A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


sábado, maio 31, 2008

 

E foi assim!...



A apresentação dos meus livros na Junta de Freguesia de S. Victor, pelo Dr Firmino Marques!
Estavam mais ou menos 40 pessoas, contei-as depois em casa pela lembrança... Eram todos conhecidos e amigos. Senti-me bem ali, rodeada da minha gente, até o manel foi... ahhh, e chorava quando ouvia as poesias ... As ninas Glorinha e Sãozita e mais uma que não me lembro do nome dela agora, porque apareceu de rompante e queria ler as poesias e combinou com as outras ninas!... A Sónia encenadora do Tinbra ensaiou o grupo, e posso dizer que fiquei surpreendida... É assim que gosto e não de estar a pessoa quietinha a declamar. Elas foram incríveis e mais uma nina linda que tocou violino e um rapaz amoroso que tocava Piano, mesmo sem ouvir um Dó ou Fá que fosse, amei eles terem estado ali por mim!

O Dr Firmino como já sabe a minha vida de cor e salteado... nem precisou da cábula que levava no bolso e tirou quandos e sentou na parte que eleva o palco e falou da nina das résteas tão bem que fiquei atarantada, ehhhh e ia-me dizendo? Laurinha; corrija-me se estiver enganado... e eu a arregalar o meu olho que se cansava de estar naquela posição, mas... Foi lindo, cheio de amor, estavam lá a minha querida amiga Zé Azevedo e o marido. Ela tinha dito que não podia ir, tinha uma irmã em casa dela, doente e eu entendi muito bem. Por isso, imaginem quando venho cá fora antes de começar, e vejo alguém parecida com ela... Olho para os lados a ver se via os cabelos brancos do marido dela, e, ... lá estava ele, eram eles não haja dúvidas... Depois chegou o Belo Marques, Pintor que já conheço os seus belos quadros, ah, ganda amigo que também viveu em Luanda e matamos saudades quando nos encontramos por aqui... E a Anita a minha amiga de longa data que nesse dia conseguiu estar presente e foi a fotógrafa de muitos momentos lindos. E de resto era a minha gentinha querida das andanças dos sábados e das tardes e noites de Teatro!...
Tiramos fotos que se ficarem lindas ponho aqui, mas senão!...fica para a outra vez, ehhhhhh.

Adorei, amei cada bocadinho e o caudal só se rompeu quando o Dr. Firmino fez questão de ler a poesia abaixo!...

Quero voltar lá um dia … (a Luanda!)


Hei-de lá voltar
Àquela terra que me amou
E a quem amei também
Com um amor
Que a mais ninguém dediquei...

Hei-de lá voltar
Percorrerei as suas ruas
Passo a passo como fazia antes
Hei-de encontrar de novo as mesmas gentes
E caminharei lado a lado com os trausentes...

Hei-de lá voltar de novo
Arrancarei as mágoas daqueles peitos
Chorarei com eles todo o pranto
Que não chorei quando me fui
E agora que voltei chorarei...

Chorarei ao pé do mar
Juntarei minhas lágrimas às suas
Correrei pelas praias desertas
E cantarei a saudade que tinha
Das minhas asas libertas!…

E claro que tudo correu bem...com tantos Anjos a pedir e a mandar luz...Mas sempre tive o costume de pedir ajuda do Alto em todos os eventos onde participe, e sei que os Encenadores, Actores, Músicos do passado, virão dar a sua mãozinha, e foi isso que aconteceu!...
Estava soberbo até mais não poder, falo da união de almas que ali havia... Era o amor a brotar de todos os lados, pois ele é a força que tudo vence!...








quarta-feira, maio 28, 2008

 

Ora aí vai o relato dos namoricos no meu tempo...




Prometi a uma nina dos blogues, contar como era, sem tirar nem pôr!...
Conto à minha Neide que se perde a rir e diz que não é possível que fosse mesmo assim... assim como não acredita que os rapazes na altura tinham pachorra para andar a pé de cá pra lá para passar em frente à nossa janela ou varanda, e a maior parte das vezes sem nos verem...

