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Quero Alguém O meu tecer de Esperanças!... Já escalei a minha montanha!... Amar-te-ei Sempre!... Não te vás nunca!... Não foi o ocaso |
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Abre a Porta !...
Abre a porta
Deixa-me abrigar No teu amor E sentir O que comigo Queres compartir !... Abre a porta Para mim Sente-me assim Sente-me em ti Na ternura Sem fim !... Abre a porta Sabes que sou eu E jamais mentiria Ao dizer que te amo Mesmo que soe A amor profano !... Abre a porta Sinto que o anseio é mutuo E que nossas almas Já se pertenceram No passado, traído Não redimido !... Abre a porta Não me deixes ficar na rua Entregue à loucura E ao frio Não sentes a nossa vida A correr como um rio !... Abre a porta Abraça-me e protege-me Porque eu não deixo de querer E de sonhar Com esse dia Que está a chegar !... Este poema foi escrito a ouvir música de Ernesto Cortazar, gosto de ouvir música e ir escrevendo, se antes vivia no silêncio, e escrevia na mesma as minhas canções, poesias, neste momento foi através dessa imagem, de uma mulher e uma porta fechada, que escrevi esta canção... As letras saem como saem e eu caprichei no amor!... Partam um pedaço de pão saloio, e, sirvam-se !...
Ameijoas à Angolê! com piripiri até dizer; chega... partam um bom pedaço de pão saloio, molhem no molho que tem óleo de dendê, ervinhas a gosto, e uma tomatada generosa, porque a calda transforma-se numa boa sopa, nutritiva... serve-se em pratos de sopa... uma bjeca das pretas, geladinha, a suar, suar...
Apeteceu, o dia estava ameno, calorento, e, ameijoas à minha moda porque os segredos de cozinha não se contam a todos, nem ao ouvido... chamo-lhes; ameijoas à angolê!... porque aprendi a fazê-las em Luanda, mais precisamente nos mato, na sanzala da mãe Domingas, nos mato com a minha amiga e Comadre, sou madrinha do filho dela, mulatinho, a mesma Domingas onde comiamos o cacusso da lagoa ali abaixo da casa deles, a lagoa onde eu passava horas sentada numa das canoas, a ver a quietude e a serenidade daquele lugar. Os adultos conversavam de trivialidades, e eu (iamos para lá de manhãzinha e só regressávamos noite cerrada,) e eu adorava estar ali. Tinha uma pequena Igreja, umas casitas, ou cubatas e pouco mais, os pais eram também Padrinhos de um dos ninos deles, do Américo e da Domingas, e a amizade durou até que todos tivemos de sair dali!... Nem fazemos ideia por onde andam, nem temos a quem perguntar, mas, é a vida e muitos dos meus amigos, andam assim, pelo mundo. O meu afilhado esse como eu era uma nina ainda, olhava-me de lado e chamava Madrinha à minha mãe, pelos vistos eu nem tinha cara e madrinha dele... (Ai que saudade mãe Domingas, que saudade de ver a familia toda junta e de ter aqueles sonhos tão lindos, que na altura o tempo era de sonhar!) (fotos de laurinha, no tacho, ainda a cozinhar!) Mansuetude !...
Mansuetude é tudo o que preciso
Neste momento Enquanto tento sair Do mundo do sofrimento Mansuetude Uma palavra que me sabe A quietude E me tenta, a seguir Cada vez mais Pelos caminhos do bem !... Mansuetude Palavra que existe Nos livros Palavra que se manifestou Neste momento Em que preciso dela No meu pensamento Para me saciar de amor Contra todas as palavras Que possam surgir !... Mansuetude É tudo o que quero sentir Quando meu peito dói E meu pranto se solta Ao ver ao abandono As palavras de amor Que já não somos capazes De dizer uns aos outros Porque a posse Tolda as mentes !... Mansuetude Palavra que não ilude Que soa a música do alaúde Palavra que nos pode traduzir As desavenças entre todos Os ódios que sentem uns e outros Na busca da razão sem razão Porque todos se esqueceram De procurar dentro de si A voz do coração !... Descascar peras, um castigo antigo!
O crime? um pontapé num pote de água a ferver, sem querer, claro...O castigo? descascar daquelas peras minusculas para o meu tio e eu paparmos até encher!...
Estava cá de férias, na casa dos meus avós, na lareira eu, o meu tio Ismael e a tia Nanda. Era em Novembro, talvez. Na lareira um pote pequenino fervia incessantemente a água que a minha tia punha na botija para aquecer os pés à noite. chegadinhos para a lareira e a ouvir a canção que a minha tia adorava e cantava para mim sempre que tocava na rádio; S. Francisco, S. Francisco e já nem me lembro de mais nada da letra... bem, eu com 15 e o Ismael com 19, em exames Universidade da Covilhã, veio para casa para estudar... e a tia Nanda a fazer meia de lã de ovelha, cardada e fiada por ela. Falavamos de coisas e loisas, nem me perguntem a que propósito eu disse ao Ismael; seu estupor, mas era na brincadeira porque nos davamos tremendamente bem, e ele diz aborrecido; (ali não se diziam palavrões, nunca) sabes o que quer dizer estupor? dá-me um estalinho, suave, claro, na brincadeira e eu mando-lhe um pontapé nas canelas, tudo na maior, mas, ó balha-me Santo Ingrácio...que desgraça. O safado do pote a ferver a água há séculos, meteu-se entre o meu pé e as pernas do Ismael, vestido de Inverno rigoroso, de botas e meias de lã, das que as tias faziam. Só ouço o urro de dor, o grito de; ai filha da p... que te mato, a minha tia gritava aflita, ai ismael, ai laurinha... os avós não devem ter ouvido nada, o quarto era afastado e lá fora chovia e trovejava que sei lá. A tia começa a descalçar a bota, os atacadores eram de couro e molhados com a água a ferver, mais custavam a desapertar... o gajo era muito medricas naquela idade. A pele começa a sair agarrada à meia,desde os dedos do pé até ao tornozelo quase, ui, que impressão. Eu chorava já nem sei porquê, se com medo que o avô viesse ralhar, se com pena dele. Os meus pais estavam em lisboa, dali não vinha perigo de algum tabefe mal dado... Bom, a tia pôs água com vinagre de vinho