A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


quinta-feira, julho 30, 2009

 

Apetece !...


Apetece
Uma tarde de sol
Tranquila
Numa rede a balouçar
Um copo gelado
De algo de frutos
Inteiros
Adocicados !...

Apetece
Uma rede
Espreguiçadeira
Um ar fresco
Ameno
Uma vista a correr mundo
Um céu onde o azul
Brilhe, profundo !...

Apetece
Alguém ao lado
Na mordomia do amor
Alguém que caiba na rede
Alguém que saiba
Onde está o amor
E possa dar pedaços de calor
E amor, muito amor !...

Apetece amar
Ouvir a brisa passar
Ouvir o vento gritar
E o nosso coração
Acelerar
Convidando à união
De dois corpos
E uma só alma, a amar !...






quarta-feira, julho 29, 2009

 

Uma Rainha para o Kim!...



No blogue, mau triste e feio, do Osvaldo, ele posta imenso sobre castelos. Hoje o Kim disse que adoraria dormir na cama da rainha... Não seja por isso meu rapaz. Ofereço-te este, claro que é um castelo nas nuvens, já que na terra nunca poderia oferecer algo tão grandioso assim, e, a Rainha já está incluida, na parte de trás, aliás, até tens lençóis de cetim.. olha que se escorregas vais parar às masmorras, ou à ponte levadiça... Foi o melhor que se arranjou, é que na pesquisa, ou há gajas demasiado vistosas e boas e fica mal colocá-las aqui, ou... saiu isto na rifa...

Claro que se vires por lá o tal do Reizito, não te esqueças aqui da je!... Ah, maravilha, tudo numa de flutuar, bem, a flutuar já eu ando há muito!... Mas arranja um reizito jeitoso, da minha idade, por aí!... mais anito menos anito... que não destoe... enfim, alguém que tenha lata para me levar prás nuvens !...Bem; como a verdinha refilou que te dei gato por lebre... por ter arranjado uma rainha muito parecida com a Isabel lá das terras Londrinas, arranjei esta, e tem lençóis de cetim, como prometido... é o que havia, mais parecido com uma rainha deitada, enfim, a cavalo dado nem se olha ao dente...
Alguém imagina o nosso Kim ali com uma Rainha? Bora pra cá dizer de vossa justiça, ah, tenham calma, a rainha nem é casada, nem tem a ver com nada, nem botem má sorte pró rapaiz!... Beijinhos a ti Kim, adoro-te...






terça-feira, julho 28, 2009

 

Fui dar um passeio com a D. Dores !...




Uma amiga querida desde há mais de 15 anos! Conheci-a numa cafézito entre amigas, e a partir daí, podemos não nos ver todos os dias, mas a saudade é sempre forte, porque ela é como se uma mãezinha fora! É a bondade em pessoa, é a amiga para todos os momentos. Por vezes vou visitá-la na casinha dela que parece um jardim, cheia de flores mil, ou vou buscá-la e vamos dar duas de treta, e calcorreamos o nosso lugar preferido, apanhamos ervinhas, ela conhece as multiplas opções para males de coisas e loisas. Ou é um cházinho disto que faz bem áquilo, ou é um cházinho de alecrim para males de estômago, o certo é que resultam.
Hoje fomos dar uma voltinha pela fonte, a fonte onde eu ia buscar água, mas, todos bebiam e ninguém queria o trabalho de ir buscar e carregar os tais dos garrafões, e a laurinha deixou de ser parva! Qurem beber? a fonte é ali!...
No regresso vimos hortelã e digo eu; D. Dorzinhas, olhe hortelã que tão bem sabe em chá com limão e canela, ah, tão bom... na canja, adoro com sumo de limão espremido no prato. Não, não apanhe, olhe que não é essa, esta hortelã selvagem que cresce nos montes e muros, campos de pasto, hortas, abandonadas por aí. Esta hortelã, antigamente usava-se para as barrelas da roupa!... servia para branquear as roupas brancas, os lençóis, camisolas, ceroulas e por aí fora, panos de cozinha, toalhas... Não me diga! Nunca na vida ouvi tal coisa! É dona Laurinha, ah, nunca conseguiu chamar-me de laura, diz que não é capaz, e já não digo mais nada, serei sempre a dona laurinha.
Então explicou que; lavava-se a roupa, dava-se-lhe uma boa sabonária, depois colocava-se na bacia da roupa, um lençol, peças, o que fosse, tapava-se com uma mão dessa hortelã, a tapar toda a roupa, depois outra camada de roupa e mais hortelã, apanhava-se ao pé dos rios onde lavavam, nos campos, por ali fora, e isso tudo assim ficava de dia e de noite, e ao outro dia a roupa estava branquinha que nem lhe digo... Adorei aprender, adorei ver, saber, sentir cheirar... Eis algo que nunca imaginei numa planta tão verde... e D. Dorzinhas, a roupa não ficava com aquela tinta verde? Não senhora, era tudo de uma brancura... era a barrela antiga, e tem outro nome, eu chamei-lhe; Hortelã selvagem !... Aprendam... Um dia apanho umas braçadas e experimento e assim, acabou-se o cheirete da líxivia, e a roupa ficará branquinha como eu gosto... Ora vejam lá se me desse para apanhar aquela hortelã... e fizesse comida com ela, ou cházinho? ah, já viram? o meu estomago branqueava-se... ou seria útil a lavar a alma de muito boa gente!...






