A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


sexta-feira, abril 29, 2011

 

Gosto da noite, mas...


Gosto dos dias soalheiros, do cheirinho que paira no ar quando nos metemos pelos campos e as flores silvestres abundam sem ser semeadas, gosto do aroma que se espalha pelo ar e nos entra no coração!


Gosto das manhãs e das tardes, cada uma tem seu encanto, e se antes saía de casa pensando primeiro nos meus que fazeres, agora penso primeiro que ir ali a determinada hora será melhor e, lá vou eu, claro que trato de tudo antes ou depois, as coisas e a casa não fogem do lugar... mas aprendi que o encanto reside nos bocadinhos que gostamos mais e nos trazem de regresso ao lar com um sorriso no olhar pois saboreamos pequenos segredos que são nossos...

Ontem à noite fui como de costume à janela, por vezes acontecem coisas assim; sensações maravilhosas, era o aroma da noite junto à janela ( tenho duas enormes árvores e por vezes toco nos seus ramos) tapam o pessoal do prédio da frente, ainda longe, e dão-me total privacidade para o que gosto de fazer, contemplar o céu, olhar as estrelas enquanto vou mantendo o meu diálogo aberto com os seres estelares... Mas ontem o encanto, o perfume das flores das árvores, a lua o cheiro da própria noite despertaram em mim sentimentos profundos que albergo na alma desde sempre, era a própria paz a dizer-me sem palavras que o bem estar de cada um depende do que guarda no coração!...

E não, não gosto da noite de saídas para a Discoteca, madrugadas em bares, se querem saber, entrei uma vez no Bar mais Cool da cidade, e pedi para vir embora... mim não aguentas a barulheira doida que nem se dá pelo ritmo mudar... ah minha gente, prefiro apanhar fresco na rua com alguma amiga ou simplesmente estar na janela, varanda com o shaka deitado perto de mim, a saborear as noites de luar...

Tenham uma boa sexta feira.

laura






terça-feira, abril 26, 2011

 

Efeito Morfina...


Tudo o que aqui descrevo é verdade, nada foi inventado, eu vi, eu vi tudo, tudinho...
Lembro-me de acordar nos cuidados intensivos e de me transportarem para o meu quarto de passar para a minha cama e de dar conta de tudo o que se passava à minha volta.

A minha cama era junto à janela , já era de noite, tinha a cama recostada, a cabeça toda envolta num turbante de ligaduras, comecei a sentir-me esquisita, a enfermeira veio dar-me água e vi os dentes dela a ficarem maiores, vá lá que eram todos e não só os do lado senão ainda fugia dali a sete pés... e ainda tive o descaramento de lhe dizer; a senhora não está bem!!! resposta dela; ai eu é que não estou bem?... (só pode!) e quando se ia embora do quarto parecia daqueles bonecos articulados como o pinóquio de madeira, ah e que gorda ela ficava e nem era gorda... mas eu estava na minha, só me sentia esquisita mas dava conta de tudo.

Não vou por ordem dos acontecimentos (visões) mas como me lembro! a morfina deve ter sido mais que a conta... Assisti a uma peça de Teatro dos tempos antigos na Corte, aquelas vestes ricamente enfeitadas, ouvia o vozeirão do actor que representava, estava vestido de sedas e couro, gordo, tinha barbas como mandava o figurino numa peça daquelas, e eu que tinha sido operada e me abriram a parte toda do ouvido direito, se já quase nada ouvia, então depois de me cortarem e mexerem, muito menos, mas, ah, que música deliciosa vinha desse ouvido, não poderei descrever a magia que era ouvir musica, ainda pensei que tirar o tumor me devolveu a audição, mas... havia ópera, embora não entendesse o que diziam, ouvia as vozes... e como eu me punha à escuta para ver se o som vinha de outro lado qualquer, menos do meu ouvido...