ou lá o que era, e lá lhe ligou o pé... ai os nomes e os palavrões que ele sabia ehhhh, com a nossa idade tudo era permitido, e agora como vou fazer os exames daqui a 3 dias sem poder calçar-me, como vou andar; ele tinha de andar quase uma hora a pé para apanhar o autocarro que vinha da Venda Nova, até ao cambedo, minha nossa, comecei a ficar preocupada, ai se o avô pela primeira vez me dá uma tareia por causa dos estragos que fiz no pé dele... Fomos deitar-nos, claro que a sensação de culpa não me abandonava. Adormeci preocupada com a reação do Avô que nunca me tinha dado um estalo sequer, e nem deixava que a minha mãe o fizesse... Eu todas as manhãs sentia o bater dos socos dele nas tábuas de madeira do alpendre, e todas as manhãs ele vinha dar-me um beijinho, muitas vezes sentia-o e fazia de conta, porque me sabia deliciosamente bem cada beijinho do meu querido Avô Manuel... se estivesse acordada, abraçava-o muito, muito... e depois, saía e ia levar as vacas e ovelhas ao lameiro. Naquele dia foi diferente, mal dormi, sentia pena do sofrimento do Ismael, e receio do avô, claro, nisto sinto o som dos socos dele a chegar ao quarto, ah, dessa vez fingi mesmo dormir! mas não fui capaz de continuar e assim, abri os olhos, ele deu-me o beijinho e eu entre lágrimas digo; Avô, foi sem querer, juro que foi sem querer, ele sorrindo diz; não faz mal, filha, são coisas que acontecem. deixa lá isso, não chores. Dali a nada a tia Nanda depois de andar para cá e lá a trazer recados do Ismael, diz; vai ao Ismael, ai Nanda, não vou, ele vai-me gritar. Não vai nada, anda, anda, o quarto era ao lado. Entro receosa, mal digo, Ismael.. ele encolerizado (a fingir) Ah, desaparece da minha vista, eu nem espero um segundo, corro para fora dali, porque se ficasse teria visto o riso dele, o riso que eu conhecia tão bem... A Nanda voltou a rir e disse que eu devia ver o riso dele a esconder-se de mim. Não voltei. e aparece ele de bengala, a mancar, abraça-me a rir e a chorar e diz de sua sentença; a partir de agora vais ser minha criada, vais fazer tudo o que eu não posso, assim; agora, vais buscar daquelas peras que estão na cesta, trazes uma navalha e descascas para eu comer até me fartar!... é o castigo pelo crime que cometeste! Dali a dias fui com o meu tio Toninho, levá-lo ao Cambedo, montado num macho enorme, do tio Gracinda. Ainda nem iamos a meio do caminho, passa um amigo de mota que lhe dá boleia, de bengala, a coxear, lá vai apanhar o autocarro. Eu, ah, coisa boa, montei no macho, e, quando vi que o dominava, aquilo é que foi trotar por ali fora, enquanto o meu tio o mandava parar e corria esbaforido atrás de mim, eu cutucava-o com os pés na barriga e só parei na entrada da terra, para esperar por ele, pois tinha receio das vacas que vinham por ali abaixo e podia levar uma marrada... Recordações que voltaram à minha mente, apenas por estar a descascar estas peras, fotos de laurinha, claro... Nunca sei!...
Nunca sei
Se posso sonhar Nunca sei Como o posso fazer Nunca sei Até onde devo ir Para não ficar A sofrer !... Nunca sei Para que lado hei-de ir Para onde me hei-de Voltar Se começo a sonhar E o meu sonho Ganha pernas Para andar !... Nunca sei De que lado O amor há-de chegar Nem sei quando vem E como nunca sei Passo a vida a sonhar E sei que os sonhos Também podem magoar !... Assim; fico na dúvida Se continuarei a sonhar Se ganharei coragem Para seguir os meus sonhos Ou se baixo os braços E paro de lutar E volto a ter A vida que sempre tive!... Sonhando com fantasias Tão fáceis de realizar Sem coragem De os meus sonhos mais longe, levar !... segunda-feira, agosto 24, 2009 Jardinar é comigo, sempre foi!...
Sábado, deu-me para mudar o vaso das orquideas, ofereceram-mas há dois anos, e mantém-se sempre linda, este ano já deu dois braços delas, e a última acabou há dias... sentia que tinha de mudar o espaço, tal como eu, as plantas também precisam de arejar, mudar de casa, de ares, enfim...
Sei que não devia ser agora a altura, mas, como me dou bem em todas as sementeiras que faço (de flores!) que de legumes já vi que já vos digo que os tão apregoados tomates nem se transformaram em azeitonas nem em nada que se coma, e os xuxus ainda estão com folhas a dar cum pau, mas de flores! viram-nas? enfim, os tomates vieram do Canadá, ele é caso para dizer que dali é como de Espanha; nem bom vento nem bom casamento (há casos e casos, ) assim, andei a jardinar no sábado e fiz um almoçito para os velhotes, eu não quis batatas fritas, bem, eu querer até queria, mas, optei por fazer aboborinha (espécie de áfrica do sul que nunca vi aqui em portugal, são essas redondinhas que vêm ao pé dos vasos, a minha mãe semeia todos os anos para nós, cozo-as, inteiras e depois cortam-se ao meio, tiram-se as sementes, deitam-se no tacho a evaporar o que sobre de liquido e com uma pitadinha de sal e manteiga, minimo que seja, dá um sabor bom) cortei tomate cereja os tais que eu semeei e nunca os vi... e fiz espinafres em alho e azeite,um bifito, e tava feito, o manel teve direito a ovo de duas gemas, da dona Elisa também... Mudei as orquideas, mexi na terra que adoro, aliás, adoro andar descalça na terra, sempre andei descalça em Luanda no Bairro da Cuca, subia aos mamoeiros, árvore que desse, lá estava eu empoleirada...vestidos de bordado inglês, rasgados... Entretive-me por casa, quando somos só dois, ehhh que ganda reportório de faladura!mas, dei nova casinha à orquidea que me olhava agradecida por mudar para a cabana de madeira dos sonhos dela. As fotos são minhas e aqui está o ganda vaso dos xuxus que só deram sombra ao Shakita, pois a foto já é de há uns meses atrás, e já foi com essa intenção que lá enterrei dois pés deles e agora só tem um... Ufa, Já nem sei se preciso de férias, se só de uns diazinhos!...