domingo, julho 26, 2009

 

E o amor, aconteceu!...


Preciso de contar tudinho de fio a pavio, senão!, não seria eu.
Lá vinham, a Pipinha mandou sms que já vinham para cá. Ficou combinado que entrava em tal lugar e ia dar a tal sitio (queriam saber era? ) fui postar-me à espera, tudo passava, menos elas. chegou nova sms, laurinha estamos na Bomba tal, anda ter connosco. Eu deixei os meus ricos franguinhos a dourar no forno, aquilo era a dois minutos de minha casa. pergunto ao moço da gasolineira quantos mais postos havia espalhados pla terra. Ui. Expliquei que não ouvia,se fazia o favor de ligar para elas, não se fez rogado, despachado, já estava a falar, diziam elas que era ali acima, bem, se elas nem faziam ideia onde estavam! que era logo ali, agradeci ao moço, sorridente, lindo, e lá fui, contornei o largo e bora lá , em frente laurinha.Que nada, do C4 nem cor, nem vista, nem gente... entrei no oficio e perguntei ao moço se havia mais alguma ali perto, que não, só a de onde vim, expliquei-lhe, e, que raio, comigo é tudo a andar, porque os Anjos me acompanham... a senhora espere um minuto, diga-me qual o carro, marca, cor, e ligo para todas as bombas se for preciso. Logo na primeira, desata a rir, ah, estão lá. Pode ir ter com elas, pedi que as avisassem para não sairem dali, agradeci, como Deus é bom, e nos abre caminhos de tantas formas! em 5 minutos, estava lá ao lado. Que abraços, que ternura, grande Pipinha, formiga Soledade, e o J.P. a olhar-me desconfiado, já sabia que era pela minha voz... é normal, sentou-se no carro e nada de beijos... Vamos para casa senão em vez de frango dourado sai frango carbonizado... Gracias, estava lindo o jantar! Havia mousse de manga.
Foi uma comunhão de almas, de almas ansiosas por se encontrarem, até o shakita colaborou... mal acabamos, tudo a levantar mesa, louça na maquineta, e, rua, fomos buscar a getta que já tinha combinado com ela, e, ala que se faz tarde...B. jesus, as luzes da noite, o savoir faire do local.
O JP durante a treta na esplanada, foi aprendendo gestual comigo, achava graça, a Soledade marota cumó caraças, nunca vi tanta apetência para malandrice,esta menina é fogo... Lá regressamos ao lar, o J.P. pedia-me com aqueles olhos melosos, aquela graxa que tão bem sabe dar, lembrou-me o Nuno com a idade dele... E lá fomos, em casa, mais treta, ver pc, conversa, depois cozinha para um cházito, aquela soledade não tem falta de ossos, só de carnes... la enfiou mais umas bolchitas, um cházinho e, minha nossa, eram duas da matina e a gente a cair pro lado,e ela toda fresca que nem alface, o chefe foi nanar, nós, mais tarde, ainda fomos para a varanda, enquanto ela dava umas passas, mas que vicio...
Acordei como de costume, o nino sentiu-nos, deixou a mãe na cama e, veio para junto de mim, era abraços, era miminhos, ah, nino, nem sabes o bem que me fizeram, matabichamos os 3, elas na dormideira, pelas 10,30, fomos acordar as duas, a Soledadinha dormiu pouco, foi com o Manel ao café, e não havia maneira de virem para casa... a Pipinha ligou à nina Ritinha do blogue Angel of Ligth, e eu falei, falei, ela respondia através da nina Pipinha, entretanto eu e o j.P. jogamos às cartas, foi uma risada, e quando não o entendia a falar, ele bem tentava, mas, dei-lhe um cadinho de papel e esferográfica e disse; quando eu não perceber, tu escreves aqui e eu leio... então como o jogo era diferente dos que ele conhecia, se aquilo era do meu tempo.... ele escreveu no papel...que ai está como prova!
E as ninas já tinham dito, menina, amanhã não se faz comida, vamos almoçar <às meninas> elas até tinham dito, laurinha, venham cá almoçar, e eu; não senhora, comemos em casa que sabe muito bem, e surpresa a delas quando nos viram entrar por ali fora... Papamos bem, o J.P. comeu o prato todinho, ele escolheu, batatas fritas, arroz e filetes de peixe, ah, que bem lhe soube, eu, polvo com batatas e feijão verde, o manel bacalhau com natas e verduras à parte, as ninas carne nem sei quê, com verdurinhas... sobremesas, e papamos na esplanada, as mesas todas para nóizinhas.


