A minha Poesia em pps
Formatado por Zélia Nicolodi, Vitor Campos e Estrelinha d'Alva
(clicar na Imagem)

















Quero Alguém


O meu tecer de Esperanças!...


Já escalei a minha montanha!...


Amar-te-ei Sempre!...


Não te vás nunca!...


Não foi o ocaso


segunda-feira, dezembro 31, 2007

 

É hoje que vamos brilhar!... Ou será, ((era hoje?))






É hoje que vamos brilhar
E no novo ano
Entrar
É hoje que vamos
Por ai a dançar
E a todos
Encantar
Com nosso jeito
De andar!

Olhem pra nós!
Vejam nossos corpos
A brilhar
Vejam as nossas ancas
A requebrar
E nossas pernas
A saltar
À maneira de todos
Os povos...

Vinde, vinde
Connosco dançar
Pelas cidades,
Seja Paris
Seja Luanda
Ou pelo Ambriz,
E lá por Benguela
Também se dançará
Assim como se dança, cá...


Ah meus amigos, tou que nem poxo, e tenho de agarrar a cabeça atrás, para não explodir, tal a dor que me atinge quando a tosse ataca..

Desejo-vos uma bela passagem e que o novo ano não venha com promessas mas com melhorias mesmo...

E assim, amo-vos ó minha gentinha, a todos se excepção...
Milhões de beijos trnasformados em estrelas...

E ia eu convidar a parisiense e as ninas para virem dançar, mas já não dá..tô xôxa mêmo...

feliz 2008 para todos...








domingo, dezembro 30, 2007

 

É desta que o safadinho vai à vida!...




Tenho uma tosse danada, uma amiga ofereceu-me um estojo de chás, coisa linda, tem uma colher dourada para mergulhar com o chá, na água a ferver, tomei Lucia Lima, Hortelã Pimenta, Principe e de Cidreira, mas o rais da tosse não para!...
Começou a doer a minha cabeça que parecia rebentar tamanho o esforço com que ela sai!... Já me estou a ver no hospital acamada cheia de tubos por todos os lados...Apre!
Lembrei-me de uma receita que uma freira amiga, já falecida, a Irmãzinha Maria Clara, me deu há anos; põe-se um tacho com água a ferver, deitar lá dentro cascas de cebola, de alho, pau de canela, casca de limão e ferve durante uma meia hora para reduzir, depois coa-se e adoça-se com mel, já o fiz, já tomei, e parece que os ataques estão a espaçar!...
Ainda disse à Neide, vai ser desta que o safadinho sai daqui sem operação!... às tantas rebenta tudo por aqui, com a pressão que sinto na cabeça ao tossir...Mas, até agora acalmou e vou-me deitar na cama do rapaz a ver tv, um belo filme de pinguins e sem legendas, já viram isto? pensam nas crianças, mas não nos surdos, enfim...mesmo falando em português, as legendas fazem falta para quem não ouve, e assim, vou mudar de canal...








quinta-feira, dezembro 27, 2007

 

A menina que gostava de rafeiros...



Este desgraçadinho que está aqui a ser arrastado para casa da nina da foto, encontrei-o no pinhal num passeio com os meus pais e amigos deles, tinha uns dois anitos, sempre adorei rafeiros, e aquele brincou comigo, fiz dele gato e sapato, e no fim claro, queria levá-lo, como ele não se prontificou a ir comigo, vai dai, usei de meios mais drásticos, e nem medo tinha dele, olhem a carinha dele a olhar-me compassivo depois de o manietar ehhh...e aí o meu pai apanhou-me nesta bela imagem a fazer jus ao meu feitiozinho, o que se não consegue a bem vai a mal!...e o pobre acabou por ir atrás de mim, só que vivíamos numa casa de primeiro andar sem quintal, na Pontinha, mas pelos vistos tinha donos, que de longe assistiam à cena e se riram a bom rir, por isso, rafeirito, podes ver que já gostava de ti desde pequenina ehhhhhhhh








terça-feira, dezembro 25, 2007

 

Um dia hei-de reviver o Natal nos meus avós!...



Esta foto é da net mas é mesmo pertinho da terra dos meus avós, aliás vê-se da varanda enorme, toda esta imagem, a serra da Cabreira ali tão perto...

Ontem deu-me uma saudade ao recordar tanta gente à mesa, tosca de tronco de árvore, onde nos sentávamos todos na casa dos meus avós... Era dia de Consoada, e, deixem-me recordar; o meu avô na cabeceira da mesa, depois eram os tios , Acácio Quim, Padrinho, Toninho, Nando, Ismael, a tia Nanda, a tia da loja, a tiz, a madrinha e a minha mãe e o meu pai...o meu irmão mais velho também, na altura tinha eu uns 4, 5, 6, 7, 8, 9 anos, por aí fora, pois os Natais eram quase sempre lá, só se o pai estivesse de serviço e não dava para ir, mas ia sempre um tio ou tia nosso até lá e passavam-no connosco, levavam as carnes de porco, chouriças e coitados iam de carreira... depois com 10 anos, fomos viver para Luanda e só regressámos dali a anos, lembro-me que voltei cá com 15, de férias...
A avó e as tias traziam as travessas fumegantes do bacalhau, as couves e batatas da nossa horta, o vinho da nossa adega, o azeite que fazíamos, o leite das vaquinhas e das ovelhas, os enchidos da carne dos nossos porcos, o pão feito por elas, até me lembro de as ver a bater o leite para se transformar em manteiga que eu adorava. E foi lá que comecei a gostar de comer a coalhada que as tias faziam, que coisinha boa que adorava...
Na consoada eram os mexidos, as rabanadas, aletria, coscorões, arroz doce, bolo rei feito pela avozinha que era uma mulher muito experiente na cozinha, se era, e em tudo...