Apre, tudo é canseira, tudo é gente a mais, tudo enche as medidas e só me apetece ir pra longe, e, claro, acompanhada, ora pois não!...
Sempre fui uma entusiasta das cabanas de madeira, nem me perguntem porquê, nunca vivi numa, mas já as vi de perto e passei por elas, estive dentro delas com pessoal amigo e assim sempre quis ter uma. Acho que começou a ser hora de me virar para mim e ter direito a viver à minha maneira!... Um fim de semana, ao menos, minha gentinha, é o que é... E como no mundo das virtualidades tudo é permitido!... Sonha laurinha que sonhar faz bem á pele, á beleza da alma, porque Ele disse; pedi e recebereis, acho que ELE qualquer dia fica mouco como a mim, de tanto me ouvir pedinchar !... Mas o que peço, é com ELE e comigo!... Bem, olhem que belissima cabana para dois, e a parte de trás que nem se vê... a rede para balançar, o rio para dar uma frescadela nos pés, ehhhhhh, enfim, vou ter o meu rico fim de semana à grande, ou seja, como acho que mereço. A companhia, em sonhos ela estará lá!... e o resto, imagine-se e mais nada! Se quiserem ir ter connosco, nem se façam de rogados, mas... só Domingo à tarde, que sexta à noite e sábado, é só nosso... só a dois!... Vá que não saio de casa, é só em sonhos, porque não há aquele amor que sonho, anseio. Ele nem existe, segundo os especialistas, é apenas o coração que sonha, enfim... sonhemos, sonhemos então... Bom, temos o barquito para dar umas voltinhas no rio que é a serenidade, calmo, muito calmo, assim como o momento exige!... Agora, já que vão lá ter, levem uma cestinha com mantimentos fresquinhos e com uns diazinhos de férias, podem lá ficar, há sempre espaço onde eu estiver... Os amigos que o digam... gosto de pão fresco, queijinho fresco também, e de resto, chega o que lá temos... Aviem-se... O local? ah lá se vai o descanso e a solidão a dois!... Em casa de ferreiro, espeto de pau!...
Bem, a minha filha, não é assim tão pequenina nem tão grande, mas, manias nem lhe faltam...
Foi ao Porto, ainda insistiu comigo para que os acompanhasse, mas, fiquei na minha, deixá-los ir em liberdade os dois, que namoro é para isso, não para andar a mãe atrás a chatear... Dali a nada, ligam, o pai atende, queriam a medida do estore da janela, lá fui medir, queriam mudar o quarto, as roupas de cama, comprar alguns lençóis, etc. etc... Disse cá para mim, a ver se a pariga acerta nas medidas, mas, deixa ver!Quando chegaram, traziam lençóis, tudo ao gosto deles, pretos, cor de vinho, enfim, quando pus para lavar, reparei que o de cima me pareceu pequeno, abri os braços e sei as medidas a olho... anos e anos de ter a fita métrica comigo, até na carteira trago uma... mas, vejo que aquele metro e meio de largo para um lençol de cima, não me convenceu... Ó Neide, que medidas trouxeste de lençóis? a mim parece-me muito estreito, mas, ó mamã, está bem assim, eu vi muito bem e são as medidas da minha cama... Ó pariga, o debaixo, tudo bem, mas o de cima, tapa a cama mas não te tapa a ti sequer!..., decidida a mostrar que tinha razão, pegou no lençol, estendeu-o sobre a cama de casal e!... Tens razão mamã, devia ter pensado que o de cima tem de ser maior na largura, ehhhhhhh... pois só tapava o tampo da cama...o que me ri, mas, como gosta muito dele, vou comprar tecido igual, em preto que essa cor não há à venda, e, faço uma barra dos lados, para que tenha uso, ah, em casa de ferreiro, espeto e pau, sempre é verdade... e é a mãe que faz as bainhas das calças, e cose de tudo, ela mal dá uns pontos, à parte de saber pregar um botão, coser aqui e ali, num sabe mais nadica... ah, gandas mulheres!... Riam-se pois, se vissem a cara dela naquele momento tão convencida de que a mãe é que se enganou nas medidas... Assim; comprem uma fita métrica e ofereçam-na às filhas, sobrinhas, amigas, pois é imprescindível em momentos como esse... Sogra e mãe, sofrem!...(Cliquem na foto para aumentar ) Há tempos o mê genro, mostrou vontade de aprender a cozinhar algumas coisitas, e, claro, nada como a sogrinha dele para ajudar! Não é que o rapaiz, aparece munido de bloco, e desata a escrever o que eu ia dizendo, a sopa até ficou boa, mas, quando tentou fazer tudo sózinho, ehhhhh, saiu cá uma iguaria que foi direitinha para outro lado que não as nossas bocas. Lá ia dizendo as medidas, mostrando como se fazia. Azeite, a olho, e ele viu aquele golinho, o óleo se fizesse falta aqui ou ali, seria também ;a olho, para refogar, como quisesse, bem, eu tentei!... Juro que tentei ajudar o rapaz, porque; aprendendo ele, sei que a filha teria sopinha de jeito ou um arrozinho feito a preceito e assim, pasme-se, quando hoje encontrei o bloco e ia passar uma canção que me estava a martelar, e reparo nas receitas e na forma como ele escreveu o meu; a olho!... Azeite; um olho... óleo; um olho, enfim, digam lá qual a medida de um olho pró tacho!... Ah, minha gente, e isso nem é nada, comparado com o que a filha fez, armada em dona de casa, e senhora do seu nariz, elas, há cada uma... enfim!... sairá no próximo post!... na foto não se lê bem, mas diz um "olho" de azeite... É nas estrelas ! que o vou encontrar !...
Olhando as estrelas
Sigo o roteiro Para encontrar o amor Que de mim anda perdido Pelo mundo inteiro!... É nas estrelas Que deleito o meu olhar Quando a noite chega E cantam para mim Para eu não chorar!... É nas estrelas Que me deito E meu corpo deixo Ao acalento do amor Que trago no pensamento!... É com as estrelas Que derramo o meu pranto E são elas que murmuram Que tudo pode mudar A qualquer momento !... E é o seu brilho Que me diz Que se deve lutar Pelo amor Em que se quer acreditar !... segunda-feira, agosto 17, 2009 Encontro ou Reencontro ?...