Viemos para casa, arrumou-se tudo, fomos beber cházinho na cozinha e mais treta, treta sentada no chão, a falar dos nossos tempos, dos ninos e ninas dos blogues, mostrei fotos do nosso Kim, e, lá se foram. O Nino não se calava, queria ficar aqui comigo, que se ia portar bem, lá lhe expliquei
que ia para as aulas e o manel ia trabalhar e não havia quem ficasse com ele, que um dia destes encontramo-nos de novo, mas que abraços, que miminho me deu a toda a hora...
Obrigada querida Pipinha, doce e enorme Pipinha, foi bom receber-vos no meu lar, foi bom ter-vos neste aconchego. Agora já sabes como funciono, como falo e como vivo... e obrigada pela tua pestinha, o miudo é um safadinho de primeira, fino, bem fino, e quando quer, suborna-nos com mimos...

Soledade, Soledadinha, nunca nos cansaremos da treta, da companhia e do amor que sentimos uma pela outra, nós já eramos velhas amigas, velhas almas sofridas em horas de reajuste!... tu bem dizes que somos siamesas na vida, naquela parte da vida para esquecer, mas, que fazer? Continuemos pois, que o Pai está em todos, e nós, NELE!...






sábado, julho 25, 2009

 

Chegou o dia !...


De as ninas chegarem... Pelas horas, a nina ainda não está no Porto, depois apanha a Soledade e vêm para cá.

A Soledade dorme na cama do Nuno, isto se o shakita deixar !... é que ele dorme lá, sempre desfez as camas todas que teve, desde que veio para nossa casa, cama que compravamos, desfazia tudo em fanicos... aprendeu a subir para a cama dos rapazes e então é que foi... Agora como o Nuno está longe, volta e meia dorme lá, mas, com o calor, já nem gosta muito, fica mais no chão, assim; soledade, tens de lhe perguntar se podes ou não dormir lá, tens o peluche para se não fores capaz de adormecer, e o livro sobre conselhos para um bom casamento ! Sexo, e afins, este livro já existe na nossa casa, veio da casa dos pais, há mais de 38 anos... li-o em jovem, e, por aí ficou... Se é que serve de alguma coisa !... ou preferes romances cor de rosa, ou; como caçar um marido desprevenido, e ainda; maridos em saldo, há aqui de tudo!...
E não te esqueças que és toda ossinhos e o shaka adora ossinhos pouco recheados... Fala-lhe com jeitinho e nada de Francesices que ele não gosta de ouvir linguas estranhas cá em casa! Nem tens tempo de dizer ai!...


Este é o meu, é para a Pipinha e o filhote, o J. Pedro, nino de sete aninhos... Tem wc incluido e podem ficar à vontade, levantar, tomar banho, e rua, primeiro pequeno almoço!... Depois vamos às meninas do costume que já estão á espera... E depois do jantar vamos dar a nossa voltinha por aí!
Nem acredito mas sempre é verdade. Vai ser um fim de semana cheio de alegria da presença querida das minhas ninas amigas, a Soledade já a conheço do lançamento do livro do rafeirito, no Porto!, já falavamos à bastante tempo por aqui!
E assim; benvindas ao meu lar, onde há paz, onde há carinho e aconchego no coração!...






 

Relembrar !...


Relembrar
Horas felizes
Da vida
Pequenos deslizes
Sem ser preciso
Ter juízes
A censurar
A minha forma de amar
Tão diferente da usual
Tão empolgante
Maravilhosamente
Vivida
A sonhar !...
Ah, a vida
Que todos levam a brincar
Sem pensar
Que se pode amar
Amar verdadeiramente
Ou não amar
A pessoa a quem se jurou
A vida junto levar
Ah, e a vida que me prometeram
E não chegou a ser nada
Do que eu estava a sonhar
E esperam que eu fique assim
Calada, sem falar
Calada, a murmurar
Que o amor nunca vai acontecer
Porque se eu o quero
Porque não o hei-de querer
E algum dia
Ter?...






sexta-feira, julho 24, 2009

 

É em vós !... (meu grupo blogueiro)


Estou feliz hoje. Hoje é um dia especial. Vou ter umas visitas queridas, muito, muito, só conto depois... Depois sai relato ao pormenor e assim, já fiz um bolo, claro que não é parecido com este, e, como tenho a alma em festa, decidi partilhar convosco este bolinho e estas rosinhas amarelas, que me encantam!... Sirvam-se, deliciem-se, lambam os dedos, o que for. Tem uma vela para iluminar o pensamento!... De certezinha que não acertam uma! Esta poesia foi escrita para todosVÓS de manhã, quando me levantei e pensei que é em vós que me acolho, me recolho e espalho o meu amor !... Não haverá nomes, são tantos e poderia esquecer algum... Sintam-se em mim como eu me sinto em VÓS !...