Lembro-me dos risos felizes, da amizade entre todos os irmãos, nós éramos os únicos netos e sobrinhos e claro, tínhamos muitos tios e tias para nos mimarem...Íamos com eles, com as vacas e as ovelhas, aprendi a tocar o corno..eu era eximia nisso, mesmo depois de deixar de ouvir continuei a tocar e o meu irmão mal arrancava sons dali e pedia que lhe ensinasse ehhhh... depois aprendeu e agora também sabe tocar alguma coisa de jeito...Aquilo mandava cá um barulho atroador pelos ares, que me deliciava... O avô envaidecia-se com a neta dele, de saber fazer de tudo, pois ajudava em tudo o que conseguia, de enxada às costas como as tias, ou de foice a segar erva, já mais crescidinha, e pegava naquelas cestas enormes com uma rodílha e conseguia levá-las até à corte das vacas... sabia encabar cebolas, alhos, apanhava batatas e até ia com as tias ao feno e ajudava a descarregar os carros de bois de forquilha e tudo, íamos ao mato, trazíamos carquejas e giestas para forrar as cortes dos animais, eles mandavam-me sentar, que atrapalhava mais que ajudava, mas era para a menina da cidade não se arranhar, mas eu teimava sempre e fazia de tudo... a nina laura aprendeu porque gostava de saber fazer de tudo, adorava os grupos que iam ajudar, eram quase todos da idade dos meus tios, 19, 20, 25, 30 por ai... e era um riso perdido comigo por ser lá de fora queriam saber como era Luanda e eu lá explicava, mas quem estiver perto de mim tem de se rir a toda a hora...

Que lembranças lindas e que saudade me deu ontem ao ver a minha família tão pequenita ainda, porque o pai já se foi, o meu mano mais novo também, o outro está fora, éramos apenas uns 6, e fez-me lembrar tantos que estávamos na casa dos avós...e por momentos desejei ter posses para que pudéssemos reunir-nos lá todos, usar a sala de jantar, as louças que estão guardadas sem uso, as toalhas que a madrinha mandou bordar nas freiras e ela fez as rendas para aplicar, e que fossem os meus tios todos mais a filharada toda deles que são ao todo 11, mais os meus 3, e a casa está habitada apenas por uma tia, de resto estão todos espalhados por aí, e cada um junta-se com a sua família e os sogros deste e daquele... Nós ficamos sempre na nossa casa desde que o meu pai faleceu, e trago a mãe para cá uns dias, fui levá-la há pouco a casa dela, e são assim os nossos Natais, pequenos de gente, mas grandes de amor, e daqui a anos chegarão os meus netinhos e depois a história será outra!...








sábado, dezembro 22, 2007

 

Que sonho!...Apre, quem dera que fosse real...





Carlos Gardel
Caminito




Que sonho lindo, lindo sim, irreal, fantástico e cheio de love, ora isto deve ser por ter falado com o rafeirinho de amor antes de ir dormir...
Ou por o nino marius dizer que ficava em terra porque alguém teria de empurrar o barco.
Ou pela Ell que dizia que ia mas já não queria regressar, deve ser por isso que quando acabou o sonho, eu também já não queria voltar a casa!... E lá estava o meu jotinha todo aprumado e de fatiota, deve ter pensado que íamos pós Algarves para a passagem de ano, quando olhei estavam lá os ninos todos do blogue... até o Adriano me mandou um beijo à maneira!... Ah, mas que saudade dos beijos do moço que era um inventor na matéria, onde andas tu rapaz de quem gosto tanto?...
O Amaral estava com a metade que encontrou, todo romântico, que bom que te vejo feliz ó moço, e ainda vi a Ell agarradinha a uma farda de chapéu azul, enfim...
Ah e não esqueço que passamos por um barco com a bandeira do Brásiu e de lá de dentro um casal acenava tanto. Dei ordem ao Imediato que aproasse e chegasse pertinho e..sabem quem eram? o nosso Gilinho com a sua Lenita, mas que gostosura encontrar este nosso irmão dalém mar, claro que encostamos tanto que passaram para o nosso lado e valsaram connosco... a Izeldinha também vinha com um moço de violão e cantaram tocaram para animar a musica e o meu coração!...

Nem vos digo mais nada, mas a Alkinha pensava que íamos por terra mar e neve e até levava os esquis com ela, claro que nem ia sozinha, miúda tens jeito pó engate, o rapaiz era uma belezura...ah, ele é que levava os esquis, ora pois...
Passamos por uma torre Eifell, mas já nem sei se seria a nina parisiense, se seria mesmo Paris, ela andava ali na dança toda agarradinha a um sujeito que nem conheço...

Elas eram tantas as minhas ninas a dançar felizes, a vanadis, essa até entrou de carro no barco, bem, nos sonhos pode-se tudo... ainda vi um rafeirito e um anjo a conversar (será que eles falam, anjos e rafeiros? hum, não me parece, eram anjas e gatas de cor verde, a Alice com o seu implante não parava de dar à perna, cantava que sei lá...

