mas vou desforrar-me na despedida de 2007!



 
Aiiiiiiii tou de ressacaaaa
abusei das filhós, dos sonhos, do champanhe, dos frutos secos e do perú!

Nem me falem em comezanas, porque vou estar a chá e bolachas até ao fim do ano!



 
Passei por aqui só para te dar um beijinho.
Voltarei com mais calma para te ler!!!

Beijos



 
Sempre ouvi dizer que mais vale poucos mas bons. Mas Laura, se quiseres a casa cheia, basta colocares um aviso na parte de fora, a dizer "pinga grátis", vais ver que nem sabes onde meter tanta gente!

Beijocas!



 
Agradeço o carinho e peço desculpas pela ausencia, mas meu PC queimou a placa; acho que não fui uma boa Menina este ano, rs... Vou ficar uns dias sem pc e queria desejar um Ano Novo cheio de amor, saude e felicidades. Tão logo possa eu volto!
Beijinhos



 
Olá lapa, andamos agarrados, mas depois a concha partiu-se e nem foi por mal, pois não te tenho linkado ehhh, mas deixa lá, vemo-nos por aí...
Beijinho de boas festas já passadas, mas sempre desejadas, e um novo ano cheio de tudo o que há de melhor...



 
Olá ell, acredito que os teus natais fossem assim lindos, pois só quem teve pais ou avós ou familiares na aldeia é que sabe o que é, os citadinhos, coitados deles, apenas conhecem a cidade e o viver em prédios (como eu vivo agora)e nem sabem o nome das coisas da agricultura, por isso sou uma ferrenha da agricultura jardinagem, ó valha-me a minha casinha...
Amo a ti ell nina sonhadora como eu, e com um coração grande grande, onde cabem todos os teus afectos...



 
Ah nina pascoalita, prepara-te tu também para teres os melhores natais da tua vida, faz como a mim,s e a vida me deixar, hei-de mimar os pirralhos até morrer...e tu faço ideia, ehh a nikita que se aguente que ainda vai ter muito que fazer, mas que giro pensar nisto. Beijo a ti mana de quem tenho saudades...



 
Betinha porque foi uma seca? olha viesses para aqui escutar os meus jovens filhos (principalmente o do meio) a falar de politica, ah, tadinhos deles que nem sabem o que os espera, esta turbulência do pais ainda vai descambar em qualquer coisa...eles falam falam, opinam e eles sabem lá coitados, com a idade deles também barafustávamos, mas, os dentes caem e já não gritamos como outrora.-..

mexicano; abusaste? redime-te, bebe água das pedras e come canjinhas...
se viesses para minha casa, acredita que nada faltou, ainda sobrou, e ainda ha um pouco de tudo na mesa, pois se te apetecer ainda ferras o dente em coisinhas boas..bora dai meu...
beijinhos.



 
gatinha querida, pensei que tinhas ido para as neves lá do pólo norte, só te falta ir lá é?
Aproveita a vida, o seres nova, o não teres ainda rebentos que depois a vida muda...
Beijinhos grandes e desejos de um ano maravilhoso à tua espera..o meu já vai começar pró torto...



 
meu rafeirinho, tenho uma foto de pequenita, alguns dois anos, com um rafeirito que encontrei no jardim, acho que era no Porto, morei em tantos lados que sei lá... Por isso não tenho raizes em lugar nenhum...mal começava a pegar, lá iamos embora... se por um lado foi bom, pois desenvolvi a minha parte de aventureira, pelo outro deixei amigos sem fim pelo caminho...lá estou eu a fujir do assunto...
Pois tens razão, se puser um letreiro a dizer pinga grátis a casa iria ao ar com tanta gente...
Beijinho a ti moço querido de quem gosto tanto, e da tua jove claro, embora não tivesse coragem de falar com ela, não tinha a certezinha se era ela...Beijos..



 
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