É em vós

Em todos vós

Que me enleio

E faço paleio

Desde que o dia começa

Até que arrefeça

E minh’alma sente

Tanta diferença !...


É em vós

E para vós

Que meus olhos sorriem

Quando acordam

E sonham os vossos

Envoltos no mais puro amor

Mesmo sem vossos rostos

Conhecer !...


É por vós

E é em vós

Que me encontro

Na minha essência

E é em vós

Que recolho a esperança

Dos dias que hão-de vir

Para meus olhos abrir !...


Aos encantos da vida

Ao soçobrar do amor

À partilha

Aos sonhos de amor.

Amo-vos

Como não poderia amar-vos

Se vos tenho à mão de semear

À distância de uma tecla !...


E basta nelas clicar

Meu coração desata a cantar

E minha alma de amor a gritar

Porque sempre vos vou amar !...








quinta-feira, julho 23, 2009

 

Um canto, um acalanto, para a querida Verdinha!...


Verdinha, não tem a ver com a pessoa maravilhosa que és, Não saberia descrever-te numa canção... foi algo que escrevi, algo que tenho de aprender, ainda, sobre mim. Quem disse que aos 57 ainda se aprende!...Aprende, e, muito, enfim, estava a ralhar comigo, por ser tão rosquinha, ou seja, devia aprender a lidar com coisas do mundo, porque há quem nos magoe, há quem nos tente botar abaixo, e há quem nos queira mudar a rota da vida, e assim, a ouvir uma musica do Michael Jackson, escrevi agora mesmo esta canção!... porque a musica era sobre os dois!...
The Lover...






Aprender a voar!...




Tenho de aprender
A voar
A abrir as minhas asas
Sobre o mundo
Sem me magoar
Sem minhas penas arrancar
Sem as minhas penas perder !...

Tenho de aprender
Que o mundo é um lugar
Onde por vezes
É impossível de viver
É impossível de sonhar
E se não souber voar
Ainda me vou espalhar !...

Tenho de aprender
A abrir as minhas asas
No tempo oportuno
Tenho de voar mais alto
Saber as lágrimas conter
E as asas recolher
Quando tiver de ser !...

Tenho de aprender
A sobreviver
Quando as minhas penas caírem
E não as souber repor
Porque no fim de tudo
O que dói
É não saber, o amor, conter !...






quarta-feira, julho 22, 2009

 

E, cai a chuva !...


E cai a chuva
E voa o vento
Derrubando árvores
Sem um lamento !...

E cai a chuva
E voa o vento
E para longe de mim
Arrasta o meu pensamento !...

E cai a chuva
E voa o vento
Enquanto meus sonhos
Voam sem tempo !...

E cai a chuva
E voa o vento
E eu desencontro-me
Do sofrimento!...

E cai a chuva
E voa o vento
Até que o tempo se condoa
Do meu tempo, sem tempo !...

E cai a chuva
E voa o vento
Levando pelos ares
Pedaços do meu pensamento !...

E cai a chuva
E voa o vento
Segredando-me que na vida
Tudo tem o seu tempo !...


Acabei de o escrever, agorinha mesmo, fresco como a chuva e os cheiros da madrugada!...

Que chuva, que vento feito louco, e que dia que me sabe a tão pouco!... Vou enfiar-me no ninho, já passei a roupa a ferro... já passei o meu vestido... Amanhã vou-me casar... E o manel é meu marido, ahhh até dá... E agora resguardada do vento, e com os meus pensamentos, pensamentos que faço na forma do meu querer, vou sonhar, sonhar, porque sonhar é lindo e leva-me para longe da chuva e do vento!... e nada nem ninguém, poderá deter o meu pensamento!...






terça-feira, julho 21, 2009

 

Uma Estrela, para a Estrelinha D'alva...


Estrelinha D’alva !...


Encontrei uma estrelinha
Brilhante e pequenina
Envolta em roupagens
Da mais pura, musselina!...

Era uma estrelinha
Ainda menina
Tão pura
Tão novinha !...

Segurou na minha mão
Que em mim guardei
Para fugir ao feitiço
Da lua, que invejei !...

Estrelinha d’alva
Menina da minha alma
Vamos lá a sorrir
O mundo precisa de calma !...