Encontros que nem sempre o são pela primeira vez, reencontros, sim, daqueles quando sabemos que já não somos só de agora, que já vivemos noutras encarnações, e, eu acredito piamente, que já viajamos através de mundos e mundos e de cada vez tentamos melhorar a nossa forma de ser para com os outros, de tentar perceber a forma como funcionamos, e de tentar eliminar de vez os sentimentos negativos que trazemos agregados ao passado, o passado cheio de culpas e de remendos para tapar!... remendos que nem sempre conseguimos cerzir a preceito, remendos que por mais que tentemos tapá-los, se não houver amor, as linhas com que os cosemos, partem-se sempre a cada nova tentativa. Porque tem de existir amor, esse amor que vai unir as linhas e torná-las mais fortes...
E assim; Anjo de luz ... claro que sabemos que já nos conhecemos de outrora, e que o nosso encontro mais dia menos dia aconteceria, e, foi o que tivemos, um belissimo presente de Deus!...e é agora a nossa hora de reatar a amizade há milénios começada... Nada mau para um primeiro encontro neste mundo onde vivemos... Não falo em sentido de talvez, sinto que sim, e assim como assim!... Acredito... Chegamos ao Parque de Campismo, a Colina do Sol, em S. Martinho do Porto, eu, Manel e Sãozita, Lá veio a nossa querida Pipinha receber-nos, o João que corria que nem doido, a encher de miminhos, tratamos da burocracia e lá fomos, para tornarmos a voltar, desta vez para receber a nina do blogue Angel of Ligth... Estavam à porta, no carro, corri para ela, ah, aqueles cabelos loiros, aquela figura, aquele rosto querido, amado, porque já escrevemos há mais de dois anos por aqui, ela saiu do carro, abraçamo-nos com aquele amor e aquela saudade que se colmatou naquele momento, momento de ternura, a ternura que havia nos nossos corações que aguardavam há muito por aquele abraço demorado... largavamo-nos, para nos voltarmos a abraçar, a juntar nossos corações, e o Aracanjo Miguel, assitia embevecido á cena, estavamos ambas embaciadas... Tive de mandar um sonoro; Já chega!... quero ver esses 3 principes, e, minha nossa... Fixei o olhar no mais pequenino, tão lindo, qual anjinho morenaço, de lindos olhos amendoados, que me olhava entre indeciso e divertido, depois o do meio, ah, relaxado, rindo-se também, e o mais velho, já os conhecia de fotos, mas aquele trio...Credo e logo três!... Dali a pouco chegou a surpresa que ainda não sabia se podia vir ou não... O Derfel, amigo querido com quem já troco emails há um tempo... ele a esposa e os 3 ninos, todos rapazes também... e todos lindos, o mais pequenino só tem 18 meses, assim, imaginem o que não foi brincar e tomar conta daquele maroto que já era bem fino e sabia o que queria...além de ter um nome de Anjo também, o Gabriel... tiramos lindas fotos para a posteridade, para matar a saudade quando ela chegar... Fomos para a roulote, vimos o parque que é bem grande, limpo, seguro, andamos por ali e fomos fazer o almoço, o Manel da Pipinha, (ah, ganda manel, 1,94, aquele metia-nos na ordem com aquela altura, qual escadote, chegava a tudo...uma simpatia, um amor, só nos aldrabou quando disse que as mulheres não lavavam a louça e...foi o que se viu ehhhh) e o meu mais um amigo deles que por sinal andou na tropa e esteve ao mesmo tempo na mata, com o meu Manel, em Angola... e o Manel conhece o pai do Miguel, de Angola também, grande jogador de Hókei...Havia peixinho a grelhar, salmão, douradas, peixe espada, sardinhas, saladinhas, coisinhas boas, enfim, só o estarmos todos juntos, tornaram esse momento inesquecivel, e a roulote, cá fora, acolheu a todos como se a mais bela casa fosse, juntaram-se mesas, e todos sentadinhos a comer, a rir, a falar, enfim... Nada demais depois de ouvir o Manel da Pipinha dizer que; mulheres não lavam louça, hoje não... ah, e porque cargas dágua ... acreditem que nem faço ideia como fomos lá parar, quando demos por nós, eramos 5 em 4 lava loiças, o manel a passar os restos e gorduras para o lixo, a sãozita a tirar os restos com água, eu a lavar, a ritinha a passar por água, o manel da pipinha arrumar e a dar jeitos, ah...cinco pessoas numa mesta tarefa tão bem distribuida... O Miguel levou os rapazes para a piscina,(ah, que Miguel tens e que principes lindos, também tens!) e nós fomos ver as vistas, ah, de um monte que subimos de carro, avistavam-se as dunas de Salir, chamei-lhes , as Dunas do Zé do cão, se ele disse que andou ali a escorregar nos tempos de rapaz... a Ritinha tirou a foto e aqui está.. Zezito, vai mais uma escorregadela? Ampliando a foto vê-se o pessoal a subir e a escorregar...o tempo estava encoberto e ouvi lá longe a Banda a tocar, os Bombos, e que longe, a praia é em forma de concha sim, ó Zezito... Haja amor ó nina Ritinha... e ontem, uma vez mais constatatmos que!...ELE é que sabe, ELE é que nos surpreende à sua maneira... Foi tão bom. Agradeci a presente maravilhoso que foi o nosso reencontro!... Já coloquei o teu coraçãozinho no meu candeeiro da cama, vejo-o a todo o instante, basta ter sido feito por ti... Envolvo-te de novo no meu abraço, aceitando também o teu... Porque o amor existe entre uma nina das resteas e uma angel of ligth... mesmo com uma distância considerável na idade... Nós entendemo-nos bem... Obrigada Pipinha que te prestaste a todos os esforços, para que o reencontro se tornasse no que já anteviamos, uma bela recordação... Vida feita de silêncios !...