Já me esquecia da tété em terra, mas ela nem demorou, o barco estava apenas a uns minutos de casa dela, e lá veio ela mais o manel dela a tiracol...o filhote não quis vir, achou melhor continuar as festas com os avós...
Também vi uma adry murchita, fomos buscá-la e ela entrou na alma da festa ao cantar como ninguém, e arrebitou tão logo entrou ali pois foi ela que abriu o baile..e que baile... até tínhamos fadistas cantores. Apareceu o Sandokan que já não vemos há que tempos, acompanhado do seu tigre malaio, enfim...
Antes de zarpar fui procurar a nina Carminda que nem queria vir e depois já não queria sair, enfim... Nem reparei, mas entrando fui vendo que não ficou viva alma de fora, a nina do rio enganou-se no barco e chegou tarde, mas chegou...
ah, a missesfinge veio acompanhada daquelas criaturas fofas, a cusca o mexicano e a betinha com o seu elegante vestido vermelho...Nenhum ficou de fora, vão todos no barco a viver e a passar umas festas felizes, o bacalhau será servido aqui e os sem abrigo serão bem vindos, chega para todos, todos mesmo...

Que sonho, que lindo, e que belas horas de descanso tive, embora passa-se a noite a dar à perna (a dançar, calma aí.) Só sei que o sonho foi num enorme trasatlântico (não ia deixar por menos, ora essa!...O barquinho do Natal ia atrelado..., e os meus amigos bloguistas iam lá, até me lembro de ver a pascoalita a arregalar muito os olhos por me ver com quem viu ehhhhh, e desatou a rir a bandeiras despregadas quando eu faço o mesmo em relação a ela ehhhh... e ela também estava com um tipo diferente do hortelão, enfim, ele deve ter feito dieta e era ele mesmo ehhhhhh a nina africana com o par dela claro... ria-se e dizia; força nina, mereces, já devias ter feito isso há séculos!...
Mas neste sonho que linda história de amor vivi!... E nem vos digo, mas foi lindo, andamos por terra e por mar a distribuir amor por onde passávamos, só que, o amor era só nosso!... Até dançamos na rua e vejam só, um tango, e ainda me lembro de dizer para ele que era alto e forte e me envolvia nos seus braços musculosos; rapaz, há quanto tempo não dançava um tango e com um homem à maneira...e nem foram horas, foram dias e dias a assistir ao pôr-do-sol, a andar na rua, no barco, enfim, acho que merecia um romance à maneira...

Claro que por onde passávamos todos estavam bem, felizes e dançavam connosco...
Mas como o segredo é a alma do negócio, nem sei se vos diga nem sei se vos conte quem era o meu amor, mas que estava lá comigo estava pois, e mais nem digo... mas, que foi um sonho como não tinha há muito, isso sim, ora remordam-se suas invejosas... mas já cá canta e vai alegrar o meu dia ainda mais, e quem sabe, saio porta fora e encontro-o!..acho que nem olho para trás ehhhhhhhhhhhhhh...
Que belo que é sonhar...








quinta-feira, dezembro 20, 2007

 

Ei-lo que está pronto a seguir viagem!...



E passará pela terra de cada um, entrem nele, remem meus amigos e amigas, remem, hoje por hoje, todos poderão fazer de homem do leme!...Vamos passar pela terra de todos, iremos por ali a despejar amor a rodos, mas nenhum ficará ancorado mais que uns momentos, até lá faltam milhas e milhas, iremos aportar onde Diogo Cão chegou, iremos às terras que os nossos descobriram, mas não iremos tomar posse de nada, já que a terra é de todos!...Não levaremos armas, mas sim amor, amor para preencher o vazio onde tantos se encontram! por mais bens materiais que tenham, sem amor, não valem nada!...

Cada um que entrar será como uma oração de agradecimento, e jesus abençoará a todos, mesmo àqueles que nem NELE acreditam... Isso nem interessa, interessa apenas que tenham bom coração, e, o resto é treta!...

Nem todos gostam do Natal, nem todos são felizes nesta quadra, nem todos têm presentes para dar, e muitos gostam de receber... Que não seja isso que apague o espírito natalício, sei que é hipocrisia querer fazer o bem apenas nesta altura, mas se nem for isso não haverá altura nenhuma!...

Então tenham todos um dia de amor, do mais puro e fraterno amor! Não falo do amor entre homem e mulher que esse estraga tudo ehhhhh... Falo da partilha de sentimentos entre todos, e que todos alberguem dentro de si aquilo que Ele pediu...


O
AMOR
A AJUDA
ENTRE TODOS
FRATERNIDADE E
IGUALDADE, PAZ LUZ
FOI ISSO QUE JESUS DISSE
AMAI-VOS UNS AOS OUTROS
COMO EU VOS AMEI E AMO AGORA
TENTAI PELO MENOS VIVER EM PAZ
NÃO VOS ESQUEÇAIS.....NÃO ESTAIS SÓS
DEIXO-VOS A MINHA LUZ QUE ILUMINARÁ
TODOS OS VOSSOS CAMINHOS E SENTIREIS EM
VÓS A LUZ QUE DOS CÉUS EMANA... PARA OS QUE
CAMINHAM COMIGO! VINDE A MIM, OS QUE SOFREIS
EUESTAREI
CONVOSCO

ATÉ AO FIM

BOAS FESTAS
FELIZ NATAL

Amo-vos a todos e aqui vai meu amor principalmente aos que dentro de si, neste momento sentem que não é Natal!...
Parece que só falta a assinatura do Mestre!...








terça-feira, dezembro 18, 2007

 

Não tenho bem a certezinha, mas...