O mundo precisa de ti
Que sorrias logo pela manhã
Que mantenhas acesa em ti
A chama que não é vã!...

Estrelinha d’alva
Mais um dia vai nascer
Mais um dia para lembrar
Ou será para esquecer? …

Tudo vai depender de ti
E da forma que vires o sol nascer
Pois se o tiveres no coração
Nada de mal vai acontecer !...

Brilha, brilha estrelinha
Que eu tomo conta de ti
Deixa a tua mão na minha
Segue em frente e, caminha !...






 

Repassando a vida !...



Passando e repassando

A vida

Ouvindo ou não ouvindo

O seu murmurar

Sonhando ou não sonhando

Com o seu cantar

Neste momento

Sei que estou

Onde deveria estar

Nada ficou ao acaso

Nada ficou por pensar

Nada por descobrir

E nada por acabar …

Passando

Repassando

Tentando encontrar

Da vida a serenidade

A sua igualdade

Sentir em torno de mim

Apenas a fraternidade

Sentir que todos somos

A luz do amanhã

E que todos trazemos

Nos rostos cansados

No olhar magoado

Os restos de um passado

Jamais acabado

Jamais retornado

Porque todos temos

Cá dentro

Pedaços de solidão

Que trouxemos connosco

Amarrados no coração !...


Pois é, sinto realmente que estou onde devo estar, que sonho com o que devo sonhar, que vivo como devo viver, que amo a quem amar, enfim! Neste momento é assim que quero estar!...É assim que quero sonhar a vida, a vida que trouxe como bagagem, umsem fim de coisas boas e más, mas, é a minha vida e é por ela que tenho de lutar!... lutar para avançar, lutar para viver, para abrir caminho entre a multidão, arrancar as ervas daninhas da minha estrada, para poder seguir até onde quero, porque os meus sonhos não têm fim!...Os meus sonhos que me precedem, que vão à minha frente, fazendo-me sonhar mais e mais, cada vez mais! Hoje queria colocar prosa, mas, estou de abalada, o dia promete frescura, passeio, mar e mar, ir e voltar, e logo escrevo comc alma, o pc anda a modos que resmungão!...Lento, tão lento que já lhe gritei, mas, se ele for como a dona, faz ouvidos de mercador!...








domingo, julho 19, 2009

 

Sonhos de Amor !...


Passei a delicia de uma tarde no café! É um café onde gosto de estar, pouca gente, tem nome, mas nós, eu e a Getta, chamamos-lhe a Espelunca, o local é ameno, tem árvores, relvados, e, pessoas amorosas. Estivemos na conversa com um jovem que costuma lá ir.Costumamos estar com dois belissimos Pintores, Franceses, têm a sua galeria e atelier ali pertinho...Têm quadros de grande envergadura, e divertimo-nos com dois putos pequenos, reguilas, a tentarem fazer negócio connosco, vendendo os carrinhos deles, usados, para comprarem qualquer coisa para eles... Dei-lhes os euritos, ficaram com os carritos, e volta e meia, como o negócio rendia connosco, voltavam ao ponto de partida, ahhh, junto de nós com a treta baratucha, mas pelo menos corriam a rua de cima abaixo à procura de potenciais compradores...

Entretanto puxei do bloco e disse; vamos escrever um poema, cada uma escreve umas linhas e a outra vai fazendo o mesmo... Eis o que saiu, o que está a preto é meu, a azul é da Getta...

Sonhos de Amor!...

Sonhos de amor
Numa tarde de verão

Palavras perdidas
Ao sabor do vento

O vento que aplaina
As saudades
Da maresia de amor

Trazida pelos cheiros
Das areias mornas
De uma velha Ilha

Onde os amores
Ficaram enterrados


Mas há o pessegueiro
De tronco frágil

Que cobre as roseiras bravas

Que jamais floriram
Desde que aquele
Amor partiu

Estioladas entre pedras
E dias de sóis assassinos

Que só voltarão a nascer
Quando a água chegar até eles

Trazida por um Poeta
Descalço e perdido
Mas trazendo aos ombros
Os velhos mapas
Dos lençóis de água!...







sábado, julho 18, 2009

 

Momento, Único!...