Vida
Tão cheia de silêncio E de silêncios! Tão cheia de palavras Ocas Vazias!... É um silêncio Que me deixa em solidão E, por mais palavras que haja Nenhuma Me alcança O coração!... Há silêncio E silêncios! Dentro de palavras Que nem são pronunciadas Ouço-as Com o pensamento!... Ah, como dói Viver entre gente Que mal fala E não diz Uma palavra Que se aguente!... Sinto a solidão No dia a dia Nas horas Em que só! Vagueio Pela minha mente!... Há dias em que aguento E consigo sentir Dentro de mim Pedaços de felicidade Que se vão Quando volto Ao presente!... Quando olho Para dentro de mim E sei que vivo Descontente!... Mas lembro-me Que a esperança É a última a morrer!... E um dia escutarei Com o coração A voz do silêncio Sem silêncios!... Sabia lá eu !...
Sabia lá eu
Que era preciso querer Que era preciso sonhar Para o sonho acontecer E nele me envolver!... Sabia lá eu Que não se pode esperar E que a vida andaria A correr Mais depressa do que eu!... Sabia lá eu Que o sonho comanda A vida E sem sonhos não há nada Para me manter na corrida!... Sabia lá eu Em que dia a sorte chegaria E se foi por não sonhar Ou se foi por não dormir Nunca a soube encontrar!... Sabia lá eu Que a sorte é alguém Que connosco tem de tropeçar Pois eu só a encontrei Depois dela ao chão me deitar!... Sabia lá eu Que só tarde, muito tarde É que iria sonhar E que do meu sonho Nunca mais vou acordar!... O meu amigo Hernãni de Castro Lopo!...Tinha perdido o meu Pai, o funeral tinha sido há dias, andava sem rumo, queria saber para onde vamos mesmo de verdade, sentir que havia um caminho, ter um vislumbre de algo que me levasse a entender até onde a vida iria. Já tinha lido imenso, sempre gostei de ler, sobre a espiritualidade sempre li, embora o meu pai fosse o primeiro a dizer que não concordava com estas esquisitices, e que a religião Católica era a mais certa blá blá. Tivemos desasados e arrazoados por causa disso! Em jovem tive curiosidade para ver como funcionavam as religiões diferentes da minha, a curiosidade sempre me levou aos desafios, que, diga-se, foram bons na medida que me ensinaram muita coisa... Aprendi a discernir por mim, dei comigo a pensar por mim, com o devido respeito ao meu querido Pai, porque cheguei à conclusão que; cada Religião puxa a brasa à sua sardinha!... e cada ser humano pode e deve andar na que mais lhe interessa ou convém, porque ninguém tem razão em religiões!... E todos a temos (cá para nós) O manel aí não se mete, sempre levei a vida da forma que quis, nem admito ou tolero que se queiram meter na minha vida em assuntos que só a mim dizem respeito, como na minha privacidade, nas minhas coisas e loisas. Eu não me meto a vasculhar a vida dos outros!... Entrei no Centro Espirita apenas e somente para comprar uns livros, já levava a ideia formada, o autor, André Luis, livros escritos sob Mediunidade! O senhor que estava na secretária, despachou uma pessoa e veio ter comigo, entradote, os seus setentas (71) . Disse ao que ia, virou-me as costas e disse-me que o seguisse enquanto ia falando sem eu ver seus lábios. Decidida, cheguei mais perto e disse timidamente; peço desculpa, mas tem de falar virado para mim, sou surda, só leio nos lábios! Sem mais nem menos, abraçou-me, beijou-me na testa e disse entre lágrimas a caír pelo rosto; minha querida, mas que amor. Não é fácil mostrar assim uma falta, um defeito que possamos ter, mas tu, com tanta simplicidade disseste tudo. Como é teu nome? Laura, respondi timidamente, mas, sentindo-me mais confiante e à vontade... Meu Deus, dizia ele, eu nunca vi ninguém assim, tão pura, tão inteligente, e que bem que ela fala, dizia ele à esposa querida, que nada mais nada menos era que a minha amiga Zezinha, falecida a 22 de Outubro do ano passado e para quem fiz o pps, Não te vás nunca... Fui a casa dela Maria José, contava-me a zezinha anos depois, devias ver como trás os filhos limpinhos e tem uma casinha tão bem decorada e asseada, ai Maria José, gosto tanto da sala dela, daquelas cores quentes de África, os quadros, os móveis, tudo tão lindo, gosto mais da sala dela que da nossa!... é ela que faz as roupas dela, algumas dos filhos, decora tudo, tens de lá ir comigo... Ficamos amigos, ia lá tantas vezes, comprava livros, ou apenas conversava com ele sobre as infinidades de encarnações, disto, daquilo, foi através dele que comecei a entrar noutros mundos, e mais tarde apresentou-me à esposa, moravam perto de mim, passei a ir visitá-los amiude e, durante anos e anos, trouxe centenas de livros, da sua Biblioteca, em casa, lia, devolvia, trazia outros, foi tão bom aquela aprendizagem que me mostrou coisas desconhecidas e que passei a sentir que eram parte da verdade de cada um... lá ia eu, feliz, estar com eles aqueles bocadinhos e a zezinha, minha querida zezinha, na mesa da copa onde lanchavamos os 3, punha lindas toalhas, e as melhores iguarias, e já depois do falecimento dele, lá ia eu, quando podia, e por vezes levava-a a dar a nossa voltinha, fazia um lanche, levava uma cadeira para ela se sentar, as pernas já se cansavam, e que bem nos sabiam os nossos bocadinhos de paz, amor, amizade...e passavamos sempre no nosso Amigo, o Santo Padre, o Santo da sua eleição... Lembro-os a cada passo, sempre que passo na rotunda, lá está a casinha deles onde me senti sempre bem vinda, e a minha presença desejada com amor...E onde por vezes agora, passando por lá, deixo correr as lágrimas da saudade da minha amiga, dos nossos desabafos, das nossas ternuras na amizade que sentiamos uma pela outra...Dos momentos em que por vezes tinha lá uma ou outra filha, e partilhavamos tudo, riamos e choravamos, ó Zezinha que saudade minha querida, eras mais uma mãezinha que outra coisa, não foste tu para mim tantas e tantas vezes a mãe que não tenho...quando faz falta... A Zezinha escutava-me, muito me ajudou a ultrapassar os maus momentos da minha vida, era uma senhora distinta, linda, fininha, enfim, era a amiga que todas desejam ter, mas poucas encontram; assim como ela podia contar comigo, posso ser surda, mas, como se diz, sou toda ouvidos quando é preciso... iamos ao Hospital fazer as análises dela, por vezes, davamos um girinho ali perto, e... foi bom, foi bom poder encontrar estes amigos queridos, foi bom amá-los como os amo, pois apesar de já não estarem cá, continuo a amá-los com o mesmo amor que sempre lhes dediquei... Na imagem acima, um dos seus livros e a sua letra, tenho muitos com palavras lindas de força, coragem!... Obrigada meu querido amigo Hernâni, que o Pai, vele por ti, como tu farias por mim, se pudesses!... E que já possas ter junto de ti, a companheira querida a mãe dos teus filhos amados!... Beijo-vos com ternura e carinho... Laura. Dancei-te !...Dancei-te Enlacei-te Através do amor Aceitei teus lábios Outrora, rejeitados E amei Os teus abraços Demorados !...