A minha cama era ao lado da janela no quarto 11, já era noite, as luzes estavam apagadas e eu recostada olhava lá para fora, devia estar no 3º andar e nem muito longe havia um aglomerado de casas que eu costumava olhar, eram poucas, sem grandes luxos, naquele instante olhei e fiquei admirada de terem mudado o formato das ditas, reparei que se tinham transformado em casinhas abobadadas como as casas da Galileia do tempo de Jesus, todas brancas, as ruas iluminadas, parece que só faltava que Jesus passasse por ali... e de certeza que passou, se cuidou tão bem de mim! Obrigada meu querido Jesus meu Amigo de verdade!

Olhei os candeeiros da rua no dito bairro do Nazareno, e qual o meu espanto quando olho fixamente as luzes que se dirigem para mim em forma de laços e estrelas e param do lado de fora da janela, estiveram ali um bom bocado... sempre a brilhar em cor ouro, imaginem a cena!

Vi arbustos com flores azuis, grandes, lindas, e o vento que dançava com as árvores, os arbustos, e comigo também, sentia-o envolver-me em serenidade, com cuidado para não me levar pelos ares... vi as Nereidas entrar e sair da água, entravam e saiam sem se sentirem sufocadas... tinham roupas coladas ao corpo em cores de azul... Fiquei ali a olhá-las tempos sem fim.

Vi bailados de homens e mulheres como se tivessem um fato cor de pele em cima, as mulheres viam-se que eram mulheres pelos seios e cabelos compridos e os homens de cabelo curto, era uma dança tão bela, suave, não estavam enlaçados, cada um dançava conforme a música que ouviam, dançavam para aliviar a dor... e isso lembrou-me que a minha vizinha de quarto tinha ido para a sala de operações, a senhora tinha tanta dor tanta dor que mexeu comigo toda a noite, ela nem parava deitada, veio uma enfermeira fazer-lhe ginástica para a aliviar, a pobre já estava assim há anos e ia ser operada nessa manhã...talvez por isso tive essa visão e graças a Deus que melhorou de todo, estava feliz.


Vi tanta coisa mais que guardo para mim, claro que me sentia cansada, tão cansada que pedia que chamassem o médico pois estava cansada de tanta visão e queria dormir e qual quê? elas diziam que já passava, se passava. Acho que foi mais que um dia, recostava-me, adormecia mas acordava logo e eram visões e mais visões mas nenhuma me assustou, há quem tenha visões horríveis, ficam traumatizados, nada disso se passou comigo, eram tudo coisas lindas, havia cor o azul do céu, das roupagens, das gentes.

E foi mais ou menos assim, tudo é verdade, tudo se passou, e como já disse, algumas cenas já se foram da memória e outras guardo-as com carinho! não as esqueço mais!


Um beijinho para todos.

laura






sábado, abril 23, 2011

 

Um Meningioma..



Faz hoje 3 anos que dei entrada no bloco operatório para extrair um Meningioma...

Hospital dos Covões
Médico; Dr. Luis Filipe Silva, consulta para saber quando iria fazer o implante de cocleares para ouvir, fui sozinha em hora e meia estava lá. D. Laura, veio sozinha? vim Dr. mas veio mesmo sozinha? vim Dr. ou antes, vim comigo. Mas não está ninguém na sala à sua espera? Não, vim só euuuuuuuuuuuuuuuuuu...e como? de carro. A Senhora conduz sem ouvir? ah, os carros não falam e além disso é proibido buzinar assim, diga lá Dr. eu entendo tudo bem e o senhor já me viu várias vezes e sabe que leio bem nos lábios.