De tarde fui buscar a minha querida amiga, a D. Dores, senhora mais velha que eu! Une-nos uma belissima amizade há mais de 15 anos. É como uma mãezinha querida, é a conselheira que procuro quando necessito de palavras amigas, conselhos, o que for. Há imenso tempo que não dava para estarmos juntas. Liguei-lhe à dias e ficou assente, sábado pelas 15 h. iria buscá-la. Assim foi. Demos uma volta e invariávelmente, acabamos no Bom Jesus, lugar de nossa eleição já há imenso tempo. Sentamo-nos no nosso lugar preferido, à sombra, falamos de tudo, depois esperamos que saisse um casamento, entramos na Igreja e, ia ter outro em seguida. Quisemos ver a noiva, lá veio ela, linda, radiante ao som da Marcha Nupcial, ora, se não ouvi a minha marcha no dia do meu casamento, tocou sim, ouviram os outros menos a noiva, deve ter sido por isso que me enganei ehhhhhh, sempre tive a sorte de a ouvir hoje, pela primeira vez, desde que tenho o surfista! Não foi sem emoção que a ouvi. Estam músicos a tocá-la, e bem alto por sinal. Fechei os olhos enquanto ouvia a deliciosa música, por momentos desapareci dali, nem me perguntem por onde andei embrenhada naquele momento muito meu, a musica a soar, maravilhosamente terna... Foi uma sensação deliciosa. Agradeci poder estar ali naquele momento único!...
Estavamos as duas agradecidas por termos assistido aquele bocadinho maravilhoso! Saimos dali, vi que estavam a arrumar cadeiras, e colunas lá junto à escadaria, na parte mais larga onde tem deliciosos jardins e sente-se o perfume das flores. Desci parte da escadaria e fui perguntar ao senhor que andava a testar os aparelhos de som, que até conhecia do Tinbra, o que ia haver, seria um grupo coral da Universidade que ia actuar pelas 21,30. Agradeci. Fomos mais para cima e visitar o nosso amigo querido de quem ela muito gosta, parei o carro junto dele, ah, que bom, falamos da vida, dos filhos, das nossas coisas. Tão bom estar com esta amiga tão doce e terna, tão amorosa...
Fomoa lanchar ao nosso lugar de sempre, e fui deixá-la em casa.

Passei kilos de roupa a ferro, e como sou duracell, despacho tudo num instante, ficou tudo em cima da mesa, arrumo amanhã de manhã. Lembrei-me da minha amiga Getta que nunca dá uma voltinha...Ora bamo lá prá rua de novo, haja galderice! O manel ia ver a bola, não havia mais ninguém em casa... comi qualquer coisa como requeijão e melão... lavei os dentes e, ala que se faz tarde, já tinha mandado sms à Getta que me esperava na janela.
O movimento era muito, casamentos, hoteis cheios, lá arranjamos um bom lugar para o meu papa milhas, fomos andar por ali, adoro ir lá à noite, o brilho das luzes imensas da cidade, o cheiro das flores, e de repente vi muita gente mas nem associei, esqueci completamente o grupo coral... e caí em mim! ah, getta, que bom, vai ter musica, e, como chegamos na hora, começou quando tivemos a sorte de encontrar um bom lugar onde nos podiamos sentar, no muro de onde se via toda a cidade!... Minha nossa. Como agradeci aquele momento tão lindo, as luzes, a música,as vozes. Obrigada Pai, obrigada Senhor, por tanto amor!...
Quem teve um sábado tão cheio de amor, paz e alegria, e a marcha Nucpcial, a música à noitinha? ah... mas que bom... enquanto iamos a caminho do carro digo; getta, que momentos únicos, são dados pelo PAI!, e diz ela; costumo chamar a esses momentos assim, as pedrinhas brilhantes que aparecem no nosso caminho...






sexta-feira, julho 17, 2009

 

O meu primeiro dia de Voluntariado !...


No Hospital, através da Cruz Vermelha!
Já lá vão alguns anos! Fui à entrevista. Perguntaram-me porque queria ser Voluntária, respondi que era por me sentir privilegiada, num mundo onde havia tanta dor e eu me sentia uma pessoa feliz! (Ah, o bom do Dr de quem me tornei amiga mais tarde, bem ficou pasmado por entender tudo e mostrar conhecimentos avançados naquela área, como sempre disse; haja amor, e com amor e boa vontade, consegue-se dar o que mais for necessário nas horas de dor...) e estava apta a dar um pouco de mim a quem precisasse... A entrevista correu da melhor maneira. Ser como sou, não impediria que exercesse o meu trabalho como devia ser... Fui louvada pela minha chefe mais de quantas vezes, por não precisar de Cursos para aprender como deveria desempenhar o meu Voluntariado! (enquanto que havia senhoras formadas e com cursos na C. vermelha que, na hora da aflição, não sabiam como proceder! E durante um falecimento, fui eu dar alento á jovem que tinha perdido a avó naquele momento... fiquei com ela mais de duas horas, o meu turno já tinha acabado, e só quando a irmã a veio buscar é que me fui!...) É que na entrevista testam os nossos conhecimentos de tudo... No primeiro dia fui acompanhada por mais duas Voluntárias já veteranas, para verem o meu desempenho! Cinco estrelas disseram elas...