Dancei-te No embalo do sentir Que em nós Soará Por toda a eternidade Na pureza dos sentidos Que minha alma te ouviu Declamar !...
Amei os nossos Momentos E ninguém no-los tirará Se os guardamos tão a fundo E por mais que os procurem Nunca os hão-de encontrar É que no coração há um lugar Onde sempre nos iremos Resguardar !...
E pela vida continuarei A amar-te A dançar-te A sentir o teu abraço no meu E se só assim puder Encontrar-te Não será por isso Que o meu olhar Entristeceu !... segunda-feira, agosto 10, 2009 Dia de sol, ar, mar, gaivotas, praia !...
Mar
São gotas de água Transportadas Nas entranhas ... São gotas de água Que galgam montanhas E se aquietam ... E delas saem os rios Profundos E frios !... O meu inseparável bloco, fomos os três, juntaram-se lá amigos, eramos 8 ao todo... mas que convivio lindo entre todos, beijinhos e mais beijinhos a apresentar. Era de ver a Neide, ó Pesca, esta é a nossa mamã, ó este, ó aquele, todos têm alcunhas engraçadas, enfim... Eles ficaram a conversar e a trabalhar para o bronze, eu fui andar, andei mais de hora e meia, voltei para trás que as praias não acabam nunca, o dia esteve imperdivel, o vento nem quis nada connosco, mal abrimos o guarda sol. Levamos sandes, água e fruta e pelas quase 17 eu e a Neide viemos para casa, ainda tinhamos umas compras a fazer, o Nuno ficou, vem mais logo. O manel nunca gosta das praias do Norte, e ficou a fazer os trabalhos dele, e a olhar pelo shaka que detesta ficar sozinho. A foto é minha, ou antes, as fotos são minhas e a do mar tem a Neide em ponto pequeno... Mar, que rima com amar, com sonhar, com nostalgia das marés, que tive de abandonar !... Uma foto recente, original !...Captada pelo fotógrafo de palmo e meio, o J.P. filho da Pipinha, de sete anos. O nino que captou as cores em que vivo, o mundo azul dos meus quereres e dos meus sonhos, sinto-me bem rodeada pelo azul, pelos tons que enchem minha alma da cor do céu!... Pois os sonhos são sonhados em azul, o cor de rosa é dos tempos da infância, onde tive tempo de viver e de ser como uma menina, porque todas as meninas deviam ter vida de crianças, poder brincar com bonecas, ter um animal de estimação, e eu tive isso tudo... A casa é toda branca e brancas são as portas, adoro o branco, espelha mais a luz , sinto-me bem entre cores que dão paz... Ai vai a nina das resteas em tons de azulão, os tons que o fotógrafo e meu companheiro de jogatinas, tirou há 2 semanas, quando esteve cá, e tirou fotos a fotos minhas, emolduradas, diz que eu era linda... Bem, olhos de fotógrafo não mentem!... Obrigada J.P. pelo teu manejo da maquineta, tiraste uma foto que definiria como algo nunca antes conseguido, porque me agrada a posse, agrada-me tudo nela e, sabemos que sou eu, mas muitos por mais que a olhem, nunca saberão quem é a nina da foto...! as cores que lhe deste, foram conseguidas através da magia que ainda tens no teu coração de menino!... A minha má Pinta!...
Não sou eu que sou uma má pinta? algo assim parecido? mas, hoje por causa das minhas pintas, tive um dia feliz, tão feliz que ando nas nuvens ainda...