Conhecem estes dois? São quem pensamos é? Eu acho que a gatinha verde tem dia de aniversário hoje, se me enganei as minhas desculpas, mas..olhem como eles se dão!...

Parabéns ó gatinha do rafeirinho... De certeza que ele hoje tá todo perfumado, como manda o figurino!...
E sai um bolinho ao menos? Foi feito à pressa, mas foi o que se arranjou e além disso a pastelaria já fechou e não há velas... pois vamos a isso e cantemos...Parabéns a você!...

E que seja um aniversário para repetir em amor e felicidade para sempre!...








segunda-feira, dezembro 17, 2007

 

Para a Ell, o nosso bichinho de conta!...





Quão bela é a madrugada!...

Quão bela é a madrugada
Acompanhada do silêncio,

Da brisa que vem das árvores,


Do sussurrar das folhas
Que se embalam docemente.

Quão belo poder assistir,


Com olhos de luz
Atravessando a escuridão,
Ao dia que se vai transformando
E ao nascer de novas vidas.


Quão belo sim,
Assistir ao sol que nasce,

Às vidas que renascem

Através da sua luz
Que nos aquece e seduz.


Digo que quão belo, sim
Porque já vivi dias assim.

Assisti à chegada da luz

No dia que antecede a noite

E na minha mente se fez luz …

Pois, um jinho para ti Ell e que já tenhas adicionado as pilhas Durac(ell...)







sábado, dezembro 15, 2007

 

Puxar as ninas para o alto!...Todas, todas...





Todas as que andam por baixo...
Hoje é a Adry que está a demorar a sair da hibernação onde se resolveu enfiar, de certeza que apenas cumpre os requisitos obrigatórios e mais nada! Já lhe deixei este poema, mas não fez efeito, não fez porque não seguiu o que eu conto ali...

A Ell também anda assim murchinha, mas essa dá-se uma regadela que fica já boa para entrar na Primavera, e até lá ela arrebita, que remédio ela tem...
Não lhe vou dar sossego e seja lá o que for que tenha, todos temos dores, sofrimentos e desânimos, se temos, eu que o diga, mas acabo por dar a volta a tudo e seguir em frente...Assim nina Ell; é andar em frente que atrás vem gente!

A Pascoalita essa é apenas
cansaço, trabalha em demasia, e eu que o diga, é em casa no trabalho e ainda anda no laró a correr sempre que pode, enfim..mas essa mal se queixa, acha que a vida é mesmo assim, já é normal para ela correr daqui para ali. Quando fui passar o dia de anos com ela lá na terra, olhem para mim, botas de cunha, mas...novas...o rais da muié não anda, não corre, ela voa apenas, e imaginem-me a gritar, péra por mim pariga, não vês que me doem os pés das botas novas? mas ela dali a nada já se esquecia e voava e novo. Nunca vi, é cá uma ligeireza, e a falar podem crer que é igual...

A nina Africana, essa cá para mim, não há ninguém nem nenhuma de nós que possa carregar tantas dores e sofrimentos além de trabalhar fora e em casa a cuidar dos pais, a mãe acamada, o pai já bem velhinho com achaques, mas só de ver o amor que há entre eles, ela sente-se compensada, mas ainda arr
anja tempo para tratar de mim (ai que eu preciso dos miminhos dela e muito, não esqueçam que somos amigas há 34 anos!... e raro é o dia que não manda uma palavrinha de alento para aqui...Essa sim é que devia ser puxada, sugada de toda a dor que tem, mas, a vida é a vida de cada um, cada um com suas coisas ou problemas, nenhum se safa deles!...

A Alkinha ainda não a conheço como a elas, mas um dia isso vai acontecer...Acho que ela nem precisa de ser puxada, ela parece muito senhora de si e dos eu nariz. Não dá parte de fraca, pelo menos a mim não ehhhhhh.... Parece ser uma ganda muié, mas só quando a vir...

O resto do pessoal, os homens não precisam que os puxe, eles amanham-se né?

As outras ninas a tété parece nem precisar, ela deve ser uma nina feliz com o marido a casa e os filhos, parece a cem por cento!... mas se precis
ar a canção também serve...A gatinha verde essa tá feliz, conheço o gatão das botas dela e..tá dito...a nina arcanjo anda afastadinha, mas parece que trabalha demasiado, am so coração tamém tá bem entregue de certezinha...
A betinha a missesfinge e aminha cusca, essas não têm problemas de maior, pois são muito originais e...não se chateiam com coisa alguma, não têm tanto que fazer como a maioria...ora né?...
Há mais amigas com quem ainda não tenho tanta confiança, a Izeldinha, a laurentina a fernanda e mais uma ou outra que aparecem de vez em quando, mas se precisarem, pois tenham bom ânimo, a vida dá de tudo, temos é que nos esforçar por virar as costas ao que não nos serve...
beijinhos e divirtam-se se forem pela rua e falem com o sol ou a lua, com os homens que já pescaram para ganhar o dia que está a nascer...

Sentes-te só e infeliz?
Sai de casa,

Vai pela rua
Marca encontro com o sol
Que te abraçará com amor…

E de noite, anda pela rua
Encontra-te com a lua.

Fala com ela.
Vais ver que a solidão

Deixará de doer.

Vai até ao Cais
Ver os barcos chegar,

E os homens a cantar
Porque já ganharam
O dia que está a nascer.

Acerta o teu passo com os deles.
Que cantam e dançam com alegria,

Vai com eles beber um copo

Que mal tem que seja assim?
E fica na rua até ser dia.