Antes de começar, claro que fiquei a pensar; xi, será que consigo dar conta do recado? será que ? será que? Bom, saberei quando me apanhar no terreno! Como sempre falo com ELE, pedi que a primeira doente que visse, fosse o mais parecida com a minha avó Laurinha, para me sentir à vontade a dar-lhe o lanche!
O grande dia chegou, seguimos em grupo de duas a duas. E, pasme-se, a avó laurinha esperava-me para lhe dar o lanche!... Recostada, velhinha, cabelo apanhado tal qual a minha avó, sorriu-me do seu leito, afaguei-lhe as mãos com ternura e amor, porque eram as mãos da avó que estava a afagar! Dei-lhe o lanche devagarinho, sorri para ELE e disse-lhe entre murmúrios... Ela é muito parecida com a avózinha sim, mas, não leves a mal, só que; a avó laurinha era um nadinha mais bonita!...
Isto já foi há anos e estou resolvida a voltar para lá, agora que os rapazes já não precisam tanto de mim...






quinta-feira, julho 16, 2009

 

Nunca terei vergonha das minhas raízes !...


Tudo começou numa história de amor, entre dois Seres que fazem parte de mim, e é deles o sangue que me corre nas veias... ela viuva e minha avó, paterna, Silvéria Rosa, ele, nem sequer sei o seu nome, chamo-o de Avô, porque nunca o conheci, mas na história darlhe-ei um nome, Lucas.

Amavam-se, mas, havia de ter sempre alguém a meter-se no meio. Corria o ano de 1924, Rosa apaixonou-se pelo Lucas, que tinha como a Arte de viver, ser chefe dos Contrabandistas que por terras de Salto, Montalegre, atravessavam para Espanha, onde se contrabandeava de tudo, para que o povo tivesse com que se alimentar. Havia muita fome na altura. Lucas era uma espécie de Zé do telhado, tirava aos ricos para dar aos pobres! Todo mundo gostava dele e todos queriam trabalhar para ele... Era um homem rico, tinha propriedades, cavalos e já nessa altura, havia carros por lá... Era casado, tinha filhos. Apaixonou-se perdidamente pela Rosa, que o amava também. Engravidou. Juntos faziam planos para a chegada desse filho amado. Havia um sujeito que se andava a atirar à Rosa, mesmo quando a sua volumosa barriga já mostrava que estava grávida. Lucas foi avisado da perseguição que ele movia à sua amada. Esperou-o, lutaram, o sujeito bateu com a cabeça numa pedra. Morreu! Lucas foi detido. Senhor de avultados bens, ofereceu ao guarda da prisão uma soma enorme para o deixar evadir durante a noite! Negócio fechado! Um dos homens dele trouxe o saco com o dinheiro, dava para comprar mais que um prédio em Lisboa, diziam!

O Guarda cumpriu o prometido, recebeu o dinheiro, pela noite deixou-o fugir, deu-lhe uns minutos de avanço, de arma em punho seguiu-o, e em minutos, matou-o! Tudo muito normal, o preso evadiu-se , dizia ele, mas os outros presos sabiam da tramóia, e não se calaram. O guarda foi preso, e em menos de um ano, atirou-se da casa de doidos onde o meteram, os remorsos levaram-no à loucura, saltou do alto de um 3º ou 4º andar. Morreu ali!... Nunca chegou a gozar de um tostão do dinheiro que recebeu!...

Mas, Pai, tu eras o menino que estava no ventre da Rosa, a Rosa tua mãe que te amou, e o Lucas? O Lucas, o teu Pai, nunca pode conhecer-te porque o mataram quando fugiu da prisão, tu estavas quase a nascer, nasceste depois, foste um menino sem Pai, porque a ganância de um homem te levou a perdê-lo quando mais necessitavas dele.
E era de ti que eu me lembrava, quando tinha o Nuno acabado de nascer, (ele era tão parecido contigo Pai, era o teu rosto que tinha quando nasceu) nos meus braços, eu apertava-o contra mim, imaginava que estava a pegar em ti, e sentia-te mesmo nos meus braços como quando nasceste, talvez para te dar o carinho que o teu Pai não pode dar-te!... e ficava a imaginar o que era criar um filho sem ter o Pai ao lado, e nesses primeiros dias, meus olhos choravam as lágrimas que a tua mãe derramou, por se sentir sozinha, sem ajudas, sem nada!...