Vi o olhar preocupado dele e disse; Dr, diga o que tem a dizer, seja lá o que for, mas neste momento sinto-me tão bem que se me disser uma coisa ou outra fico na mesma, e eu a pensar que ia lá saber a data do implante... Puxou a cadeira para junto de mim e devagar disse; D. Laura nos exames que fez para o implante de cocleares, descobrimos um tumor aqui na sua cabeça e mostrou no monitor do PC, é benigno! e eu; Dr, diga a verdade agora. D. Laura é benigno, é benigno! explicou que ia ser submetido o exame à equipa do Neurocirurgião Dr. Armando Lopes (e que Neurocirurgião, Deus o conserve para cuidar de todos como cuidou de mim) para ver se seria de tirar ou deixar ficar era do tamanho de uma gema de ovo de galinha garnizé, dizia eu à Neide que foi comigo na segunda consulta... por aí! Pedi que escrevesse o nome para quando chegasse a casa pesquisar na Net, pelos vistos a maioria dos tumores acontece em mulheres, há muitas que o têm e vivem e morrem sem dar por eles a não ser que façam um exame à cabeça por qualquer outra coisa. Não tive tonturas nem efeitos nenhuns, nada, senti-me sempre bem. Portanto, foi por acaso que deram com ele... em mil desses tumores apenas 17 são malignos, mais ou menos... foi o que li na pesquisa... Nunca chorei os miúdos choravam e eu ralhava que se alguém devia chorar era eu e se não o fazia, porque o fariam eles... sentia-me confiante de que correria bem e nem me enganei.

Fui à consulta com o Dr. Armando Lopes e a opção de operar seria minha, estava tão próximo apenas a milímetros do tronco cerebral que não sabia a que ritmo se desenvolvia ou há quanto tempo ali estava, o safado além de crescer sem me pedir licença ou fazer contrato de arrendamento da minha cabeça, instalou-se à revelia e quando as paredes ficaram apertadas, furou e instalou-se numa espreguiçadeira atrás da cabeça, seriam dois sendo um... Uma operação talvez feita em duas etapas que era melhor para o doente e para ele! eu ainda o tentei com a minha dica; Dr, faça as duas coisas numa só vez como agora é tempo de promoções...

O dia chegou e fui operada da primeira vez, cortar o osso e limpar as membranas do cérebro, enfim, abrir caminho para o dito e lá dentro seria visto no momento pois a Ressonância não podia mostrar nas profundezas. Correu de maravilha, fiquei lá 8 dias, vim para casa restabelecer-me, descansar e dali a dez dias estava novamente a ser operada, acho que fui a doente mais bem disposta na sala de operações, ainda me ri com o moço que me encheu de ventosas, e as médicas, anestesistas riram bem comigo, ao meio dia fui operada, só sei que acordei nos cuidados intensivos, e devagarinho falei comigo; Laurinha, estamos aqui!Eu e a minha memória, e devagarinho lembrei que me tentei levantar antes disso e que disse ao pessoal; dêem-me uma folha de papel e um lápis para escrever aos meus filhos e dizer que está tudo bem!
Quando fui para o quarto só lembro que pedi à enfermeira que ligasse o telemóvel para dizer à Neide que estava bem e já tinha passado tudo...

Dali a horas entrei num estado incrível devido aos efeitos da morfina...
Isso conto no próximo post, merece ser contado.

Ao segundo dia foi o Dr. ver-me e mal entrou diz ele (eu estava a mandar uma sms) D. laura já escreveu aos filhos a dizer que correu tudo bem? ai Doutor, sempre foi verdade que pedi papel e lápis? e ele; claro, por isso pergunto se já escreveu... e diz mais; D. Laura, correu tudo bem, tiramos tudo e não ficou lá nada! e quantas horas Dr? Seis! era muito carinhoso e ainda hoje quando lá vou e o encontro pelos corredores, dá-me beijinho, abraço e fala tão bem, adoro ir à consulta estar com ele, falo à vontade, faço perguntas, tiro dúvidas, quem é uma nina sortuda quem é?
Fiz um TAC há 4 meses e pelos vistos nem há sinal dele, a cabeça continua limpinha, graças a Deus!