Apareceram-me umas pintas esquisitas, mas isso nem é nada, todos dizem que eu sou a modos que; esquisita...enfim... de manhã cedinho fui ao Centro de Saúde, adoro as minhas duas médicas, umas queridas... Como elas estavam nas urgências e só entravam pelas 9,30, ainda eram apenas 8, assim, fui dar uma volta pla cidade. ( não sem antes estar à conversa com um senhor que esperava como eu, a abertura do dito, e, plos vistos era de perto da terra dos meus pais, e conheciamos lugares e pessoas por onde andamos e vivemos, foi uma alegria, e tudo começou pela refilisse dele, de não haver um café aberto áquela hora, bom, eu até joguei à macaca pois o chão tinha desenhos de uma! saltei e tudo, cedo como era, ninguém me viu a fazer essas tristes figuras...) Passei na Igreja, já ia com o sentido de entrar, sentar-me um cadinho e dar duas de treta com o Mestre Jesus, a Sua Mãe amiga, o que fosse, mas, alegria das alegrias, sabem o que é ouvir música sacra logo de manhãzinha? só lá estavam 4 pessoas, felizardas como eu, ainda pensei que fosse das colunas da Igreja, mas não, ao orgão estava alguém a tocar, sorri embevecida, quem será que está ali? Sentei-me, ouvi a melodia, ouvi tudo, puxei do bloco e escrevi uma poesia... a música continuou por mais uns dez minutos. Dali a nada sinto tudo a emudecer...o rapaz, de uns trinta e tal anos, estrangeiro, parecia, levantou-se, fechou o orgão, pôs a mochila às costas e foi-se!... Ainda o acompanhei com o olhar para agradecer, mas ele nem olhava, ia enlevado decerto pela alegria de ter tocado para nós!... Ah, que agradecida fiquei, quem seria? Porque o faria ali? não havia ninguém a quem pedir ou falar, assim, ele fez o que quis e acho muito bem, apanhou o orgão e tocou, tocou com a alma e as pessoas que mereciam ouvir,estavam ali, a nina da má pinta pelos vistos mereceu tamanha graça !... Como me costumam dizer que cada um tem o que merecer... mas que bela surpresa a de hoje... Obrigada Senhor pela Luz, pela música e pelo amor! Voltei ao Centro, esperei um pouco e tive as duas médicas a ver as análises, as pintas (rever), a falar com ternura e carinho, ah, será que a minha má pinta influiu? hum... fui ao meu querido amigo, o João, ah, este João também é um presente de Deus pelo carinho que me dá, o amor, a ternura, o riso, enfim..porque será que tenho tantos amigos tão bons? má Pinta! e trouxe a medicação, um cadinho de ferro, agora só preciso de beber água para o ferro não enferrujar lá dentro... Essas imagens estão na Igreja onde fui... Um must... E como sempre, pedi ao Sagrado Coração de Jesus para ajudar a todos, principalmente os que mais dores têm, sejam corporais, da alma, ELE é que sabe, e pelos amigos do blogue, por todos, até pelos que nem são amigos, mete-se tudo no saco e ELE lá sabe!... Assim; ninguém ficou esquecido. Beijinhos da nina da má PINTA!... (E como é sexta feira, vou ser moinante de novo, como diz a pitanguinha, e a estrelinha dalva chama-lhe rastemanga à Algarvio, vou apanhar a Sãozita e vamos para a galderice, rir, beber um cafézito e conversar, já não nos vimos há quase 3 semanas..) Estrelinha e Soledade, se vier cedo, aviso, mas antes das 23 não venho, apetece-me rua!... (as fotos são minhas) Muito Riso e Pouco Siso !...
Já tinha saudade de estar com a Majo, as nossas familias são amigas desde há séculos, como se diz! Nem a minha vida feita lá fora, nos separou, ainda escrevemos umas cartinhas, trocamos fotos da juventude, uns postais, e, quando vim morar para cá, ela foi a casa dos meus avós, e, claro, nem a reconheci... Já uma mulher, uma Stora bastante interessante na sua forma de ensinar, e uma amiga de gabarito com a qual posso contar!...
Adoro a Biblioteca dela, fez-me lembrar a minha que se afogou toda na garagem, enfim. Passado é passado como alguns dizem! Ela dá aulas de Yoga do Riso, na Maia.www.muitorisomuitosiso. Adorei, minha nossa, comecei com receio de nem entender patavina, musica, uns gestos de respiração, ginástica, e depois de lhe apanhar o jeito, nem queria mais nada, eu dancei, eu ri-me perdida, estava a ver que ia ser ali o arraial das minhas lágrimas que há muito andam a precisar de abrir o dique... Mas, aguentei a parada. As pessoas que lá estavam, uns amores, tanto homens como senhoras, tudo gente querida, gente que parece que já eramos vizinhos dali a nada!... Enfim, dá para abrir a alma, para soltar o riso, eu ainda duvidei, ninguém me iria obrigar a rir, ehhh, teimei comigo, teimei, e acabei a rir que nem vos conto... e, acabei sentada na cadeira à moda da taberna, braços apoiados nas costas da cadeira, pernas abertas, ehhhh , posição que nunca na vida calhou fazer, ehhhhhh, e senti a falta da verdinha, como falei da saudade de África, bolas, uma senhora fala no KUDURU, e digo eu, ah, isso é a minha amiga verdinha que sabe dançar, ela vai ensinar-me em Setembro... e lá andamos na dança ao som do Kuduru... Despedimo-nos do pessoal, fizemos o trajecto a pé, era perto e pelo caminho falei em Setembro, no passeio que o Osvaldo se lembrou de fazermos para o encontro, que ia conhecer o André Moa, no Tabuaço, no Moinho da tia Rosa, ela começa a rir com gosto e eu?... ó nina, não acreditas em mim? e diz ela, eu tenho o livro do André Moa, ele é familiar de um amigo meu que estudou comigo... Ahhh, não me digas ó majo, não me digas, juro que tenho, e assim, pedi que mandasse foto da Biblioteca dela porque a adoro e sempre fica registada no meu blogue... Ai Moa, meu querido Moa, vês como o mundo é pequenino? eu a pensar que estava a dar uma boa nova e o mau tempo no Anal já estava nas mãos dela, e, diz que adorou, gostou muito, que é uma coragem que nunca viu em ninguém, enfim!... Daqui nada estaremos todos sentados nessas cadeiras, e a rir pelos momentos maravilhosos que vamos passar... Acredito que sim... Obrigada Majo, pela foto.. laura. Shaka, Posso?
Na foto, a cama do nuno onde ele gosta de dormir quando o rapaz não está, e mesmo com as almofadas tão altas, pôs-se ali como quem diz; aqui é meu!... Está todo mal acomodado, mas ficou ali...
Sempre fiz o arroz do Shaka num tacho que uso para a comida de todos os dias, desta vez pus feijão verde cortado fininho, e cenoura ralada. Depois misturo churrascos que um amigo lhe dá, da churrasqueira dele, mal acaba o dia, sobrando, o manel vai buscar, depois corto aos bocados e misturo no arroz! Faço o arrozinho dele limpinho, como se pode ver, ponho azeite que faz bem aos ossos dele, também. Não lhe dou comida estragada, sobras, acondiciono para o outro dia, se vir que não fazem falta, congelo para quando houver falta!... Assim, ontem estava sozinha, a Neide não vinha almoçar, fiz legumes e seitan, e, apeteceu-me o arroz dele, olhei para ele, e a rir ainda lhe perguntei; Shaka, posso?... tirei para um pratinho pequeno, depois misturei no tacho dos meus legumes, e, soube-me pela vida!... Dei comigo a rir, estava a comer o arroz do cão, e não o cão a comer o meu arroz! E sim, faço comida limpa para ele, e nunca faço comida para toda a semana, não senhora, este nino é reizinho aqui em casa!... É Magia !...