Meninas eles nem tinham carro, não todos, e além disso, pegava-se na mota do amigo e vinha-se por aí a fazer de conta que nem era com eles...

Houve um por quem me apaixonei perdidamente, caramba, só tinha quase 15 anos ehhhhh, o moço nem era muito lindo não, mas tinha uns olhos verdes muito ternos. A senhora minha mãe pôs-lhe uma alcunha que me abstenho de por aqui, mas era um nome bem feio... Assim, para arranjar maneira de nos falarmos; não, não havia telemóvel nem se telefonava ehhhh, comecei a ir à padaria sempre, só que em casa fazia de conta que não queria ir, o meu irmão que fosse lá e... valha-me Deus, nunca comi tanto pão como naquela altura, para que não chegasse para o jantar e teria de lá voltar pelas 17 h, ele já estava à minha espera, e a minha vergonha era tanta que mal falávamos ehhh e beijos se os houve, umzito ou outro, apenas... na cara já se vê!... mas era cá uma paixão que nem vos digo, e da parte dele idem...só que, eu era muito nina e o meu pai parece que lhe mandou algum recado, ou que lhe chegava a roupa ao pelo, nem sei bem... (mas costumo ver um amigo dele que casou com a minha melhor amiga naquela altura, e ele fala-me nisso do meu pai se meter...e eu mando sempre um abraço para ele e ele devolve também, de além mar, Luanda, onde vive...)

E claro que deitava pão aos passarinhos que comiam tudo e esperavam pela remessa seguinte... Apanhava a minha mãe distraída e lá deitava o pão pelos telhados do Carmona... o dono do prédio onde morávamos e já sabia que vinha lá a lenga lenga habitual; laurinha vai ver que pão há (e eu sempre na esperança que cada vez houvesse menos já sabia de cor e salteado o pão que havia) e respondia; há dois ou três, mas eu ainda não lanchei!... Então vai buscar mais tantos pães, e eu; caramba, sou sempre eu, porque não mandas o Bita? E ó pernas para que te quero, e lá estava ele de motorizada encostada à minha espera para falarmos já nem me lembra de quê!...

Claro que os rapazes faziam isso e muito mais para passarem à porta das suas amadas, e eu nem sequer podia estar na porta da entrada do prédio com ele, (nunca dentro do prédio, só fora da porta e... viram-me uma vez... e pimba, estalo da dona Elisa que namorou com meu pai aos 14 anos e casou aos 15 e meio, mas eles eram eles e tava dito...

Assim, a minha Neide diz que se agora querem ver os rapazes têm de ir até ao café...pois a pachorra deles já não dá para isso, e além disso a gasolina tá cara ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...
E muitas iam à Missa, e as mães nem desconfiavam porque as filhas ficavam tão católicas de repente...
Ou iam como eu aos Domingos dar uma voltinha ao jardim ou ao Miramar a ver se o objecto da nossa afeição estaria por ali e quantas vezes não estavam e passavamos umas lindas tardes na treta...
Ah sim, saudade daqueles momentos lindos de amor, de ternura!...

Ehhh, lembrei-me agora que havia um candidato a meu namorado, que descobriu onde trabalhava, no prédio da Cuca no largo do Quinaxixe, e que esperava por mim na paragem do autocarro, entrava comigo, sentava-se atrás de mim, saia onde eu saia, ficava ali a olhar e eu ia à varanda quando chegava, a minha mãe estava ali na altura à minha espera, depois o autocarro seguia, ele esperava o regresso dele e entrava de novo e ia para casa.... só soube isso depois de ele me contar quando arranjou coragem... e eu nem lhe liguei nenhuma, fui para a África do sul e nem o avisei e uma amiga minha escreveu-me a dizer que o zé, continuava ali na paragem todos os dias à espera de me ver!... Mas que safada eu fui, só que...se não gostava dele, porque faria isso?...








quinta-feira, maio 22, 2008

 

Ah, esta coisa de Bailes e danças, deixou-me saudade!...