Sai, sai de casa.
Não fiques ali reclusa

Dentro de quatro paredes,

Que nem sequer falam contigo.

Sai, sai de casa…
Vai pelas ruas, fala com todos
Escuta o pobre e o rico,

Pois todos têm dentro deles
A mesma solidão que tu.

Sai, sai de casa…










quinta-feira, dezembro 13, 2007

 

Recordações de um Natal!...





Lembro-me desse Natal na Pontinha, Lisboa. Vivíamos numa rua larga, tinha casas a toda a volta e era uma espécie de rua sem saida, de verão íamos à fonte com as bilhas de barro, era uma brincadeira para mim e o meu mano mais velho, pois connosco ia um colega do meu pai e os filhos (3) a tita o óscar e o fernando brincavam connosco e corríamos atrás dos pirilampos. Gostava de viver ali numa casa de primeiro andar, tínhamos uma cozinha jeitosa com uma chaminé!
O pai dizia sempre que era o Pai natal ou o menino Jesus que vinham trazer as prendas, claro que acreditávamos com aquela idade...Nesse Natal estava lá o meu Padrinho, fomos todos para a sala, onde tínhamos a braseira acesa. Eu ainda ouvia, e claro estava mortinha que eles chegassem para ver as prendas. Nisto ouve-se uma tampa de panela a caír; ele chegou, ele chegou, corremos os dois o mais que podíamos, e eu, pobre de mim, meti o pé na braseira, mas com a pressa, queimada e tudo, corri a coxear e a gritar de dor, só parei na cozinha, triste porque ele me deixou uma camioneta dos bombeiros, olho e vejo o meu mano chateado com uma boneca nos braços, ele enganou-se, dá cá isso, trocamos os brinquedos e só depois deixei que o pai me visse o pé. Queimei a cabeça do dedo grande, empolou logo, e entre choro e riso acreditei que ele veio mesmo em pessoa trazer os presentes, porque a minha mãe estava sentada ao nosso lado na braseira, e nem vimos o cordel que ela tinha preso à tampa da panela, e que tinha deixado a porta encostada para a vizinha de baixo ir por os presentes...
Ainda acreditamos até aos 11 anos quando a filha da madrinha do meu irmão mais novo nos disse que era mentira o Pai natal trazer presentes, e que víssemos dentro do guarda fatos na véspera da consoada, a ver se os embrulhos não estavam lá...
Claro que custou, mas, foi bom enquanto durou. E não esquecerei jamais que queimei o meu pé e andei ligada durante uns tempos, mas o meu salto por cima da fogueira, com a pressa, falhou!...
Recordações de natal? que contam?







quarta-feira, dezembro 12, 2007

 

Tem graça, nunca tive um ursinho para nanar!...




Lembro-me dos meus filhos com os seus bonecos de peluche, apenas brincavam com eles, punha-os no berço para se acordassem e não me vissem não chorassem, mas nem ligavam muito... Não precisaram de encostar almofadas, fraldas, dormiam de qualquer maneira, e os peluches era para brincarem.
Hoje vi uma mãe com o seu rapaz pequenito e dizia para a amiga; nem sei que lhe faça, esqueci-me do pano que ele encosta na cara e não há maneira de dormir, tenho que voltar para casa, só chora e não adormece... Lembrei-me dos meus que dormiam até na alcatifa, no carro a andar e a parar, ao colo, o que fosse, e dei comigo também a perguntar-me; mas porque raio não tiveste tu também um peluche ó Laurinha?...
Sei que naqueles tempos não havia bonecas para todos, e lembro-me de ter muitas bonequitas que o meu pai comprava e o meu mano tinha os carrinhos dele, as camionetas dos bombeiros, piões, berlindes etc.
Mas eu acho que também devia ter um peluche assim fofinho como este, e feliz do gajo que o tem nos braços...







 

Tô de ressaca, do que nem bebi...





Tô de ressaca, aliás estamos todos, pelo que vi, ouvi e comi bebi, abusamos e agora nada mais que ficar como este tipo aqui, com saco de gelo nos cabeça, a ver se a coisa passa e fazemos algo de jeito...
Mas estou malzita mesmo, é o fígado ou a vesícula, lá isso nem sei não sou médica, mas os sintomas tudo indicam que se fosse, devia mandar-me prá caminha, enrolar-me nos cobertores (a esta hora nem há com quem enrolar) e sornar sornar até me apetecer acordar! O homi passou a noite a empurrar pa lá, que eu ressonava qual orquestra... Bem e vê que ele não foi à minha festa!...

E vocês? deixem ver como vem a nina do rio, se acordou ou se ainda anda por lá nos braços de Morfeu!...







terça-feira, dezembro 11, 2007

 

PARABÉNS À MENINA DO RIO...







Hoje é dia de festa lá longe, onde os sinos repenicam a cantar a alegria na casa da menina do Rio...
Ela deve ter um dia feliz porque todos os dias de aniversário devem ser felizes, cheios de presentes e de muitos jinhos...


Daqui
envio meu modesto presentinho, um bolo feito por mim (as velas são menos para pareceres mais nova ó nina!...) e os nossos tradicionais bolinhos de bacalhau em miniatura para não os comerem todos de uma vez... e os nossos
pasteis de Belém, são uma c
ategoria e poucas casas os sabem fazer tão bem...
Agora sirvam-se ó pessoau, bebam à saúde da nina do rio, a garota aniversariante...mas cuidado que depois vão conduzir por aí e...