É magia
Acontecer o amor Sentir o seu sabor Fora de contexto E em harmonia !... É magia Ouvir o sol cantar À noite E a lua brilhar De dia !... É magia Sentir o vento A entrar Num coração A cantar !... É magia Ver uma flor Abrir E um pássaro Sorrir !... É magia Encontrar Um cego a andar Perdido Sem perdido estar !... É magia Julgar que o sol E a lua Se irão encontrar Um dia !... É magia, querer Desfolhar um mal me quer E ficar à espera Que ele possa acertar No amor que vai nascer !... É magia Escutar uma música E ter o desplante De uma canção Escrever !... Pode ser ou não ser Magia Mas é isso mesmo Que estou a fazer Uma canção a escrever !... segunda-feira, agosto 03, 2009 Um pouco de prosa! (verdadeira!)
Meu amor, lembro-me tanto de ti. Aquele sobrinho, o meu primeiro sobrinho que tantas vezes embalei ainda no ventre de tua mãe, tantas vezes te acariciei na sua barriga, tanto falamos de ti! E tanto que te amava e ansiava acolher nos meus braços. Já faltavam tão poucos dias para terminares a estadia dentro dela onde te devias sentir tão protegido!
Naquele dia fui a casa dos meus Pais, estávamos em Pretória, na África do Sul, comecei a manobrar o carro para estacionar, nisto vejo sair o teu pai alterado, os teus pais e os meus moravam no mesmo bloco de duplex, pelo andar do teu pai, e pelas lágrimas que lhe corriam pelo rosto, vi logo que algo se passava, pensei no meu pai, talvez estivesse doente, era muito raro ele adoecer. Não consegui chegar a ele, ele corria, ele tropeçava, ele dava murros nas paredes. ele ia a falar sózinho, coisa que nunca vi... Com o movimento na Voortreker road não seria capaz de o alcançar, assim; estacionei e corri escadas acima, bati à porta, a mãe veio abrir, o Pai perguntei, o pai, o que aconteceu mãe? e a mãe chorava copiosamente! Não era o pai, tratava-se de ti. Não sei descrever a mágoa que senti, a dor tão grande da noticia que me custou a engolir. Já não nascerias, já tinhas acabado a vida ainda no ventre da tua mãe! Apenas faltavam uns dias para a tua entrada no mundo... A tua mãe que mergulhada no maior desespero, se agarrava a ti, tentanto ter-te para ela mais aqueles momentos ! Choramos a tua perda, a mágoa daquele momento tão nosso, porque tu deves saber que a tua mãe e eu, somos duas irmãs, nunca fomos cunhadas, fomos sempre irmãs, na afeição, no amor pelos filhos das duas, e os teus primos, os meus filhos e os teus irmãos, amam-se tanto, porque o amor que há entre nós, é aquele amor sagrado que já vem do Alto !... Lá fomos para o Hospital, nenhum de nós te viu! Mas a tua avó materna quis que te batizassem, e assim foi. O tempo passou! Nunca consegui esquecer-te! Mil anos que passem,serás sempre o meu amor, o meu menino, aquele menino a quem, pelas noites adentro, mas todas as noites, depois de te ires... arranjava um lugar no meu leito, entre os meus braços e te dizia; anda à tia, meu amor, anda nanar com a tia e fazia de conta que estavas ali, que te tinha no meu seio, cantava-te canções de embalar, eram todas em suaves murmúrios, baixinho, para que ninguém percebesse, e adormecias no meu colinho, nos meus braços, onde tinha o cuidado de te ter... Um dia deixei de o fazer, foi como se sentisse que já não precisavas de estar ali, que já tinhas partido para um mundo melhor, um mundo onde os Anjos cuidariam de ti!... Mas não, não te esqueci, e volta e meia estás aqui, onde te lembro, dentro de mim e como sei que o amor é assim... que tu estás em mim e eu em ti... Aguardo pacientemente que quando me for, estarás à minha espera, pegarás na minha mão, e iremos os dois dar aqueles passeios pela natureza, aqueles pequenos bocadinhos que não pudemos ter aqui na terra, porque tu não vinhas para pisar a terra.... Não precisavas de tocar este mundo terrenal, porque já trazias as tuas asas de Anjo... É por isso que, volta e meia, sonho com bébés, bébés pequeninos, que lhes dou colinho, e os encho de amor, tomo conta deles durante o meu sono... Porque sei que saimos do nosso corpo e rumamos ao Infinito, para dar um pouco de amor a todos os que precisam, porque há muitos meninos sem mãe, e muitas mães sem os seus meninos!... E, se todas as mulheres soubessem que se pode ajudar a todos através do Amor e pensamentos de amor, ah, como seria um tempo bem aproveitado!... Busco em Ti !...
É na busca D'Ele que ando, que tento levar a vida. Com feitos e defeitos, porque ninguém é perfeito. Se perfeitos fossemos todos os que por aqui andam, de certeza que estariamos num mundo melhor! Embora haja quem já se sinta perfeito e se sinta apto a julgar os outros! A vida terrena é uma aprendizagem, e se muitos aprendem, outros regressam ao lado de lá, ainda em pior estado do que quando cá chegaram... É um mundo de expiação, eu que o diga, eu que o sinta! Mas, buscando-O, encontro-O sempre, e orando, Ele me leva ao colo, Ele me acarinha o coração, porque naquelas horas doídas, basta buscá-lO ! Ele sempre está aqui para mim. Sinto-O.
Esta foto abaixo é da casinha onde o Santo Padre, e Irmão Carol, (já falecido) ia rezar, adoro essa casinha, quem me dera uma assim, pequenininha, porque a encheria de vozes e de amor!... E, as poesias nestes dias doídos, saíram como grãos de milho, grãos que foram abençoados por Suas Mãos!... Busco em Ti A serenidade O esplendor da vida Busco em Ti A paz já conseguida Busco em Ti Aquele momento Que antecede O sofrimento !...
Busco em ti A paz que sempre senti A paz que aprendi A paz que vem de Ti Busco em Ti Aquele amor sonhado Desejado Busco em Ti O sonho almejado Realizado !...
Por todo o sempre Toda a força Toda a alegria Todo o amor Que possa existir em mim Porque a dor Tem momentos De calmaria E o amor, esse amor !...
Vou guardá-lo assim Vou guardá-lo em mim Até que se transforme Em Ti !... |