Dos meus tempos de jovem, em Luanda. Ai pelos 16 já ia às farras de anos das amigas e amigos, o velhote franzia o sobrolho e saía sempre aquele tão habitual (menina, cuidado menina, vamos lá a ver!) e eu ria-me e dizia; pai, não sejas chatinho, vamos papar e dançar e conviver, é tão bom!... e além disso tem aparelhagem e musica alta, mas claro que tinha de saber onde era em que lugar ficava a casa, quem eram as pessoas, só não podia vir muito tarde senão havia ralhos... mas eu já sabia se não cumprisse para a outra vez não havia farra que me valesse...

Por vezes iamos para o terraço da Landa que a africana e a pascoalita conhecem, outras vezes nas garagens de quem podia emprestar...cada uma levava uns rissóis, umas coxinhas de galinha fritas, camarão, aquilo era barato ehhhh e agora pelamo-nos por eles... a minha cervejinha a Cuca que eu adorava, mas só comecei a beber cerveja já depois dos 18, até adorava a Real de maçã, os pirolitos e a cocada que as senhoras vendiam nas ruas, aquilo é que era cá uma doçura, era feito com açúcar pedaços de côco e mais nada, ficava cá um crunch que só quem já provou... Faziamos farras nos Pizarros, esses eram como familia para mim, e tinham uma banda, ai que bem que eu ouvia aquele barulho nas alturas e o que nos fartávamos de dançar lá nas traseiras...
Enfim, belos tempos!...que me recordaram com o post anterior..dançar sim, sempre, se não ouvir danço na mesma pois o meu par leva-me... mas se sentir no chão..coisa boa e se ouvir por estar tão alto que ouço mesmo, mas não entendo a letra das canções, e quando era um moço de confiança e ele cantava pra mim pra dar a letra..uau, até tinhamos pena que o baile acabasse...

Por vezes iamos ao SMAS dos funcionários da Camara, aquilo é que era dar ao corpo... Ia quase sempre com a Landa e os pais dela ou a D. Lina, amiga dos meus vizinhos marius e Leão verde, de certezinha que os vi mas nem reparei ehhhhh e fui encontrá-los aqui no blogue da Pascoalita...
Faziamos farras na praia e onde desse, aqui metem-se todos nas discotecas porque não têm imaginação, só pode...tivesse eu uma casita e farrava-se se desse para isso!...
Pois, ó tempo volta pra trás e, ai vai uma poesia...


Dia de Baile...


Dia de baile lá na Cidade
Quando as mães nos deixavam ir
Com quem tomasse conta de nós
E nos pudéssemos por lá divertir...

Dia de baile lá na Cidade
Quando os rapazes vinham por ali
Segurar nossa mão de encontro ao coração
E nos faziam sentir a primeira emoção...

Que belo que era o nosso rodopiar
Ao som da música a tocar
A sentir os moços a enlaçar
E nosso rosto pelo seu roçar...

E quando a música parava
E nossa mão o moço não largava
Com medo que fossemos dançar
Com quem deles nos fosse afastar...

Mas que bela sensação
Eu tinha no coração
Quando ele me vinha buscar
E rodopiava comigo com paixão...

E como tudo na vida
O que era bom acabou
E o que em mim ficou
Foi apenas a lembrança
Do rapaz a quem amei
E que me amou!...








quarta-feira, maio 21, 2008

 

Aqui vão o fred Astaire e a Ginger Rogers!...




Porque a nina pascoalita e a africana confundiram o Gene Kely com ele, bolas ninas, isso é inadmissível ehhhhhh...Ah, como adorava vê-los dançar naquelas danças de correrias e saltos, aquilo sim...

Agora bamboleiam-se, gingam e pensam que já sabem dançar!... E por causa disso bem me ri quando fui a uma escola de dança com uma amiga que se lembrou de ir dançar e aprender para ocupar o tempo... e estava lá um casal, minha nossa, o homem ouvia e não conseguia acertar o passo com quem lhe calhava por par... e eu a sentir a musica no chão de tábuas, ai que bem me apetecia desatar a bater o pé por ali fora... e o professor convidou-me para dançar se quisesse, mas fiquei envergonhada...nanja que eu danço bem se o meu par me souber levar e eu sentir a musica no corpo.. aí ele, nem que queira não me engana, eu sei quando ele dança mal...