Escutem os nossos fadistas castiços que estão a chegar para cantar o fado da nossa Amália Rodrigues, sintam-se em casa!...

Beijinhos nina e que possamos repetir mais uns anitos, sendo felizes também...

Ora ai vai um SAMBA PORTUGUÊS. FEITO POR MIM, TÁ CLARO...Foi para o naeno quando andavamos na rede a balouçar, só que ele começou a met
er os pés plas mãos, e, estragou tudo e tava lindo aquele namoro virtual ehhhh, o que me ri na rede rasgada com o nosso peso....

Samba Português!..




É sambando que eu vou entrar,
Na nova vida, que vou ter,

Um amor vou encontrar
Quando o samba começar.


Um amor irá nascer
No coração de alguém,

Se preparem minha gente.
Não me vai parar ninguém.


Vou dançar de tanta maneira,

Vou entrar no samba da mangueira,
Vou girar lá no terreiro
Debaixo das vistas do mundo inteiro.


Meu coração já prediz,
Que vou encontrar o meu
Grande amor,
A dançar aquele samba
Com o cara do tambor.

Vamos aproveitar por ali
De enlaçar nosso amor,
Vamos dar tanta sambada
Que alguém irá gemer de dor!..








segunda-feira, dezembro 10, 2007

 

Levar a água ao seu moinho!...




Ora aqui está uma bela imagem de um moinho abandonado, mas que continua a ter água, até faz jus aos dizeres do Povo; levar a água ao seu moinho!...
Os meus avós tinham um numa lameira e a água corria que dava gosto e fazia mover as mós. Quantas vezes não fui para lá e saía de lá toda enfarinhada...Adorava o cheiro da farinha e as minhas tias depois levavam as sacas de farinha com que faziam enormes broas de milho, eram algumas dez de cada vez, se não fossem mais, mas grandes altas, na altura não gostava daquele pão, agora que não tenho as tias para o fazerem, adoro...


Bem, o propósito era sobre o velho ditado de cada um querer e fazer de tudo para levar a água ao seu moinho. Cada um à sua maneira lá tenta viver...

Só há pouco tempo me dispus a pensar nisso e realmente nunca tinha parado para pensar nesta frase; levar a água ao seu moinho! Na minha ideia pensava que era como ter de levar a água para o moinho para moer os grãos de milho, mas nem é!...Que carola me saíste ó laurinha!...
Hoje deu-me para isto, que querem?
Quem se lembra de ouvir a frase?...








domingo, dezembro 09, 2007

 

A chuva que bate na vidraça...




A chuva que bate na Vidraça,
Indiferente a quem
Passa!
A chuva que brilha,
O cão que ladra

E a caravana
Passa!...
E eu ali
Naquela pasmaceira

Muito doida à espera de rever
Quem se foi embora

Antes de começar
a
Chover!...

Eu disse-lhe para levar o guarda chuva, ela não quis; não é preciso, estas pinguinhas passam já... e assim; ei-la que voltou atrás a pedir o meu guarda chuva emprestado...







sábado, dezembro 08, 2007

 

Na escuridão da noite!...




Ergo meus olhos para o alto, procurando ver-Te entre as estrelas, e, quem sabe, com um pouco de sorte, acabarei por ver Teu rosto de menino, Aquele menino a quem todos chamaram Jesus, Aquele menino que era o Filho de Deus, anunciado...E aos pés de quem deixaram Ouro, Incenso e Mirra, os Reis que do oriente te vieram ver, seguiram a estrela que os chamava com seu brilho fulgurante!...

Isso já foi há mais de dois mil anos. Se os anos passassem por ti, serias um velho alquebrado, ou antes um monte de ossos, ou estarias feito em pó...
Mas Tu és Tu, Aquele Mestre Amado, que pelos anos fora nos vens sempre avisar para que moderemos a nossa maneira de pensar... de agir, mas... Nem temos a desculpa de dizer; somos humanos!... Essa já é velha dirás Tu! Estamos cheios de saber que temos de mudar, só que com a pressa todos mudam, mas é de carro, de casa e de bens, isso sim, nem precisas de nos avisar que os saldos continuam...

Não vale a pena dirás! E é que não vale mesmo!... Quem tem, continua a querer mais e quem nem tem, nem por isso fica melhor! Apenas vejo raiva e ódio no olhar de tantos, tantas guerras que ainda continuam e continuarão pelos anos fora!...

Continuam a existir crianças com fome, sem agasalho,sem lar, sem pais que as amem e isso dói, dói tanto ó Mestre Amado, porque vemos inocentes pagarem pelos pecadores, mas eu sei que tudo já vem das outras vidas (nem todos acreditam nas outras vidas, mas eu sim, acredito e já sei qual o meu caminho, não ando à procura de caminho nenhum, sei que estou no que tenho de seguir!) e nas outras vidas não fizemos lá coisas dignas de louvor e assim!...

Mas agora aproxima-se o teu dia de aniversário, gostava muito que todos pudessem ser mais felizes, nem falo de roupas e coisas boas, mas de trabalho para todos os lares e comidas boas, rebuçados e chocolates para as crianças que nunca os provaram, que aqui temos crianças demasiado gordas a quem os pais dão doces em demasia e os fazem ficar doentes (será que devia ir pedir a casa dos endinheirados e que têm filhos gordos, para darem as suas belas e caras caixas de chocolates para enviarmos aos meninos pobres? Já estou a ver muitos zézinhos e pedrinhos a refilar que os doces são deles, mas, enfim, sempre pensei que nem seria preciso pedir isso, mas, se nem pedirmos eles não dão, mas se pedirmos também saimos dali de mãos a abanar não é? Claro que há quem dê, mas é tão pouco o que damos, para tanta gente que precisa!...