Fiquei mais 8 dias nada me doía, o pessoal do quarto era um amor, a Filipinha dava noticias minhas no blogue, ela tinha o pc dela ali, a vizinha de cama uma nina de 21 anos, a Inês um amor de nina, e a Cristina de 19 anos que foi operada à garganta e era a primeira vez que estava fora de casa no hospital, dei miminho e consolei-a, chorava com receio da operação..., foi um tempo de alegria, eu bem dizia à minha mãe que ia de férias para o hospital que ia ter quem cuidasse de mim... e até foi, melhor não podia ser... o pessoal deu ao quarto o nome (o quartinho do Amor)
Tive cento e tal comentários, sms que não fazia mais nada senão responder a todos... visitas de Braga e a Neide a minha Prima Isabel, a Isabelinha que levava a Neide, ai que férias bem passadas (à falta de melhor), o meu sobrinho, enfim, as visitas das ninas eram minhas também...

Agora tenham boa Páscoa que a minha vai ser feliz com os meus filhos aqui juntinho de mim, que mais posso desejar?
Amo-vos pessoal.

As fotos são dos jardins do Hospital dos Covões!

laura






quinta-feira, abril 21, 2011

 

Vou para a oficina mudar peneus, parafusos...


Ou antes, há 3 anos quase, que fui para a oficina... Hospital dos Covões... com um Meningioma benigno, claro que já desapareceu, e nunca tive receio de lá ficar... estava alojado por cima do ouvido direito a milimetros do tronco cerebral...

No ano de 2008 publiquei este post, e como previa, na Oficina trataram-me de tudo e deixaram as peças todas em ordem, sinal de que ainda por cá ando sem traumas, sem lesões, e apenas com muita vontade de continuar a andar até que a carripana pife de todo. Adorei voltar a ler e reler os comentários, e em breve posto a operação maior, já que esta foi feita em duas etapas... com o intervalo de uma semana em descanso em casa e nova abertura que culminou com a erradicação das peças avariadas e graças ao Dr. Armando Lopes e sua equipa no Hospital dos Covões... isso em 2008.



Olá minha gentinha!
Estou a entrar em desgaste, os parafusos andam a soltar-se demais, mas nada que uma boa dose de oficina reparadora não resolva!
Graças a Deus que o juizo esse tá na maior, mas tive um inquilino, ou antes, dois que se meteram no apartamento à revelia, e, claro, há que ir resolver as coisas a bem!...
Assim, para a semana, de hoje a 8 entrarei com a maquineta na estação de Serviço em Coimbra! Dizem que temos os melhores mecânicos por lá, e com a ajuda dos Mecânicos amigos que tenho espalhados por esse mundo do Alto... acredito que a coisa se resolverá a contento e os estragos serão mínimos e ficarão reparados de vez... já verte óleo há imenso tempo e assim há que tapar a fuga!...
E como não podia deixar de ser... Poesia com eles...

Parafusos!...

Parafusos
Todos temos
Todos perdemos
Todos mantemos
Mais atarraxados
Mais soltos
Desaparafusados!...

Passamos a vida
A tentar mantê-los
No lugar
Mas por uma e outras
Estão sempre
A desenroscar
A desaparafusar!...

Uns andam sempre
A apertá-los
Consertá-los
Não vá o juízo
Fugir-lhes
Escapar-lhes
Do controlo!...

Passei a vida
A apertar
Desapertar
E quanto mais
Os apertava
Mais folgas
Encontrava!...

E agora vai por cá
Uma confusão
Vou internar-me
Na estação de serviço
Mudar o óleo
Lubrificar a maquineta
Que já me trás inquieta!...

E depois se verá
Se me mandam prá sucata
Ou se dá pra consertar
Ou se por acaso
Até dará
Pra por de novo
A carripana
A andar!...

Espero que sim e que regresse mais forte que nunca...
Amo-vos minha gente e do lado de cá ou de lá, estareis sempre no meu coração, pois conheci pessoas cheias de imaginação, de doçura, de amor!
A todos, os conhecidos ou não, meu abraço agradecido e meu tímido até breve... Ainda faltam 7 dias, mas até lá vou ganhando forças, mais das que já tenho, pois sinto-me cheia da energia maravilhosa que Deus dá...








quinta-feira, abril 07, 2011

 

Apenas um até já...