Por acaso eu e o meu Manel fazemos um bom par de dançarinos, mesmo com a idade que tenho...só que já me vou cansando ehhhhh... E há anos fomos a um casamento na Trofa, eram mais de 300 pessoas e quando fomos dançar o tio do noivo foi ter connosco, que eramos o par que melhor dançava no casório...e admirado ficou quando o sobrinho lhe disse que a laura era surda, o homem não ficou convencido de todo, pois via-me a falar, mas foi dar-nos os parabéns... o meu Manel até tem jeitinho para a coisa e... quando dá, botamos o nosso pézinho de dança...








segunda-feira, maio 19, 2008

 

Dançando à chuva!...




Não mais esquecerei este filme. Até o tenho guardado e vou mandar mudar a antiga cassete para DVD. É que ouvia tão bem a musica e a dar a letra das canções que... Não resisto e vejo a cara de enfado dos meus ninos quando me vêm com aquilo na mão...Mãe pelease agora não... Caramba pessoal, é tão lindo, nem sei porque os jovens não gostam disto e só querem inglesices... Dizem eles muito depressa, isso é em Inglês só tem legendas em Português, deixa lá mãe, agora gostas, mas acredito que quando ouvires vais ser a primeira a deitá-lo para o lixo!...a esse a todos os que tens ali guardados como relíquias...tens tanto medo que tos deitemos fora que os tens guardados no quarto!...E assim é...
Tenho o da Madona que é todo cantado, com o António Banderas etc etc, que querem a mim soam-me bem e com as legendas torna-se perfeito e é a definição do que foi a vida da Evita Péron...
O da menina dos fósforos emprestei-o e? onde parará ele? a minha sobrinha não sabe como desapareceu!...
Adoro ver o Gene Kely e o Fred Astaire a dançar... A rapaziada tem razão, mas que querem? Cada tolo com as suas manias e depois de ouvir então farei o teste se gosto ou não e assim ou vão para um lado ou para o outro!...








sábado, maio 17, 2008

 

Os meus sonhos!...



Os meus sonhos
Estão
Dispersos
Não os consegui
Juntar
Ainda!...

Eles são tantos
Tão grandes
Têm quereres
Diferentes
Da maioria das
Gentes!...

São para encher
Meu coração
E para acabar
Com o sofrer
De quem nem
Se pode valer!...

São para acolher
Quem lar não tem
São para encher
O coração de alguém
Que já sofre tanto
E ainda nem sabe
O que a vida
Lhe reserva
Se é paz
Se é pranto!...








quinta-feira, maio 15, 2008

 

Rosas abandonadas!...



Fiz este poema no hospital. Estava uma jarra com 3 rosas e uma gerbera amarela que devia ter sido oferecida à parte, centrei-me nas 3 rosas brancas e perguntei-me o que estaraim ali a fazer abandonadas no peitoril da janela...
Pensei que se foram embora e as esqueceram, que foi mesmo esquecimento. Perguntei já cansada de não ver aparece rninguém, nem acertei no meu pensamento... Não foram abandonadas não. A senhora estava no recobro há dias... Depois vieram buscá-las mais tarde e segundo me pareceu, a senhora pode ter melhorado mas também podia ter ficado lá!... e saiu esta poesia...

Rosas abandonadas!...


Deixem-me aspirar
O perfume
Das rosas abandonadas
Na janela do meu quarto
Onde
Com a dor
Me debato!...

Deixem-me aspirá-las
Sentir que ainda
Exalam
Um suave perfume
Para me inebriar
Já que não vem viva alma
Para delas se apossar!...

Como vos comparo
Com uma mulher mal amada
Que por todos foi abandonada.
Mas quem vos terá deixado
Ó rosas de suave cor
Que manteis meu quarto
Perfumado?...

Quem vos terá deixado?
Quem vos esqueceu ali
Num cantinho da janela?
Ou será que quem se foi
Já não vos pode levar
Porque partiu?
E para onde foi
Não pode mais voltar?...

Não é garantido se a senhora sobreviveu...
Que as vieram buscar; vieram, mas...