Ai Mestre, Mestre, sabes o que era melhor? Claro que Tu sabes bem o que é!...Era vires cá de novo, já que sei que estás na Terra e no céu quando queres!...E resolvias tudo de uma assentada!
Já deves ter reparado que não nos safamos assim...Cada vez somos mais desempregados, cada vez perdemos mais as nossas casas que não conseguimos pagar, cada vez comemos pior porque não chegamos a tudo e há famílias onde o homem e a mulher não trabalham e assim comem o quê? E aquele amor de entreajuda que nos ensinas-te? Ahhhh, deixa-me rir disso também! Estou cheia de ver que quem tem continua a ter e a viver para si, e os outros que se lixem, dizem eles; se estão mal é porque não merecem estar bem, mas, enfim!...
Vá, manda os Teus Emissários despejar muitas Bençãos sobre todos os lares onde há falta de amor, de paz e de pão, e que nos abram os olhos e deixe-mos de andar nesta tão grande escuridão!...







quinta-feira, dezembro 06, 2007

 

Os rostos de todos os Seres...



Passo por montes de gente, por verdadeiras multidões, e tenho muitas vezes a curiosidade que já vos deve ter tocado também, de pensar porque todos somos tão diferentes nas características, nas raças, cores, mas por dentro somos todos iguais!

Adoro olhar os rostos de todos os que passam, e, constatar que não há ninguém com o rosto exactamente igual, por todo o mundo. Não estou a falar de gémeos, esses podem ter um quase quase igual, mas poucos!
O que me faz ficar a pensar é que Ele, Ele sim, Tem de existir um criador para tudo, fez cada um a seu modo e soube e conseguiu fazer o que nenhum de nós sabe!... criar Seres diferentes na fisionomia.

Dou comigo a rir para dentro ao olhar tanta diversidade de pessoas, rostos que não são iguais a nenhum! Certo, na minha vida por outros Países encontrei pessoas, que têm aqui o que poderia chamar de sósias de tão parecidas que são, mas claro que não são os mesmos que conheci lá, podem ser mais baixos mais isto e aquilo, mas de longe até parecem a mesma pessoa!...

Em Pretória no casamento de uma amiga, um senhor veio ter comigo e perguntou; a menina é que é a neta do senhor fulano? Quando lhe garanti a pés juntos que não conhecia determinado senhor, foi buscar a mulher e as filhas para verem se eu não era exactamente a cópia da tal da neta do tal do senhor!... E a noiva veio garantir que tinha vindo de Angola e os meus avós eram daqui do Norte!... Eles riam-se da nossa extrema parecença, altura corpo, tez morena, enfim...idade e tudo. Até gostava de encontrar alguma sósia um dia destes. Quem sabe ela ficava no meu lugar e eu ia viver outra vida e conhecer outras gentes!...
Que fixe!...







terça-feira, dezembro 04, 2007

 

Bacalhau à nem sei quê!...





Mas é que lhe dão tantos nomes que me confundem...
Esta receita foi-me dada pela avó Mélia que era a mãe da minha querida D. Rosa Pizarro, em Luanda, onde aprendi costura, a avó Mélia era uma amiga querida, e era ela que cozinhava para a grande familia que tinham, a começar pelo pai a quem chamava tio e à D. Rosa, tia, havia a Manela a Mena, o Milo o Zé, a Nita e a Paulinha, mais o Mario que estava na tropa e namorava com a Manela, hoje casados e ele é um Pintor de classe e vivem em Aveiro.
Nas minhas férias quando vinha cá, ia sempre ao porto vê-los, mas como os anos passaram, já se foram também, a avó essa faleceu muito antes de todos. Tenho saudade deles, pois fui tratada como se mais uma filha fosse...
Um dia almocei lá (como tantas e tantas vezes, ) e a avó pediu-me ajuda que o almoço estava atrasado. Eu adorava estar com ela e ouvir o que contava dos tempos da mocidade dela, sempre que estava livre das comidas ia para a sala da costura e sentava-se ali a fazer companhia enquanto ia tomando conta do neto mais novo, o Tó.

Lá começamos e foi assim que aprendi a fazer o bacalhau que uns chamam à Brás, outros à estudante, outros isto e aquilo, o nome correcto não o sei, mas a minha receitinha é assim tal e qual a dela...

Fritar montes de batatas normais aos pauzinhos (depende das pessoas que vão papar...)

descascar cebola e partir grosseiramente como se fosse para refogar, deitar no tacho com uns bons goles de azeite, louro e alhos cortados, refogar pouco, nada de estorricar, apenas alourar mal, deitar lá para dentro boas lascas de bacalhau já cosido e desfiado.

Na hora de ir à mesa, juntar tudo, as batatas a cebolada com o bacalhau, bater uns 5 ovos com salsa, e mexer tudo até cozinhar os ovos.
Deita-se na travessa, espalham-se azeitonas por ali, e faz-se uma salada de alface para acompanhar!

A minha mãe nem fazia esse prato, e a partir dai, foi presença constante na nossa mesa até aos dias de hoje.
Podem fazer a mesma coisa com restos de carnes assadas ou de cozido à portuguesa, fica um primor...
Ora viva a avó Mélia, minha amiga querida e que boas recordações esta comida me trouxe...!...








segunda-feira, dezembro 03, 2007

 

Quem perdeu os seus amores de uma vida nesta quadra?