E anos mais tarde, lá ias tu com ela, tu um contrabandista de palmo e meio, que pequenino começaste meu querido Pai... pés a enterrarem-se pela neve, vender ovos e algumas coisitas da horta, para Espanha, para que houvesse algum dinheiro para viverdes, tu e os teus 4 irmãos e a tia!... Porque a mãe Rosa já sabia esse caminho desde há muito, porque foi lá que ela o conheceu, ao Lucas, quando trabalhava para ele... Mal sabia ele que o filho, embora pequenito, lhe seguiria as pisadas, mas, mal contava ele também, que, um dia, lutarias contra eles para que entrassem no bom caminho!... Lembro-me de contares que tinhas uma ovelhinha como dizias, e levava-la contigo presa por uma corda, adormecias encostado a ela, e, uma dia voltaste sem ela porque a mãe Rosa teve de a vender. Não tinham que comer. Choravas tanto no regresso, e choraste durante dias e dias...

Foste tu que me contaste a tua história no dia em que eu fiz 21 anos. Nem sei porque esperaste tanto tempo!... Lembro-me de chorar copiosamente com pena de ti, tão pequenito, ias a pé 4 km para a escola da Venda Nova, a antiga escola que hoje está debaixo da barragem... e regressavas a pé, fizesse sol ou chuva, e lembro-me de contares que havia um carabineiro que conheceu o teu pai, e quando lá passavas, dividia a merenda dele contigo, e contava-te coisas dele que tu ouvias deliciado, porque nunca tiveste familia do lado dele que te valesse, porque eras um filho do pecado como se dizia antes... e por isso foste registado como filho de pai incógnito... e a merenda por vezes eram azeitonas, broa, cebola, dizias tu de olhos a brilhar, e muitas vezes choravas a contar isso, mas que bem me sabiam aqueles petiscos naquela altura, dizias tu... por vezes havia uns pasteizitos de bacalhau, umas lascas de presunto, e os dois, conversavam até serem horas de te pores a andar pelos montes fora, que em casa esperava-te a mãe que sempre amaste... mas que homem tu não te fizeste ó Pai, estudaste, tiraste o 6º anos dos Liceus no Sá de Miranda, a avó depois começou a apanhar Volfrâmio nas Minas da Borralha, fez um pé de meia jeitoso... Ah, Pai, como eu te amo, como sinto saudade de ti, e dos momentos tão nossos em que me contavas tantas coisas lindas desde que nasceste até te tornares num homenzinho... E, num grande homem, culto, falando 5 linguas, (Português, Inglês, Africanze, Espanhol e Francês ) e sendo um exemplar cidadão, amante da Pátria, a Pátria que te virou as costas mal tu precisaste!...
E é com orgulho que hoje, pela primeira vez, digo; Sou neta de um chefe de Contrabandistas!...






 

Foi aqui que nasci!...


Dentro dessas muralhas, entre o casario que era da Fidalguia, pois só os nobres iam viver ali... mas isso foi em 1951, Dezembro. Valença do Minho a minha terra, da qual sei tão pouco. Nasci numa das casas parecidas com esta, mais simples agora, e onde funcionam agora escritórios, Não foi nesta casa, mas noutra mais para o lado, porque estão todas alinhadas. Fui conhecer essa casa quando tinha 16 anos e viemos cá de férias, já que com 10 fomos para Angola. Adorei saber que nasci ali, o pai mostrou-me tudo dentro da Fortaleza, ele era Funcionário Publico e fazia serviço na Fronteira com Tuy. Na altura nem liguei ao privilégio, mas, hoje penso que fui uma sortuda até no local do nascimento...

Vendo bem, acho que o local era belissimo, todas as muralhas são rodeadas de verde e nas janelas traseiras da casa, via-se o rio a navegar tranquilamente para Espanha... Que belo por de sol como este, que encima as muralhas...

Têm embarcadouro, e locais lindos a visitar que mal conheço, quando lá fui já com os meus filhos, fomos almoçar ao lado de lá e assim vimos mais um pouco da minha terra!...E, como falei da minha terra no blogue do Kim, se ele cá vier, verá do que falo... Até no nascimento fui privilegiado nasci na maternidade onde freiras assistiram a minha mãe, tão pequenita eu era, dois kilos e meio, que o médico alertou os pais de que eu não viveria muio tempo!... Pois bem, para o gosto de uns e desconsolo de outros, por cá ando, como sempre!... (para quem iria finar-se ainda bébé!) Sentindo-me uma nina feliz neste momento, feliz porque a vida é um ciclo de acontecimentos, e nem tudo é mau, porque a vida nos cutuca para a frente. Daqui a dias irei lá de novo com a minha amiga Sãozita, num dia da semana, e terei tempo de fotografar a janela da minha casa!...

Não tenho lá familiares, nada de nada, porque, nascemos lá, eu e o meu mano mais velho, o pai foi transferido para o Porto, e lá viemos nós, isso é mau, é mau porque não criamos raízes, os amigos ficam espalhados pelo mundo, mas, em contrapartida vivi em Continentes diferentes e conheci meio mundo, graças ao trabalho do Pai, que por vezes detestava por me afastar dos meus amigos!...