Os dias de sol chamam por mim
levam-me pela cidade
a aspirar o aroma do jasmim.

As glicínias tão lilases
exalam suave odor
que me deixam a suspirar de amor.

E enquanto este tempo durar
os meus passos vão percorrer
caminhos que muitos percorrem.

Pisam as pedras sem sentir
olham para o chão sem sorrir
pergunto-me se isso é viver.


É tempo de fazer uma pausa no rame rame do dia a dia. Há que tomar novos caminhos e mudar os velhos hábitos, sou contra rotinas, acaba-se na pasmaceira. Há tanta coisa nova para descobrir e minha gente sinto-me como uma garota a descobrir o mundo.


Não sei se volto amanhã se daqui a um mês se, se, se, e seeeeeeeeeee...

Não vou esquecer os amigos, vou ver se consigo ir visitar-vos mas sem compromisso! por agora preciso de mudar de hábitos! Há desafios à minha espera!

Braga neste momento é toda o odor do jasmim e das glicinias, é incomparável esta harmonia de perfumes tão intensos. Todos os dias saio e me banho no sol que brilha e aquece a alma!
Prometo nem demorar muito.

Amo-vos ó minha gente!
(envolvo a cada um nas minhas resteas de sol, e que ninguém se sinta posto de parte )

Laura






terça-feira, abril 05, 2011

 

Se soubesse de vós!...


Vão longe os anos 59, tão longe mas não vos esqueci nunca.
Guardo cá dentro a figura de todos, dos pais, Milú, Lelo, Tono, a Lala e os teus pais com quem privei quase todos os dias no Entroncamento e em Luanda até aos anos 74.

Saudade ficou dos momentos em que vos ajudava (eu, sim, a menina de 8 anos que ia ao Dicionário ver os significados para ti Ester(inha) e para a mana Milú, esse era o meu melhor momento... escrevia na sebenta os resultados e depois as meninas era só copiar) adiantava os vossos trabalhos. E de aprender convosco a bordar ponto de cruz e como a vossa mãe duvidava que eu fosse capaz de bordar uma toalha aos 8 anos... e que linda ela ficou, acabada, pois...

Lembro das vezes que iam lá a casa ver o Dérito, e me levavam a passear, ao Teatro no Salão da paróquia, e para ver TV que só o Salão tinha, raríssimas eram as casas que tinham uma TV... à Missa, a todo o lado e como as recordações são lindas e a saudade bate forte, mas desde os anos 74 nunca mais soube de vós, nem encontrei uma alma que me dissesse onde vivem!
Há dias ao encontrar esta foto do teu casamento com o Carlos, (que lindo par de noivos) senti a saudade bater na minha porta, mas ainda não perdi a esperança de vos abraçar! Alguém me disse que era na terra dos Mouros que viviam, ora deixa lá ver!
Beijinhos e abraços a todos.
Laura






domingo, abril 03, 2011

 

Não sei se vá...


Não sei se vá

se fique se aceite se rejeite

o convite de mais alguém

além do sol que me sorri.


Não sei se vá

se fique se aceite se rejeite

palavras sussurradas

em falas namoradas.


Não sei se vá

se fique se aceite se rejeite

do amor

o seu convite.

Mas o sol convidou-me também

a sair de mãos dadas com ele

e aspirar o perfume dos

amores perfeitos em flor.


Se aceito algo vai mudar

se não, mal vou ficar

se dou ouvidos, como será

mas sozinha não vou estar.


Há sempre o convite do sol

há o convite do amor

que dói só de amar

indecisa estou, não sei qual escolher.


Dê-me tempo ó senhor amor

que o sol nem sempre vai brilhar

e o amor ambos sabemos

que um dia, também vai acabar.