A bichinho de conta, ou antes a Ell está tristinha. Faz anos que o pai dela partiu, sente a falta dele, claro, quem não sente a falta dos seus amores de uma vida? Ell, ele se foi o pai que tu descreveste, que vestiu os de pouca roupa, que deu de comer a tantos com fome, onde achas que estará ele? Num lindo lugar onde existe a paz e o amor!... Só pode, só pode mesmo...Deixa que te envolva nos meus braços e sente o Seu amor a rodear-nos...

Este mês faz anos que muitos amigos meus se foram, familiares, a minha querida avó Laurinha também se foi num 4 de Dezembro, e recordo também a partida da mãe do marius e do leão verde, faz amanhã um ano, um ano em que fui debaixo de uma forte chuvada, até à terra deles, dar-lhes o meu abraço. E daqui deixo-vos de novo o meu abraço profundo, sabendo que a saudade neste dia, é ainda mais dolorosa...

Para todos os que perderam os seus ente queridos neste mês que é propenso à alegria devido à quadra que encerra, pois comemora-se o nascimento de jesus, vai o meu mais profundo sentir e um caloroso abraço.
Sabem que eu acredito na outra vida e na troca de afectos desde o outro lado, pois Deus deixa que as almas saudosas venham falar connosco, abraçar-nos e beijar-nos.
E fiz este poema para o meu pai, como se sentisse a sua presença ao meu lado enquanto me guiava a mão para escrever...
Este poema pode ser dedicado a qualquer um, pois todos os pais nos vêm visitar e cobrir de beijos de saudade...


Sinto-te… (a presença de meu pai a meu lado)



Uma canção nascerá
Nesta noite, memorável
Alguém veio visitar-me
E segredar-me.

Que saudades tenho de ti,
Ó alma que me escreves
E escrevendo, descreves,
Tudo o que vou ditando.

Não tenho pena deste mundo
Onde nasci, vivi, amei e sofri.
Tenho apenas saudade,
Muita saudade, de ti.

De ti, que também me amaste
E nos meus braços viveste,
Anos sem fim.

Amei-te também,
Pois fizeste parte de mim
Amei-te e, continuo a amar-te,
Que a morte jamais separa.

Amo-te deste lado da vida
E aguardarei teu regresso,
Para continuarmos o caminho


Sempre com o mesmo carinho.
E, juntos, seguiremos rumo ao infinito…








sábado, dezembro 01, 2007

 

Hoje é dia de festa para alguns...




Mas não para mim...
É que vai haver um almoço de gente de S. Paulo do nosso amado Bairro de Luanda.
Vão lá estar amigos que queria tanto abraçar, vizinhos que só de os ver me lançaria ao pescoço deles, estar ali a ver aquele corropio de gente que já fez parte do meu passado, seria para mim uma alegria sem fim. Não importa os rostos que mudaram, eu saberei ver em cada um, a pessoa que foram outrora!

Minha alma chora por dentro
O amor que sente pela gente
Que viveu lado a lado com ela...

E tem pena de não estar presente
Num dia tão comovente
Em que nossa alma chorará
A saudade
Que deveras sente...

Minhas lágrimas banham meu rosto, nem sequer quero trancá-las deixo-as correr, porque saudade e amor pela terra e pelas suas gentes, é um chorar que cai suavemente, qual manto da noite a cobrir a terra com as suas estrelas brilhantes...

O almoço será em Almeirim, terra onde vivem familiares de amigos meus e a minha querida D. Lina, a D. Lina do peixinho, lembram-se? Ainda não a consegui ir abraçar, e pensava que hoje talvez pudesse, mas não, não deu por causas tão estúpidas e tão reles que nem vale a pena referi-las...
Aos meus amigos que lá estão, deixo meu abraço cheio de inveja (hoje até invejo, mas apenas hoje, porque nunca invejei ninguém!...)
E volto a referir que queria ser de novo a garota lá do bairro, para quem não leu os versos que fiz, aqui ficam, de novo...

Quero ser de novo a garota… (saudades de Luanda e do Mussulo)

Quero ser de novo a garota feliz, lá do bairro,
Quero sair por aí, passear na minha ilha,
Conversar com meus amigos
Correr com eles pela praia.

Jogar ao ringue, dar ao arco, mergulhar lá no charco
Que tinha na minha ilha, quando a maré vazava
E não havia maralha que resistisse a saltar,
A berrar pelas alforrecas que dançavam ao nosso redor
E nos faziam correr, chorar e gritar de dor.

Quero ir para a minha ilha
Encontrar um pescador vê-lo a deitar as redes,
E ir com ele pelo mar na canoa a flutuar
Ter a qualquer lugar,
Que lá na nossa ilha

Era tudo ao pé da mão, podíamos apanhar
Mamões, bananas e papaias lá nas praias,
As mangas eram um nunca mais acabar
Era saltar dentro da água e comer até fartar,
Para as mãos não ser preciso ir lá fora lavar.

Quero ir à minha ilha, sentar ali ao pé dela
Falar da minha vida e o que tem sido
O meu regressar a outra terra, a outro mar
Dizer-lhe bem no ouvido, que, mesmo de longe
A continuo a amar!...

Ai que saudade meu Deus!...
Marius e leão verde, decerto estivésteis lá não foi? Hug hug hug...